Cápitulo 7

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Nossos pais nos encaram e logo a empregada aparece na sala.

— Com licença! Podemos servir o jantar?

— Claro, podem sim Elvira! – a moça sai – Nada como uma boa comida para acalmar os nervos. – papai diz dando uma risada nervosa.

Saímos em direção a sala de jantar, me sentei na ponta, ao lado direito e Noah e Heitor a minha frente. Logo serviram o jantar. Minha fome sumiu, eu só dava algumas garfadas para dizer que eu estava comendo. A todo momento o meu olhar e o de Noah acabavam se encontrando e sempre resultava em nós dois desviando. Terminamos de comer e voltamos para a sala.

— Agora estão mais calmos? – Heitor perguntou.

— Estou muito calma, mas ainda não quero me casar com ele. – digo cruzando os braços.

— Nem eu com ela! – ele rebateu.

— Olha, tentem se resolver pelo bem dos dois. Sabina... – papai fez eu o olhar – você sabe bem a situação. – me encarou por um tempo um tanto nervoso. – Vamos deixa-los sozinhos para que pensem mais um pouco. O que acha de mais uma bebida? – ele e Heitor saíram nos deixando sozinhos novamente, olhei a minha frente e aquele babaca incrivelmente lindo me encarava.

— Perdeu alguma coisa na minha cara? 

— Eu não! – desviei meu olhar do seu.

Quem esse cara pensa que é? Cara irritante. Como eu posso conviver dia a dia com esse cara? Como aturar ele? Mas eu não tenho saída eu e meu pai precisamos. Se essa é a única solução...

— Olha, – começo lhe chamando a atenção – nós podemos fazer um acordo.

— Que tipo de acordo? – arqueia uma de suas sobrancelhas.

— Nós dois paramos de brigar e tentamos nos aturar, nos casamos e logo isso acaba e cada um para o seu canto. – sugeri.

— Não estou entendendo esse acordo! – cruzou os braços.

— Você faz o que você quiser. Eu não vou mandar na sua vida e você não manda na minha. Até que esse casamento acabe pode ser?

— Tudo isso por dinheiro?

— Noah você não entende minha situação e a do meu pai! – ele me olha parecendo pensar.

— Tudo bem, nos casamos!

— Obrigada!

— Tá, vamos falar com eles antes que eu mude de ideia. – saímos em direção ao escritório do meu pai. Bati e ele mandou que nós entrássemos. Os dois nos encara.

— Espero que agora já tenham decidido alguma coisa. – Heitor começa.

— Nós vamos nos casar. – Noah diz. Vejo quando meu pai suspira aliviado.

— Ótimo! – Heitor sorriu – Então vamos logo ao que interessa. – nos sentamos – Isso fica apenas entre nós quatro e nossos advogados que tratarão do contrato. Vocês precisam tornar o "Romance" – fez aspas com os dedos – de vocês público ou vão desconfiar. Eu sou conhecido pelas mídias sociais e seu pai também, vocês também são públicos por tanto precisam dar a eles o que precisa. O casamento é daqui um mês!

— Já? – Noah e eu perguntamos em uníssono.

— Sim. – Heitor afirma. – Ou vocês querem ficar por mais tempo sem dinheiro?

— Não! – meu pai responde de imediato. – Um mês está ótimo.

— Temos mais tempo para discutir sobre. – Heitor diz se colocando de pé.

— Tudo bem. – respondi.

— Vamos Noah! Até mais Miguel. – apertou a mão do meu pai – Sabina. – apertou a minha também em despedida.

— Eu os levo até a porta. – papai diz. Noah me olhou e saiu sem dizer nada. Como eu já esperava de seu "Cavalheirismo".

Sai do escritório logo atrás deles e subi para o meu quarto sentindo algumas lágrimas invadirem meus olhos.

Agora não teria mais volta. Minha vida mudará, tenho certeza. 

Ouço uma batida na porta e sem esperar minha resposta papai entra.

— Está tudo bem? – pergunta se sentando na cama e me olhando, enxuguei meu rosto e me sentei.

— Tá sim.

— Me desculpe por te fazer passar por isso.

— Tudo bem pai agora vamos recomeçar, ou tentar.

— Obrigado! – me abraçou.

— Estou fazendo isso por nós, você sabe.

— Sei sim, agora vou te deixar descansar.

— Tudo bem, boa noite!

— Boa noite, querida. – me beijou e saiu do quarto. Assim que ele saiu do quarto eu corri para o banheiro. Eu precisava de uma banho para relaxar.

Demorou um pouco até eu pegar no sono.

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