Lembrete de que nesse universos ÔMEGAS HOMENS e MULHERES ALFAS são inférteis.
Então nada de bebes por aqui!
Capítulo 7 – Uma noite Digna da Realeza
Jungkook se sentia a cada dia mais sufocado pelas mentiras.
Mentia para Jimin, ao afirmar que se casariam e se mudariam para Kisley, mentia para os pais ao afirmar que não tinha ninguém, mentia para os amigos sobre ser um duque e mentia para si mesmo, ao tentar se convencer de que no final tudo daria certo.
Já fazia um ano que havia se declarado para Jimin, um ano de cortejos secretos às escondidas pelo castelo, com medo de serem descobertos ou que alguém desconfiasse sobre seu relacionamento com Jimin.
E é claro que após um ano, descobriu porque cortejos eram feitos com supervisão e porque não se deixavam jovens com hormônios à flor da pele sozinhos de forma alguma.
Era difícil controlar Jimin em alguns momentos, o ômega parecia desesperado e frustrado a cada beijo, como se implorasse por mais, mas não soubesse como saciar seu desejo.
E era uma tortura para Jungkook, porque o amava tanto que as vezes era impossível se afastar e diferente do ômega, Jungkook sabia exatamente o que queria.
Deitar de mãos dadas, em um quarto abandonado enquanto conversavam e trocavam beijos singelos, já não era mais o bastante. Jimin já estava com 16 anos, estava sensível e borbulhando hormônios e feromônios.
Jungkook que estava prestes a completar 18, também passava por sua fase hormonal e se conter era difícil, para não dizer impossível. Ainda mais quando Jimin parecia tão entregue em suas mãos, tão aberto a qualquer coisa que Jungkook quisesse e aquilo era como viver o paraíso e o inferno ao mesmo tempo.
— Isso é bom. — Jimin resmungou, tentando se aproximar mais, forçando seu corpo contra o do alfa, tentando roubar seu calor entre os beijos afoitos e desesperados.
Havia passado a noite toda longe do alfa, graças a um maldito baile para a comemoração do começo da colheita, e notando os olhares impacientes e descontentes do ômega, Jungkook o convidou para uma valsa, assim como fazia em cada oportunidade que tinha. Sabia que era um risco, mas a maioria das pessoas o viam como amigos, quase irmãos, o que sem sombra de dúvidas irritava Jimin.
No meio da valsa, o ômega lhe disse as mesmas palavras carregadas de segredos de sempre: "A noite está linda hoje, não é?" e Jungkook entendeu que Jimin o esperaria no mesmo quarto abandonado da ala de convidados, como sempre. E aceitando o convite de bom grado, o alfa o respondeu: "Nunca vi tão bela" porque queria aqueles beijos tanto quanto Jimin.
Mas agora, deitados naquela cama grande e macia, iluminados pela janela semi aberta, no meio da noite em uma ala vazia, Jungkook conseguia ver o porque cortejos eram sempre a luz do dia, com damas de companhia e muitas camadas de roupa.
Revirou os olhos, perturbado com o ômega tão perto, sentindo seu lobo aflito e atormentado pelo próprio desejo. Jimin escorou sua cabeça contra o peito do maior, respirando com dificuldade, frustrado por não ter o suficiente, por não saber como satisfazer seu lobo que parecia a cada segundo mais agitado e agoniado.
— Deus... Jimin... — Jungkook estremeceu, sentindo o ômega se esfregando contra seu corpo, tremendo em seus braços. — Você precisa parar, ou vou acabar fazendo algo impróprio.
— Já estamos fazendo algo impróprio.— A voz de Jimin saia fraca e fragilizada, completamente abalado com o momento. — Mas não parece o suficiente.
Jungkook entendia o ômega, entendia melhor do que ninguém, se sentia assim também, completamente englobado nos sentimentos e prestes a perder o controle. Jimin nem mesmo fazia questão de segurar os próprios feromônios e foi quando o mais novo enfiou uma das pernas entre as suas, que Jungkook o segurou, tentando o afastar, mas não conseguiu ao ouvir o choramingo do ômega.
A mão relativamente menor, segurou a do alfa e o conduziu em um carinho, que a cada segundo ganhava mais e mais vontade e espaço. O ômega levantou a cabeça, querendo beijá-lo novamente e dessa vez, enquanto se perdiam na boca um do outro, o alfa se aventurou em uma nova área.
— Jun... — Jimin ofegou ao sentir o alfa apertando a carne da sua bunda, o impulsionando para frente, esfregando seu corpo contra o dele.
— Você... — O alfa iria questionar, mas sabia o que era aquilo. Sabia o que era o líquido que deixava a calça do ômega úmida e pegajosa. Não era a primeira vez que Jimin soltava lubrificação em um de seus momentos calorosos, mas era a primeira vez que Jungkook se sentia incapaz de afastá-lo.
O alfa rolou o ômega na cama, ficando por cima do corpo quente e trêmulo, e o beijou com mais vontade, o esmagando com tanta intensidade e desejo.
— Não deveríamos fazer isso assim. — Jungkook murmurou contra a boca do mais novo, impulsionando seu quadril contra o ômega, que fechou os olhos, resmungando palavras desconexas.
— Por favor... — Jimin implorou sem saber ao certo pelo o que, com a voz denunciando que estava a um passo de chorar.
— Eu amo você, meu amor. — Jungkook afirmou, porque sabia que o que iria fazer poderia mudar todo o rumo de suas vidas, mas queria garantir para Jimin, que o amava.
— Eu também te amo, alfa.— O ômega respondeu, ofegante e perdido, se agarrando em Jungkook, porque ele era sua única certeza no mundo e acreditava que nada nunca mudaria aquilo.
Sentiu Jungkook impulsionar novamente o quadril contra o seu e choramingou porque aquilo era fodidamente bom ao mesmo tempo que frustrante.
— Confia em mim? — Jungkook perguntou, se afastando o suficiente para encarar o ômega e levar as mãos até a calça da noite do mais novo, que concordou desesperadamente, porque confiava sua vida a Jungkook, ele era seu alfa, o único em seu coração.
Suas bochechas coraram ao ver Jungkook desfazer o nó que prendia sua calça e seu batimento bateu em seus ouvidos ao entender a intenção do alfa, mas não o afastou. Acreditava que Jungkook o daria o que era necessário para o acalmar e tentou acalmar sua mente, o ajudando a tirar suas roupas de baixo.
Jungkook soltou o ar dos pulmões, perdido ao ver como Jimin era lindo em todos os lugares, entregue em uma cama, esperando por ele, como se mais nada no mundo importasse. Seu lobo parecia tão desesperado para saciar sua fome do ômega, que nem ao menos se notou, mas Jimin não perdeu nenhum segundo da visão que Jungkook lhe ofereceu.
Se puxando para fora, sem desviar os olhos do ômega, enquanto se tocava lentamente. Jimin sabia que alfas e ômegas tinham certas diferenças biológicas, assim como homens e mulheres, mas agora encarando o alfa, era nítido que não havia entendido aquilo ao todo.
E quando suas peles se tocaram, ofegou mudo, em um choque elétrico, e circulou o pescoço de Jungkook com os braços, querendo mais, mais calor, mais contato, mais intensidade, mais peso, mais amor.
— Não tenha medo. — Jungkook sussurrou e Jimin concordou, porque não estava com medo, confiava no alfa e aquilo era o bastante.
Derreteu sobre a cama ao sentir o alfa o beijando e seu rosto queimou, constrangido ao sentir Jungkook abrindo suas pernas durante o beijo, antes do alfa o tocar de forma tão íntima.
Jungkook o preparou com cuidado, o distraindo com beijos intensos e apaixonados. E quando decidiu ser o suficiente, desceu os beijos para o pescoço do Ômega, ao mesmo tempo em que se posicionava.
Levantou a cabeça para encarar os olhos do menor, entrelaçou seus dedos como podia e então se forçou contra o ômega, que choramingou perdido em dor e prazer.
Quando se sentiu totalmente preenchido, soltou o ar preso, aliviado por finalmente ter o que queria, desceu o olhar entre os corpos e sentiu um soluço de prazer preso no peito ao ver o alfa daquela forma.
Jungkook o beijou, antes de se movimentar e a cada novo contato, mais Jimin se perdia, choramingando, soluçando e implorando pelo alfa. Porque o amava e aquilo era um alívio.
Uma parte dentro da sua cabeça o avisou de que aquilo, aquilo que estavam fazendo deveria ser pecado, por ser tão bom e que talvez esse era o momento dos livros que os autores descreviam como "se amar a noite toda" por ser obsceno e indecente demais para se descrever, ao mesmo tempo que gostoso demais para se conter.
Se beijar Jungkook já era impróprio, fazer aquilo deveria ser pecado, mas nem mesmo o pensamento de que seria condenado, o faria parar.
Seus olhos reviraram, sua cabeça caiu para trás, encostada no travesseiro, pesada e um som engasgado deixou sua garganta ao sentir Jungkook ofegar contra seu pescoço, se afundando em seu corpo, enquanto tocava seu membro de forma tão gostosa.
Seu corpo parecia estranho, como se algo fosse explodir, como se estivesse prestes a urinar ou Deus sabe o que estava sentindo, mas parecia gostoso e lascivo. Se agarrou contra o corpo do alfa e tremeu ao mesmo tempo que seu corpo explodiu no prazer mais cru que já sentiu na vida.
Jungkook se manteve no fundo, o segurando com força, sentiu o nó atando no ômega e deixou seu corpo desabar sem forças sobre Jimin.
— Você é o amor da minha vida, Min. — A jura de amor aqueceu seu coração e sem forças, Jimin apenas ronronou, feliz e satisfeito.
— Você também é o amor da minha vida, Jun. — Murmurou fraco e resmungou contrariado ao sentir Jungkook puxar para fora, mas suspirou aliviado ao sentir o alfa se jogar ao seu lado e o puxar contra seu corpo. — Vou te amar para sempre. — Segredou com carinho e Jungkook riu antes de perguntar com um tom divertido.
— Até o fim?
— Até o último suspiro. — Jimin afirmou sentindo seu peito transbordando de amor.
— Espero que isso nunca mude. — Estranhando o comentário, Jimin encarou o alfa por cima do ombro, sem desfazer o abraço, observando o outro com cuidado, notando os sinais de tensão e aflição do mais velho.
— Você parece preocupado.
— Eu estou. Acabei de te desonrar. Fiz algo que não deveria. — Jimin o encarou com confusão.
— Pensei que nossos encontros por si só já haviam tirado minha honra. — Jimin contou, confuso com a fala do alfa.
Sua mãe afirmava que não poderia se encontrar ou ficar sozinho com um alfa, que isso comprometeria sua honra. E bom, se encontrava com Jungkook às escondidas naquele quarto com frequência, imaginou que os beijos eram o problema, e não entendia o porquê, mas com certeza aquilo que haviam feito era bem mais íntimo do que beijos.
— Não está com medo? — Perguntou um tanto chocado para o ômega, porque Deus, estava apavorado com a ideia de ter perdido o controle, mas Jimin parecia calmo.
— Eu amo você e iremos nos casar. Minha honra serviria para encontrar um bom casamento, mas não preciso disso. Já tenho o meu alfa e eu o amo mais do que tudo. — A fala doce relaxou o alfa.
Iriam se casar, daria um jeito. Haviam feito amor e não tinha mais volta. Isso era tudo o que importava agora.
Ao menos, foi o que pensou.
Jimin sorriu ao notar o corpo relaxado ao seu lado, com a respiração calma e leves roncos vez ou outra, Jungkook finalmente havia dormido e aquele era o momento que deveria voltar para o próprio quarto e rezar para que ninguém tivesse notado sua ausência.
Precisava se lavar. Estava melado e provavelmente cheirava ao alfa, teria que se livrar daquelas roupas.
Se sentou com cuidado, sentindo um leve desconforto, mas isso não o impediu de ser levantar e se vestir. Assim que estava apresentável o suficiente, andou até a passagem secreta, que passava por trás da ala leste e o levaria diretamente até seu quarto e sorrindo mais uma vez, registrou em sua mente a visão do alfa adormecido.
Queria se lembrar daquele dia para sempre.
No escuro, caminhou pelas passagens já conhecidas e só parou ao ouvir uma voz abafada pela parede, em uma conversa que quebrou seu coração, mas lhe contou toda a verdade que não sabia.
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