[AMOSTRA] O BEIJO DA FERA | D...

By ValentinaKMichael

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Uma noiva em fuga somado a um recluso pervertido. Pode parecer enredo de um bom filme, mas era a realidade de... More

LIVRO 04 - THADEO
SINOPSE
PERSONAGENS
01 | GEMA
02 | THADEO
03 | THADEO
04 | GEMA
05 - THADEO
06 | GEMA
07 | THADEO
08 | GEMA
09 | THADEO
10 | THADEO
12 | THADEO

11 | GEMA

24.9K 4.3K 1.3K
By ValentinaKMichael

E aí pessoal? Esperando um capítuluzinho? Pois aqui está.

Ontem não deu para postar mas hoje chegou (até que enfim)

Espero que gostem!

💕👌🍇🍷

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GEMA

Acordei sobressaltada sentindo um peso sobre mim. Olhei em volta me situando de onde estava e com quem estava. Boquiaberta percebi Thadeo envolvendo minha cintura com um braço e a perna grande e pesada sobre as minhas. Ele era muito relaxado. Estava me abraçando como se eu fosse um travesseiro.

Irritada por ter apreciando o abraço folgado, empurrei o braço dele fazendo-o acordar.

— O que?

— Chega pra lá. Está invadindo meu espaço. — Ele sentou-se na cama com um olho aberto e outro fechado e os cabelos completamente assanhados. Fitou-me, olhou em volta e caiu de volta na cama tampando os olhos com o braço.

— Que horas são? — murmurou. Dei uma boa olhada nele ao todo. O corpo sempre me fascinava e me fazia questionar quando me tornei essa pessoa tão carnal que fica embasbacada por um corpo masculino. Parei os olhos na cueca dele.

Minha santinha...

Estava esticada formando um contorno exato de suas joias.

— Sete. — Respondi e levantei-me, calcei o chinelo e andei para o banheiro.

Agora eu entendia o que era estar atraída pela pessoa errada. Thadeo é o homem mais errado que eu poderia me interessar e por isso cabia à minha racionalidade afogar esse sentimento.

Ao sair do banheiro minutos depois, encontrei ele sentado na cama falando ao celular. Terminou, jogou o aparelho sobre a cama e ficou de pé.

— Meu irmão chega daqui a pouco. Vou me aprontar. — Entrou no banheiro.

Assenti e virei o rosto. Postei-me diante do espelho arrumando os cabelos e minutos depois Thadeo saiu. Ficou lá de pé me olhando, com as mãos na cintura.

— O que? — Virei-me para ele.

— Nada. — Desviou o olhar e foi pegar roupa na mala. — Gema, acho que você não precisa ir a feira com a gente. Só irei entregar os vinhos das pessoas que fizeram o pedido...

— Não vai esperar a votação?

— Não. Não tenho sorte para essas coisas. — Ele vestiu um jeans, e pegou o cinto.

— Ou será que tem outro compromisso com alguém e não me quer por perto? — Falei e me arrependi. Que merda Germânia, para de ficar cutucando.

— Por que diz isso? Não tenho compromisso com ninguém.

— Bom, você não tem que me dar satisfações. — Esnobei. Sendo que eu mesma tinha jogado a assunto na roda.

— O que houve com você? Acordou ranzinza. Foi porque eu te acochei durante a noite?

— Ah, você é patético. — Deixei o pente de lado, pois meus cabelos já estavam alinhados. Me virei e deparei-me com Thadeo bem pertinho. Como esse homem aproximou-se e eu nem ouvi? Fiquei de pé encarando seus olhos.

— O que está fazendo?

— Talvez você sinta vontade de uma revanche. Eu te dou permissão.

— Permissão para que, homem de Deus? — Meu coração já estava tão acelerado que eu podia jurar que os batimentos eram audíveis. Ele estava perto demais, cheiroso demais, chamativo demais...

Porra, Germânia! Controle-se.

— Permissão para isso. — Envolveu minha nuca com uma mão e deu um puxão. A outra mão agarrada a minha cintura. Em dois segundos e eu já estava colada ao corpo quente de Thadeo sentindo sua boca pressionar a minha. A barba afagou minha pele e de repente, adivinhe quem estava lá toda mole beijando de volta? Sim, eu mesma.

Que ódio de mim.

Eu apertei os bíceps dele e joguei a racionalidade para o alto; rolei minha língua contra a de Thadeo saboreando o beijo erótico. Senti um volume na calça dele pressionada em mim. O calor subiu. E para piorar, ele girou me abraçando e jogou-me na cama vindo por cima.

Minhas mãos tremulas apalparam seu corpo, as costas largas e ombros fortes até chegar aos cabelos e emaranhar meus dedos nos fios negros e lisos. Eu estava realizando minhas fantasias pervertidas e era tão bom como foi a primeira vez. Na verdade bem melhor porque agora eu o sentia em toda intensidade, sentia seu peso, sua pele, seus músculos e não tinha coisa melhor do que beijar esse chucro desalmado.

De repente, batidas fortes na porta me sobressaltou e o celular dele desandou a tocar. Espalmei as mãos no peito dele e o afastei. Thadeo estava ofegante, olhos em brasas, ele exalava tesão. O homem era um bruto gostoso e isso me atraia ao mesmo tempo que amedrontava.

Ele pegou o telefone e nem atendeu. Só desligou.

— Me beijou... de novo. — Sussurrei. — Por que fez isso?

— Porque eu estou a maior parte do tempo com tesão pela sua boca. Conversamos depois. — Ele foi até a porta e a abriu. Ouvi a voz de Carmem e me coloquei de pé.

— Bom dia, Gema. — Ela olhou para mim com olhos semicerrados. — Parece cansada...

— Exercícios matinais... alongamento. — Thadeo colocava uma camisa polo e sentou-se para calçar as botas. — Eu vou com vocês. — Falei. — Odeio ficar sozinha.

Após o café, esperamos o irmão de Thadeo na sala de espera do hotel. Thadeo sentado em uma poltrona ao meu lado mexendo no celular; e Carmem nos observando, à frente. Ela estava linda como sempre, com uma camisa de seda e saia secretaria. Os saltos altíssimos. Os cabelos negros perfeitos e a maquiagem bem elaborada. Ela olhava com atenção para meus pés. Engoli em seco e escondi minhas sapatilhas na barra do vestido longo.

— E aí mano? A tabua de salvação chegou. — Levantei os olhos e vi um homem parecido com Thadeo. Tão alto quanto ele, além de ser bem bonito. Fiquei de pé observando-os se cumprimentarem.

— Já conhece a Carmem e essa é Germânia, uma ajudante da vinícola. — Thadeo apresentou — Gema, esse é meu irmão Fernando.

— Oi, é um prazer. — Ele apertou minha mão. — Então, vamos?

— Claro. — Thadeo esfregou as mãos, ansioso.

***

Chegamos à feira e enquanto eles descarregavam o carro, Carmem e eu fomos organizar a banca. Daqui a pouco abrirá e ás dez da manhã haverá o resultado da votação, tanto do público como dos jurados.

— Ele não se envolve. — Carmem falou para mim. Deixei as taças de lado e a encarei.

— Que?

— Thadeo. Estou com ele há dois anos e conheço-o muito bem. Ele odeia relacionamentos, odeia pensar em passar mais de um mês com a mesma mulher. Ele é adepto á garotas de programa, pois não precisa dar satisfação. Só foder e mandar embora.

— E por que está me falando isso?

— Porque eu sou mulher e sei que está atraída por ele.

Fiquei sem fala. Estava tão na cara assim? Abri a boca para contestar, mas ela foi rápida:

— Se ele estiver sendo bonzinho, não caia nessa. Vejo que você é uma mulher do bem e não merece que ele te cative para comer e descartar.

— Ele não está tentando me cativar... Percebi que ele é um homem que vai e faz quando tem desejo. Além do mais, relacionar com quem quer que seja é a última coisa que quero.

— Ele sempre me quis, Gema. Mas nunca dei oportunidade porque eu me valorizo. Não quero ser só mais um número. Você deveria fazer o mesmo.

Ela virou-se antes de eu responder e afastou-se. Thadeo entrou na tenda com mais uma caixa. Tamborilei os dedos na mesa, pensativa. Cativar? Esse chucro me irritava sempre, isso sim.


Depois das oito, as pessoas começaram a chegar e em instante a barraca estava lotada.

Os vinhos eram colocados em uma caixa com o nome da vinícola, em seguida em uma sacola de papel.

— Obrigado por adquirir um legitimo D'Mattos. Aqui está o cartão. Entre em contato se precisar e pode marcar horário para visitar a vinícola ou adquirir mais vinhos.

Fernando fazia o pedido, por exemplo: "Um Cabernet suave". Carmem e eu embalávamos e Thadeo entregava às pessoas agradecendo. As dez horas, não tinha mais nada.

— Não sabia que você estava vendendo tanto. — Fernando falou com Thadeo.

— Pois é. Nem eu esperava. Ontem o meu vinho ficou famoso aqui na feira. — Ele olhou para mim dando-me um sorriso — Graças a Gema.

— É uma ótima funcionaria, merece aumento. — Fernando sorriu para mim, fazendo-me sentir lisonjeada e Carmem revirar os olhos.

— Sim, tem toda razão — Thadeo concordou. —Então vamos arrumar tudo para ir embora. Podemos voltar com você no jatinho, depois peço para um funcionário da vinícola buscar meu carro.

— Isso. Eu estou sozinho. Maria Clara queria vir, mas tínhamos que trazer as crianças e fica meio difícil para uma viagem de emergência.

Carmem mexia no celular distraída e eu sentada, prestava atenção a conversa deles.

— Como estão os pirralhos? — Thadeo questionou.

— Só matando o velho pai aqui de paixão e orgulho. Devia experimentar um dia.

— Saí fora, porra. — Deu uma cotovelada em Fernando.

— Ah é. Você tem aquela merda de proposito de que só pensa em relacionamento quando uma noiva aparecer em sua porta. Escolheu a coisa mais impossível do mundo.

No mesmo instante danei a tossir em desespero espirrando água por todo lado. Thadeo com a mão nos olhos, completamente revoltado com o irmão que falou demais.

Mas que merda? Ele esperava uma noiva aparecer do nada na sua porta?

E eu apareci de repente na sua porta... vestida de noiva.

— Você está bem? — Fernando perguntou-me.

— Vamos logo que ela começou a dar vexame. — Carmem levantou-se do lugar dela me desprezando. Indiferente ao que ouviu, afinal ela não sabia que eu cheguei vestida de noiva na vinícola.

Thadeo apenas virou-se e saiu para começar a arrumar as coisas em caixas. Nem olhou para mim.

***

THADEO

Eu queria enforcar Fernando. Meus irmãos sempre tiveram a língua maior que o corpo, capaz de colocar qualquer um em uma enrascada. Estava sentindo raiva com uma mistura de aflição. Gema ouviu e eu não sabia como ela iria lidar com isso. ela poderia querer ir embora achando que eu sou uma espécie de maluco. Ou pode querer usar essa informação para forçar algo solido que nunca vai existir.

Acabei arrependendo de ter a beijado hoje. Foi mais forte que eu. A porra do tesão cresce cada vez mais que estou ao lado dela. ainda mais dormindo na mesma cama sentindo seu corpo delicado e quente sob o meu.

Controle-se cacete! eu tinha uma vida de experiencia com mulheres, sabia como manipulá-las e lidar com elas, mas Gema era algo tão novo em minha vida que me deixava sem reação, sem sanidade. Por que caralhos eu a beijei de novo?

— Vai anunciar os votos. — Carmem veio correndo, eufórica, avisar. Fingi que não ouvi. Eu não ia alimentar esperanças e ver tudo cair por terra quando ficasse em centésimo lugar.

— Ah, eu vou lá ver. — Gema enfim teve motivo para falar algo e saiu correndo com Carmem. Olhei para Fernando.

— Caralho, boca grande. Tinha que falar aquela merda?

— Que merda? — ele parou de fechar as caixas e me olhou.

— Da noiva.

— E o que tem? É uma piada interna que só nós entendemos. Vamos lá ver a revelação dos melhores. Talvez você tenha um golpe de sorte...

Arranquei as luvas, e segui Fernando para o palco. Ficamos de longe observando. Gema e Carmem um pouco mais adiante.

O apresentador falou um monte de baboseiras agradecendo a presença de todos, falando o quão foi um sucesso e tudo mais. Depois chamou ao microfone, um dos organizadores que tinha o envelope com os cinco mais votado pelo público.

— Os cinco vinhos que falarei agora tiveram uma porcentagem de votos parecidos. Portanto não tem um mais votado com ampla diferença. Os cinco estão praticamente no mesmo patamar. — Fez uma pausa, olhou no papel, deu um sorriso e falou o primeiro nome. Vi um pessoal gritar lá na frente. Falou o segundo nome, mais comemoração, o terceiro, e eu me vi torcendo, coisa que falei que não faria.

Fernando e as meninas também pareciam torcer. Na verdade, Gema até mesmo estava cruzando os dedos e demostrava fazer uma prece de olhos fechados. Ela estava de verdade torcendo por mim e isso era incrível porque nos conhecíamos há pouco tempo.

Depois do grande suspense, falou o nome do quarto vinho e eu vi minhas chances se perderem aos poucos. Ao menos eu tinha vendido bastante, era um alento.

— E o quinto e último vinho a concorrer para o premio da feira é: D'Mattos.

Eu estava paralisado observando tudo em câmera lenta a minha frente. Gema com as duas mãos na boca, Fernando vindo em minha direção, Carmem boquiaberta, sem reação. Fernando me agarrou abraçando e me tirou do chão.

— Ganhou, porra! Você ganhou, mano.

— Eu consegui... — sussurrei incrédulo. De repente, senti falta da minha mãe. Senti necessidade de abraçá-la e mostrar que eu estava conseguindo o que tinha lhe prometido. Abracei meu irmão com força.

Naquele dia no asilo para pessoas com problemas mentais eu consegui colocar um sorriso nos lábios dela. Nossa mãe acreditou em mim quando eu lhe prometi que a vinícola iria voltar a entrar no hall das melhores.

Recebi o abraço das meninas e caminhei para o palco. As pessoas abrindo espaço e me aplaudindo enquanto passava. Eu consegui sem usar o nome Capello. Eu consegui com ajuda de Gema, e serei sempre grato.

Depois de ler os vinhos mais votados pelos jurados, todos os dez estavam no palco. Os jurados me pediram um dos meus vinhos que eu gostaria que eles provassem. Eles me olhavam com desprezo lembrando do que aconteceu ontem e por sorte a prova iria ser ás cegas, ou não me dariam premio nenhum.

E começaram a provar.

O primeiro, sentiu o cheiro, bochechou, tomou um golinho e anotou na caderneta. Todos seguiram o mesmo processo em cada vinho servido.

Observei com atenção o meu na taça três. Provaram, semblante neutro não demostrando o que achou do vinho.

Fiquei nessa tortura ali com os outros concorrentes, todos nós com a mesma emoção e ansiedade. Todos os dez vinhos foram provados e saíram da mesa para a contagem de votos e decisão.

O tempo correu, todos em silêncio, a espera era agonizante. E então, o envelope com o resultado chegou.

Eu não ganhei, mas só o fato de ter ficado em segundo lugar foi praticamente o premio total. Eu cheguei aqui sem expectativa alguma, duvidando do meu produto, querendo que desse certo, mas sabendo que era fraco demais e desconhecido no meio de tantos.

E agora eu ganhava o premio de segundo lugar de melhor vinho da feira. Os três melhores serão divulgados e vendidos em sites e várias lojas físicas no Brasil.

Mas quando desci do palco nem tive como comemorar. Eles me olhavam com uma cara estranha de choque.

— O que houve? — Olhei na cara dos três.

— Entrou bandidos na vinícola. — Carmem deu a notícia. — Gioconda acabou de ligar. Parece que houve furto. 

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Por hoje é só! Mas amanhã é quinta e teremos outro se Deus quiser. 

bjs e até o próximo. 

😘😘

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