Olhar de Fogo

By CARINERAPOSO

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UMA HISTÓRIA DE HALLOWEEN Entre na mansão e não se incomode com o ranger da porta, apenas tome muito cuidado... More

Sinopse
Parte I - 31/10/2014
Parte I.I - 31/10/2014
Parte I.II - 31/10/2014
Parte I.III 31/10/2014
Parte I.IV - 31/10/2014
Parte V - 31/10/2014
Parte VI - 31/10/2014
Parte VII - 31/10/2014
PARTE VIII - 31/10/2014
Parte IX - 31/10/2014
PARTE X - 31/10/2014
31/10/2014 - 23:30
31/10/2014 - 00:00
01/11/2014 - 19:00
01/11/2014 - 19:30h
01/11/2014 - 19:31
01/11/2014 - 22:30h
01/11/2014 - 22:30h
01/11/2014 - 23:30
01/11/2014 - 23:57h
02/11/2014 - 00:03h
02/11/2014 - 00:17h
02/11/2014 - 00:18h
02/11/2014 - 00:18h
02/11/2014 - 00:19h
NÃO PERCAM!
02/11/2014 - 02:30h
02/11/2014 - 03:30h
02/11/2014 - 04:30h
Vocês decidem!
02/11/2014 - 04:50h
NÃO PERCAM!
02/11/2014 - 05:10h
02/11/2014 - 05:10h
02/11/2014 - 05:25h
Uma surpresa...
02/11/2014 - 06:03h
02/11/2014 - 08:07
Vai pegar foooooogo!
02/11/2014 - 08:30 - FINAL - PARTE 1
ÚLTIMO CAPÍTULO E REGRAS DO SORTEIO - LEIAM!
02/11/2014 - 08:45h - FINAL - ÚLTIMA PARTE
GANHADORES DO SORTEIO E INFORMAÇÕES IMPORTANTES!
ENTREVISTA DE FOGO!
02/11/2014 - 21:57h (Bônus do ebook - Disponível por 24h)
BOOK TRAILER ARDENTE e UMA SURPREEESA
Acássia TALK SHOW AO VIVO - Edição especial EM CHAMAS
DESABAFO E INFORMAÇÕES SOBRE O LIVRO
Cada vez mais fumegante...
Acássia TALK SHOW AO VIVO edição especial EM CHAMAS
Uma surpresa de fogo!
DESCOBERTA BOMBÁSTICA: bônus do ebook
Olhar de Fogo - Livro 2
Olhar de Fogo e as chamas malditas
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01/11/2014 - 00:01

5.2K 452 24
By CARINERAPOSO

Um outro lugar, um outro tempo... 

Um som que parecia o badalar de um relógio martelava minha têmpora. Ergui a cabeça e fitei o chão de madeira corrida. Lembranças confusas faziam minha mente rodopiar.
Fogo. Lucian. Sacerdote. Dukian.

Eu só me recordava das chamas. E eu entre elas. Com as mãos espalmadas a frente, sem reconhecer uma palavra do que dizia.
Por que eu fiquei parada no meio do fogo? Como fiz isso sem me queimar? E por que estou deitada no chão?

Dukian. Sacerdote. Fogo. Lucian.
Repeti as palavras mentalmente, a memória parecia estar com preguiça de me mostrar o que havia acontecido.
- Lucian!
Ergui os braços. Levantei o corpo como se pesasse uma tonelada e procurei por ele. Eram quase meia noite chegamos à casa do Sacerdote. Abracei meu tronco e cerrei os olhos. A memória voltou e vi o rosto de Lucian contorcido de dor. O corpo dele sofrendo de espasmos. O fogo. Os olhos dele, dominados pelas chamas... Meu estômago se retorceu de agonia.

- Lucian! – gritei de novo, inutilmente.
Olhei a cama atrás de mim e cobri a boca.

Aquilo não! De novo não!
Toquei a parte de trás da cabeça e senti meu cabelo preso em um coque. Olhei para os pés e vi o vestido volumoso.

-      Eu preciso voltar!

 - Lucian! Lucian!

Fechei os olhos e pensei nele com toda a força que havia dentro de mim. Não adiantou. Quando abri os olhos, continuava sentada no chão de madeira corrida.

De novo esse quarto. Outra vez voltei ao passado.

Levantei trôpega e me apoiei no espaldar da cama de dossel.

Se eu consegui voltar ali, também conseguiria sair.

Respirei fundo uma dúzia de vezes e comecei a vasculhar o ambiente. Se minha mente me levou ali, talvez eu encontrasse alguma resposta para dar um fim a essa noite macabra.

Tateei a penteadeira e encontrei aquele espelho de mão com aspecto antigo. Da outra vez que estive ali, eu o derrubei e uma chave saiu de dentro do cabo.

Seria isso?

Olhei em volta mas não localizei nenhuma fechadura onde eu pudesse inseri-la. E a chave podia estar perdida. Agachei e espiei por debaixo da cama. Com a fraca luz das lamparinas, não consegui enxergar quase nada. Esfreguei as mãos no chão de madeira corrida, com a esperança de esbarrar em algo. Não aconteceu.

Arrastei o corpo e entrei debaixo da cama. Talvez eu estivesse maluca, mas algo dizia que se eu encontraria qualquer coisa, seria ali.

Ouvi passos se arrastando no piso e parei de me mover. Apurei os ouvidos.

-       Hugo, você precisa ir embora. Por favor, não posso perder você também, meu amor!

-       Não Cordélia. Eu vou contar a verdade à Acássia. Direi a ela que amo você e tudo vai ficar bem. Você vai ver.

Cobri a boca com as duas mãos para abafar minha surpresa. Eu estava ouvindo meus pais! Um século antes!

-      Não Hugo, não faça isso! O que nós fizemos foi errado. Ela jamais me perdoará. Eu sou uma desgraça para o Coven. Sempre fui a mais fraca de nós e agora... Agora talvez ela até já saiba... Talvez saiba que não só a traímos, como mentimos por um ano. Por que eu fiz isso? Ah, Hugo, se eu pudesse voltar no tempo.

Minha mãe era do Coven? Quis sair de debaixo da cama e enche-la de perguntas mas me contive. Como ela pôde esconder isso de mim?

-        Acalme-se Cordélia. Vamos seguir com o combinado. Hoje, você volta ao Coven e explica que está curada da doença. Mal dá para notar sua barriga. Elas não desconfiarão que você estava grávida

-        Não Hugo... Vá embora... Fuja. Acássia pode ler minha mente e ela nunca confiou em mim.

-      Cordélia, meu amor, como posso ir embora? Já fiquei longe de você por todo esse tempo, fingindo amar Acássia, naquele casamento forjado por conveniência. Não me peça isso. Não me peça para abandonar minha amada e minha filha. Onde ela está? Hannah está com as criadas? Quero conhecê-la.

-       Hugo, eu precisei mandá-la para longe.

-        Você fez o que?!

-        Escute, Hugo. Ela corria perigo. Hannah, é a Genuína.

-        Não pode ser... Eu não acredito. Não... Ela é muito pequena para manifestar qualquer potência. Você só quer se livrar, de mim e dela! Você é pior que Acássia!

-     Não Hugo, eu juro! Aconteceu quando ela completou um mês. Eu estava com ela deitada debaixo da árvore no quintal, quando um passarinho caiu do ninho. Hannah o segurou com os dedinhos pequenos e o ressuscitou. Na frente dos criados. Sorte que eu estava perto o bastante para apagar a memória deles.

-        Necromantia. - ouvi ele suspirar. - Maldição, Cordélia, tem certeza disso?

-      Infelizmente, sim. E você sabe o que Acássia quer trazer do mundo dos mortos. Não posso permitir. Muito menos que use nossa filha para isso.

Mordi o lábio. Eu, no passado, tinha o poder de ressucitar animais e pessoas mortas?

-         Onde está o corpo dele?

-        Esse é o problema Hugo. Ela sabe onde fica. No subterrâneo abaixo da casa do Sacerdote Lafrève. Nossa única vantagem, era a chave que ficava dentro do espelho. A única capaz de abrir o túmulo do fantasma profano.

-        Então não há com o que se preocupar, Cordélia.

-        Você não entendeu, Hugo. O espelho quebrou e a chave sumiu. Acho que elas vieram aqui. Talvez tenham preparado uma armadilha. Estou com medo, Hugo. Não sei o que irão fazer...

-        Precisamos desaparecer Cordélia. Antes que seja tarde. E eu não vou a lugar nenhum sem você, entendeu? Você vem comigo!

    Esperei até que o som dos passos de meus pais desaparecesse depois que fecharam a porta e me arrastei para sair de debaixo da cama. Permaneci deitada no chão. Encarei o teto. Meu peito subia e descia num ritmo frenético. Toda a minha vida, era uma mentira. Tudo foi escondido de mim. Por que minha mãe nunca me contou? Por que nunca me explicou?

As peças que eu sempre estranhei durante a minha vida, começaram a se encaixar. Foi por isso que cresci morando em uma cidade diferente a cada seis meses. Era essa a razão de minha mãe ser sempre paranoica. De estar sempre atrás de mim, observando cada passo meu. Talvez ela tivesse medo, que algum poder se manifestasse.

Mas não faz sentido. Eu estou em 1815!

Será que minha mãe fugia até hoje? E o que isso significa? Ela tem mais de 100 anos? E o meu pai? O que fizeram com ele?

Cresci o detestando, porque pensei que havia nos abandonado e agora, ali estava a verdade. Arremessada em mim, sem piedade. Distorcida, confusa.

Esfreguei os olhos. As lágrimas escorriam pelos cantos e molhavam a lateral do meu rosto.

A sensação de traição, a culpa e as dúvidas me consumiam.

Eu tenho que sair daqui.

Levantei determinada a ir embora e desvendar o passado. Ficar parada ali não adiantaria nada. E a crise de pânico voltou quando pensei em Lucian. E se ele estivesse possuído quando eu voltasse?

Pensar nele, me fez correr. Abri a porta do quarto e escorreguei pelos amplos corredores.

Tateei as mãos pela perna em busca da adaga que deveria estar presa na minha coxa mas não a encontrei. E o pânico se instalou.

Não. Eu não teria cravado a adaga nele como ele me pediu. Não! Eu com certeza lembraria disso!

Aumentei a velocidade da corrida sentindo que poderia ter um infarto a qualquer momento.

Descobri que a casa antiga era enorme e não havia ninguém ali. Quando cheguei a cozinha, fui obrigada a frear. Observei a sala, a distância do corredor até os quartos nos fundos e por fim, olhei pela janela.

Cobri a boca ao ver que a casa vizinha, era uma mansão gótica.

A casa onde eu moro em 2014, é a mesma onde minha mãe morou em 1815! Isso é maluquice!

Olhei pela janela de novo para confirmar, e contei dez pessoas vestindo mantos negros, andando na direção onde eu me encontrava.

________________________________________________________________________________

Oi amoressss! 

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E TOMEM CUIDADO, ESTÁ CHEGANDO A PARTE II - DESESPERANÇA

Beijossssss

 

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