Capítulo 39

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Depois de várias tentativas frustradas de ligar para Melinda e finalmente desistir e me convenci que seria melhor esperar para quando chegássemos em casa.

A Ayla não fala comigo desde então, apenas me observa e ao que parece, parou de falar novamente.

- Max, as coisas não podem continuar na forma que está, a Ayla não pode ficar assim, meu filho - ela diz enquanto me ajuda a fazer as malas da pequena.

- Eu sei, eu estou tentando.

- Pois tente mais, não pare de tentar até tê-la de volta, não a deixe escapar, não a perca.

- Será que não já perdi? - falei mais para mim do que para ela.

- Não seja bobo, foi apenas uma briga de casal, a primeira de muitas ainda.

- A senhora não sabe as coisas absurdas que falei para ela, jamais terei o seu perdão.

- Meu querido, ela tem o coração muito bom para guardar rancor, de tempo ao tempo, faça a sua parte que ele irá se encarregar do resto.

- Assim espero, mãe - digo. - Assim espero.

--♡--

Toda a viagem de volta foi feita em silêncio, a Ayla dormiu quase toda parte.

Quando chegamos em casa levo as malas e a Ayla para dentro, a mesma ainda dormia serenamente. Sei que deveria deixar a Melinda sozinha por um tempo, mas eu precisava vê-la, eu preciso me explicar.

Fui até a porta dela e toquei a campainha até não aguentar mais, gritei por ela e a porta não foi aberta, nem sei se ela está em casa, mas se estiver já provou que não está disposta a me atender.

Volto para casa e fico na sala encarando uma garrafa de uísque que ficava guardada, escondida no fundo do armário mais alto, nunca imaginei que voltaria a beber, mas parece ser o único meio de diminuir essa dor, nem que fosse por alguns curtos momentos.

Na mesma hora que faço menção em pegar a garrafa ouço o meu celular tocar.

Ligação on.

- Nem ouse fazer isso - Maya fala do outro lado da linha.

A procuro pela casa, foi uma coincidência tão grande que podia jurar que ela poderia me vê de alguma forma.

- Como sabia?

- Eu te conheço, sabia que sem a Melinda ou a Ayla você faria besteira, já vou logo te adiantando que bebida não cura ferida, pelo contrário, só traz mais problemas.

- Eu sei, foi só uma recaída.

- Conseguiu falar com ela?

- Não me atende e não abre a porta, fiquei igual a um idiota na porta a chamando.

- Mas você é um idiota por tê-la perdido para começo de conversa, agora aguente.

- Até você?

- Eu te avisei que se você fizesse algo eu te mataria, então sinta-se aliviado de eu não fazer coisa pior que apenas te da bronca.

- Eu entendo, sei que fui um babaca.

- O que você disse?

- Muitas coisas, inclusive que só eu sei o que é melhor para minha filha, e posso ter dito a palavra 'minha' várias vezes.

- Você disse que a filha e não dela? - ela pergunta com a voz alterada.

- Basicamente.

- Você tem alguma problema? - posso ouvir sua respiração pesada do outro lado. - Posso te pedir uma coisa?

Minha Pequena AylaWhere stories live. Discover now