A LEI DO AMOR「 Changki 」

By pinkihyunnie

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Changkyun, além de ser um homem excêntrico, materialista e calculista, é um advogado renomado que trabalha na... More

1: Mágoas afogadas em soju
2: O advogado insensível
3: Quer tomar café comigo?
4: Você não é tão ruim quanto imaginei. Mas continua sendo ruim
5: O destino gosta de pregar peças
6: O Diabo veste ternos caros e usa perfume Chanel
7: Boa sorte, Kihyun
8: Campo minado
9: Que tal um jantar com o diabo?
10: Fique comigo, Kihyun
11: Eu nunca te odiei
12: O pior dos crimes
13: O incriminado
14: Não quero esquecer
15: O presente perfeito
16: Não encontramos somente doces em padarias
17: Olhar gélido
18: A forma que te olho
19: Sentimento bobo
20: Minha nova teoria do amor
21: Me deixe cuidar de você
22. Eu não consigo dormir
23. Os toques de Changkyun são tão quentes quanto o Sol
25: O caminho de uma criança perdida nunca foi tão árduo
26: Não vá até o perigo, deixe que ele venha até você
27: Não jogue os dados se tiver medo de jogar o jogo
28: O julgamento do dono do mundo
29: O passado que deveria estar trancado nunca foi tão amedrontador quanto agora
30: O nosso amor

24. Motivos para não confiar em um ator aclamado

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By pinkihyunnie

oioi nenês, como estão?
tenham uma boa leitura!!!
ah, e tem fic nova à caminho 💗💗

[ 🍶 .*+]

Assim que acordei, espreguicei-me. Cocei os olhos e rolei pelo sofá, ainda pensando se valia a pena levantar-me naquele momento. Respirei fundo e bocejei ao sentar-me no almofadado. Olhei para os cantos, não vendo Changkyun, porém, vendo sua mochila, encostada na porta ao lado da entrada, o que indicava que ele estava em algum cômodo da casa e não havia saído.

Ao pousar os pés no carpete, pude ver um pequeno bilhete grudado na madeira da mesinha de centro, que dizia fui comprar o café, volto logo. Inconscientemente, sorri ao tocar o recado e passei o indicador sobre a superfície, mantendo-o ali.

Meu sorriso, que antes estava preenchido pelas lembranças do que fizemos ontem à noite e das palavras que sussurramos um para o outro, esvaiu-se ao que meu celular tocou. Em uma primeira instância, eu não devia estar preocupado ou sentir-me aflito, porém, ao olhar para o visor do eletrônico, o nome daquele que me ligava era meu pai. O dono do mundo queria algo comigo pela primeira vez desde que nos encontramos na firma.

Irritadiço, atendi-o, deixando a ligação no viva-voz, para que eu pudesse perambular pela casa sem precisar levar o aparelho comigo. Para falar a verdade, minha vontade era gritar para os quatro cantos do mundo o quão deplorável meu pai era.

— O que você quer? — praticamente cuspi as palavras.

Não acha que está passando tempo demais com o advogado? — ele riu. Franzi o cenho.

— Sim, estou passando muito tempo com Changkyun — o respondi, com os dentes cerrados em ódio.

Peguei um copo e enchi-o com água, o dando dois longos goles após ouvir a risada de meu pai.

É bom saber que você está levando o caso como um passatempo. Assim tenho mais certeza ainda que você vai trabalhar para mim.

— Eu nunca trabalharei para você.

Ao que me parece, está deixando Changkyun ficar na frente daquilo que você mais deseja. Tem certeza que ele não está no seu caminho, filho?

Rilhei os dentes. Como ele conseguia ser tão... desgraçado?

— Que merda está falando? Changkyun não está no caminho — ele está é me ajudando mais do que mereço, pensei.

Eunji riu.

Liguei apenas para ouvir seu choro, para que eu tivesse piedade. Mas vejo que você é orgulhoso e tolo demais. Se apaixonou por quem você deveria usar.

— Cale a merda da boca — ao que terminei de falar, a linha caiu. O velho havia desligado a ligação. Após dizer tantas coisas nojentas, dignas de repulsa, ele simplesmente desligou. Respirei fundo, procurando o resquício de paciência que ainda habitava em mim.

Bati o pé com força no chão e baguncei meus fios. Meu pai não tinha um indício de empatia, nem pelo próprio advogado e muito menos por seu próprio filho — algo que eu já havia aprendido desde que ingressei no ensino fundamental. Baguncei meus fios, em uma tentativa falha, de afastar toda aquela raiva e angústia que se alastrava por meu corpo. Se, por algum motivo, meu pai ousasse tocar em Changkyun — dada a sua frieza —, eu certamente perderia a linha.

Ao que a maçaneta da porta girou, soube que Changkyun havia chegado. De início, seu feição estava mais séria que o normal, de forma a não responder o sorriso que eu havia lhe dado. Arqueei uma das sobrancelhas e dei de ombros, talvez Changkyun só não estivesse de bom humor pela manhã e seus sorrisos aparecessem gradualmente.

— Coma e se arrume. Iremos ver Hyunwoo — o advogado disse.

— Certo — assenti. Changkyun parecia não querer conversar, então optei por deixá-lo quieto, em sua poltrona, mexendo em seu celular. Comi o pedaço de bolo que Changkyun havia trazido e tomado, em três goladas, o café adocicado, o meu favorito. A todo momento, observei a pose serena de Changkyun, o qual, vez ou outra, cerrava os olhos e chiava. Ele estava distante, eu podia sentir. Mas por qual motivo?

Ao acabar de comer, joguei fora o copo descartável e caminhei para o banheiro. Tomei um banho frio, não tão demorado, dada à pressa de Changkyun, arrumei-me e logo voltei para a sala — onde o Lim ainda mexia em seu celular, com certa fúria, cuja cessou assim que o chamei.

— Vamos? — indagou.

— Vamos — confirmei, de maneira a seguí-lo quando ele atravessou a sala em direção à porta. Changkyun deixou sua mochila transversalmente em seu corpo e trancou a madeira, dando-me um sorriso sem mostrar os dentes ao continuar a andar.

Eu não entendia porque ele estava tão irritado, quieto e distante. Changkyun já era assim normalmente, antes de nos conhecermos definitivamente; mas agora, eu podia sentir que algo estava errado e ele não me contaria tão cedo. Por isso, eu deveria evitar insistir e deixá-lo contar ao tempo dele.

[...]

— Vocês realmente pegaram o caso — Hyunwoo riu sem vontade ao que Changkyun se sentou de frente para ele. Sem cerimônias, o advogado entrelaçou seus dedos uns nos outros e pousou-os sobre a mesa de metal, suspirando.

— Preciso que me diga quem, de alguma forma, quereria você fora da jogada — disse o Lim.

— Como assim?

— Acreditamos que você tenha sido incriminado. E, com isso, já encontramos um dos cúmplices — Changkyun retirou de sua bolsa uma pasta azulada, abriu-a e deixou à mostra a imagem de Chunghee — você conhece esse homem?

— Ele é intermediador de negócios entre a empresa de meu pai e a firma Choi — disse sem rodeios. Changkyun e eu nos entreolhamos, com cenhos franzidos e suspiros pesados — o que tem ele?

— Ele estava na cena do crime quando fomos averiguar a situação. Kihyun foi quem o reconheceu pela voz, mas não temos provas de que Chunghee estava na casa da sua namorada.

— E vocês acham que ele foi quem matou Minjee? — assenti — para me incriminar? — outra vez, assenti — ele não faria algo assim. Chunghee não é esse tipo de homem.

— Nem todos são como pensamos que são — murmurou Changkyun — Chunghee trabalha há anos conosco, mas nunca se envolveu com nenhum problema até onde sabemos.

Hyunwoo respirou fundo.

— Desde que meu pai se aposentou, eu tenho cuidado do escritório, que é associado ao Choi. E sempre as pessoas tentam nos passar a perna ou sairem por cima, o que é desgastante. Houve até mesmo um acidente em umas de nossas negociações, que deram errado inclusive.

— Como assim? — o Lim indagou.

— Eu não lembro bem por ser novo demais e não ter prestado a atenção que meu pai queria. Mas sei que alguém saiu ferido dessa reunião.

— Podemos falar com seu pai? — Hyunwoo, confuso, assentiu — onde ele mora?

— Esse acidente tem algo a ver com o que aconteceu recentemente? — indagou Hyunwoo. Changkyun assentiu e levantou-se, abotoando o terno.

— Todas as entrelinhas são importantes, Hyunwoo.

O moreno nos deu, em detalhes, o endereço de seu pai e, após nos despedirmos, Changkyun tratou de chamar um táxi. Durante o caminho, Changkyun apenas batucava a ponta de seu dedo em sua perna, olhando para o lado de fora, pensando em um milhão de coisas e guardando toda a dúvida para si.

Foram necessárias duas batidas à porta para que um homem, já de idade, roupas simples, apesar do tamanho da casa, abrisse-a. Uma expressão de desgosto instaurou-se em seu rosto enrugado ao me ver.

— Você é idêntico ao seu pai — murmurou — o que veio fazer aqui?

Arquei a sobrancelha.

— Viemos porque precisamos da sua ajuda.

— Então os Choi abandonaram toda a ambição e ego para vir falar com um velho conhecido? — riu desdenhoso — entrem, entrem.

Changkyun foi o primeiro a entrar e esperei que o senhor Son mostrasse o caminho para que pudéssemos seguí-lo. Após subirmos as escadas da entrada e sentarmos-nos à mesa, o Son questionou:

— E então, o que o traz aqui?

— Estamos defendendo o caso de seu filho. Ele não lembra bem de um incidente que aconteceu há alguns anos, então viemos saber do senhor — falei. Ele ajeitou-se na cadeira, acariciando os fios de sua barba.

— Ah, ele devia estar falando do dia em que perdi minhas ações — inclinei a cabeça para o lado, intrigado — há anos atrás, quando sua firma fechou contrato conosco, para que enviássemos mais promotores, o seu pai nos deu um contrato falso. Para falar a verdade, não foi seu pai, mas sim sua mão direita, Chan Taesung. De início, o contrato era normal, da forma que havíamos planejado. No dia seguinte, porém, foi notificado que havia perdido todas as ações da minha própria empresa, restando somente a não tão grande parte de Hyunwoo.

— Então você se aposentou — concluiu o Lim.

— Nesse mesmo dia ficamos sabendo que Taesung faleceu em um acidente de carro, voltando para casa. Todos acharam que tinha sido um acidente normal, mas a perícia alegou que os freios haviam sido cortados — o senhor Son olhou-me com ódio.

— Por isso odeia tanto meu pai?

— Seu pai é o pior ser humano, se é que podemos chamá-lo assim, que já pisou na Terra — cuspiu as palavras.

— O que mais ele fez?

— Além de roubar minhas ações para ele? — riu de forma escandalosa — matou o próprio empregado.

— O que?

— Você não sabia, criança? Eunji foi quem levou o carro de Taesung para a mecânica horas antes da nossa reunião.

— Se ele foi realmente o dono de todo esse feito, por que diabos ele ainda zanza por aí como se fosse inocente? — Changkyun indagou.

— Infelizmente, Choi Eunji tem poder. Ele simplesmente subornou a polícia e deixou o caso fechado. A família de Taesung foi calada por uma quantia específica em dinheiro.

Engoli em seco.

— Por que meu pai mataria alguém que ele confiava? — o senhor Son deu de ombros.

— O histórico do seu pai não é dos melhores, garoto. Sempre que ele se cansa, ele joga fora. E não foi a primeira vez.

— Então se ele realmente matou Taesung, nada impede de tê-lo agido com Chunghee para tomar, de vez, todas as ações dos Son — murmurou o Lim.

— E se meu pai se livrou de Taesung, agora quer se livrar de Chunghee, nos guiando para ele — completei.

— Porque se ele incriminasse o próprio funcionário seria óbvio demais — o advogado finalizou a linha de pensamento.

Changkyun agradeceu pelo tempo que o senhor Son nos deu, com um sorriso e uma reverência singela. Eu, por outro lado, apenas deixei a casa, em meio à pensamentos conturbados e confusos, formando uma tempestade em minha cabeça. Empurrei a porta com força, perdi o equilíbrio e agachei-me no chão, de forma a abraçar minhas pernas.

Changkyun chegou logo atrás, com passos tranquilos e silenciosos, prostrando-se ao meu lado.

— Ver sua expressão me trouxe calma — ele disse. Inclinei o pescoço para o lado, o olhando, desconcertado — eu ouvi sua conversa no telefone com seu pai.

Levantei-me.

— Eu não queria ter ouvido, mas foi mais forte que eu — suspirou ao chutar uma pedrinha para o lado — e, por um instante, eu pensei que você estava atuando quando estava comigo. Que era um cúmplice de seu pai, para ajudá-lo a entregar Chunghee. E eu fiquei com raiva de você.

— Changkyun, eu... — ele me interrompeu ao limpar a garganta.

— Mas quando nos foi contado tudo aquilo, sua feição era de uma criança assustada, que não sabia de nada que estava acontecendo. E eu, por via das dúvidas, verifiquei o histórico do seu pai e as inúmeras notícias a respeito dele, comprovando que acabamos de ouvir a verdade por trás dos panos.

Contorci meus lábios.

— Eu vou cuidar desse caso sozinho, não quero que você se envolva mais — ao que abri a boca para rebater, o Lim prosseguiu — você já vai ajudar no caso contra Jeonghan. Se você se expôr mais, seu futuro artístico estará comprometido, Kihyun. E tenho certeza de que você não quer isso, ou quer?

Abaixei a cabeça e tornei a olhar para meus pés. Eu ainda estava me encontrando, Changkyun havia se tornado meu mapa, meu guia. Sem ele, eu era somente o eu de dias atrás. Ele queria se separar à essa altura? Impossível.

— Eu não vou te deixar resolver o caso do monstro que meu pai é. E se algo te acontecer, Changkyun? Eu jamais vou me perdoar — apertei sua blusa, o trazendo para mim.

— É melhor assim, Kihyun — com delicadeza, Changkyun afastou minha mão do tecido e suspirou — me deixe te proteger. Só por uns dias e tudo estará resolvido, hm?

Virei o rosto, evitando olhá-lo.

— Olhe para mim — Changkyun, com a canhota, girou meu rosto, para que eu o olhasse novamente — farei isso por nós.

— Não preciso que me proteja, Changkyun. Não preciso que me empurre para longe para que você resolva isso.

Changkyun suspirou, afastando-se.

Nada mais foi dito, apenas trocamos olhares angustiantes e furiosos, para que, só após Changkyun dar o primeiro passo oposto ao lado em que eu estava, minha ficha caísse e eu conseguisse me mover para longe do advogado.

O caminho que viemos juntos agora já não era o mesmo. E eu não sabia o que esperar dessa decisão.

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