Capítulo 59

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Assim que entrei na sala do hospital Júlia me encarou.

— Chegou cedo. – me abraçou. — Você está gelada, está tudo bem? – me olhou preocupada.

— Sim, está. Eu estou bem. – sorrio tentando tranqulizá-la.

— Como está meu afilhado?

— Bem. – eu sorri.

— Essa carinha quer dizer que deu tudo certo? – afirmei. — Eu sabia, você é tão bobinha. – se sentou.

— Você sabe, eu fiquei apavorada. – digo guardando minha bolsa no meu armário. — Mas no fim deu tudo certo, houve declaração e tudo.

— Eu deveria ter apostado uma ótima grana com você sobre Noah sentir o mesmo que você, estaria com uma ótima grana agora.

— Sim, você estava certa. – digo vestindo meu jaleco.

— Eu raramente estou errada com algo. – sorriu. — Mas agora não podemos ir mais para Las Vegas! – me olhou fazendo um beicinho.

— Eu e Noah nem conversamos sobre isso, mas podemos viajar depois. Nossa viagem ainda está de pé.

— Ótimo! – riu animada.

— O que temos para hoje? – perguntei passando álcool gel em minhas mãos.

— Vamos ficar na emergência mais tarde. Transferiram algumas pessoas para a clínica e Marcos teve que ir com eles. Agora vai ser o Flávio quem vai ficar nos monitorando. Ainda essa semana vamos ter aquele simulado.

— Meu Deus, o simulado! – digo em desespero.

— Sabina, você precisa contar para eles. Sabe que você vai ter que se afastar de algumas áreas, mas não pode deixar de informá-los com antecedência.

— Eu sei, mas eu quero ir ao médico primeiro para saber se está tudo bem.

— Certo. – pegou sua prancheta inseparável. — Vamos? – afirmei e sai da sala ao seu lado.

— Como está os preparativos para o casamento?

— Está tudo indo bem, tirando o fato da mãe do Daniel querer mandar em tudo o tempo todo. – bufou frustrada. — Tudo o que eu sugiro ela coloca defeito.

— Isso é o que eu chamo de sogra pé no saco. – digo rindo.

— Você não tem noção, parece que o casamento é dela e não meu. E você não sabe, ela fez questão de convidar a ex do Dani. Você acredita?

— Ela quer acabar com o seu casamento. – afirmei.

— E você acha que eu não sei? Aquela mulher é o cão de saia! – soltei uma risada.

Durante todo o dia nós ficamos em diferentes áreas, fizemos algumas visitas e adiantamos algumas consultas. Durante o almoço não consegui comer muito, qualquer coisa me deixava enjoada.

No início da tarde, entramos na emergência e estava até tranquilo. Nem todos estavam ocupados, estavam bem tranquilos na verdade. Júlia entrou na sala de curativos e eu fiquei andando pela sala de espera, até que percebi uma mulher sentada mais afastada com uma garotinha nos braços. Seu olhar era de puro desespero enquanto tentava acalmar a pequena menina. Preocupada, me aproximei de ambas.

— Com licença, o que há com sua filha? Ainda não foi atendida? – questionei.

— Ainda não. – diz trêmula, era bem jovem. — Ela não consegue respirar direito, eu não sei o que fazer! – diz com os olhos marejados.

Casamento Por Contrato Where stories live. Discover now