Draco estava sentado em sua cama, ainda em estado de choque pela notícia que havia recebido; sua mãe veio logo atrás, trancando a porta e sentando na frente de seu filho.
— Meu filho, você está bem? — Ela perguntava, visivelmente nervosa, tocando no rosto de Draco. — Não sabia que ele seria capaz de fazer isso, que monstro!
— Ele é capaz de qualquer coisa mãe! — Draco disse, sua voz falhava pelo medo que estava sentindo; parecia que suas forças haviam ido embora. — Eu não vou aguentar isso.
— Você não vai fazer, meu filho. — Ela o puxou para um abraço, e ele retribuiu aquele abraço fortemente dando espaço para as lágrimas que agora caiam descontroladamente de seu rosto de semblante desesperado. — Vamos fazer o possível e o impossível para salvar a vida de Hermione.
— E de Dumbledore? — Draco pergunta, Narcissa suspirou. — Eu não posso matar Dumbledore.
– Infelizmente Dumbledore terá que morrer. — Narcissa disse, abaixando a cabeça. — Ele já sabe que irá morrer e isso facilita o plano.
— Como??? — Draco arregalou seus olhos, sem entender. — Ele aceitou a própria morte? Dumbledore é extremamente maluco.
— Ele não é maluco, ele é sábio. — Narcissa respondeu, dando um pequeno sorriso. — Mas ele aceitou a própria morte por que ele sabia que isso um dia iria acontecer.
Draco estava confuso, como alguém aceitaria a própria morte com tanta tranquilidade igual à Dumbledore? em sua cabeça, ele xingava Dumbledore de burro várias vezes.
— Mas sobre Hermione, ela não vai morrer se é isso que está te preocupando. — Ela disse, enquanto bagunçava o cabelo de Draco. — Nosso plano está dando certo, não tem o porquê dar errado logo agora que precisamos ser ágeis.
Draco suspirou e assentiu com a cabeça, mesmo sabendo que sua mãe estava segura com seu plano e que por mais que parecesse impossível Dumbledore estava em seu lado à pedido de Snape, ele imaginava, que nada poderia dar errado na execução do plano deles (no qual, ele sabia bem pouca coisa. ) mas imprevistos acontecem.
— Eu não quero mais ser mensageiro. — Draco disse, sua mãe suspirou, sabia que ele não pudia sair do plano de Voldemort nem tão cedo e por fim, sabia que precisariam voltar até sua sala de jantar e encarar Voldemort depois do que Draco havia feito; ela havia 100% de certeza de ele daria algum tipo de consequência para o ato de seu filho, e não seria bom.
°
Hermione não havia dormido ainda, apesar de ela ter dito para seus amigos que estava cansada e que iria para seus aposentos, e eles entenderam pelo fato do dia ter sido cansativo para todos eles; Rose e Scorpius dormiam do seu lado, os dois com semblantes tranquilos sabendo que nada os aconteceria enquanto tivessem na Toca. É o que eles pensavam e nada tiraria isso de suas cabeças, mas Hermione não parecia nada tranquila e não parecia que o sono iria lhe visitar tão cedo. Ela se levantou devagar e se sentou na janela, observando para a plantação do lado de fora da casa de Rony.
Seu colar brilhara à algum tempo atrás, seu toque foi correspondido, mas depois disso, Draco não havia tocado em seu colar novamente; ela estava se preocupando atoa, obviamente ele estava fazendo algo melhor ou talvez dormindo, seu dia talvez tenha sido cansativo que nem o dela foi; Ela pensava em talvez escrever uma carta, perguntando como havia sido o dia dele mas tinha medo desta mesma carta cair em mãos erradas, como nas de Lucius Malfoy (Já que Hermione não imaginava que, todas as cartas que estavam sendo enviadas para a Mansão Malfoy seriam confiscadas, nenhuma passaria em branco: tanto as que chegavam quanto as que saíam; a partir do momento que o Lorde estava lá, poderiam facilmente vazar informações através de cartas.)
Ela suspirou novamente, talvez o décimo quinto suspiro que dava apenas naquele dia pensando em como o garoto que ela gostava estava.
De longe, ela viu a silhueta de uma pessoa sair e se sentar na grama da casa de Rony, logo depois, outra pessoa com cabelos enormes e ruivos se juntou à ela; Harry e Ginny finalmente estavam tendo um tempinho juntos sem o incômodo de ninguém e sem a sessão de perguntas da senhora Weasley. Ela desejava ter aquele momento com o garoto que ela gostava e que claramente havia reciprocidade da parte dele também, mas nada era tão fácil, pelo menos não para eles.
— Mamãe? — Rose à chamava, com a voz ainda sonolenta e fazendo Hermione voltar para o quarto já que agora ela estava com a cabeça em Malfoy. — O que faz acordada?
— Rose. — Hermione havia tomado um pequeno susto, enquanto saia da janela; Rose se levantou para ver o que tinha na janela que sua mãe estava observando, deu de cara com Ginny e Harry se beijando, ainda sentados no gramado.
— Eca, que nojo. — Rose disse, fazendo careta para a cena que observava, Hermione estranhou a reação da menina ao olhar seus tios e retornou até a Janela, vendo que aquele beijo já não estava mais no limite do aceitável; ela arregalou um pouco os olhos e fechou as cortinas, afastando Rose da janela e olhando para a pequena.
— Nunca faça aquilo que seus tios estão fazendo até você ter 16 à 18 anos, entendeu? — Ela disse, vendo que a menina estava com os olhos meio arregalados. — Entendeu, Rose?
— Entendi mãe. — Ela respondeu, logo voltando para a cama e deitando ao lado de seu irmão. — Eu só ia perguntar se a senhora havia recebido alguma carta do meu pai, não queria ter visto aquilo.
— Eu sei meu bem, e não recebi nada do seu pai, amanhã conversamos. — Ela cobriu Rose e Scorpius e se deitou rapidamente. "Meu Merlin, o que foi que acabou de acontecer?" Hermione pensava várias vezes, até dormir.
°
Draco finalmente havia criado coragem para ficar cara à cara com Lorde Voldemort e enfrentar as consequências que lhe esperavam por ter virado suas costas ao lorde, e por não saber o que iria lhe enfrentar, pediu à sua mãe para que ficasse sozinho para pensar um pouco; e assim ela fez, saiu do seu quarto e deixou seu filho ali.
Draco pegou a carta que estava no seu bolso, era uma pequena carta que ele havia entregado à Blaise para que ele entregasse a Hermione e que nunca chegou ao seu destinatário, ele abriu essa carta e desfez o feitiço que havia colocado na mesma, lendo devagar e sentindo que apesar de estar longe dela, ela estava tão perto dele o quanto pensava, ele lia novamente todas as palavras que havia escrito para ela desejando ter entregado para ela enquanto teve a chance.
Hermione
Talvez eu não seja a melhor pessoa do mundo, um garoto que faça amizade com seus amigos (Pelo fato deles e eu não nos darmos certo.) mas, eu faria de tudo por você, eu me arriscaria tantas vezes por você se precisasse me arriscar.
Eu me tornei uma pessoa melhor por você, me ajudou em tantas fases ruins sem ao menos saber que estava me ajudando naquilo! Me desculpa por todas as vezes que te xinguei e simplesmente te magoei, sei que isso não se apaga de repente mas eu realmente gostaria de recomeçar.
Eu gosto de você, Hermione, e pode acontecer milhares de coisas entre nós que eu vou continuar à gostar, pode vim milhões de obstáculos e eu vou continuar tendo esse sentimento por você, eu vou continuar tendo carinho pelos seus olhos, apaixonado pelos seus cabelos e amando o seu cheiro.
eu vou continuar lembrando de você à cada segundo por que é você quem me acalma, é pensar na minha grande sabichona que eu repito para mim mesmo, o que que a Hermione escolheria? e aí eu faço à escolha certa.
enfim, obrigado por tudo
saiba que eu amo você
seu Draco Malfofo. (Palavras de Rose, não minhas.. certo..minhas também) ♡
Draco pensou uma última vez, o que Hermione faria? Ela com toda certeza e bravura enfrentaria o Lorde Voldemort, por que ela tem coragem e gostaria que ele também tivesse essa mesma coragem; Ele saiu de seu quarto e foi acompanhado por sua mãe, que o esperava do lado de fora e que o observava com preocupação pelo que vinha à seguir; assim que eles pisaram os pés no grande salão em que Lorde Voldemort se apresentava, todos os olhares de comensais se viraram para ele, inclusive o do próprio Lorde Voldemort;
— Ora, Ora, olhem só quem voltou. — Voldemort disse, enquanto Draco se aproximava mais. — Olá...... menino Malfoy.
— Olá. — Draco respondeu, entediado, enquanto Lorde Voldemort se aproximava dele.
— Posso saber o por que me deu as costas, senhor Malfoy? — Voldemort perguntou, se aproximando mais uma vez de Draco. — Sabe que todo ato tem uma consequência.
— Sei, e eu tô pronto para assumir minhas consequências, por isso estou aqui. — Draco respondeu, suspirando logo depois, escutou a pergunta de Voldemort em seu ouvido "Garoto estúpido, por que saiu?" — Ande logo com isso, Voldemort, o motivo realmente não lhe interessa mas dar punições em pessoas sim, vá em frente.
Aquilo havia parecido um crucius em Voldemort e todos olhavam assustados agora, pelo semblante que havia em seu rosto, ninguém nunca havia falado assim com Voldemort (Exceto Harry); e como havia parecido como um crucius para Voldemort, nada melhor do que fazer a pessoa que lhe desrespeitou sentir o mesmo.
— Seu garoto Maldito, pensa que só porquê é o meu mensageiro pode me falar o que quiser? — Voldemort ergueu sua varinha. — CRUCIUS.
Draco caiu no chão sentindo uma dor agonizante, ele gritava tão alto que uma pessoa que estivesse no portão da Mansão Malfoy pudia escutar, seu grito era de acordo com sua dor: agonizante e insuportável! Narcissa Malfoy chorava vendo seu filho passar por aquilo, o colar que estava no pescoço de Draco saía de seu corpo à medida em que ele se contraía de tanta dor, Voldemort não estava com pena nenhuma, tanto que fez o mesmo começar à sentir mais dor do que sentia; o pingente do colar foi partido ao meio por causa do jeito que ele estava sendo jogado ao chão enquanto Draco se debatia.
O colar de Hermione havia ficado cinza escuro, nenhuma cor aparecia mais.. apenas cinza escuro.
Continua? ♡