- É melhor irmos antes que o Elijah acorde. - avisou Maria - Podes ficar em minha casa, de certeza que as minhas amigas não se importam.
- Eu vou contigo mas não fico na tua casa. - falou Marcel
- O quê? Porquê? - questionou visivelmente confusa
- Eu não tenho medo dos Originais por isso não vou andar por aí a fugir e a esconder-me. Se eles querem vir atrás de mim por eu ter protegido a minha amiga, que venham. Não fiz nada de errado.
Maria observou Marcel a desaparecer por entre o corredor e focou a sua atenção em Elijah. Baixou-se e ficou ajoelhada ao pé do corpo do original.
- Foi muito bom voltar a ver-te, Elih. - sorriu, passando a mão na cara do mais velho.
New Orleans, 1917
- Nunca pensei que Shakespeare fosse tão talentoso. - comentou Maria, fechando o seu livro e encarando o nobre
- Espera até leres as restantes obras dele, tenho a certeza que vais adorar, Maria.
- Obrigada por tudo, Elijah. - sorriu agradecida - Não tens nenhuma alcunha?
- Como assim?
- Um outro nome que te constumem chamar, além de Elijah.
- Não, sempre fui só Elijah.
A mais nova pôs-se a pensar e do nada deu um gritinho e encarou o original.
- Já sei uma alcunha para ti. - disse entusiasmada - Elih.
- Elih? - sorriu divertido
- Sim. Gostas?
O nobre original assentiu. Parece que ele havua ganhado uma nova alcunha.
- A partir de agora és Elih. Mas só eu te posso chamar assim, ok? - perguntou mandona.
O vampiro riu e concordou.
- Vamos. - Marcel, apareceu novamente.
Elijah começou a mexer-se e os dois amigos saíram rapidamente dali.
A familia Mikaelson encontrava-se na sala da mansão à espera de Elijah, juntamente com Cami.
- Ele está a demorar. E se lhe aconteceu alguma coisa? - interrogou Hayley, preocupada.
- Oh pelo amor de deus, para de bancar a esposa preocupada, Hayley. Não tens de te preocupar com o Jackson? - disse Kol, bebendo um gole de whisky.
- Se ela está viva... porquê aparecer agora? - questionou Freya, interrompendo a discussão
- Não sei. Talvez ela não quisesse que nós soubessemos que ela está viva. - concluiu Rebekah.
- Não entendo porque estamos a dar tanta importância a essa mulher. - comentou Davina
- E eu não entendo porque continuas a dar a tua opiniao se ninguem a pediu. - contradisse Klaus, enquanto brincava com Hope.
Todas estas discussões foram interrompidas pelo original de terno a entrar na mansão.
- O que passou? - a loira original foi a primeira a falar
- Nada. Antes que eu pudesse falar com Marcel, alguém apareceu por trás e quebrou-me o pescoço. - explicou, apertando o terno.
- Só pode ter sido ela. É uma ameaça para a nossa familia. - protestou Hayley.
- Não, não é. Ela nunca faria isso. - argumentou a loira original.
- Ok, vocês os três... - hayley apontou para Klaus, Elijah e Rebekah - têm que se convencer que esta muljer pode já não ser a mesma que vocês conheceram e pode representar um grande perigo para a nossa segurança e principalmente para a da Hope! - exclamou, já farta.
- Ela pareceu-me uma boa pessoa hoje. Falou-me um pouco sobre ela e até foi simpática. - intrometeu-se Camille, abrindo a boca pela primeira vez em vários minutos.
Niklaus não queria prestar atenção à conversa então focava-se na sua filha até o momento em que reparou numa caixa pousada em cima da mesa.
- O que é aquela caixa? - perguntou, chamando a atenção de todos.
- Deixaram à porta da mansão durante a manhã. Diz que é para ti.
O hibrido levantou-se e encaminhou-se até à caixa. Assim que a abriu deparou-se com um coração e um bilhete. Klaus pegou no pedaço de papel e leu-o em voz alta.
- "Estou a chegar. Vou fazer-vos pagar por tudo o que já fizeram. Preparem-se, Mikaelson's."
- É uma coincidência que ela tenha chegado à cidade e de repente recebemos uma ameaça? - perguntou a bruxa Mikaelson, retoricamente.
- Tem que ter sido ela. - apoiou Hayley - Ainda achas que ela não seria capaz, Elijah?
- Bem vindo à minha humilde casa. Podes entrar. - anunciou Maria, abrindo a porta e dando permissão ao vampiro para entrar.
- Humilde? Uai, realmente ficas mais excêntrica ao longo dos anos. - comentou rindo.
- Dizes isso mais uma vez e eu quebro o teu pescoço assim como fiz com o Elijah. - ameaçou a tribrida, sorrindo em seguida.
Os dois amigos de longa data dirigiram-se à cozinha, onde encontraram Regina e Sofia.
- Meninas, apresento-vos a nosso convidado para o jantar de hoje. Este é o Marcel Gerard, já vos falei dele. - virou-se para o moreno - Marcel, estas são as minhas amigas, Regina e Sofia. Elas são humanas por isso vê lá o respeitinho. - avisou, ameaçadora.
Todos se cumprimentaram e Marcel ficou a encarar Sofia, que ficou corada e bastante tímida.
- Marcel... - maria chamou baixinho
- Sim. - respondeu no mesmo tom.
- Se calhar é melhor limpares o canto da tua boca, a baba já está a começar a escorrer.
- Cala-te.
Maria riu e ajudou as suas amigas com o jantar.
As horas foram passando e quando terminaram de comer, foram todos até à sala.
- Vão fazer alguma coisa hoje à noite? - questionou Marcellus
- Eu e a Sofia estavamos a pensar que poderiamos ir dar uma volta até ao French Quarter. Tu falaste tanto das noites animadas que se vive lá. - Disse Regina, encarando a bruxa.
Maria ficou um bocado relutante com a ideia de voltar ao French Quarter, especialmente agora que a sua antiga familia sabia que ela estava viva e na cidade.
"A Maria do século passado recusaria-se a ir e fugiria para o quarto, com medo. Mas eu já não sou a mesma de há 1 século atrás."
- Sim. Vamos lá. Tenho a certeza que vão adorar. - concordou a loba.
As humanas festejaram e foram logo para os seus quartos prepararem-se.
- Tens a certeza? - interrogou o "pequeno guerreiro".
- Sim, tenho. - olhou para ele - Foste tu que disseste não ias fugir porque não havias feito nada de errado... E eu tenho a certeza que não lhes fiz nada de errado. Passei anos e anos à espera deste reencontro mas sinceramente já não me faz diferença. Já não sou a mesma garotinha de há 1 século atrás que ficava sempre na sombra dos Mikaelson's, enquanto esperava para ser protegida pelo seu "príncipe encantado". - cruzou os braços e continuou - Mal posso esperar para que eles vejam no que eu me tornei graças a eles. - deu um sorriso malicioso e subiu as escadas.
Num local bastante deserto e não muito conhecido de New Orleans, Lucien Castel alimentava-se com sangue de uma das suas vitimas.
- Estiveste com a nossa garota? - questionou Aurora.
- Sim. - limpou os cantos da boca - Ela não me deu muita confiança mas não estava à espera de outra coisa vinda da tribrida. Mas ainda assim acho que consegui intrigá-la e penso que tenha ficado interessada.
- Espero bem que sim, Lucien. Temos que chegar a ela antes dos Mikaelson's e trazê-la para o nosso lado. Precisamos da tribrida se queremos seguir com o nosso plano. - sentou-se num dos caldeirões.
- Eu sei. E vamos conseguir isso.
- Confias nela?
- Não... mas confio na sua raiva. - encarou a sua aliada e voltou à refeição.
New Orleans sabia realmente como passar uma noite.
Pelas ruas da cidade não se via uma pessoa desanimada.
Toda a gente se divertia ao som do Jazz que alguma banda local tocava.
- Isto é tão incrivel! - exclamou Sofia
- É New Orleans, querida. Não se pode esperar outra coisa. - respondeu Marcel, piscando o olho em seguida.
Maria olhava em volta, relembrando-se dos vários momentos que passou nesta rua e sorriu.
Foi esta a cidade que a viu crescer.
Foi esta a cidade que ela ajudou a reconstruir quando estava tudo em ruínas.
- Eu vou ver se encontro algo para beber. Já venho. Não saiam do pé do Marcel. - avisou antes de se afastar.
A sobrenatural andava pelo meio da multidão, desviando-se das pessoas e pedindo desculpa até esbarrar numa mulher morena.
- Descul... eu conheço te? - falou a mulher
- Não e tenho a plena certeza de que não queres conhecer. - respondeu
- És tu. Eu passei o dia todo a pensar na melhor maneira de dar cabo de ti.
- Tão querida. - disse a tribrida rindo.
A desconhecida pegou no braço de Maria e em velocidade de vampira afastaram-se da multidão, ficando numa rua deserta.
- Quem és tu? Não espera, não respondas, eu quero adivinhar... - fingiu pensar - Já sei! Uma pessoa sem qualquer relevância na minha vida. Acertei? - deu um sorrisinho cínico.
- O teu pior pesadelo.
A mulher morena tentou atacar Maria que se desviou com facilidade e a mandou contra uma parede.
- Com todo o respeito mas eu tenho a certeza que tu não és o Albert Einstein.
A vampira tentou atacar novamente a loba mas foi ao chão apenas com um olhar da mesma. Ainda assim, conseguiu pegas em algo pontiagudo que encontrou no chão e mandou contra o peito da tribrida, achando que a iria magoar.
- Sinceramente, as pessoas têm que parar de achar que me podem vencer acertando-me com coisas no peito. - comentou, retirando, o que quer que aquilo seja, da sua pele.
Caminhou até à desconhecida maluca e o som dos seus altos era tudo o que se ouvia naquela rua.
- Eu não faço a minima ideia de quem tu sejas mas é preciso ser muito estúpida para inciar uma luta comigo, achando que me consegues vencer. Claramente andaste a estudar a inimiga errada.
Maria pegou a morena pelo pescoço e meteu a sua mão no peito da mesma, sentindo o coração inanimado da mulher.
- Eu espero realmente que tenhas aproveitado os ultimos tempos da tua vida. Ah e um último conselho: na próxima vida, pensa melhor antes de tomares a decisão de atacar alguém.
No momento em que a tribrida se preparava para lhe arrancar o coração, a mesma ouviu uma voz que já não ouvia há muito e que a fez paralisar.
- Maria! Não faças isso! Deixa a Hayley em paz!
Ficou estática. Tirou a mão do peito da hibrida e quebrou-lhe o pescoço com brutalidade.
Virou-se lentamente para o dono da voz e foi então que se deparou com 5 pessoas, três delas bem conhecidas pela mulher.
Elijah, Klaus, Rebekah, Kol e Freya haviam saído à procura de Hayley, deixando Hope com Davina e Cami.
Não esperavam encontrar a hibrida quase a ser morta pela mulher que lhes confundia a mente há dias.
- Por esta nenhum de nós esperava. - disse Kol, quebrando o silêncio da rua.
Maria encarava os irmãos Mikaelson com uma cara séria.
Elijah tentou aproximar-se mas no momento em que deu o primeiro passo, Maria desapareceu em velocidade de vampira.
- Nem acredito... - disse Rebekah, sem saber se sorria ou não.
- Nem eu... Tu conseguiste conquistar aquela gata em 1919? Estou surpreendido.
Notas da autora:
Oi oi oi!!!! Sei que já é tarde mas tem aqui um capitulo novo!!!
Espero que tenham gostado!!
Que me têm a dizer deste capitulo hein?
Emoções fortes ou nem por isso?
Os Mikaelson são ameaçados e Freya e Hayley constantemente a insistir que Maria é a ameaça.
Maria quase mata Hayley.
Reencontro entre Maria e os Mikaelson.
O que vai acontecer a seguir?
Deixem as vossas reações a todos os acontecimentos a seguir e o que acham que se vai passar. Estarei atenta a tudo!!
Até ao próximo cap!!
Ass: Maria D.