HATE | yeonbin

Av _JenoJam_

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Yeonjun, filho de Kim Taehyung, é um garoto muito amoroso e atencioso com tudo e todos, mas sua personalidade... Mer

[prologue] - HATE
1. capítulo
2. capítulo
3. capítulo
4. capítulo
5. capítulo
6. capítulo
7. capítulo
8. capítulo
9. capítulo
10. capítulo
12. capítulo
13. capítulo
14. capítulo
15. capítulo
16. capítulo
17. capítulo
18. capítulo
19. capítulo
20. capítulo
21. capítulo
22. capítulo
23. capítulo
24. capítulo
25. capítulo
26. capítulo

11. capítulo

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Av _JenoJam_

Acabei dormindo pensando no maravilhoso dia que tive com papai, e isso fez com que eu acordasse de bom humor hoje.

Mais um dia monótono foi passando, até que chegou o intervalo e eu resolvi ir no meu lugarzinho de paz, a biblioteca.

Peguei um livro que amo de paixão e que independente de quantas vezes o leia, sempre vou chorar. Porque, como o mesmo dizia...

"A gente corre o risco de chorar um pouco quando se deixa cativar.

— O pequeno príncipe"

Esse é um livro que recomendo para todos, mas ninguém lê, e me sinto extremamente triste, pois é uma obra perfeita, meu livro favorito (junto com a saga de Harry Potter), e nele, mesmo que nas entrelinhas, existem vários ensinamentos, e frases que levamos para a vida.

Dentre tantas frases conhecidas e de grande efeito, a minha preferida, sem sombra de dúvidas é "Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.". É uma frase com grande significado empregado. Devemos seguir nossos corações, eles grande parte do tempo tem muito mais razão que nossa mente — bom, a menos que você seja corno né, tudo menos traição.

Ando calmamente até a mesa em que costumo me sentar para fazer minha leitura, o querido "cantinho de sossêgo do Yeon" — como eu batizei. A cerca de dez passo do local avisto uma cabeleira negra por lá.

Só que me faltava essa, meu dia estava indo tão bem...

— O que faz aqui? Cai fora, garoto – Digo ríspido porém baixo, afinal, isso é uma biblioteca.

— Apenas achei um lugar sossegado e perfeito para uma boa leitura — Me respondeu calmo.

Abaixo os olhos e direciono meu olhar ao livro em suas mãos. Harry Potter e a Ordem da Fênix.

— Harry Potter...

— Sim, eu gosto muito, mas você já deve ter percebido com aquele incidente em seu quarto... — Comenta sem graça e eu nada falo, apenas me sento na cadeira a sua frente.

— Está em que parte? — Ele parece surpreso com minha pergunta, seus olhos aumentam um pouco de tamanho e seus lábios se abrem minimamente.

— Na... na parte que eles estão assinando o contrato feito pela Hermione, para fazerem parte da Armada de Dumbledore.

— Ah, gosto muito dessa parte, sabe, mas no filme foi mudado... Lá não mencionou nada sobre o feitiço que Hermione colocou no papel, foi como se ele nem existisse.

— Oh, eu me lembro! Fiquei um pouco decepcionado com isso, aquele feitiço foi deveras importante, e sem ele no filme, tiveram que acrescentar algumas mudanças nos acontecimentos a seguir — Ele relatava animadamente.

Depois de um tempo o sinal indicando o fim do intervalo soou, tirando Soobin e eu de nossa conversa empolgante sobre a saga de J.K Rowling.

— Uau, o tempo passou rápido! Acabamos nem lendo — Exclama o de cabelos escuros.

— Verdade... Vou levar este livro para casa, assim posso ler novamente — Digo alisando a capa do livro em minhas mãos.

— "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas." Essa é a minha frase favorita — Comenta o mais alto.

— Você já leu? — Pergunto surpreso.

— Mas é claro. Esse é um dos melhores livros que já li! Podemos conversar sobre ele algum dia, mas agora temos que ir — Concordo com um leve aceno de cabeça, saindo da biblioteca e indo para a sala de aula, para uma longa e entediante aula de História.

[...]

O tempo passou voando hoje, mau pude perceber quando já era hora de ir embora.

— Yeonjun, — Soobin surge de algum lugar que não pude perceber, colocando sua mão em meu ombro esquerdo para chamar minha atenção — hoje papai mandou mensagem, dizendo que não vai poder nos buscar por causa do trabalho.

— Meu pai também?

Soobin maneia a cabeça afirmando.

Sopro todo o ar que nem havia percebido que tinha prendido em meus pulmões.

Não é novidade para mim papai não acabar vindo me buscar, devido a empresa. Ainda sim, não deixo de pensar o quanto se dedica demais no trabalho e chega extremamente cansado. Agora posso ficar um pouco tranquilo com Jungkook trabalhando junto a ele. Posso dizer que foi uma bênção ter o Jeon ao seu lado.

Sem dizer mais nada, apenas sigo Soobin pelos corredores até a saída da escola.

Chegamos rapidamente em casa, e nenhuma palavra foi trocada no caminho. Subo apressadamente ao quarto, e o garoto alto que o divide comigo vem atrás.

— Por que tanta pressa? — Pergunto com desdém — Quer se livrar de mim logo? — Brinco, mas Soobin não parece levar isso em conta, acaba revirando os olhos impaciente.

— Na verdade tenho um compromisso. Não ache que o mundo gira ao seu entorno Yeonjun, seja menos idiota — Bufa, pegando uma toalha e correndo para o banheiro.

Meu queixo cai um pouco por ele agir desse jeito indiferente. Não esperava isso vindo de uma pessoa controlada como ele, mas confesso que gostei. Acho que Soobin não aguenta mais o modo como o trato, mas quem se importa? Se ele está irritado com isso, vou apenas continuar até que ele desista e admita que perdeu.

Escuto o barulho do chuveiro, então deduzo que está tomando banho. Com certeza vai na casa de Taehyun ou Kai, afinal, meus amigos beijam os pés dele. Desde aquela pequena discussão nenhum dos dois vieram conversar comigo, mas por quê? Não fiz absolutamente nada para eles ficarem bravos. Fiquei pensando neles nesses últimos dias e acho que vou ter que ir falar uma hora com eles, porque se eu não for, com certeza não vão mover um dedo sequer para tentar conversar comigo novamente.

Devem estar ignorando por causa de Soobin. Não tem outro motivo a não ser esse.

Depois de trinta minutos dentro do banheiro, Soobin sai vestindo uma blusa de manga comprida com listras pretas e brancas, embaixo usa uma calça cáqui escura justa um pouco nas pernas; os cabelos estavam levemente penteados para trás e pude sentir o aroma de limão com alecrim invadir todo o cômodo. Era notável seu nervosismo enquanto olhava o cabelo no reflexo no espelho, ajeitando alguns fios rebeldes com os dedos.

Um pigarreio sai de minha garganta e Soobin vira seu corpo para onde eu estava. Arrumo meu corpo sentando na cama e ele ergue uma sombrancelha.

— Aonde vai todo arrumado? — Indago o olhando de cima abaixo.

— Por que quer saber?

Dou de ombros.

— Tenho que saber. Quando nossos pais voltarem vão perguntar aonde você foi — Ele balança a cabeça compreendendo.

— Vou passear com algumas amigas.

Um sorriso se comprimi em meus lábios de forma julgadora e Soobin estende sua mão em frente para me interromper.

Não consigo e acabo gargalhando, pendendo a cabeça para trás, porque seu rosto fica em um rubor vermelho, completamente constrangido.

— Vai em um encontro... Que romântico — Zombo me divertindo e ele apenas torce o nariz.

— Cala a boca. Não vou em um encontro — Volta a olhar para o espelho e alinhar a manga da blusa.

Aperto meus lábios para repreender a vontade de perguntar quem eram as supostas garotas.

— Fala para o meu pai que não vou demorar muito — Enfatiza desviando seu olhar em mim para que eu não esquecesse.

Quando eu iria questioná-lo para que mandasse alguma mensagem avisando, escoa um barulho de buzina em frente de casa. Soobin arregala os olhos e se apressa descendo as escadas. Vou logo atrás do Jeon, que pega as chaves e abre a porta murmurando coisas desconectas, quando iria sair, lança um último olhar em mim antes de fechar a porta. Sem resistir, corro até a janela e por uma fresta da cortina vejo duas garotas que eu já havia visto antes. Lia e Yeji. Soobin entra no carro depois de cumprimentá-las logo desaparecendo quando viram em outra avenida.

Como ele ficou próximo delas? Ainda mais de Lia?

Conhecia essas garotas e elas não conversavam com qualquer pessoa a não ser alguém que tinha reputação. Já fui convidado várias vezes para ir em uma de suas festas em suas casas, porém nunca fui porque Hyunjin também estaria lá. Afinal, Yeji era sua prima. Yeji não ligava por eu não comparecer, mas Lia eu pude perceber seu descontentamento ao não me encontrar presente. Não queria ser ingrato, portanto, gosto de ficar no meu canto. Pensando melhor, isso está estranhamente esquisito, porque Soobin era novato e não tinha nenhuma reputação. O que as levariam convidá-lo para sair? Se Beomgyu estivesse aqui, concordaria que isso é meio suspeito.

Era por volta de 14h da tarde e eu havia desabado no sofá sem fazer absolutamente nada demais. Uma hora eu entrava no Twitter ou jogava qualquer jogo no meu aparelho para passar o tempo. Em meio disso, recebo uma mensagem de meu pai.

Oi, filho. Desculpa por não ter avisado que iríamos chegar um pouco mais tarde do trabalho.

Fecho a aba do jogo e começo a digitar.

Não se preocupem.

Depois de dois minutos ele visualiza a mensagem.

Você e Soobin estão bem?

Ele disse que tinha um compromisso, mas prometeu não demorar.

Onde ele foi?

Saiu com duas meninas.

Okay.

Ótimo. Soobin nem para dizer aonde foi com Lia e Yeji. Agora papai e Jungkook devem estar com uma nuvem densa de preocupação.

Acabo ficando irritado e resolvo ir visitar umas pessoas que estou com saudades que sempre ajudam a lidar com essas circunstâncias. E principalmente, estava morrendo de saudades do chá de camomila da Sra. Lee, parece que tem um pó mágico que faz você relaxar e esquecer todos as coisas que está perturbado. Eu havia nomeado seu chá de Magic Island e a senhora amou o nome.

Ela e o Sr. Lee são um casal de idosos e nossos vizinhos desde que nos mudados para esta casa. Quando eu era pequeno brincava de bola no fundo do quintal e acidentalmente eu chutava ela para o quintal deles, mas eles são tão bondosos e amáveis que sempre me entregavam a bola, e quando eu havia furado, fizeram questão de entregar uma bola nova para mim.

Às vezes papai tinha que ir mais cedo no trabalho e o casal me levavam para sua casa para que eu não ficasse sozinho. Eu acabei os considerando como meus avós de coração e nunca vou esquecer de retribuir o amor que eles têm por mim.

Coloco uma blusa antes de sair, porque o tempo está nublado e mais tarde poderia chover. Enfio meu celular no bolso da calça e pego o molho de chaves para trancar a casa. Ao sair para o lado de fora, já sinto uma brisa gélida bater contra o meu rosto me fazendo colocar as mãos no bolso do moletom para reprimir um pouco do frio enquanto caminho até a casa ao lado.

A casa dos idosos era revestida de um tom amarelado um pouco desgastado. Lembro que antes o Sr. Lee pintava, mas agora que teve complicações nas costas tem um pouco de dificuldade de andar, e por isso não pode mais fazer nenhum esforço físico, o que é lamentável para ele. Na varanda da casa tem alguns pequenos vasos de flores da Sra. Lee, que sempre eu a observo a sair todas as manhãs para regá-las.

Subo cuidadosamente os pequenos degraus da varanda até parar na entrada da residência. Toco a campainha duas vezes e escuto uma movimentação se aproximar da porta e a abrir, logo vejo a figura rechonchuda de Sra. Lee ficar em minha frente. Antes que eu pudesse dizer alguma coisa a senhora me envolve em um abraço caloroso, demonstrando toda sua alegria ao me ver.

— Yeonjun, que bom em vê-lo por aqui! — Exclama com sorriso contagiante.

— Oi, vovó — Retribuo o abraço um pouco desajeitado.

— Meu Deus, suas mãos estão um gelo — Sra. Lee se desvencilha do abraço, contorcendo em uma expressão preocupada enquanto segura minhas mãos — Vamos entrar — Por fim, ela dá espaço para que eu entre e logo fecha a porta, já me conduzindo para seu sofá.

— Estava sentindo falta de vocês — Comento me sentando no sofá e ela faz o mesmo.

— Também estávamos — Sacode a cabeça animada — Chin! Yeonjun está aqui! — Grita para que o senhor escutasse no andar de cima. Acabo rindo do seu jeito agitado quando venho em sua casa. — Então, como você está? — Volta a mirar seus olhos atentamente em meu rosto.

— Bem — Concluo, mas Sra. Lee é muito esperta e percebe que estou mentindo.

— Ah, Yeonjun. Sabe que não precisa mentir pra mim, não é? — Se aproxima do meu corpo encolhido e assinto levemente com a cabeça.

O ruído agudo das escadas se faz presente atrás de nós e vejo o sorriso do Sr. Lee se contorcendo em seus lábios ressecados indo em minha direção. Levanto e corro para abraçá-lo, mas tomando um pouco de cuidado por causa de suas costas. E agora ele usava uma bengala para se apoiar.

— Fazia um tempo que estava te esperando — Murmura se afastando e sinto uma súbita culpa pesar.

— Desculpa por não ter visitado antes — Olho de relance para os dois — É que esses últimos dias foram difíceis para mim. — Digo com toda a sinceridade, arriando o olhar para o chão.

Quando estou com eles não consigo esconder meus sentimentos. É como se eles enxergassem além de um sorriso e pudessem ver a máscara que assombra aquilo. Nunca fui de me abrir para alguém, mas eles eu sei que posso confiar, porque eles vão entender e também ajudar mesmo que eu perca todas as minhas esperanças. Posso dizer, que são a chave para meus problemas, a solução que eu sei que posso recorrer para ficar tranquilo.

— Querido, senta no sofá — Sra. Lee pede delicadamente, pegando meu braço para eu voltar a se sentar. O vovô faz o mesmo, colocando a bengala em um canto — Vou preparar um chá de camomila — Ela caminha até a cozinha, mas para de repente se virando para nós — O precioso chá Magic Island — Acrescenta, soando divertidamente, arrancando um sorriso de mim e vovô.

Logo ela desaparece na cozinha e vovô aperta levemente meu ombro.

— O que está acontecendo? — Sr. Lee é muito cuidadoso em assuntos assim. Ele é um bom ouvinte.

— Meu pai está namorando.

— Isso é ruim?

— Não, isso definitivamente não é ruim. O namorado dele é incrível, não tenho o que dizer de Jungkook — Declaro, inflando meu peito com uma ponta de orgulho por papai ser feliz com alguém ao seu lado — Mas... não sei exatamente o que esperar de tudo isso — Minhas palavras eram ditas com receio.

Olho para vovô que parece estar anuviado com o que eu disse.

— Entendo — Coloca a mão no queixo, com seu óculos na ponta do nariz — Você tem medo de tudo desandar. Medo de toda essa felicidade acabar.

Sinto meu estômago revirar, porque era absolutamente o que meu interior dizia, mas eu não conseguia compreender.

— Acho que sim — Esfrego minhas mãos no rosto, consternado com o que eu estava preocupado.

Eu deveria duvidar do namoro deles?

— Vou ser bem sincero com você — Vovô diz com uma expressão séria — Qualquer que for sua dúvida em relação ao namoro do seu pai, não precisa ficar pensando só em negatividade. Apenas observe como seu pai está feliz com isso. Se continuar colocando essas coisas na cabeça — Ele gesticula, colocando seu dedo indicador na minha testa — Vai ficar infeliz e seu pai também — Concluiu abrindo um sorriso estridente.

— Você tem razão.

— Esse velho aqui —  Aponta para si mesmo — É bem sagaz ainda — Rio junto com ele.

Um silêncio sombreia quando paro de rir.

— Acho que não é só isso que está incomodado — Sr. Lee ergue a sombrancelha, analisando ainda meu rosto.

— Sim — Endireito meu corpo no sofá e desvio meu olhar para outro canto — O namorado de papai tem um filho... — Sinto as palavras saírem fracas e olho para vovô que maneia a cabeça para que eu continuasse — Não consigo lidar com essa mudança de ter um meio-irmão. Além de ter que dividir meu quarto, agora me parece que vou ter que dividir meus amigos com ele.

— Mas isso não é ruim...

— É péssimo! — O corto e ele olha com repreensão.

— Tem outro motivo mais específico? — Indaga com um suspiro.

— Sim. Ele gosta de ter a atenção de todos, como se quisesse roubar tudo que eu tenho — Falo com uma careta.

Sr. Lee ri.

— Acho que você tem ciúmes dele se dar bem com outra pessoas — Opina concentrado nas palavras — e não deveria, Yeonjun. Já pensou o quanto está sendo difícil pra ele essas mudanças? — Pergunta tombando a cabeça para o lado. Não tinha pensando por esse lado.

— Mas eu também estou assim e nem por isso saio roubando amizades dos outros. — Resmungo irritado.

— É difícil para a gente se acostumar com as mudanças da nossa vida, porém não pode ficar pensando apenas em si mesmo. Tanto para você quanto para ele é complicado. Você precisa ter mais empatia pelas pessoas. — Articulo minha boca para dizer algo, mas nenhum som sai.

Inspiro um fluxo de ar com força.

— Cheguei com o chá! — Sra. Lee aparece, equilibrando as xícaras com chá em uma bandeja que coloca sob uma mesinha de centro enquanto contorna o sofá para se sentar ao lado do marido — Espero que não esteja quente demais — Entrega uma xícara para cada um de nós com um sorriso curvado de animação.

Beberico um gole do líquido quente e sinto os músculos do meu corpo inteiro ficarem relaxados. É verdadeiramente um calmante quando tomo seu chá e como o tempo estava nublado, ajudaria a amenizar um pouco do ar gélido.

— O que vocês conversavam? — Ela se acomoda com o olhar intercalado entre mim e vovô.

— O pai de Yeonjun está namorando e agora ele tem um irmão — Sr. Lee responde bebendo um gole do chá.

— Que incrível! Você pode trazer ele um dia aqui para nós visitar, ficarei muito feliz em conhecê-lo — A senhora comemora aos berros.

— Não sei se isso vai acontecer — Sr. Lee sussurra no ouvido de vovó como se estivesse contando um segredo. Acho graça daquilo e ela parece ficar confusa — Yeonjun, disse que não está se dando bem com ele — Tomo lentamente outro gole do chá com os dois idosos me encarando com olhares semicerrados.

Engulo em seco.

— Ele é irritante.

Sra. Lee não se convence.

— Irmãos tendem de serem irritantes uns com os outros. E como eu conheço você há um tempo, sei que deve estar agindo da mesma maneira com ele — Minha boca fica enrijecida. Realmente não tem como mentir para eles.

— Talvez — Dou de ombros, bebericando outra vez o chá e os dois gargalham.

Após bebermos todo o chá o barulho da chuva se concentrava ao lado de fora. E como no quintal deles era coberto por grama, inspiro o cheiro de terra molhada por causa da chuva. Eu amo essa sensação que a chuva trás, queria poder sentir a brisa do vento bater em meus cabelos, mas Sra. Lee fechou a janela. Vovô todas as vezes que eu o visitava, queria que eu jogasse algumas partidas de xadrez, porque ele sabia que eu não conseguiria ganhar dele. Mas nunca desisti de tentar ter pelo menos uma vitória.

Em um instante, olho no visor do celular e já são 16h e como as partículas de chuva ficavam forte, não poderia ficar mais aqui. Papai e Jungkook devem chegar em breve e preciso voltar para que os dois não se contorção de preocupação.

— Não quer ficar mais um pouco? — Vovó perguntava tristemente.

— Preciso ir — Beijo sua testa carinhosamente — Outro dia volto para visitá-los — Eles assentem e Sra. Lee joga os ombros para trás com expectativa.

— Não vai esquecer de nossa conversa, certo? — Sr. Lee disse bagunçando os meus fios azuis, o que me faz fazer um bico.

— Não vou — Ajeito um fios que estavam na frente do meu olho.

— Promete?

— Prometo.

Me despeço com um aceno e atravesso o hall da varanda para ir até a calçada. Quando olho para a porta o casal acena por uma última vez, entrando dentro da casa. Afugento minhas mãos no bolso do moletom e caminho olhando para meus pés, sem me importar com a chuva caindo sobre mim.

Vou chegando perto de minha casa escuto um miado de gato e olho ao redor, vendo um gatinho se escondendo em baixo de uma árvore. Para não assustar o bichano, dou passos devagar para me aproximar.

— Oi, amiguinho — Me agacho ao lado dele, que recua — Não precisa ter medo — Tento outra vez, passando minha mão lentamente em suas costas, para ele não ficar com medo ou assustado.

Por conta da chuva seus pelinhos estavam úmidos e com certeza estava com frio. Era notável que tinha fome, por apresentar certa desnutrição. Não poderia deixar esse gatinho tomando chuva, poderia ficar doente. Então me levanto em um instante, o segurando com cuidado, tento abraçar o animal para que se aqueça em meus braços.

— Vou levar você em casa — Sussurro com a voz calma e volto a caminhar para meu lar.

-ˋˏ✄┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈┈

Bom dia, boa tarde,
boa noite ou boa madrugada,
taxistas! Como estão?

Depois de um tempinho
aparecemos aqui com esse
cap cheio de reviravoltas.
Esperamos que gostem!

Beijos das Whizzy 💙💛

Até a próxima!!

Fortsett å les

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