A LEI DO AMOR「 Changki 」

By pinkihyunnie

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Changkyun, além de ser um homem excêntrico, materialista e calculista, é um advogado renomado que trabalha na... More

1: Mágoas afogadas em soju
2: O advogado insensível
3: Quer tomar café comigo?
4: Você não é tão ruim quanto imaginei. Mas continua sendo ruim
5: O destino gosta de pregar peças
6: O Diabo veste ternos caros e usa perfume Chanel
7: Boa sorte, Kihyun
8: Campo minado
9: Que tal um jantar com o diabo?
10: Fique comigo, Kihyun
11: Eu nunca te odiei
12: O pior dos crimes
13: O incriminado
14: Não quero esquecer
15: O presente perfeito
16: Não encontramos somente doces em padarias
17: Olhar gélido
18: A forma que te olho
19: Sentimento bobo
20: Minha nova teoria do amor
21: Me deixe cuidar de você
22. Eu não consigo dormir
23. Os toques de Changkyun são tão quentes quanto o Sol
24. Motivos para não confiar em um ator aclamado
25: O caminho de uma criança perdida nunca foi tão árduo
26: Não vá até o perigo, deixe que ele venha até você
27: Não jogue os dados se tiver medo de jogar o jogo
29: O passado que deveria estar trancado nunca foi tão amedrontador quanto agora
30: O nosso amor

28: O julgamento do dono do mundo

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By pinkihyunnie

oi bebês, como estão?
a fic está chegando na reta final aaaaaa
boa leitura!! 💗

[ 🍶 .*+]

Changkyun falava e falava. Usava termos técnicos que me ensinara dias antes do julgamento de meu pai, caminhando, em meia-lua, pelo taburno, ao que gesticulava suas mãos. Devia admitir que o advogado fazia um excelente trabalho, todos os orbes curiosos do local incidiam em uma só pessoa: Lim Changkyun. Eu, por outro lado, me encontrava de braços cruzados, encarando Chunghee e meu pai, os quais estavam sentados do outro lado da larga sala do tribunal, ambos com feições sérias e, a qualquer momento, eu sentia que Chunghee voaria de onde estava somente para me enforcar. Seria uma morte lenta e dolorida.

Quando entreguei a intimação para meu pai, não imaginei que ele, de fato, viria. Com isso, a mídia também veio. A firma começou a sofrer ataques e ele perdeu vários de seus oficiais, de forma com que seu império estivesse desmoronando, pouco a pouco. Eunji já não mais era dono do mundo. Ele estava pagando por todos os seus pecados e sinas. E eu estava tendo o privilégio de vê-lo, miúdo, de camarote.

Durante seu discurso, Changkyun contou ao júri, além de mostrar gravações, as quais ele conseguiu por meio de seus contatos na firma, os mais antigos, pagando uma quantia um tanto quanto salgada em dinheiro, e notícias, sobre a morte do antigo braço direito de meu pai. Em casa, Changkyun havia me mostrado meu pai e Taesung, em uma pequena mecânica, beirando o entardecer, conversando, e, no momento em que Taesung deu-lhe as costas para conversar ao telefone, Eunji dera um sinal para o mecânico, cujo cortara os freios; e, no ínterim de sua pausa, mostrou a todos o vídeo, de maneira a causar choque naqueles presentes. Tentamos reunir informações para nos encontrarmos com o mecânico, porém, tivemos a notícia de que ele veio a óbito ano passado, sem deixar herdeiros.

Após respirar fundo, Changkyun viu que seu tempo já estava esgotado e passou a palavra para os defensores de meu pai, os quais mais repetiram palavras e contrariam os argumentos de Changkyun da maneira mais tosca possível, sem embasamento. Faziam apenas uso do nome de meu pai e de sua contribuição com a justiça, visto que sua firma era a maior da Coreia.

Ao que o juiz olhou-me e, com a destra, indicou que devia me levantar para continuar a réplica, engoli em seco. Changkyun tranquilizou-me ao sorrir, sem mostrar os dentes e, com um gesto — fofo, diga-se de passagem —, insinuou que eu devia endireitar a coluna.

Limpei a garganta e, antes de olhar para meu pai, olhei para o júri. Então, prossegui:

— Pelo medo de perder a própria vida, como Taesung, Chunghee fez tudo que lhe foi mandado, a pior das coisas — apontei para Hyunwoo, que estava sentado em uma cadeira, localizada na primeira fileira, sendo escoltado por dois policiais e seu pai ao seu lado — incriminou um verdadeiro homem de bem, Son Hyunwoo, que, em sua família, não há um caso que suje sua ficha, portanto, um réu primário. Não obstante, além de incriminá-lo, riu, dizendo que mortos não saem de debaixo do solo — ergui o gravador, cujo continua a conversa que ele tivera com meu pai, na noite em que segui Changkyun até a boate, e apertei play. Enquanto ouviam, continuei, um pouco mais baixo, somente para criar uma maré ainda mais contra meu pai e seu comparsa — tanto Chunghee quanto Eunji foram cruéis e insensíveis o suficientes para matar Minjee, aquela com quem Son Hyunwoo se casaria meses depois. E tudo isso por que? Para que Eunji — apontei para meu pai — pudesse ter todas as ações da empresa Son. Se esse homem não deve ser punido pelos crimes que cometeu, eu não sei o que lhes dizer mais.

Reverenciei-me para o juiz e voltei para o meu lugar, ao lado de Changkyun. A defesa oposta questionou o juiz sobre forjar provas, mas, quando o próprio juiz indagou por que Eunji não foi de carro com Taesung para casa, o advogado sentou-se, quieto. O júri tornou a discutir sobre os fatos em uma pequena sala, situada à esquerda do juiz e o tribunal imergiu em silêncio e, vez ou outra, ouvia-se cochichos e murmúrios. Meu pai, com seu semblante desdenhoso, olhava-me e suspirou profundamente, como se esperasse a morte atingir-lhe.

Após quase dez longos e exaustivos minutos, o júri comunicou sua decisão ao juiz, que, por sua vez, não hesitou em dizer:

— Sentença de doze anos para Choi Eunji e Kang Chunghee. Culpados — depois de umedecer os lábios — por isso, decreto que Son Hyunwoo é inocente e receberá, de volta, todas as ações de sua empresa.

Olhei para Changkyun, cujos orbes brilhavam tanto quanto o sol. Abracei-o e sussurrei mais "obrigado" do que consegui contar. Ele, por outro lado, afagou meus fios e sorriu. Nós centramos nossa atenção em Hyunwoo, o qual chorava no ombro do pai, com as mãos desacorrentadas.

— Obrigado, Changkyun. Por tudo — e por tudo eu queria dizer literal e inteiramente tudo o que havia acontecido até aquele dia. Quem seria Yoo Kihyun se nada disso acontecesse? Certamente o mesmo medroso que se esconde nos braços de Jooheon quando algo ruim lhe acontece.

— Você foi ótimo, Kihyun — e aquilo serviu para deixar-me com as bochechas parecendo um pimentão. Novamente, afagou meus fios, enquanto eu o olhava, parecendo um cãozinho que recebia carinho e ele, o dono.

Hyunwoo havia nos chamado para beber depois do julgamento, dissera que era por conta da casa. Changkyun e eu, como não tínhamos nada a perder, aceitamos a proposta e, antes de irmos, liguei para Jooheon, contando-o como tinha me saído no meu primeiro e último julgamento. Enviei uma mensagem para Hoseok e Minhyuk, os quais praticamente enviaram duzentas respostas sem nexo, dado o surto. No caminho para o bar, as avenidas estavam cheias de pessoas, por vezes, esbarrávamos em um ou outro. Hyunwoo e seu pai, o qual caminhavam na frente, conversavam, e, o moreno tinha um largo sorriso nos lábios carnudos enquanto contava suas ideias de reerguer a empresa.

Changkyun teve de parar de caminhar algumas vezes porque ficava olhando para as comidas que chamavam sua atenção, e eu tinha de puxá-lo para que ele não empacasse no meio da calçada. Diante disso, o Lim riu e entrelaçou seus dedos nos meus, fazendo com que uma corrente elétrica percorresse meu corpo e eu não soubesse reagir àquilo além de apertar minha mão na sua e dá-lo um sorriso tímido.

— Três garrafas de soju — pediu Hyunwoo, docemente, ao atendente do bar, assim que encontramos uma mesa para nos sentar.

E foi porque tanto observei os três conversando, que me peguei relembrando tudo o que eu havia passado até chegar onde estava, ao lado de Changkyun, o qual tinha sua canhota gentilmente apoiada sobre minha coxa, deixando carícias singelas, e um largo sorriso nos lábios ao falar sobre suas ideias para Hyunwoo e o Son mais velho. Se eu contasse isso para o meu de meses atrás, além de rir, ele também diria que era impossível não somente o fato de eu ter intimado meu próprio pai mas também estar apaixonado outra vez.

E era a melhor sensação do mundo — estar apaixonado por Changkyun.

[...]

Nem Changkyun nem eu estávamos bêbados. Bebemos dois copos e comemos a carne que o pai de Hyunwoo fritava ao nos agradecer. Mas Changkyun, ao que chegamos em casa, começou a contar piadas sem graça demais e dar risada sozinho, o que me fez pensar que ele estava, de fato, bêbado.

— Changkyun, abra a boca — pedi ao retirar meu sobretudo e fechar a porta da casa. Ele, por sua vez, arqueou a sobrancelha esquerda, mas assim o fez ao que me aproximei dele. Não havia cheiro de álcool forte emanando de sua boca, o que me deixou um pouco confuso — você é bobo assim mesmo? — ele riu e envolveu seus braços em minha cintura, assentindo.

— Estou feliz. Você está feliz. Logo, eu fico feliz em dobro. Sem contar que fazia tempo que eu não fazia essas coisas — sorriu. Changkyun inclinou o corpo um pouco para frente, de maneira com que seus lábios tocassem a ponta de meu nariz — você foi ótimo.

Contorci os lábios.

— Mas foi graças a você.

Changkyun sorriu convencido e eu empurrei seu ombro para o lado, revirando os olhos. O Lim, por outro lado, perdeu o equilíbrio mas logo o recobrou, apertando-me contra o seu corpo. Seu semblante não era mais o bobo alegre de minutos atrás, agora, ele expressava preocupação. Talvez por amanhã ser o julgamento de Seojun.

Respirei fundo.

— O que foi, Changkyun? — indaguei ao tocar seu rosto.

— Sobre o julgamento de Seojun amanhã... — dei-o um selinho demorado, impedindo-o de continuar.

— Não precisa se preocupar, hm? Estou bem e vai tudo correr bem. Não vai ter mídia dessa vez, então estarei tranquilo para testemunhar — Changkyun sorriu sem mostrar os dentes e assentiu, afirmativamente.

— Tem outra coisa que está me deixando incomodado — o advogado disse, mordendo o interior da bochecha. Inclinei o rosto para o lado, curioso — se você é filho de Eunji e agora ele está preso... — ele engoliu em seco — você não deveria herdar a firma dele?

— Bom — respirei fundo — meu pai, tecnicamente, não era o único dono, só o homem com mais ações. Por isso, o segundo com maiores ações herdará a firma de Eunji. Por que a pergunta?

— Pensei que você fosse trabalhar comigo — fez um bico. Ele realmente parecia uma criança.

Abracei-o, deixando nossos rostos à milímetros de distância, roçando meu nariz no seu, com um sorriso bobo.

— Eu ainda pretendo ser ator, Chang. Mas isso não me impede de ir vê-lo todos os dias na firma, hm?

Mordi seu lábio inferior, o trazendo em minha direção e, assim que a guarda de Changkyun baixou, beijei-o. Tamanha foi a intensidade, que ele se surpreendeu, mas correspondeu no mesmo instante. Changkyun já não mais era amargo. Era doce, enérgico e carinhoso.

Changkyun já não era mais o advogado insensível e solitário. Ele era meu, e, de preferência, eu o manteria para sempre ao meu lado.

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