Aquele Garoto

By autorasue_

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[CONCLUÍDA +16] Liz Jones é uma garota de 17 anos que está passando por uma adolescência um pouco conturbada... More

Capítulo 01 e Aviso
Capítulo 02
Capitulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05
Capítulo 06
Capítulo 07
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capitulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capitulo 19
Capitulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Epílogo
Agradecimentos
Capítulo Especial
Especial de Natal

Capítulo 42

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By autorasue_

   Eu estava vindo do hotel para casa, a mamãe disse que iria fazer um negócio para mim confesso que estou ansiosa espero que seja algo de comer pois estou morrendo de fome.

   Ontem passei mal depois que me empanturrei de pizza, a mamãe brigou horrores comigo, a gente teve o olho grande de comer aquela bicha gigante, porém não me arrependo a pizza estava muito gostosa.

— Com licença, você sabe me dizer se a floricultura Jones está aberta? — um homem de cabelos negros muito bem penteado me chama.

— A floricultura está em reforma. — respondo, tiro os fones para entender melhor que aquele homem estranho que eu nunca vi por aqui.

— Ah, mas você sabe se a Ruth Jones ainda mora por aqui? — coloca as mãos no bolso da calça.

— Eu não lhe começo, então não devo dar informações sobre onde a Ruth Jones mora — digo saindo porém o homem puxa o  meu braço.

— É muito importante, nós somos...parentes — não lembro de ter olhando esse homem na árvore genealógica da vovó.

— Desculpe-me senhor, mas não posso ajudá-lo, poderia por gentileza soltar o meu braço? — ao soltar o meu braço reparo que ele tem uma cicatriz no pulso.

   Ao ver aquela cicatriz me fez lembrar do meu pai, ele tinha uma parecida com aquela, sinto uma amargura ao lembrar de todas as coisas  que ele fez a mim e a minha mãe.

Deve ser muita coincidência este homem ter uma cicatriz igual a do meu pai. Mas a voz dele,os cabelos, os olhos, a voz, as poucas lembranças que eu tenho dele vai se formando em minha mente.

— Eu queira tanto encontrá-la. — sussurra

— Desculpe se eu for indelicada, mas qual é o seu nome?

— Me chamo Luiz. — respondeu sorrindo.

   Aquele nome, não pode ser, é muita coincidência muita coincidência, o sorriso dele era muito parecido, eu não acredito que depois de anos ele tem a coragem e a cara de pau de voltar.

   A raiva foi me consumindo, as lágrimas começaram a escorrer, quando os seus olhos se encontram com os meus, o sorriso que estava em seu rosto sumiu. Acho que ele percebeu.

   Eu queria bater tanto nele, porém ele não sabe que a filha dele está bem na sua frente.  Eu estou com ódio, raiva,medo, nojo tudo misturado.

— Está tudo bem? — perguntou tentando segurar a minha mão.

— Por que... Por que você voltou? — pergunto entre soluços.

— Espera, por acaso você se chama Liz Jones? — pergunta levantando as sobrancelhas desacreditado, balanço a cabeça confirmando. —  Filha como você cresceu!

— N-não me chama de filha — digo, tiro as mãos dele que estavam meu rosto.

— Como não? Eu senti tanto a sua falta. — me abraça e eu caio no choro. — Está tão parecida com a sua mãe.

— Sentiu mesmo? Se estivesse sentindo a minha falta teria voltado antes. — digo me afastando e limpando as minhas lágrimas.

— Claro que senti, você não tem noção do quanto eu senti a sua falta.

— Não sentiu, o meu pai me abandou quando eu tinha cinco ano, entendeu? Cinco anos! — grito ele encolheu  os ombros. — Você não tem o direito de me chamar de filha, pois um pai de verdade nunca iria abandonar a própria filha e a esposa sozinhas e cheias de dívidas.

— Descu....

—  Poupe me de suas desculpas. —  ele continuava com os ombros escolhidos.

— Eu voltei por sua causa.

— Ah por minha causa? — dou uma risada sarcástica. — Se foi por minha causa, por que não fez isso antes? E só veio aparecer depois tanto tempo.

— Eu não sabia onde vocês estavam, a sua mãe não me resp....

— Ela tinha todo direito de não te responder.

— Descobri onde vocês estavam por causa da revista Pineapple. — conta, agora entendi por que ele voltou.

— Você não voltou por que se arrependeu, você voltou por causa do meu dinheiro. — grito.

—Não, claro que não. Eu nunca faria isso.

— Chega de mentiras, você nunca me amou e nunca amou a minha mãe de verdade e agora vem dar uma pai arrependido. — cuspo as palavras em cima dele. — Eu não sou mais aquela criança de cinco anos inocente que chorava todos dias sentindo a falta do pai.

— Mere eu...

— Diz uma vez por todas que você voltou por causa do dinheiro — grito outra vez.

—Eu...Eu...Eu....

— Volta para a Espanha! — grito. — E esquece que eu e a minha mãe existimos, estávamos muito bem sem você.

   Saio correndo e mais uma vez as lágrimas tomam conta de mim, estava tudo muito perfeito para ser verdade. Sabia que qualquer hora iria acontecer alguma coisa.

   Ao chegar em casa ainda tomada pelo choro corro até o meu quarto fecho a porta me encosto na porta e até cai no chão. Passo as mãos no rosto que estavam vermelho de raiva.

Por quê? Por quê?

  Levanto do chão pego um vaso de vidro que ficava em cima da escrivaninha jogo na parede para me livrar daquela dor. Porém foi em vão, nada vai fazer eu tirar esse sentimento horrível que está me consumindo.

   Quando era criança todos os dias na janela esperando ele voltar e agora que voltou não imaginei que reagiria desse jeito.

Pego o meu travesseiro e começo a gritar.

  A mamãe bateu na porta mas não abrir contínuo chorando. Sento no canto perto da escrivaninha, coloco a cabeça entre os joelhos mais uma vez o choro me domina.

— O que aconteceu? — a pergunta se ajoelhando perto de mim.

— O Luiz voltou. — conto e ela me abraça.

— O seu pai? — a voz soou tão estranha que até falhou.

— Ele não é o meu pai. — questiono.

— Como você descobriu que era ele?

— Por causa da cicatriz que ele tinha no pulso e perguntei qual era o nome dele.

— Se ele voltou, então... quer se aproximar de você.

— Não quero.

— Tem certeza? Já se passou tantos anos e sei que você sentia falta dele, mas é uma escolha sua, se não quiser tudo bem. — forçou um sorriso. Sei que essa volta repentina dele mexeu com ela.

— Tenho total certeza, não quero, já falei que o meu pai morreu. E a minha família é só a senhora, a senhora foi pai e mãe pra mim, não quero essa reaproximação.

— Tudo bem então. Mas ele ainda pode vir atrás de você.

— Eu corro. — ela sorriu. — Por mais que tenha mexido comigo, eu não quero.

— Entendo, agora chega de chorar. Se ele vier a gente se resolve e manda ele de volta para a família dele na Espanha.

— Certo. — limpo as lágrimas e abraço a mamãe de novo.





Que capítulo forte 🥵❤
Não esqueçam de deixar a estrelinha e até amanhã. ❤

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