Hoje era o dia do jogo dos meninos, estou ansiosa, a partida não seria na quadra da nossa escola e sim na escola da cidade vizinha, ou seja, tivemos que sair das nossas casas cedo para assistir o jogo dos meninos.
Estávamos quase chegando eu já estava toda descabelada e suada, o povo estava em uma gritaria não sei como o mascote está aguentando ficar com aquela roupa com o ônibus lotado, a escola quase toda veio nesse ônibus, e o calor horrível que está fazendo.
— Já chegamos? — pergunto para o Landom que estava do meu lado, com o rosto pálido.
— Sim, eu acho. — abre a garrafa de água.
— Isso é só nervosismo? — encaro.
— Não, é só o calor mesmo. — respondeu abrindo mais a janela. — parece que o sol está em cima da nossas cabeças.
O povo começou a descer mas antes de todo mundo descer, eles distribuíram as camisas do time para a gente, nós fomos os últimos a descer, na hora da descida foi um empurra empurra horrível ainda derrubaram o mascote.
A quadra era totalmente diferente, talvez por ser um campo mais aberto do que a nossa, ficamos debaixo do sol quente o que foi maldade com a gente, as líderes de torcida do nosso time estavam se alongando no gramado e depois vieram animar o povo.
Vi que o Richard também estava lá, o rosto dele estava um pouco arranhado e muito vermelho ele me olhou e deu um sorriso nojento.
Olhei para o gramado quando senti alguém puxar o meu braço, fechei os olhos não acredito que é ele,viro devagar só no ponto de chutá-lo vejo que é o Thomas com aquele uniforme vermelho.
— O Richard também veio, então caso ele tente fazer alguma coisa acerte ele com a tesoura. — falou tão sério que eu comecei a sorrir.
— Ok. — respondo e ele sorriu. — Boa sorte! — digo e o abraço,ele pareceu ficar surpreso mas retribuiu o abraço.
— Ei Thomas faz um gol pra mim? — Nina pergunta me afastando do Tom.
— Vou tentar. — respondeu e a Nina sorriu.
Depois de quase cinquenta minutos esperando os bonitos aparecem e começar a partida, a Nina e o Landom estavam mais animados do que eu toda hora eles gritavam, assim como a loira oxigenada estava no gramado com as líderes de torcida.
— Vai Thomas! — Nina grita. — Perfeito.
— Amor da minha vida! — Landom também grita, diferente da Nina ele gritou um pouco mais baixo.
— Thomas casa comigo? — gritou e o Tom olhou para ela e sorriu.
— Hoje vocês estão animados em?! — digo.
— O nosso amigo está jogando, temos que dar apoio! — Nina respondeu. — você também deveria está igual a gente.
— Não, estou bem assim.
Cruzo os braços e fico apenas olhando a animação deles dois que por sinal ainda vão me deixar surda.
Quando o Thomas fez um gol aí mesmo que eles gritaram e quase derrubaram a menina que estava do nosso lado me segurei para não sorrir do tombo.
Coitada.
— Esse é o meu noivo! — Nina grita.
Quando começamos a sorrir olhando um para a cara do outro a torcida fez um tremendo Ô! Virei rapidamente para a frente e vejo o Thomas no chão.
— THOMAS! — desço a arquibancada ficando perto da grade vendo o Thomas no chão passando a mão no joelho.
O treinador saiu correndo e os meninos já estavam levantando ele e o mesmo voltou a jogar, não deve ter sido nada grave, assim eu espero.
Terminou o primeiro tempo os meninos correram para o vestiário, a torcida do outro time estava murcha, enquanto a nossa fazia um barulhão, o barulho tão alto que dava para ouvir de longe.
— Mere... Liz por que você correu até a grade? — Nina pergunta enquanto me olhava sentar no meio dela e do Landom.
— É, eu também quero saber. — diz colocando a mão na minha perna.
— Que gente? Eu fiquei preocupada, ele parecia está com dor.
O Landom ficou me olhando com as sobrancelhas arqueadas, parecia está desconfiado, viro para a Nina e ela também estava do mesmo jeito.
— Ei pra que essas cara de desconfiados? Eu e o Thomas somos amigos. — digo e os mesmos caíram na risada.
— Sei muito bem que tipo de amigos vocês são. — Landom debochou ainda sorrindo, empurrei ele, mas ele me empurrou com mais força e eu cai por cima da Nina.
— Já falei que te odeio?
— Já, mas sei que lá no fundo você me ama.
A nossa escola ganhou de três a zero, os meninos estavam animando a torcida que estavam eufóricos, Thomas passou pela grade e veio correndo até a gente.
— Nina eu aceito seu pedido de casamento. — diz passando a mão na testa suada e a doida começou a gritar se agarrando no pescoço dele.
— Os meninos vao fazer festa? — Landom pergunta tirando a Nina do pescoço do Thomas.
— Eu acho que não, talvez. — diz me olhando, Landom me empurra pois eu estava olhando para o campo.
— Ah, poxa! —Nina resmunga se encostando no Landom.
— Você se machucou? — pergunto mudando o assunto e os três viraram para mim, droga!
— Não, só está um pouco dolorido mas não é nada grave. — fala e sorrir de lado.
— Que alívio! — sussurro
— Vou perguntar para os meninos se vai ter festa e aí eu te conto, agora eu preciso ir. — passou a mão na testa suada e saiu em direção a loira oxigenada que estava nos encarando.
Saímos da arquibancada e fomos para o ônibus, quero ir embora logo está fazendo um calor horrível, sento do lado da janela, e fico esperando o resto do povo vim.
Acho que vai demorar já que os meninos ainda vão tomar banho, assim eu espero, não quero ninguém fedendo dentro desse ônibus lotado.
Encosto a cabeça na janela,o tempo estava parado não estava ventando e eu morrendo de calor, o Marcos chegou gritando.
— Hoje a festa vai ser lá em casa! —grita e o povo também começa a gritar, não acredito que ele vai voltar para a escola com aquela roupa fedorenta de suor, sim, ele ainda estava com o uniforme.
Graças a Deus ele desceu do ônibus, ficamos quase meia hora esperando eles tomarem banho para podermos ir embora, só quero chegar em casa e ficar debaixo do chuveiro com a água super gelada, que calor horrível.
Oiee, gostaram do capítulo?
Não esqueçam de deixar a estrelinha.
Amo vocês e até amanhã. 💙