Royals - Jikook | LIVRO 4 | M...

By TIA_MANU

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|REESCRITO| LIVRO 4 | MY ABO UNIVERSE A realeza não nasceu para amar. O Príncipe Jungkook aprendeu isso muit... More

~Reescrita ~
LIVRO 4 - AVISO
Um Ômega digno da Realeza
Um Amigo Digno da Realeza
Uma União digna da Realeza
Um Sentimento Digno da Realeza!
Um Baile Digno da Realeza!
Uma Noite Digna da Realeza!
Um Final Digno da Realeza!
Uma Despedida Digna da Realeza!
Um Convite Digno da Realeza!
Um Reencontro Digno da Realeza!
Uma Esperança Digna da Realeza!
Um Começo Digno da Realeza!
Uma Angustia Digna da Realeza!
Uma Tortura Digna da Realeza!
Uma Conversa Digna da Realeza
Uma Decisão Digna da Realeza!
Uma Discussão Digna da Realeza!
Uma Última Vez Digna da Realeza!
Uma Revelação Digna da Realeza!
Um Casamento Digno da Realeza!
Um Final Digno da Realeza!
EPILOGO

Um Passado Digno da Realeza

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By TIA_MANU

~Reescrito ~ 

Capítulo 1 – Um Passado Digno da Realeza

Jungkook rodava o suco em seu cálice, como se fosse o mesmo vinho do porto que seus pais tomavam, sem se importar com o que acontecia ao seu redor, mas isso mudou quando o mensageiro Real chegou, no meio do jantar, com os passos ecoando pelo grande salão.

Naquele momento, Jungkook soube que algo estava errado, mas nem sequer sonhava que seu mundo puro e inocente se quebraria pela primeira vez.

A carta era direta de Burly. As marcas de água denunciavam que o remetente havia chorado enquanto escrevia e a cara de seu pai ao ler as palavras, apenas deixava o mais novo ainda mais angustiado.

— Burly foi atacada. — Disse em um tom sombrio. — O Rei está morto e o príncipe está desaparecido.

Jeon Jungkook Christopher Littford V costumava ser uma criança feliz e animada, do tipo que encantava a todos ao seu redor com toda a energia e paixão que possuía.

O jovem alfa tinha apenas 7 anos e já possuía o mundo todo na palma das mãos. Como herdeiro do trono de Thule, ele sabia que seu futuro era promissor e regado de responsabilidades sem fim, e a cada dia se preparava mais para aquilo.

Apesar de muito novo, Jungkook já conhecia boa parte do seu futuro. Sempre observava seu pai em seus deveres como rei e sabia o quão duro iria ter que trabalhar para manter Thule um lugar próspero e feliz, e Jungkook sabia que aquilo não seria fácil, mas o tranquilizava saber que, assim como seu pai, ele também não estaria sozinho.

O jovem príncipe era prometido em casamento para o pequeno ômega da província vizinha e por mais cruel e assustador que isso parecesse na mente de todos, para ele era apenas uma segurança de que não estaria sozinho. De que no futuro, teria amor, cumplicidade e uma família a qual poderia se apoiar.

Jungkook gostava daquela certeza e por mais que ainda não tivesse sido apresentado a Miles Stenfort, o príncipe de Burly e seu futuro ômega, ele já o amava com todo seu coração, porque aquele ômega era o amor que o destino havia lhe dado.

O príncipe sabia pouca coisa sobre o ômega. Sabia que ele ainda era pequeno demais para ir a bailes, mas que crescia bem e saudável a cada dia. Sabia que era um ômega bonzinho e fofo e tinha quase certeza que possuía bochechas fofas e olhos grandes, como os da rainha.

Sempre que fechava os olhos, o imaginava como alguém adorável e apertável, como um pãozinho sendo feito, com cheiro de xarope de bordo, como uma panqueca no café da manhã. Gostaria de se casar com alguém que cheirasse a panquecas.

Ele e Miles seriam melhores amigos e teriam um casamento feliz, governando os dois maiores reinos daquela região, com bondade e paixão. Jungkook gostava de como o futuro parecia.

Mas agora tudo aquilo parecia ter sido retirado de suas pequenas mãos, o deixando com a sensação de frio, desamparo e impotência, porque não havia nada que ele pudesse fazer para mudar aquilo.

Aquele era o fim? Era assim que terminava sua história que nem ao menos havia começado?

Miles era o seu ômega e agora estava desaparecido. Talvez desaparecido fosse melhor do que morto, mas o alfa não conseguia parar de chorar, por mais que ainda tentasse ver alguma esperança no amanhã.

— Não chore, querido. — Charlote pedia com o filho no colo. Não sabia como acalmar o menino que chorava compulsivamente. — Tudo vai ficar bem.

— Eles vão encontrá-lo, não vão mãe? — Perguntou entre o choro doído. — Eles vão encontrar o Mi, não vão?

A Rainha não sabia o que responder. Não queria dar falsas esperanças para o menor, mas também não queria ser muito dura e jogar a realidade na cara da criança, por isso optou pelo silêncio.

Talvez seu filho só precisasse de um abraço e foi isso que recebeu como resposta de sua mãe, um abraço forte e acolhedor.


~ Um mês depois ~

— Katar foi atacada. — Henrique murmurou em um suspiro para a esposa enquanto a observava lendo na cama. O olhar da mulher se grudou no seu, carregada de apreensão e medo.

— O que? — Murmurou desconcertada encarando o alfa.

Aquela hora, seus filhos já dormiam e estava sendo difícil como o inferno pra Jungkook superar o luto do pequeno ômega que havia perdido.

Noah Baker, o herdeiro de Katar, havia batido em sua porta assim que Miles foi dado como desaparecido, o príncipe prestou suas condolências e ajudou Jungkook a sair do quarto, seu filho não aguentaria perder mais alguém tão importante em tão pouco tempo.

— Acabei de receber uma carta. — O rei murmurou cansado, parecia que a cada dia as coisas saiam mais do eixo. — Parece que o Baile de noivado de Noah saiu do controle.

Charlote rodou o medalhão em seu pescoço, apreensiva. Deus, eles haviam sido convidados para aquele baile e só recusaram o convite pelo estado deprimido que seu filho estava.

— Noah está bem? — Perguntou com medo da resposta, mas o marido concordou com a cabeça, como quem está cansado e preocupado demais para materializar em palavras. — O que está acontecendo afinal? Estão caçando os herdeiros ou algo do tipo?

— É o que parece. — Henrique suspirou, se sentando na ponta da cama, enquanto encarava a mulher. — Primeiro Burly e agora Katar... — Deixou no ar sua preocupação, que não passou despercebida pela mulher.

— Acha que corremos perigo?

— É uma suposição. — Afirmou, se recusando a deixar ela no escuro sobre os perigos que poderiam estar se aproximando. — Honestamente, não sei o que pensar. — Sua mão segurou o pé da esposa, acariciando com leveza e carinho.

Charlote sempre foi sua maior aliada naquela vida difícil. A ômega era brilhante e sempre parecia ter a resposta para situações em que Henrique acreditava estar perdido. Ela era sua amiga e sua companheira, seu refúgio de momentos em que tudo parecia desabar sobre sua cabeça. Ela era um lugar seguro.

— Se for o caso, temos que agir. Não quero que o próximo alvo seja os meus filhos. — Disse com seriedade, e ao olhar pra ela, Henrique soube que sua mente já buscava por uma solução.

— O que sugere?

A rainha pensou por um tempo, fechando o livro que segurava e se focando no problema.

— Acho que a única forma de impedir um ataque a herdeiros é se não tivermos herdeiros para serem atacados. — Murmurou perdida em pensamentos e ao sentir a pressão em seu pé, voltou a atenção ao marido.

— Está sugerindo mandá-los pra longe? — A pergunta era carregada de confusão e surpresa, porque Charlote jamais aceitaria ficar longe dos filhos.

— Não de verdade. — Afirmou com certeza. — Mandaremos uma carruagem vazia para fora do país, avisaremos a todos que os mandamos para parentes distantes, talvez para a França, para serem criados com os meus irmãos. — Henrique acompanhava a linha de raciocínio e concordava que aquilo poderia dar certo.

— E o que faremos com as crianças?

— Bom... — Sua voz morreu, tentando achar uma solução para manter os filhos por perto. — Servos tem filhos. Podemos... eu não sei, talvez se... — Não queria seus filhos sendo criados por outras pessoas e muito menos longe da sua visão. — O lorde Kim. — Anunciou exasperada, como se aquela fosse a solução.

— Lorde Kim? Seu lorde Kim? — Henrique questionou confuso de onde o Ômega de companhia se encaixava naquele plano.

— Sim. Recentemente ele fez uma viagem para o Sul. — Contou com pesar na voz. — Infelizmente, sua irmã mais velha faleceu, tuberculose, eu acho. Ele é de total confiança. Poderíamos pedir que ele ficasse com as crianças.

— O Senhor Kim não é casado. — Henrique protestou.

— Não, mas sua irmã era viúva. Ninguém aqui a conhecia. Podemos falar que eles são seus sobrinhos e que após a morte dela, ele ficou encarregado das crianças. Ninguém faria muitas perguntas porque é um tema sensível.

— E onde eles ficariam? E quanto à educação? Jungkook precisa ser ensinado e instruído para ser rei. — Charlote suspirou, seu olhar deslizando para o próprio colo.

— Posso chamar Seok para morar no castelo. Ele é sozinho e mora a poucas horas daqui, seria mais fácil para ser meu acompanhante se ficasse no castelo. — Respirou fundo. — Podemos falar para todos que eu me compadeci da sua situação, somos amigos, uma boa rainha o ajudaria em um momento difícil.

— Pode funcionar. — Murmurou. Charlote era conhecida por sua bondade e empatia, ninguém acharia suspeito ou faria perguntas.

— Contrataremos tutores e podemos até abrir uma escola pequena para os filhos dos servos. Já passou da hora de todos terem mais acesso à educação, de qualquer forma. Assim, Jungkook e Taehyung podem ter aulas escondidas e ninguém vai suspeitar.

— E quanto as pessoas que já os conhece? O que faremos com eles? — Charlote sorriu para o marido exausto, que claramente falava como o pai preocupado que era.

— Daremos um jeito, meu amor. — Murmurou se arrastando pela cama para ficar mais perto do marido. — Eles ficarão fora dos eventos sociais até voltar a ser seguro.

— E quando será seguro? — Perguntou frustrado, porque nunca seria seguro, mas relaxou ao sentir Charlotte o abraçar.

— Quando Jungkook for subir ao trono não teremos outra alternativa, mas por hora, faremos funcionar.


~ 5 Anos Depois ~

Todas as esperanças que o pequeno alfa poderia ter de um dia encontrar o príncipe perdido já haviam se esvaído com o tempo.

Jungkook não era mais a mesma criança. Sentia que junto com Miles havia perdido tudo aquilo que o cercava e o motivava.

Talvez Noah Baker estivesse certo quando lhe disse que a realeza não havia nascido para amar. E sempre que se lembrava de Noah, suspirava frustrado por não poder o ver mais. Ele era uma das poucas pessoas que sentia falta de rever. Gostaria de ter ido ao seu casamento ou aos bailes de fim de ano que Noah amava dar em Katar, mas para o mundo, ele não era mais o príncipe de Thule.

Jungkook agora era o sobrinho orfão de Lorde Kim SeokJin, o ômega de companhia da sua mãe. SeokJin era um ômega doce e engraçado, que havia o adotado mesmo que sob a supervisão de Charlote, que nunca se afastava de verdade dos filhos.

Ele amava mimar as crianças e era mais como um tio divertido. Jungkook e Taehyung com toda certeza gostavam dele. E claro que foi difícil no começo se acostumar com toda aquela mentira sem sentido, mas agora, depois de tantos anos, era como ser levemente livre.

Ninguém o olhava com medo ou falsidade mascarada, porque ele não era o príncipe. Não era vigiado o tempo todo, porque não corria perigo, sem ameaças ou qualquer pressão. Ele podia aprender as coisas com calma e se preparar para o futuro que o aguardava, conhecendo pessoas sinceras pelo caminho.

Min Yoongi era uma dessas pessoas. O filho de uma ômega que trabalhava na cozinha do palácio. Jungkook tinha certeza absoluta que seu caminho nunca teria cruzado com Yoongi se ele fosse o príncipe, mas depois que seus pais abriram uma ala no palácio dedicada a educação dos filhos de nobres e dos servos do palácio, seu caminho se cruzou com o de Yoongi e Jungkook não poderia estar mais feliz por conhecer alguém sincero e de confiança.

O outro alfa não sabia a verdade e Jungkook ainda não havia falado sobre, mas tinha certeza que quando oferecesse a vaga, Yoongi aceitaria ser seu conselheiro no futuro.

Yoongi também não sabia sobre o título de Taehyung e era por isso que o alfa sempre o cortejava, o que claramente deixava o príncipe ômega corado e de coração acelerado.

Jungkook por outro lado, já havia se conformado de que o amor não era para ele e decidiu se dedicar em aprender seu dever como futuro rei, em aulas particulares, afinal de contas, tudo o que queria era tornar o mundo um lugar mais seguro, para garantir que o que aconteceu com Miles, nunca mais se repetisse.

Se não poderia amar porque tinha que cuidar do povo, então faria o seu melhor, mesmo que aquilo custasse sua felicidade.

Seu luto parecia não ter fim e por mais que tentasse mascarar, era claro para os mais próximos que ele não estava bem. Toda a dor, o sofrimento e o medo, ainda estavam escondidos no fundo dos seus olhos para quem quisesse ver.

E sempre que alguém tentava se aproximar, seu lobo barrava imediatamente, porque Miles era o dono do seu coração e ele tinha certeza de que aquilo nunca iria mudar.

Mas mudou...

Em uma bela tarde depois de um treino de equitação. Não sabia como e nem quem era, mas o pequeno ômega loiro com cheiro de flores havia chamado sua atenção.

Não tinha o costume de ir até a cozinha, e talvez fosse o destino que tivesse o feito procurar por Yoongi naquele dia, que tivesse o feito encontrar aquele pequeno ômegazinho, de olhos verdes, bochechas grandes e pernas curtas, sentado em uma cadeira alta o suficiente para lhe permitir balançar as pernas no meio da cozinha do palácio.

Talvez fosse o destino.

| ROYALS: A História da Realeza. |

Para quem não lembra NOAH BAKER era o Jimin do livro passado


Espero que tenham gostado!







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