Capítulo 47

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No dia seguinte, acordo como sempre, as seis da manhã. Noah estava dormindo ainda. Me levantei e peguei minhas roupas entrando no banheiro. Tomei um rápido banho, assim que sai e Noah já estava acordado.

— Bom dia! – digo indo direto para a frente do espelho grande.

— Bom...– boceja – dia!

— Dormiu bem?

— Não sei, eu estava dormindo! 

— Mal começou o dia! – digo escovando meu cabelo.

— Sabe como é... – revirei os olhos. — Já vai para faculdade?

— Sim, tenho que falar com a diretora e logo depois ir para o hospital. Eu entro as oito.

— Eu te levo!

— Não precisa, eu pego um táxi! – ele revira os olhos.

— Deixa de frescura, eu vou só tomar um banho.

— Tudo isso para não me dar um carro? – provoco.

— Ainda com essa história? Desencana! – diz entrando no banheiro.

— Eu tenho meus direitos! – cruzei os braços.

— Claro que tem, menos o de ter um carro e sair atropelando pessoas bonitas como eu! – retrucou ainda no banheiro.

— Você é ridiculo! – ele riu.

Arrumei minha bolsa e aproveitei para terminar de ajeitar o meu cabelo. Sai do quarto e assim que cheguei no primeiro andar, senti um cheiro de café delicioso.

— Maria, eu estava morrendo de saudade do seu café! – digo entrando na cozinha lhe pegando de surpresa.

— Já acordada?

— Tenho estágio.

— Vocês mal voltaram de viagem.

— Já fiquei muito tempo longe de tudo, estou precisando focar mais nos estudos.

— Entendo.

— E Linsey? – pergunto me sentando no balcão.

— Ih! Essa só vai acordar lá para as onze ou uma da tarde.

— Já previa. – ela riu.

— E Noah?

— Tomando banho. – Maria me serve uma xícara de café. – Obrigada!

— Por nada flor! – sorriu mas depois voltou a ficar séria. — Sabina, esse casamento...

— Sim, e foi um momento de desespero onde eu estava confusa, papai fazendo pressão sobre mim e acabei aceitando. – digo antes de soltar um suspiro. — Não me orgulho, não pense que foi tão fácil. Um lado meu se arrepende perdidamente, mas outro lado... por outro lado não me arrependo nenhum pouco. É complicado. – digo antes de tomar um gole do café.

Maria sempre saca as coisas de primeira, é óbvio que ela não iria cair nessa. Não me conhecendo a tanto tempo.

Ela segura minhas mãos e me encara.

— Vocês parecem se dar bem.

— As vezes queremos nos matar, mas outras vezes... eu não sei explicar. – dou de ombros.

— Gosta dele? – me encarou.

— Pior é que eu gosto! – faço uma careta com a confissão e ela sorri. — Não queria gostar, mas gosto.

— Ele também parece gostar de você.

— Ele gosta, mas não dessa maneira. – a encaro. — Ele só está tentando fazer com que dê certo.

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