Casamento Por Contrato

lhszyn द्वारा

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Sabina acaba de descobrir que sua madrasta roubou tudo de seu pai e fugiu. E como se não bastasse, deixou vár... अधिक

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Cápitulo 7
Capitulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67 - parte 1
Capítulo 67 - parte 2
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Epílogo

Capítulo 59

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lhszyn द्वारा

Assim que entrei na sala do hospital Júlia me encarou.

— Chegou cedo. – me abraçou. — Você está gelada, está tudo bem? – me olhou preocupada.

— Sim, está. Eu estou bem. – sorrio tentando tranqulizá-la.

— Como está meu afilhado?

— Bem. – eu sorri.

— Essa carinha quer dizer que deu tudo certo? – afirmei. — Eu sabia, você é tão bobinha. – se sentou.

— Você sabe, eu fiquei apavorada. – digo guardando minha bolsa no meu armário. — Mas no fim deu tudo certo, houve declaração e tudo.

— Eu deveria ter apostado uma ótima grana com você sobre Noah sentir o mesmo que você, estaria com uma ótima grana agora.

— Sim, você estava certa. – digo vestindo meu jaleco.

— Eu raramente estou errada com algo. – sorriu. — Mas agora não podemos ir mais para Las Vegas! – me olhou fazendo um beicinho.

— Eu e Noah nem conversamos sobre isso, mas podemos viajar depois. Nossa viagem ainda está de pé.

— Ótimo! – riu animada.

— O que temos para hoje? – perguntei passando álcool gel em minhas mãos.

— Vamos ficar na emergência mais tarde. Transferiram algumas pessoas para a clínica e Marcos teve que ir com eles. Agora vai ser o Flávio quem vai ficar nos monitorando. Ainda essa semana vamos ter aquele simulado.

— Meu Deus, o simulado! – digo em desespero.

— Sabina, você precisa contar para eles. Sabe que você vai ter que se afastar de algumas áreas, mas não pode deixar de informá-los com antecedência.

— Eu sei, mas eu quero ir ao médico primeiro para saber se está tudo bem.

— Certo. – pegou sua prancheta inseparável. — Vamos? – afirmei e sai da sala ao seu lado.

— Como está os preparativos para o casamento?

— Está tudo indo bem, tirando o fato da mãe do Daniel querer mandar em tudo o tempo todo. – bufou frustrada. — Tudo o que eu sugiro ela coloca defeito.

— Isso é o que eu chamo de sogra pé no saco. – digo rindo.

— Você não tem noção, parece que o casamento é dela e não meu. E você não sabe, ela fez questão de convidar a ex do Dani. Você acredita?

— Ela quer acabar com o seu casamento. – afirmei.

— E você acha que eu não sei? Aquela mulher é o cão de saia! – soltei uma risada.

Durante todo o dia nós ficamos em diferentes áreas, fizemos algumas visitas e adiantamos algumas consultas. Durante o almoço não consegui comer muito, qualquer coisa me deixava enjoada.

No início da tarde, entramos na emergência e estava até tranquilo. Nem todos estavam ocupados, estavam bem tranquilos na verdade. Júlia entrou na sala de curativos e eu fiquei andando pela sala de espera, até que percebi uma mulher sentada mais afastada com uma garotinha nos braços. Seu olhar era de puro desespero enquanto tentava acalmar a pequena menina. Preocupada, me aproximei de ambas.

— Com licença, o que há com sua filha? Ainda não foi atendida? – questionei.

— Ainda não. – diz trêmula, era bem jovem. — Ela não consegue respirar direito, eu não sei o que fazer! – diz com os olhos marejados.

— Calma, venha comigo. – digo e ela me segue. Entramos em uma sala vazia e fiz com que ela colocasse a garotinha na maca. — Faz muito tempo que está aqui?

— Faz horas, ela estava bem quando chegamos mas começou a piorar. Me disseram que iriam atende-la rapidamente mas até agora ninguém veio. – olhei a garotinha que realmente respirava com bastante dificuldade.

— Ela tem problemas respiratórios?

— Me disseram que é asma. Eu a deixei brincar com os gatos dos vizinhos mas eu não sabia que ela ficaria assim. – explicou ela prestes a chorar.

— Se acalme, vai ficar tudo bem. – digo encarando a garotinha que me olhava desesperada, ela realmente respirava com muita dificuldade.

Corri para a sala onde Júlia e alguns colegas estavam.

— Preciso do cilindro de oxigênio! – todos me olham mas continuam parados. — Agora! – praticamente gritei em desespero e voltei para a sala. — Qual é o nome dela?

— Evelyn. – a mãe respondeu trêmula.

— Certo Evelyn, sem desespero. Vamos colocar uma máscara bem legal e você vai conseguir respirar melhor, tudo bem? – ela afirmou com dificuldade. Logo Júlia e mais dois enfermeiros entraram e fizeram os procedimentos de colocação de oxigênio. — Vamos Evelyn, respirando com calma. Sem desespero, vai dar certo. – digo tentando passar calma. — Apliquem corticosteróides, precisamos medir a saturação do oxigênio. Andem logo! – digo começando a ficar irritada com tanta lerdeza. Eles saem da sala afirmando. Olhei para a mãe da garota. — Não se preocupe. – ela afirmou. Voltei minha atenção para a garotinha. — Isso, respira com calma.

A pediatra entrou no quarto e deu continuação ao atendimento. Todos os estudantes de plantão foram dispensados para a sala de Flávio.

— Eu só quero saber qual é o problema de vocês ao fazerem uma criança naquele estado esperar. – comecei. — Sabiam que poderia ter sido fatal?

— O que podíamos fazer? A pediatra não estava disponível. – Marcelo diz em defesa.

— Mas vocês estavam! – retruquei.

— Sabina, se acalme. – Júlia pediu.

— Não me acalmo! – quase gritei pegando todos de surpresa. — A indiferença de todos vocês com aquela criança diz muito sobre os profissionais que vocês se tornarão.

— Você está fazendo todo um auê por algo que acontece todos os dias em todos os hospitais do Brasil. – Marina começou. — Esse seu ataque também diz muito sobre a profissional que você vai ser.

— Eu estou tendo um ataque? E vocês por acaso acham que é atoa? Haviam vinte pessoas naquela emergência e apenas uma fez questão de socorrer uma criança lutando para respirar. O que custava fazer os primeiros socorros? Iria cair a mão de vocês?

— Anna, por que está tão alterada? – Flávio questiona.

— Porque eu acho isso um absurdo! Trataram com toda uma indiferença uma garota jovem em desespero com a filha nos braços correndo riscos, porque entre uma pessoa pobre no canto de uma sala de espera e outras doze com dinheiro na carteira preferem aquela que vá resultar em status! Jovem, pobre e sozinha? Não tenho nada a ver. Não é mesmo?

— Isso é um absurdo! – Marina exclama.

— Sim, um absurdo! – concordei lhe encarando irritada. — Estamos aqui para zelar pela vida, pela saúde de todas aquelas pessoas. Não importa classe social, estamos falando da vida de pessoas!

— Certo, vamos acabar com isso. – Flávio diz intervindo. — Sabina, preciso que se acalme. – afirmei bufando. — Isso aqui não é só um teste, aquelas pessoas não estão lá fora brincando de atuar. Vocês estão se metendo com pessoas reais, com a vida delas, com a saúde delas. Ignorar um paciente é uma falta grave. – suspirou. — Eu vou deixar passar dessa vez para não ter problemas com a administração desse hospital. Mas se isso voltar a acontecer até o final do ciclo, vocês estarão ferrados! – ameaçou. — Estamos entendidos? – eles afirmaram. — Sabina, não quero mais saber de descontrole. Entendo seu ponto sim, mas isso não é motivo para fazer um escândalo. – é sim. — Estão todos dispensados por hoje, mas quero todos com a cara enfiada nos livros refletindo se realmente é essa profissão que querem seguir. Dêem o fora!

Aos poucos a sala foi esvaziando, mas antes Flávio me chamou de volta.

— Qual foi a do surto? – questionou.

— São hormônios. – suspirei.

— Hormônios?

— Eu estou grávida. – ele abre a boca em surpresa. — Eu sei que não deveria mas quando vi aquelas duas esquecidas naquela sala de espera, o meu lado materno recém descoberto gritou mais alto. – desabafei.

— Parabéns? – perguntou incerto. — Eu estou de certa forma orgulhoso de você Anna, você têm evoluído de uma forma que me deixa realmente em choque. Parabéns pela atitude e parabéns pelo bebê.

— Obrigada.

— Se você não apresentar nenhum problema de gestação poderá continuar com o que faz até o sexto mês. Depois disso, tchau tchau.

— Por mim tudo bem, vou fazer meus exames e assim que estiver certo eu te falo.

— Tudo bem, não se altere de mais. Isso não faz bem ao bebê e muito menos a você. Pense que você tem que pensar por dois agora. – afirmei. — Agora vá para casa. – acenei e sai de sua sala. Júlia me esperava com minha bolsa em mãos. Sorriu e me abraçou.

— Estou orgulhosa de você!

— Obrigada. Agora vamos pois eu estou realmente com vontade de chorar e vomitar. – ela riu e afirmou.

Assim que cheguei no AP vi que tinha algo diferente. Copos usados, pratos também, almofadas desarrumadas e tv ligada sozinha.

Ou tinha algum espírito folgado se aproveitando ou alguém tinha invadido.

Caminhei lentamente pelo corredor indo até o quarto de Noah. Ou nosso. Assim que entro vejo minhas roupas voando pelo ar.

— Deus tem poder! – exclamei assustando o ser humano bagunçando minhas roupas. — Linsey?

— Quer me matar do coração? – colocou a mão no peito.

— O que está fazendo? – coloquei minha bolsa de lado.

— Procurando uma roupa que preste mas está dificil!

— Para que quer minhas roupas?

— Eu vou sair com uma pessoa. – eu sorri em surpresa. — Não me olhe com essa cara, por favor.

— Que cara?

— Essa cara de "Oh god! Ela está crescendo!" Já basta minha mãe no meu primeiro encontro ter me deixado igual a Anabelle! – soltei uma risada.

— Você não morava no internato? – perguntei me sentando na cama.

— Sim, mas a idiota da professora descobriu que eu iria sair com um garoto e chamou minha mãe. Você acha que foi atoa eu ter espalhado fotos dela de pegação com outro professor pelo internato?

— Mas por que justo minhas roupas? Por que não vai ao shopping?

— Meu pai cortou meu cartão!

— Mas como? Você foi para lá ontem, o que você já aprontou?

— Eu só fiz algumas brincadeirinhas com os amigos dele.

— Sei muito bem como são essas "brincadeirinhas!" – fiz aspas. — Mas me diz, quem é essa pessoa que você terá um encontro? – perguntei impolgada.

Talvez a tal festa que eu e Noah estamos planejando esteja perto de acontecer.

— Um carinha ai. – deu de ombros e continuou revirando o closet que eu estava dividindo com Brian.

— Você não vai achar nada ai!

— Pior que é verdade, você não faz meu estilo. E agora? – se sentou em minha cama. Meu celular toca e Noah aparece no visor.

— Oi Noah.

— Fiquei sabendo pelo Daniel que soube pela Júlia que vocês saíram mais cedo. O que aconteceu?

— Foi uma pequena confusão que talvez eu tenha iniciado, mas quando você chegar eu te conto.

— Não quer que eu saia para ficar com você? Diz que sim. – soltei uma risada.

— Não precisa, Linsey está aqui.

— Exatamente, isso é de se preocupar. – soltei novamente uma risada.

— Eu ouvi Noah, vá se lascar! – Linsey gritou se jogando na cama.

— Também te amo maninha! – gritou ele. — Tudo bem então, qualquer coisa me liga.

— Tá bom.

— Te amo. – sorri.

— Também te amo. – respondi e desliguei em seguida.

— Overdose de açúcar! – Linsey diz fingindo tremer. — Vocês são tão doces que eu chego a ficar com cáries! – implicou.

— O dia que você se apaixonar eu vou rir tanto Linsey, você não imagina o quanto.

— Vai morrer esperando por isso, pois não vai acontecer.

— Isso é o que vamos ver! 

— Voltando a eu e minha roupa, o que vou vestir? Não que eu me importe muito com a roupa! Até porque se ele me dizer que a roupa está mal eu vou ignorar ou mandar ele para o inferno. Mas como sabe, eu gosto de andar com estilo! – suspirei.

— Tenho certeza de que vou me arrepender disso. – digo pegando minha bolsa. — Mas como sou uma boa pessoa, aqui está. – lhe entreguei meu cartão de crédito. — Compre a roupa que quiser, só não acabe com todo o dinheiro por favor pois eu vou precisar mais do que imagina!

— É sério? – me encarou.

— Sim! – ela sorriu e me abraçou.

— Você é a melhor cunhada que alguém pode ter!

— Obrigada! Agora eu te peço que por favor não vá estourar meu cartão! Seu sobrinho irá precisar dele.

— Pode deixar eu não vou usar tudo isso. – diz saíndo do quarto e logo depois volta com os olhos arregalados. — O que foi que disse? Eu ouvi bem? Você disse sobrinho?

— Disse. – afirmei.

— Isso quer dizer que... eu vou ser... tia?

— Sim. – eu sorri.

— Parabéns? Uau, eu realmente estou surpresa. – diz demonstrando claramente isso. — Noah sabe?

— Sim, contei a ele ontem.

— Ele desmaiou não foi?

— Caiu maravilhosamente desmaiado.

— Já era de se esperar. – negou com a cabeça. — Que você vai ser uma boa mãe eu acredito, agora o Noah ser um bom pai...

— Ele seria um pai ruim?

— Ruim não seria bem a palavra mas sim uma má influência. Ele é a própria criaça encapetada. – soltei uma risada. — Você sabe o que ele fez comigo quando eu tinha dois anos? – neguei com a cabeça. — Me colocou na casinha de gatos dos vizinhos! – tampei minha boca para não rir.

— Não acredito!

— Pois acredite, mas enfim... eu estou feliz por vocês. – sorriu. — Não vejo a hora da dona Beatriz ficar toda pertubada com uns pirralhinhos chamando ela de vovó. – riu maldosa.

— Você é tão cruel!

— Cruel e única. Vou indo! – me deu um beijo no rosto. — E pode deixar que eu vou deixar uma graninha paro bebê! – saiu do quarto.

— Onde fomos nos meter? – passei as mãos em meu ventre e sorri. – Que ótimo! Eu vou ter que arrumar tudo isso! – digo pegando minhas roupas que estavam no chão.

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CPC está acabando.

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