Royals - Jikook | LIVRO 4 | M...

By TIA_MANU

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|REESCRITO| LIVRO 4 | MY ABO UNIVERSE A realeza não nasceu para amar. O Príncipe Jungkook aprendeu isso muit... More

~Reescrita ~
LIVRO 4 - AVISO
Um Passado Digno da Realeza
Um Amigo Digno da Realeza
Uma União digna da Realeza
Um Sentimento Digno da Realeza!
Um Baile Digno da Realeza!
Uma Noite Digna da Realeza!
Um Final Digno da Realeza!
Uma Despedida Digna da Realeza!
Um Convite Digno da Realeza!
Um Reencontro Digno da Realeza!
Uma Esperança Digna da Realeza!
Um Começo Digno da Realeza!
Uma Angustia Digna da Realeza!
Uma Tortura Digna da Realeza!
Uma Conversa Digna da Realeza
Uma Decisão Digna da Realeza!
Uma Discussão Digna da Realeza!
Uma Última Vez Digna da Realeza!
Uma Revelação Digna da Realeza!
Um Casamento Digno da Realeza!
Um Final Digno da Realeza!
EPILOGO

Um Ômega digno da Realeza

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By TIA_MANU

Capítulo 2 – Um Ômega Digno da Realeza

— Eles não vão voltar, vão? — Jimin perguntou encarando os três ômegas na sua frente, que o encaravam com um olhar carregado de tristeza e apreensão.

Jimin não se considerava muito esperto, na verdade, tinha certeza de que era estupido demais para qualquer coisa, mas não precisava ser nenhum gênio para deduzir aquilo.

Sempre soube que seus pais não eram as melhores pessoas do mundo e também não tinha esperança de que tivesse amor envolvido em seu relacionamento, mas sempre acreditou que se fizesse o que eles mandavam e ficasse quietinho, eles não iriam o abandonar.

Estava errado, aparentemente, o que não era uma novidade na sua vida. Sua mãe sempre reforçava sua estupidez e seus erros, o bastante para ficar gravado em sua mente.

E Jimin tentava se convencer de que aquilo não era verdade, de que não era tão burro quanto eles afirmavam, mas naquele momento, acreditou que realmente era.

Sabia que estava crescendo e que logo não seria mais útil nos roubos como antes, mesmo com o corpo pequeno e esguio de um ômega, Jimin já estava com 10 anos, mal cabia escondido atrás de um malão, sua mãe já havia reclamado disso e após quase ser pego por um fazendeiro, apanhou de seu pai por ser estupido o bastante para ter crescido demais.

No entanto, quando seus pais decidiram acampar perto do rio, no meio da floresta, ao invés de um lugar próximo da villa, Jimin não pensou que quando acordasse não teria mais ninguém.

Seu coração se apertou ao se ver sozinho no meio do nada em um lugar desconhecido. Pensou em ficar e esperar, quis ter esperanças de que eles voltariam, mas no fundo sabia que aquilo era besteira.

Caminhou às cegas pela floresta e acabou batendo em um muro alto. Seguiu rente ao muro o quanto pôde e quando um guarda o abordou e tentou o expulsar, foi repreendido por uma das cozinheiras, que buscava raminhos de louro e manjericão para reabastecer a despensa do castelo.

A mulher o perguntou sobre seus pais e Jimin sentiu sua boca tremer em um choro que havia segurado durante todo o dia. Estava sozinho.

A mulher o levou para dentro, ofereceu um copo de água e pediu que esperasse ali. E quando voltou, pouco tempo depois, era seguida por um homem e uma mulher, ambos ômegas.

— Eu acho que não, meu bem. — Charlote disse com pesar no peito encarando o ômega. Ele era pequeno e magricela, seus cabelos eram castanhos claros, de uma cor bonita que parecia única. Seus olhos eram grandes e peculiares, de um tom verde que escurecia nas bordas. O menino estava sujo e parecia ter chorado recentemente. A imagem era de cortar o coração. — Sinto muito. — Afirmou a rainha.

Havia ouvido o relato da criança e não sabia o que lhe irritava mais, a forma grosseira e rude como era tratado, ou a forma como Jimin parecia acostumado aos maus tratos.

Aquilo lhe deu nos nervos. Mataria os responsáveis por aquilo se os encontrasse. Seu olhar caiu em SeokJin e Mirla, que pareciam compartilhar de seu sentimento de tristeza e fúria.

— Eu entendo. — Murmurou baixo, encarando os pés. Se sentia apreensivo e envergonhado, sem saber o que fazer. — Tudo bem. — Disse sem firmeza alguma em sua voz e se levantou em um pulo, fungando e fez uma reverência formal, em respeito às pessoas que não conhecia, mas pareciam tão chiques e importantes. — Sinto muito por incomodar.

— Pretende ir embora? — SeokJin o questionou ao sentir um tom de despedida. — Tem para onde ir? — Perguntou sem dar chance do mais novo responder.

— Não, mas... irei dar um jeito. — Afirmou sem muita convicção.

— Não podemos deixar que saia assim. — A rainha o interrompeu, o olhando com pesar. — Está tarde e é perigoso para uma criança andar sozinho por aí. — O olhar da mulher se colou ao de SeokJin, em uma conversa muda que a serva e o menino não entenderam.

— Não podemos deixá-lo ir. — SeokJin reforçou e a rainha concordou.

— Não podemos, mas não posso deixar que fique com ele. Já tem responsabilidade demais cuidando dos seus sobrinhos. — Suspirou frustrada, atormentada com a ideia de deixar o menino à mercê da vida, não viveria em paz com isso.

Desviou o olhar tentando achar uma resposta, tentando pensar em uma solução e como se a resposta zombasse da sua cara, seu olhar se cruzou com Mirla, a cozinheira que havia encontrado a criança e ouvia a conversa em silêncio.

— Você tem filhos, meu bem? — Questionou em um tom doce para a serva, que se desesperou ao ver que a rainha lhe dirigia a palavra.

— Tenho sim, vossa majestade. Um menino alfa. — Se apressou a garantir.

— Yoongi, certo? — SeokJin questionou para ter certeza. — Se não me engano é um dos amigos do Jungkook. — Contou para a rainha, que exclamou em percepção.

— É casada? — A rainha insistiu e a mulher negou.

— Sou viúva, meu marido morreu a alguns anos. — Contou sem saber ao certo o que a rainha queria com tudo aquilo.

— Entendo. — Seu olhar caiu sobre SeokJin, que concordou. — Veja, não posso deixar que o menino vá embora, mas também não posso obrigá-la a aceitar o cargo. — Começou com um tom calmo. — Preciso de alguém de confiança para assumir como responsável dele e estou disposta a retribuir o favor

— Assumir o menino? — A mulher questionou sem reação, deixando a atenção cair aos poucos ao ômega fofo e confuso, que acompanhava a discussão sem saber ao certo o que fazer. Um rápido lampejo de emoção cortou sua visão. A ideia de ter outro filho parecia tentador demais.

Yoongi era alfa, estava crescendo e raramente era carinhoso ou se deixava ser mimado. Seu marido havia morrido antes de lhe dar outro filho e a ideia de ter um Omega para mimar e amar parecia incrível e satisfatória. Seu olhar brilhou em emoção.

— Seria um prazer, Majestade. — Exclamou com a voz embargada e os olhos molhados. A rainha sorriu com a reação da Ômega.

— E você? — Questionou para a criança. — Gostaria de ficar aqui? — Os olhos grandes e verdes de Jimin se fixaram na mulher, perdido e confuso.

— Ficar? — Questionou, olhando ao redor como se a ideia de ficar fosse abstrata demais para compreender.

— Sim. Ficar. — SeokJin afirmou. — Podemos lhe arrumar um quarto. Teria sempre comida quente e alguém ao seu lado. Estaria seguro, ninguém o machucaria.

— De verdade? — Questionou surpreso e abismado com aquela realidade. — Está falando sério. Eu poderia ficar aqui? — Charlote encarou os olhos molhados e desconfiados, quase incrédulos com o coração apertado.

— Poderia. — Afirmou com a voz baixa. — Se quiser ficar, terá segurança e uma família. — A rainha viu a animação ir sumindo aos poucos, sendo substituída por uma tristeza enraizada.

— Sinto muito. — Murmurou com a voz trêmula, como se alguém tivesse acabado de tirar um doce de suas mãos. — Eu não posso. Não tenho nada a oferecer. Sou burro e desengolçado. Cresci demais e agora não sirvo nem para roubar. Seria um fardo e um problema para você. Não posso ficar.

— Não diga bobagens. — Mirla afirmou com ternura se abaixando para ficar da altura do menino. — Será um prazer ter você na família. Yoongi vai adorar ter um irmão para mimar e eu ainda não gastei todo o amor materno que tenho. — Segurou as mãos pequenas entre as suas, deixando Jimin nervoso pelo contato. — Você parece ser um menino adorável, educado e gentil. Não sei que tipo de coisas aquelas pessoas te ensinaram, mas você tem muito a oferecer, Jimin.

— E não tem que fazer nada para ficar. — A rainha reforçou, com um sorriso doce. — É muito jovem, não tem que se preocupar com nada além dos estudos.

— Estudos? — Questionou surpreso.

— Sim. Tem uma escola aqui. Onde todas as crianças vão. — Charlote explicou com o peito aquecendo ao ver o olhar maravilhado do menino.

— E eu também posso ir? — Questionou com animação e receio.

— Claro. Fazemos questão. — Jimin sorriu.

Não teria mais que roubar, não seria agredido ou ouviria palavras duras. Estaria seguro e poderia ir a uma escola, como as outras crianças, aquilo parecia um sonho.

— Eu... — Sentia que choraria novamente, e enxugou as lágrimas tentando se controlar. — Realmente... — As palavras não saiam e quando Mirla o abraçou de vez, notando o quão difícil estava sendo.

Jimin se deixou ser abraçado, desmoronando em seus braços todas as emoções que o sufocavam naquele momento.

— Eu sei, meu bem. Está tudo bem. — Afirmou para o menino. — Vou preparar um banho e arrumar roupas limpas. Depois iremos comer algo e chamarei Yoongi para lhe conhecer.

A Rainha sorriu ao ver a mulher levando Jimin para outra ala e se virou para SeokJin, para garantir que as coisas ficariam bem.

— Dá pra acreditar? Como pode existir pessoas tão ruins nesse mundo. — O ômega disse a rainha, que concordou. — Um menino tão novo e tão machucado.

— Quero acompanhar de perto a situação. Acha que ela é confiavél? — Questionou para o acompanhante, que concordou sem hesitar.

— Jungkook é próximo do filho dela, Yoongi, ela parece uma boa mãe. — Reafirmou. — Irei ficar por perto e ajudá-la no que precisar.

— Obrigado, Seok. Não sei o que seria de nós sem você. — Charlote afirmou com carinho para o amigo, que sempre estava ao seu lado para lhe ajudar.

Mirla tentou ignorar todos os roxos espalhados pelo corpo da criança. O ajudou a se limpar e o trocou com as roupas antigas de Yoongi, que já não serviam mais graças a um estirão de crescimento do alfa, e o conduziu até a cozinha, onde pediu que ele esperasse até que encontrasse seu filho. Queria apresentá-los.

Jimin se sentou e ficou quieto, esperando. Não sabia o que poderia fazer ou no que poderia tocar. Não queria irritar ninguém, Mirla parecia boa e gentil, um tipo de mãe que havia visto só em sonhos distantes.

Mas acordou de seus pensamentos ao sentir um cheiro forte e fresco, como uma brisa marcante de algo que não sabia explicar. Observou o dono dos feromônios com atenção. Um alfa baixinho, com olhos de botões e cabelos escuros como a noite. Ele parecia surpreso com a sua presença, um pouco paralisado e sem saber o que fazer.

Não parecia muito mais velho que Jimin e a ideia de que aquele poderia ser Yoongi, o filho de Mirla, o animou.

— Oi. Eu sou o Jimin. — Se apresentou sem jeito e Jungkook respirou fundo, sentindo o cheiro floral, que não sabia reconhecer.

— Eu sou o Jungkook.

//~//

Todos estavam animados com a chegada do novo morador, tentando o possível para o deixar feliz e confortável em sua nova casa.

Yoongi estava feliz com a perspectiva de um novo irmão. O ômega era adorável e parecia tão assustado e bonzinho, que deixava os instintos de proteção do alfa em alerta. Queria garantir que Jimin estava bem.

Taehyung não estava tão longe. Havia amado conhecer o mais novo. Yoongi estava certo, ele era adorável. Não haviam tantos ômegas homens pelo castelo, o que era triste de seu ponto de vista, e o deixava com uma sensação de solidão, já que todos os seus amigos eram betas ou alfas e não entenderiam problemas de ômegas. Jimin o entenderia e poderia ser um grande amigo.

Mas Jungkook estava confuso. O ômega era quietinho e arrisco, assustado demais com tudo à sua volta e aquilo parecia deixar Jungkook tenso, inquieto com a situação. Queria se aproximar, fazer amizade e ajudar o mais novo a se acostumar com a nova realidade, mas também tinha medo e receio.

Não queria se aproximar de outro ômega, não gostava da idéia de forma alguma. Tirando Taehyung, não havia outros ômegas em sua vida. Yoongi e Hoseok, seus únicos e melhores amigos, eram alfas e ele não tinha que se preocupar com coisas bobas, como as mãos suando e seu lobo eufórico por nada.

Mas era como se sentia quando olhava o menino. Nervoso, ansioso e inquieto, como se precisasse fazer algo.

Estavam na biblioteca, um lugar calmo e reservado, onde poderiam ficar confortáveis e se aproximarem um dos outros, mas Jungkook preferia observar de longe seu irmão conversando com Jimin, como se fizesse um interrogatório ao outro, e Jimin apenas respondia, em um tom baixo e tímido, levemente triste.

— Particularmente, tô tentando não ouvir o que ele diz. — Hoseok, o filho de um Lorde do parlamento, murmurou ao seu lado. — Estou ficando irritado por tudo o que fizeram com ele.

— O que? — Jungkook questionou perdido, olhando o amigo, que o encarou com humor e confusão.

— Pensei que estivesse o olhando como se fosse um lunático porque estava irritado em ouvir a conversa deles.

— Eu não estava encarando. — Se defendeu com a voz baixa e levemente mau-humorada, porque sim, ele estava encarando e saber disso o irritava.

— Claro. — Debochou. — Taehyung parece feliz com o novo amigo. — Mudou de assunto. — Me sinto levemente chateado por não ser o suficiente. — Brincou.

— Ele precisa de alguém para falar "coisas de ômega" — Repetiu o que o irmão sempre falava, mesmo sem ter certeza ao certo o que eram "coisas de ômega"

— Ah, vocês estão aqui. — Yoongi exclamou entrando de vez na biblioteca. — Estava te procurando. — Resmungou se sentando ao lado do novo irmão.

Yoongi estava encantado e mesmo que apenas alguns dias tivessem se passado, ele já havia se afeiçoado ao mais novo. O ômega era adorável e não tinha como resistir aos instintos de proteção, não quando Jimin parecia alguém que precisava ser protegido.

— O Lorde Kim comprou materiais e roupas para você. — Contou feliz, fazendo um carinho leve nos cabelos castanhos e sorriu ao ver como Jimin pendia para o seu lado, totalmente carente. — Ele disse que conversou com o Professor Sung e que você pode começar a frequentar as aulas a partir de amanhã.

Jimin endireitou a cabeça, encarando o alfa e logo sentiu a ponta do nariz pinicando e os olhos ardendo.

— O que? O que foi? — Yoongi questionou confuso, se aproximando do ômega para o abraçar e encarou Taehyung assustado, esperando por uma explicação, mas o outro ômega deu de ombros, sem saber o porque do mais novo chorar. — Porque...

Jimin murmurou algo que não deu para entender por estar com a cabeça enfiada na roupa do alfa, e Yoongi o abraçou mais forte, esfregando suas costas e ao escutar um "obrigado" choroso e baixinho, se derreteu ao entender.

— Está chorando porque tá feliz? — Perguntou com calma e suspirou ao ver o mais novo concordar com a cabeça. — Você está seguro agora, Min. Vamos cuidar de você. 


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