Your Favourite Boy | ✓

By fefacarvalhox

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Maeve Walsh tinha a vida dos sonhos em Nashville. Era popular, capitã das líderes de torcida, namorava o cara... More

your favourite boy
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chapther twenty six
chapther twenty seven
chapter twenty eight
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chapter thirty
chapter thirty one
chapter thirty two
chapter thirty three
chapter thirty four
chapter thirty five
chapter thirty six
chapter thirty seven
chapter thirty eight
chapter-thirty nine
chapter forty
chapter forty one
chapter forty two
chapter forty three
chapter forty four
chapter forty five
chapter forty six
chapter forty seven
chapter forty eight
chapter forty nine
chapter fifty
agradecimentos

chapter seven

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By fefacarvalhox


     Passava das onze da noite quando Pete me ligou dizendo que Robert estava muito louco no bar e não o estava deixando fechar. Um suspiro alto deixou meus lábios antes de me levantar da cama e pegar uma camiseta sobre a cadeira.

     Procurei a chave do meu carro por todo o quarto e sala, e só depois de quase vinte minutos perdidos me lembrei que deixei meu carro na oficina para trocar o filtro de óleo e limpar o ar condicionado.

— Droga - resmunguei

     Sobre o móvel da sala estavam chaves diferentes do Corvette, imaginei ser da Maeve e então pensei se ela poderia me emprestar o carro. Voltei ao andar de cima e bati levemente em sua porta, alguns segundos depois ouvi a maçaneta sendo girada e então, ao abrir a porta, vi Mae em um pijama adorável de frio que imitava pelúcia, cinza e pantufas de urso.

— Aconteceu alguma coisa?

— Você está adorável - não resisti o comentário, ela sorriu ao cruzar os braços e apoiar o corpo no batente da porta - Eu deixei meu carro na oficina, mas preciso ir a um lugar, eu poderia ir com o seu carro?

— Não vai usar meu carro pra transar - avisou

— Não - tratei de negar - Não faria isso. É só algo que eu preciso resolver, rápido.

— Tudo bem, pode usar. - espreguiçou-se

— Obrigado, boa noite - disse rapidamente antes de deixar um beijo em sua testa e descer até a sala.

     Peguei as chaves e deixei o apartamento. Enquanto descia até o térreo notei que a marca na chave era da "Ford", entretanto, o Corvette é da Chevrolet o que me causou uma leve confusão até o momento em que destravei o alarme na chave e o carro que apitou, na verdade, foi um Maverick 1976, azul metálico, reluzente, com duas faixas brancas.

     Eu precisei parar ao lado do carro por alguns minutos para admirar o veículo.

     Impecável.

     E não seria menos por dentro. Os bancos de couro preto, o rádio era novo, mas o carro estava impecável.

     O trajeto até a Furious é rápido e eu estava completamente maluco com o ronco desse motor. Assim que sai do carro, travei-o e me direcionei para dentro do bar.

     Robert estava deitado em um dos sofás do local e Peter estava mexendo no celular.

— O que aconteceu? - perguntei ao meu sócio

— Parece que ele chegou atrasado hoje na aula e, bom, você sabe - não prolongou o assunto, e nem precisava. Eu sabia muito bem o que ele queria dizer.

     Caminhei até meu amigo completamente apagado e o chamei algumas vezes, até que ele acordasse.

— Robert, você precisa ir pra casa - avisei assim que ele abriu os olhos.

— Não - respondeu após alguns minutos

— Está tarde, a gente pode até de deixar mais sóbrio, mas você precisa ir pra casa

— Mas, meu pai... - ele não teve tempo de concluir a sua fala quando o vômito chegou primeiro, mas Peter foi esperto o suficiente pra deixar um balde por perto.

— Eu sei que você pode ter problemas, mas eu não tenho como te levar para o meu apartamento mais, e o Peter também não. - expliquei - Robert, você precisa parar com isso, o álcool não vai resolver seus problemas

— Eu sei disso, Ethan. Mas as coisas não estão muito boas, principalmente pelo fato de que as provas finais estão chegando. - sentou-se.

     Eu olhei para Peter e seu olhar transmitia o mesmo sentimento do meu. Eu sei dos problemas que Robert tem em casa quanto a faculdade e seu pai, e ele sempre foi um cara que descontava tudo no álcool, mas as coisas têm piorado nos últimos meses.

— Vamos lá, o Peter vai te levar pra casa - falei ajudando-o a se levantar do sofá

— Eu vou? - meu sócio me encarou

— Vai, porque eu estou com o carro da Mae.

— Olha só, vocês já estão até emprestando carros - brincou Robert se enrolando nas palavras - Está ficando sério. - ele riu sozinho.

— A gente se vê, irmão - disse assim que Peter o levou para fora do bar.

     Eu desliguei todas as luzes do local e tranquei a porta assim que sai do bar.

     O bar estava lotado.

     Sextas sempre são os dias mais cheios, vejo Shan e Becky de um lado para o outro, se esbarrando por algumas vezes, atrás do balcão. Como na última semana Pete fechou o bar, essa semana é minha vez.

     Eu conheço boa parte dos universitários que estão aqui, geralmente são sempre os mesmos. Tem pelo menos 300 deles aqui.

     A ideia de abrir um bar foi minha, Pete e eu estávamos conversando sobre grana e ele disse que a única coisa que dava dinheiro de verdade na faculdade era bar, e eu pensei: Por que não?

     O Furious Bar existe há quase três anos e estamos muito bem, obrigado!

     Pete cuida dos pedidos e recebimentos de bebida, já eu administro o dinheiro que entra e sai do caixa.

— Vou pegar mais uma, quer? - Robert questiona ao se levantar do estofado. Ele já está muito bêbado.

— Não, ainda tenho metade, valeu. - apontei para a garrafa de cerveja a minha frente e meu amigo apenas acenou com a cabeça e caminhou em direção ao bar

     Eu deveria dizer a ele que ele deveria parar de beber, mas Robert não escuta ninguém, nunca. Ele sempre faz o que bem entende e quando quer sem se preocupar com as consequências. E não, eu não estou me isentando da responsabilidade, jamais, mas eu já passei muitos anos tentando ajudar ele, e eu fiz o possível para ele parar com o álcool, até proibi meus funcionários de venderem bebida para ele, mas não resolveu em nada porque ele achou outro bar para encher a cara.

     Eu amo meu amigo e eu me preocupo pra caralho com ele, mas eu não posso impedir ele de cometer erros, ele, e só ele, sabe da vida dele e o que acontece dentro de casa, eu não posso tomar decisões por ele, o que eu posso, e sempre faço, é apoiá-lo e segurar a barra pra ele não cair.

     Rodei o local com os olhos e notei que uma garota de cabelos ruivos encaracolados estava caminhando em minha direção. Eu tento buscar na minha memória se eu a conheço, mas não tenho tempo de pensar quando ela se debruça sobre a mesa e me encara.

— Ethan Quinn... - ela cantarola meu nome

— Oi... - prolongo o cumprimento esperando que ela diga seu nome

— Sadie - resmunga

— Sadie, oi

— Você não se lembra de mim? - se senta no lugar onde meu amigo estava

— Não... - esquadrilho seu rosto na esperança de reconhecê-la, mas nada me vem à mente - Definitivamente não, sinto muito, sou péssimo com nomes e fisionomias

— Eu imaginei, até porque, quando você transou comigo, você me chamou de Maeve - e nesse momento eu parei de escutar o que ela dizia.

Eu não tenho a menor ideia de quem ela seja, mas eu transei com ela, mas, cacete, eu a chamei de Maeve?

Porra.

— Quando a gente transou? - perguntei de repente

— Faz dois meses, eu acho. Mas continuando... - e novamente eu deixei de ouvir o que ela dizia

     Há dois meses atrás, eu transei com uma garota e eu a chamei de Maeve enquanto o meu pau estava dentro dela. Mas que porra, Ethan.

— Olha, Sadie, foi muito legal te ver, mas eu preciso ir - apressei-me em me despedir e quando eu estava prestes a sair em direção ao escritório a porta do bar foi aberta e por ela passaram Charlise, Maeve e uma outra garota que eu nunca havia visto por aqui.

     Maeve não tinha a melhor feição, mas ela estava linda em um poncho bege, calça preta e bota que vai até seu joelho. Seus cabelos estavam levemente bagunçados por causa do vento lá fora.

     Eu estava parado apenas observando a garota dos olhos castanhos conversando com as amigas enquanto rodava o local com os olhos, e esses mesmos olhos se espremeram quando ela sorriu ao me ver, um aceno foi o bastante para fazer minhas pernas e meus pés se moverem na sua direção.

— Não imaginei que estaria aqui - comentou Mae assim que eu parei ao seu lado

— Eu tenho que fechar o bar hoje, então... - dei de ombros

— Você trabalha aqui? - quis saber

— Eu sou o dono - olhei-a pelo canto dos olhos

— E quando ia me contar que você é dono de um bar? - ela se virou para me encarar enquanto mantinha um sorriso mínimo nos lábios

— A gente já chegou nessa parte? - zombei e então seu sorriso se alargou mas tão logo o sorriso sumiu quando Charlise a avisou:

— Shan está vindo. - olhei por cima dos ombros da minha colega de apartamento e vi o rapaz de olhos puxados se aproximando.

— Mae - chamou ele assim que parou atrás da garota que virou enquanto revirava os olhos - Eu sinto muito, eu só sou...

— Não precisa se explicar. Você já falou tudo isso e eu já entendi - a garota foi direta com o meu funcionário e me deixou curioso em saber que burrada ele cometeu dessa vez

— Mas...

— Eu falei sério, Shan. - ela o encarou - E aqui não é nem hora e nem lugar pra isso. Você está trabalhando e o seu chefe está bem aqui na sua frente - apontou pra mim - Depois a gente conversa - disse ela por fim dando as costas ao rapaz

— Problemas no paraíso? - a garota de cabelos brancos perguntou

— Ele me ligou hoje pra perguntar sobre o incêndio no prédio - resmungou

— Mas isso faz o que? Quase um mês? - constatei

— Exatamente, e o otário só se preocupou agora - retrucou Charlise

— Mas qual o erro nisso? - a garota quis saber

— Não disse que é um erro, mas, espera-se que quando alguém se importa realmente com você, ela seja uma das primeiras pessoas a te procurar quando algo de ruim acontece. - explicou Mae

— Tipo o Ethan, que na manhã seguinte ao incêndio procurou por nós e ajudou a Mae - a garota de cabelos encaracolados sorriu para mim

— Exatamente - concordei

— Mas o Shan só se preocupou hoje, ou seja, se a Mae estivesse morta ele não saberia, porque ele é um otário. E é por isso que estamos aqui. Encher a cara. - a garota se virou para Becky - Tequila, baby - cantarolou e logo a loira despejou o líquido em quatro copinhos.

     Charlise entregou um dos copos para Mae, um para mim e estendeu um para a outra garota, que recusou.

— Qual é, Sarah, vamos lá. - encorajou

— Eu não bebo

— Tem sempre uma primeira vez pra tudo - disse Mae

— Eu não sei...

— Uma só? - insistiu Char e, após um suspiro pesado, a garota aceitou o copo.

Cada um de nós pegou um pouco de sal e as fatias de limão estavam sobre o balcão.

— Arriba, abajo, al centro, y adentro! - gritamos e então passei a língua no sal nos meus dedos, bebi o líquido que desceu queimando e em seguida chupei a fatia de limão a jogando sobre o balcão.

     Observei a feição das garotas que estavam em completas caretas, eu sorri para Sarah enquanto ela se recompunha do shot.

— Deus, isso é horrível - afirmou ela limpando os lábios

— Eu quero ver se você vai falar isso daqui dois anos - brincou Mae - Eu aceito mais uma, Becky

— Eu também aceito - disse Charlise

     A loira serviu mais dois shots para as garotas, Mae passou sal pela parte de cima da mão, pegou o shot, brindou com a amiga e então eu presenciei uma das cenas mais bonitas da noite.

     Mae passou a língua pela parte de cima da mão arrastando o caminho do sal até sua boca, em seguida virou o líquido e chupou a fatia de limão que estava sobre o balcão.

     Deus sabe que eu não queria ficar encarando demais, mas aquilo foi tão sexy.

     Céus, eu preciso transar.

     Logo criei uma desculpa para poder me afastar das garotas e me direcionei até o escritório no andar de cima.

— Aí, meu deus, aqui não é o banheiro - a garota que veio com Mae e Char disse assim que abriu a porta do escritório, eu acabei por rir da sua afirmação

— O banheiro é a última porta à direita - esclareci

— Eu me perdi aqui em cima - comentou ela é eu notei que suas bochechas ficaram vermelhas

— Às vezes até eu me perco - brinquei e ela sorriu antes de se afastar e encostar a porta da sala novamente

     Não muito depois, a garota tornou a aparecer na sala, mas dessa vez ela apenas agradeceu.

— Eu sou péssimo com nomes... - afirmei na intenção de que ela me dissesse o seu nome

— Sarah - e assim ela fez

— Sarah... - repeti e ela sorriu

— Mais uma vez, obrigada - disse dando um passo para trás

— Você não quer se sentar? - ela me olhou por baixo dos cílios loiros e ponderou por alguns segundos, adentrando a sala e se sentando em uma das cadeiras - Ethan - apresentei-me

— Eu sei - ela riu de forma leve e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha - As garotas da Kappa te idolatram - afirmou me fazendo rir

— Você é tão...

— Branca? - me interrompeu

— Eu ia dizer bonita, mas você também é branca - ri

— Eu sou albina - esclareceu

— E é ruim? - me interessei

— Era pior quando eu era menor, hoje me acostumei. Eu sou extremamente sensível ao sol, minha pele se irrita fácil, eu preciso passar protetor solar dos pés à cabeça, estar sempre protegendo os olhos...

— Deve ser difícil

— As pessoas tinham medo, depois de Crepúsculo, alguns colegas de escola tinham certeza que eu era uma vampira. - riu - Mas eu soube lidar com toda a atenção sobre mim - torceu a boca

Eu e Sarah passamos um bom tempo conversando, até que seu celular apitou uma nova mensagem.

— É a Mae - comentou - Elas estão indo embora

— Então vamos, eu te acompanho – me levantei junto a ela e descemos até o bar

     Ao nos aproximarmos das garotas, ambas nos olharam com uma das sobrancelhas arqueadas.

— Já vão? – perguntei na intenção de evitar perguntas constrangedoras

— Sim, nós vamos, a velha da Charlise está com sono – disse Mae

— Eu também estou um pouco cansada – disse Sarah fazendo Mae negar com a cabeça e virar um gole da sua bebida

— Você não está? – perguntei a minha colega de apartamento

— Nem um pouco – tornou a virar um gole da bebida – Porém, estou de carona hoje, então... – deu de ombros

— Quem está dirigindo? – questionei e Charlise levantou a mão enquanto sugava sua Piña Colada pelo canudo

— Quer ficar? – perguntei a Mae – Eu estou de carro, e bem, nós vamos para o mesmo lugar – falei de forma obvia

— Ótimo, eu vou ficar – sorriu ao chamar Becky com um aceno pedindo mais um drink – Esse é por conta do chefe – me olhou por cima dos ombros e ergueu as sobrancelhas me fazendo rir

— Tchau para vocês – disse a garota de cabelos cacheados dando um beijo no meu rosto e em seguida um no rosto da amiga, já Sarah acenou rapidamente seguindo Charlise porta a fora

— E então, gostou? – perguntou Mae depois de algum tempo. Eu a olhei tentando entender do que ela estava falando

— Da roupa? Gostei, você combinou com a cor, embora eu prefira sem – disse sem olhá-la mas ouvi quando ela riu

— Como pode saber se nunca me viu sem roupa? – apoiou-se, ao meu lado, no balcão

— Eu tenho uma boa imaginação – olhei-a pelo canto dos olhos e a vi rir e negar com a cabeça

— Eu estava falando da Sarah – explicou – Vi vocês juntos, quis saber – se virou para mim

— Não era você que não queria falar sobre relacionamentos e vida sexual? – a garota revirou os olhos

— Por acaso vocês já transaram? – cruzou os braços no peito e estreitou os olhos

— Não, que tipo de pessoa você pensa que eu sou? – coloquei a mão sobre o peito fingindo ter me ofendido

— Então não estamos falando sobre relacionamentos ou sexo – retrucou de forma óbvia e foi a minha vez de rir

— Ela é bonita – comentei e a garota assentiu – Mas, e o lance com o Shan, era sério?

— Isso é falar sobre relacionamentos

— Qual é, Mae. Estamos morando juntos há quase um mês, somos amigos, não somos? – questionei e a vi ponderar – Mae – repreendi e ela sorriu

— Ok, somos amigos – eu sorri – Mas eu não quero falar sobre isso aqui – ela apontou por cima dos meus ombros e eu segui com o olhar na direção em que a mesma apontou e vi Shan não muito longe de nós

— Vamos para o escritório então – sugeri e após Mae dar o último gole em sua bebida, nós subimos em direção ao escritório

     Ao adentrarmos a sala que continha apenas uma estante de livros do Peter, uma mesa, três cadeiras e um sofá, eu fechei a porta e Mae logo se sentou no sofá, já eu apoiei meu quadril na mesa de frente a ela.

— O lance com o Shan nunca foi mais do que sexo – ela disse de repente

— E por que a Charlise ficou tão brava por ele não ter te procurado?

— Eu estou com ele há mais de dois anos e apesar de não ser nada sério, é muito tempo para alguém não se importar

— Você só fica com ele? – questionei e a mesma assentiu

— Isso, na verdade, foi um pedido dele – deu de ombros

— Então vocês estão namorando – constatei de forma obvia

— Não. Ele nunca pisou no meu apartamento e eu nunca fui à Beta Teta com ele, apenas nas festas

— E onde vocês... – deixei a pergunta implícita e Mae riu nasalado

— Hotéis e as vezes no carro, mas jamais no quarto dele – enfatizou

— E por que não?

— Já tive problemas com isso. Não cometo o mesmo erro duas vezes

     Antes que eu pudesse falar qualquer coisa, o toque do celular da garota ecoou na sala e rapidamente a mesma atendeu.

     Não prestei tanta atenção na sua conversa mas notei que era sobre alguma corrida, e por mais que eu tenha sentido uma instantânea preocupação. Eu sei muito bem que ela faz isso há mais tempo que nos conhecemos ou convivemos, mas eu sei muito bem como essas coisas funcionam e sei que ela pode encontrar um cara louco que irá bater na traseira dela de proposito e se isso acontecer, as coisas podem ficar bem ruins.

— Quando você fecha o bar? – a pergunta toma minha atenção novamente

— Daqui vinte minutos – constatei após verificar as horas

— Eu tenho uma corrida, você pode me levar até o um lugar?

— Claro

     Maeve me guiou até um galpão aparentemente abandonado no lado sul da cidade. A garota logo saiu do carro em direção ao portão do local o destrancando, em seguida ela acenou para que eu avançasse até a porta de enrolar. Depois de desligar o carro, eu saltei do mesmo e caminhei até a garota que parecia ter problemas com o cadeado.

— Essa merda sempre emperra – resmungou antes de puxa-lo com uma força maior e assim o abrir

— Você deveria trocar o cadeado – comentei antes de passar para dentro do galpão

— Você nem chegou aqui e já está criticando? – insinuou

— Não, jamais, foi só uma sugestão – passei a mão pelos cabelos. Quando eu fiquei nervoso perto dela?

     Uma súbita claridade tomou minha visão e após piscar repetidas vezes pude ver um brilho preto no canto do local, meus olhos logo seguiram na direção esquerda encontrando a porra de um Camaro 1969 SS, preto, lindo, brilhante, reluzente...

     Instantaneamente meus olhos se arregalaram e um sorriso desacreditado tomou meus lábios.

— Você só pode estar de brincadeira comigo – comentei ainda imerso a recém descoberta de que a garota com quem eu atualmente estou dividindo meu apartamento tem três carros incrivelmente fodas

— É lindo, não é?! – assumiu parando ao meu lado

— Quando você iria me contar que tem três carros incríveis? – a olhei e a garota apenas riu antes de propor algo inesperado:

— Quer ir pra corrida comigo?

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