Capítulo 39

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Subimos os duzentos degraus e aqui estamos. A vista é maravilhosa!

Eu podia estar apreciando a vista se não tivesse um Noah reclamando no meu ouvido!

- Você é maluca! E está me devendo uma um par de pernas novas. Tem ideia do trabalho para deixar minhas pernas assim? Daqui a pouco elas vão estar mais finas que um palito de dente! Você tem problemas! Subir tudo isso? Olha como eu estou! Você...- o interrompi.

- Noah, olha isso! Olha essa vista! Me diz, isso tudo não valeu a pena?

- Ver o que? Eu só vejo um monte de carros andando de um lado para o outro. - revirei os olhos e o puxei para minha frente.

- Você está vendo errado, vê de novo.

- Ainda quer mandar nos meus olhos? -- revirei os olhos novamente. Com Noah ao seu lado, isso se torna tão automático.

- Você é insuportável! Tem certeza que você é cem porcento hétero? Juro que tento não duvidar mas cada hora é um ataque de diva pior que o outro! - ele se vira para me encarar.

- Como é?

- Quer saber? Sim, isso mesmo o que acabou de ouvir! Você no mínimo não se descobriu e fica ai se fazendo de cem porcento hétero que pega várias para provar que não é. Nem eu tenho tanto ataque assim! Na verdade, nem gays tem tanto ataque assim. Você com certeza é um ser de outro planeta que caiu aqui por engano! - ele me olha surpreso e depois sorri.

- Pensei que ia negar novamente!

- Eu apenas...- ele me interromepeu com um puxão que me deu pela cintura. - N -não vou negar pois você me dá motivos para achar essas coisas.

- E se eu te desse motivos para provar o contrário? - me puxou colando nossos corpos.

Respiração falhando novamente.

- E-eu estou muito bem, obrigada.

- Tem certeza? - arqueou uma de suas sobrancelhas.

- Noah, não enche! - tentei me separar dele. Resultado? Sem sucesso! - Dá para me soltar?

- E por que eu faria isso?

- P-porque estamos em público!

- Estou me importando tanto! - ironizou.

- Você é...- sou novamente interrompida, mas dessa vez pelos lábios de Noah. Sim ele me calou com um beijo. O beijo foi calmo. Meus braços enlaçaram seu pescoço e os seus minha cintura. Isso está tão bom... Me separei dele ofegante. - Chega! - me afastei para ver a incrível vista lá em baixo e recuperar o folego.

- Que foi? - me abraçou por trás.

- Eu só... eu não sei. Qual é a de ficar me beijando o tempo? E nem diga que é doação, juro que te jogo se disser isso. - ele riu

- É proibido beijar você por acaso?

- Você me deixa confusa. - suspiro. Ele me virou para de frente para ele.

- O que há de errado? Sentimos algo certo? - estou tremendo. - Do tipo, desejo. Não temos do que fugir, podemos aproveitar. Para que fazer de algo tão simples algo tão complicado?

É como se Júlia estivesse na minha frente.

- Nós já conversamos sobre isso.

- Não conversamos não! Tem medo de que? De se apaixonar por mim? - riu. - Eu sei que sou apaixonável mas isso não vai acontecer.

Talvez porque já aconteceu, né idiota?

- É claro que não! Mas como sabe, o destino. Ele pode mudar o rumo das coisas.

- Eu não acredito em destino!

- Problema seu, eu acredito e isso é o que importa. - lhe empurrei. - Eu estou com fome, vamos comer alguma coisa? - sai a sua frente.

Era tudo o que eu precisava, ficar mais confusa que antes.

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