Guerra é Guerra

By 1bitchwriter

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"-Tenha uma coisa em mente: Miranda Priestly pode perder uma batalha, mas nunca a guerra." * Capa feita pela... More

Capítulo I
Capítulo II
Capítulo III - parte 1
Capítulo III - parte 2
Capítulo III - parte 3
Capítulo IV
Aviso
Capítulo V
Capítulo VI
Capítulo VII
Capítulo VIII
Nota
Capítulo IX
Capítulo X
Capítulo XI
Capítulo XII
Capítulo XIV
Capítulo XV
Capítulo XVI
Capítulo XVII
Capítulo XVIII
Capítulo XIX
Capítulo XX
Capítulo XXI
• Aviso •
Capítulo XXII

Capítulo XIII

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By 1bitchwriter

  - Andrea, eu... Não deveria ter dito isso. Não assim. 

  - Não deveria ter dito que tirou a melhor chance do Nigel crescer, que manipulou toda aquela situação por interesse próprio? Por que será que eu não estou surpresa? 

   - Porque essa sou eu... 

  - Sim, essa é você. - Após limpar algumas lágrimas teimosas, Andrea levantou-se e foi em direção à saída do cômodo. 

  - Para onde você está indo? - Miranda questionou com o coração apertado. 

  - Para longe de você. - Foi a resposta que recebeu antes de ouvir a porta sendo fechada. 

    

  O líquido rascante desceu pela garganta da editora e ela fez uma careta, mas logo se acostumou com a sensação. Não era a fã número 1 do uísque envelhecido, mas era a única bebida que poderia acalmar seus nervos descontrolados. Os sentimentos que rondavam pelo corpo da editora eram raiva, por ter perdido completamente o controle de suas emoções, e medo, Miranda Priestly tinha medo de perder Andrea Sachs. A conversa não havia chegado nem perto de como imaginava que seria e estava certa de que a culpada era ela, a menina havia dito muitas coisas que tocaram em algumas de suas feridas, no entanto, todas verdades e ela? Ela teve uma crise ridícula de ciúmes e falou de uma situação mais ridícula ainda da pior forma possível, se Andrea decidisse ir embora depois daquilo, não a julgaria. Com esse pensamento, tornou a inundar seu interior com o líquido alcoólico com a intenção de afogar-se.

  Há alguns poucos metros dali, a jovem perdida em seus pensamentos caminhava pela propriedade carregando consigo toda sua confusão emocional. Tentou ir embora algumas vezes, mas seria um descaso, especialmente com as gêmeas. Tentou dormir, mas a desordem de sua mente falava alto demais para pegar no sono e assim, decidiu que precisava de um pouco de ar, precisava digerir. Enquanto o sereno caía sobre si, ela repassava todos os detalhes em sua mente como um flashback, em algum momento ela chegou a acreditar que aquilo daria certo, que elas poderiam até ser uma família, elas já pareciam com uma na hora do jantar, mas o que ela poderia esperar de Miranda Priestly? A mulher jogou com ela, com Nigel, principalmente, e por quê? 

  - Por um ciúme bobo. - E foi neste instante que Andy parou e pensou no que acabara de dizer, Miranda Priestly manipulou a todos naquele dia fatídico, pois estava insegura e com ciúmes. Não podia, não deveria sorrir, mas foi inevitável. - Inacreditável... - Ela sorriu ainda mais aberto em seu percurso apressado de volta para a casa. Enquanto isso, uma Miranda afetada por vários goles de uísque caminhava em direção à entrada, após procurar pela morena por todos os cantos da mansão. Quando estava indo para o seu terceiro copo, decidiu que se quisesse lutar por aquilo que sentia, deveria resolver aquela situação antes de irem dormir e não poderia estar bêbada para isso, então deixou a garrafa de lado e foi atrás da mulher que roubara seu coração.

  - Andrea, vamos conversar, por favor. - Foi firme ao encontrar a mais jovem vindo do jardim.

  - Você estava realmente com ciúmes? - Andy questionou surpreendendo a editora.

  - O que você acha? Escute, eu não deveria ter feito aquilo, me refiro à Paris e também à nossa conversa de mais cedo. Acontece que eu jamais senti por alguém um décimo do que sinto por você... Te disse uma vez e repito: para alguém como eu, sentimentos assim... Incontroláveis... São assustadores demais. Fui egoísta e manipuladora por proteção... Quis proteger a mim, pois realmente pensei que você nunca poderia me corresponder e quis proteger você também... De mim... E fiz isso da maneira que eu sei fazer. - Ela suspirou. - O que eu quero de dizer é que a única certeza que eu tenho nisso tudo é que eu amo você e que eu não mereço que alguém como você dê uma chance a alguém como eu, mas que, ainda assim, quero tentar. Eu entendo... - Ela limpou a garganta antes de prosseguir. - Eu entendo que aquele... Rapaz te inspire confiança, ele foi a sua realidade por anos e por isso, você sabe onde está pisando e a chance de ser quebrada é menor... Não posso garantir que não vou falhar, mas posso prometer que farei o meu melhor, não só por mim ou por você, mas pelas minhas filhas, que te amam como parte da família... Nós te amamos como parte da família. Então, se você permitir, eu gostaria de terminar perder o controle desse sentimento de uma vez por todas. - Miranda encarava a mulher em sua frente, que sorria como uma boba. - Pelo amor de Deus, diga algo! 

  - Ainda não consigo assimilar que vivi para ver Miranda Priestly com ciúmes. 

  - Andrea, eu não posso acreditar que de tudo o que eu disse, você só foi capaz de... - Foi interrompida por lábios ansiosos capturando os próprios.

  - Isso é um sim? - Miranda perguntou em meio ao beijo.

  - Por favor, não me incomode com as suas perguntas. - Andy disse trazendo o corpo da outra mulher mais próximo ao seu.

  - Atrevida. - Foi o que a mais velha respondeu antes de retomar os lábios da jovem com volúpia. 

  As duas mulheres caminharam aos beijos para o escritório, onde tudo havia começado. Miranda fechou a porta, certificando-se de passar a chave para que não houvesse nenhuma surpresa, sem deixar de beijar sua amante e frustrou-se ao sentir a mesma quebrando o contato, mas o sentimento se esvaiu quando viu a jovem começar a se despir em uma velocidade torturante. 

  - Movimente-se em ritmo glacial, Andrea, você sabe que eu adoro isso. - Miranda provocou em um tom sensualmente grave enquanto aproximava-se, mas foi impedida pela morena. 

  - Neste relacionamento você aprenderá o que é ter paciência. - Andy devolveu em um tom que fez o corpo da mais velha arrepiar-se. - Agora você vai ficar bem quietinha, enquanto eu tiro a roupa para você. - Miranda estava completamente envolvida no jogo, então sentou-se no sofá e observou sua menina virar-se de costas para ela enquanto tirava a blusa que vestia vagarosamente e então livrar-se dela por completo. Ela desabotoou a calça no mesmo ritmo em que seu quadril se movia ao som de uma música imaginária e Miranda, se possível, excitava-se ainda mais. Andy continuou seus movimentos até que sua calça fosse perdida também. Virou-se para encarar a editora, caminhou em sua direção vestida com apenas as duas peças íntimas, sentou-se em seu colo e a beijou de forma despudorada. As mãos de Miranda foram imediatamente para a cintura da mulher, que rebolava em suas pernas, trazendo-a para mais perto de seu corpo. Serpenteou até encontrar o fecho de seu sutiã, abri-lo com facilidade e jogá-lo para longe. Logo, suas mãos ganharam um novo percurso em direção aos seios expostos para agarrá-los com posse, fazendo-a gemer em satisfação. Andrea agarrou os fios de neve e mordeu o lábio inferior de Miranda e a sentiu jogá-la contra o sofá e colocar seu corpo contra o próprio. - Preciso me livrar disso... - Ela gemeu arrancando a blusa da editora de forma sôfrega. 

  - Quem é a impaciente agora? - Miranda ajudou Andrea, terminando apenas de calcinha assim como a jovem. Andy não respondeu, apenas beijou a mulher que amava mais uma vez e enlaçou as pernas em sua cintura. Miranda deixou os lábios de Andy, mas tomou seu pescoço com a mesma vontade, desceu para o vale entre os seios, deu a devida atenção para cada um deles e a menina gemeu ao sentir a língua quente brincando com seus mamilos. A editora continuou seu percurso provando cada pedaço daquele corpo que venerava até chegar onde desejava com tanta ânsia. Sentiu a mulher abaixo de si tremer quando aproximou-se de seu deleite apenas coberto com uma fina calcinha rendada e sorriu satisfeita. Seu sorriso foi ainda maior quando afastou o tecido para o lado e deslizou dois dedos pelo interior encharcado de sua Andrea, fazendo-a gritar manhosa. 

  - Hmm... Miranda, você quer me castigar? - Andy rebolou nos dedos que movimentavam-se vagarosos dentro de si. 

  - Você merece, é atrevida demais. - Miranda respondeu adicionando um novo dedo em sua investida. 

  - Ah... Assim! - Andrea estremeceu.

  - Você me mandou ficar quieta enquanto brincava com a minha sanidade tirando suas roupas naquela velocidade... Me seduzindo. - Miranda começou e acariciava lentamente o clitóris com o polegar sem deixar de investir contra o sexo de Andrea. - Agora você vai ficar quietinha enquanto eu te fodo. - Completou e substituiu os dedos por sua boca, degustando o sabor que tanto sonhara em provar novamente. Andy, por sua vez, não conseguia conter os gemidos e pegou a mão de Miranda que antes a tocava, levou até a boca e chupou seus dedos na tentativa de obedecer a editora, que quase atingiu o próprio ápice ao observar a atitude da menina. 

  - Miranda... Miranda... Porra! Eu vou gozar! 

  - Não, não vai. Só quando eu quiser. - Andy suspirou indignada ao sentir que Miranda se afastava de seu corpo. - Vire-se. - Miranda usou o seu melhor tom La Priestly e Andrea acatou imediatamente. - Fica de quatro. - A morena outra vez a obedeceu e a encarou com uma feição extremamente sensual. Miranda reaproximou-se, segurou a bunda de Andy com força e mergulhou seu rosto no sexo pulsante outra vez, fazendo a outra mulher gritar seu nome e muitas outras palavras sem qualquer coerência. Andy apoiou-se no braço do sofá, estava fora de si e não se importava mais em conter seus gemidos. Ela sentiu fortes espasmos pelo seu corpo e permitiu-se derreter na boca da editora, que tomou cada gota com muito gosto. 

  - Uau... Você vai me pagar por me enlouquecer assim... - Andrea murmurou contra o sofá e Miranda sorriu diabólica enquanto se vestia. - Onde você pensa que vai? 

  - Você vai ficar na vontade de me torturar, faz parte do seu castigo. - Com isso, Andy levantou-se rapidamente e agarrou a mais velha pela cintura. 

  - Não brinque comigo. 

  - Não estou brincando. - Miranda respondeu, se desvencilhou da menina, foi até a porta, olhou para trás apenas para encarar um rosto incrédulo em sua direção e revirou os olhos. - Vai desistir assim tão fácil? - Lançou e saiu do escritório e pôde ouvir uma Andrea apressada atrás de si. Aquele relacionamento seria um aprendizado para ambas.  

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