Algemas de Diamantes

By Alanmartins78

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O diamante Brandizi pertence à família Hyuuga há gerações. Mas agora está nas mãos de Tenten Mitsashi, e Neji... More

Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05 - Últimos Capítulos
Capítulo 07 - Últimos Capítulos
Capítulo 08 - Últimos Capítulos
Capítulo 09 - Anti-penúltimo
Capítulo 10 - Penúltimo
Capítulo 11 - Último (Epílogo)

Capítulo 06 - Últimos Capítulos

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By Alanmartins78

Cada minuto da cerimônia civil foi agonizante e, assim que acabou, Tenten escapou do calor opressivo do cartório e refugiou-se na calçada. Apesar de ser junho, o céu estava cinza e chovia.

— Tenten! — Neji saiu do prédio, cercado por dois seguranças.
— Não me chame de Tenten!

Ele parou na frente dela, seus ombros fortes revestidos por um terno preto, as feições frias, mas tão indecentemente bonitas que as mulheres que passavam pisavam nas poças d'água por estarem distraídas demais de bocas abertas olhando para ele.

— Posso chamar você do que quiser. Você é minha esposa. — A ênfase dele naquelas duas palavras a fez tremer.
— Isso não lhe dá o direito...
— É aí que você se engana. — Ele sorriu e fechou os dedos fortes em volta do pulso dela. — Isso me dá todo o direito, agape mou.  Dê-me a jóia.

Ela hesitou.

— Posso usar um pouco mais? É que e-ela... — Ela faz com que eu me lembre da minha irmã.
— Preciso da jóia de volta agora. Afinal de contas, é a razão pela qual me casei com você.

Incapaz de argumentar, ela levantou a mão até a nuca e abriu o fecho que segurava o pingente em seu pescoço.

— Parecia o lugar mais seguro.

Ele deu um sorriso enquanto pegava-o e entregava-o para um de seus seguranças.

— Dada a probabilidade de que poucos homens têm acesso a seu corpo, sou forçado a concordar. Agora eu tenho de partir.

Os olhos dele ainda estavam na jóia. Deixá-la ir não faria diferença. Ela não deveria se importar.

— Partir?
— Já passei tempo demais nesta cidade chuvosa.

Ele olhou em volta com desgosto.

— Tenho problemas urgentes na Grécia que exigem minha atenção pessoal.

Ele estava partindo?
Era a melhor notícia que tinha em muito tempo.

— Tudo bem. Pode ir. Já lhe dei a jóia. Não temos mais o que dizer um para o outro.
— Você realmente acha que eu consideraria viajar sem minha esposa? Somos recém-casados, agape mou. E nos entregaremos às mais profundas e selvagens fantasias. Não era essa a sua intenção quando implorou para que eu me casasse com você?
— Não implorei para que você se casasse comigo. Pelo menos, não da maneira como está sugerindo. — O choque do corpo dele tão intimamente perto dela fez seu estômago realizar uma série de acrobacias. Minha intenção era acabar com sua vida de mulherengo, o que consegui com êxito. — Ela tentou esquivar-se, mas ele segurou-a com facilidade. — Você não pode ser visto com outra mulher pelos próximos dois anos. Já é castigo suficiente. Vou ficar aqui e você pode ir para a Grécia começar sua sentença.
— Sinto muito, mas não funciona assim. — Ele levantou-a com seus braços e largou-a no banco de trás do carro que esperava. — Aonde eu for, você vai. Casamento é isto: companheirismo.

Ela bufou e tentou sair do veículo, mas as portas estavam fechadas. Ela virou-se para ele, furiosa:

— Destrave a porta.
— O carro já está se movendo — ressaltou ele calmamente. — Se abrir as portas, você vai acabar tendo um sério acidente, o que não posso permitir. Veja, não tenho tempo para levá-la ao hospital para a remendarem toda. Preciso de você viva e inteira.

Havia algo no tom de voz dele que a deixou nervosa.

— O que quer dizer com "preciso de você" ?

As palavras deveriam ser relativamente fáceis de serem entendidas por alguém com a sua inteligência.

— Não é possível que você precise dê mim.
— A mulher na minha vida tem de realizar um certo número de funções. Promovo muitas festas corporativas.
— Imagino. Mas tenho certeza de que contrata funcionários.
— Seis mil pela minha última conta.

Ele empregava aquele número todo de pessoas? Escondendo sua surpresa, ela sacudiu os ombros casualmente.

— Então, tenho certeza de que uma dessas seis mil pessoas adoraria a chance de ajudar você a se divertir.
— Sem dúvida, mas não é permitido, certo? Você me fez assinar uma cláusula que me proíbe de ser visto com outra mulher. O problema é que preciso de uma mulher na minha vida para satisfazer certas funções vitais, e a única mulher com a qual sou permitido ser visto é você.

Ela virou-se para olhá-lo.

— Por "certas funções vitais", você está falando de hospitalidade?
— Essa é uma necessidade, com certeza. — Ele inclinou a cabeça e seus olhos perigosamente, Mas não a principal.

Ela revirou os olhos.

— Então, qual a principal?
— Alívio de estresse. — Ele encostou-se ao assento, obviamente começando a se divertir.

Ele não parecia nada estressado, ao contrário de Tenten, que sentia a tensão aumentar a cada minuto.

— Você está dizendo que precisa de companhia feminina para relaxar?
— Estou dizendo que preciso de sexo para relaxar, agape mou. — Ele afrouxou a gravata com um movimento casual dos dedos.
— O acordo pré-nupcial proíbe que você saia com outra mulher.
— Eu sei. — Ele atirou-lhe um sorriso solidário e largou a gravata ao seu lado. — Você provavelmente vai ficar exausta, mas fico muito ocupado no trabalho durante o dia, então, felizmente, você vai poder dormir um pouco enquanto eu estiver no escritório.

Ela ficou imóvel.

— Por que eu precisaria dormir enquanto você estiver no escritório?
— Porque pretendo manter você acordada a noite inteira.

A pulsação dela triplicou.

— Você está dizendo que precisa de sexo — disse ela duramente, conseguindo não gaguejar —, mas deveria ter pensado nisso antes de magoar minha irmã.

Ele estava com o olhar sonolento.

— Você deveria ter pensado nisso antes de restringir meu acesso a outras mulheres, agape mou. Não sou capaz de ficar sem sexo. Então, vou ter de fazer com você.
— Você está de brincadeira.
— Nunca brinco em relação a sexo. Acho um assunto extremamente importante. Sem sexo, fico inacreditavelmente irritante. Você não iria gostar de mim.

O coração dela estava palpitando.

— Não gosto de você agora. — Ela lambeu seus lábios secos, ciente do crescente calor em sua pélvis — O grande objetivo do casamento era fazer você aprender a ser um celibatário.
— Infelizmente, existem certas palavras que não estão no meu vocabulário, e celibatário é definitivamente uma delas. — Ele bocejou. — Se você me perguntasse se eu poderia ficar sem sexo, a resposta definitivamente seria "não".

O tom de implicância dele a enfurecia.

— Se você pensa que vou para a cama com você, então realmente não me conhece.
— Bem, sexo logo resolve esse problema. É uma maneira excelente para conhecer alguém. E, na verdade, sei bastante sobre você. — Ele olhou para a boca de Tenten. — Você nem mesmo reconhece os sinais básicos da atração sexual, reconhece?

Ela segurou-se ao assento com firmeza.

— Se você está me perguntando se eu o acho atraente, já disse que não. Sinto muito, mas é a verdade.
— Você me acha inacreditavelmente atraente, esta é a verdade.

Antes que ela pudesse formular uma resposta adequada, a porta do carro abriu e Neji fez um gesto com a mão.

— Precisamos ir, se não vou me atrasar para a reunião.

Ela não tinha percebido que o carro tinha parado e olhou surpresa para o grande avião na pista.

— O que é isso?
— Um avião — disse Neji, esticando os braços e tirando-a do assento do carro. — Está abastecido e pronto para decolar assim que os passageiros estiverem a bordo.
— Os passageiros? — Agarrando sua bolsa, ela ficou em pé na pista, olhando fixamente para o avião.
— Suas perguntas são extremamente divertidas, mas se eu respondê-las agora nunca vou chegar à reunião. Faça uma lista e as veremos depois. — Sem levar a conversa adiante, Neji estalou os dedos para seus seguranças e depois fechou a mão em volta do pulso de Tenten, caminhando em direção ao avião.
— Espere um minuto. — Ela puxou o braço com força. — Não posso deixar o país. Minha vida está aqui. Meu trabalho. Minha mãe não está bem...
— Nós dois sabemos que sua mãe ficou instantaneamente curada no dia em que soube que a filha iria se casar com um bilionário — disse ele secamente. — Ela estava radiante de manhã. Diferente de você, que estava branca como a neve.

Incapaz de contestar o argumento dele em relação à sua mãe, Tenten mordeu os lábios.

— Sou naturalmente pálida. Combina com o meu cabelo. E você parece não entender. Tenho um emprego no museu e leciono na universidade.
— Você deveria ter pensado nessas coisas antes de fazer a chantagem.

A palavra deixou-a nitidamente desconfortável.

— Não fiz chantagem.
— Não? — Eles chegaram perto dos degraus e ele parou por um momento, puxando-a contra ele. — Se eu não me casasse com você, não teria a jóia de volta, O que é isso, senão chantagem?

Odiando ouvir o som dessa palavra, ela encarou os olhos brilhantes dele e sentiu o nervosismo tremular dentro dela.

— Tudo bem... — O tom de voz dela mudou ligeiramente. — Admito que reagi de forma exagerada. Estava transtornada por causa da minha irmã e você é muito insensível, o que não ajudou em nada. — Ela olhou para os degraus da aeronave, encarando de repente a enormidade do que tinha feito. — Mas não posso ir para a Grécia. Não posso ir com você. Então, vamos esquecer tudo. Você pode ficar com a jóia e eu me divorcio de você e...
- Desistindo com tanta facilidade, Tenten? — A voz dele era sedosa. — Achei que quisesse me punir. Não vai ser nem um pouco divertido se você nem ao menos tentar ser uma adversária honrada.

Ela queria puni-lo, mas, de repente, ele parecia estar no controle. Estavam prestes a embarcar no avião dele para ir para o país dele.
Tentar ser alguém que não era não estava dando certo, pensou ela miseravelmente, enquanto lutava por uma saída. Ele a deixara transtornada e com vontade de se vingar, mas esses sentimentos não duravam, porque não combinavam com ela. E ali estava ela, sentindo-se uma idiota e desnorteada.

— É só nos divorciarmos — murmurou ela, puxando sua mão. — Vou falar com um advogado esta tarde e resolver tudo.
— Não perca seu tempo. O meu advogado é o melhor que existe. Não vai haver saída até que passem os dois anos que você estipulou. — Os dedos dele apertaram o pulso dela, tirando qualquer pensamento de sair correndo. — É uma pena para nós dois. Não existem brechas no contrato que assinamos. Vamos ter de suportar a companhia um do outro pelos próximos dois anos. Tente aproveitar o máximo possível.
— Mas...
— Se você vai argumentar, importaria-se que fosse a bordo? Meu piloto está pronto para decolar. — Depois disso, ele puxou-a na direção dos degraus da aeronave, sem dar-lhe oportunidade para discutir.

Confusa e incerta, ela entrou cambaleante na aeronave. Ela esperava fileiras de assentos, mas a realidade era completamente diferente.
Era como uma sala de estar elegante. Poltronas de couro uma de frente para a outra, convidando o passageiro a relaxar. Mais para dentro da aeronave havia uma grande mesa redonda para que não menos de vinte pessoas se sentassem com conforto. Também havia várias portas.

— Cozinha, quarto, banheiro e cinema — disse Neji em tom de tédio, empurrando-a para um dos sofás. — Coloque o cinto de segurança, ou meu piloto vai ficar ansioso.
— Seu piloto?
— Você está fazendo novamente — ressaltou ele calmamente, enquanto pegava uma pilha de papéis de uma das quatro aeromoças que rondavam. — Fazendo perguntas. Samui?
— Sim, senhor? — A aeromoça loira que lhe dera os papéis aproximou-se, de um jeito discreto e respeitoso.
— Vamos precisar comer e depois quero uma conferência no telefone com Gaara e Sasuke. — Ele assinou os papéis com um risco confiante e devolveu-lhe.
— Sim, senhor. — A garota pegou os papéis e sorriu para Tenten. — Bem-vinda a bordo. Se precisar de alguma coisa, por favor, é só pedir.

Tenten suprimiu o desejo quase histérico de gargalhar. Olhando à sua volta, sentiu-se como se precisasse de um mapa. Nunca estivera em um avião como aquele. Na verdade, conhecera muitos apartamentos menores do que aquela aeronave.

— É seu?

Neji tirou os olhos dos papéis que restavam com expressão impaciente.

— O que é meu?
— Este avião? — Ela engoliu e esfregou um pé sobre o carpete grosso.
— É claro. — A expressão em seu rosto dizia-lhe muito sobre o que ele pensava da pergunta dela, e ela corou levemente, desejando saber como sua irmã tinha confiança para andar nesses círculos. Ela se sentiu totalmente desorientada.
— Por que você não anda em um avião normal como qualquer um?
— Não sou qualquer um. — Ele abaixou os papéis à sua frente e apertou o cinto de segurança. — Não posso gerenciar um negócio global se ficar preso às linhas comerciais.
— E então você tem seu próprio jato.
— Tenho minha própria frota de jatos — ele corrigiu-a. — Cinco, pela minha última conta. Todos os membros da minha equipe podem se movimentar e trabalhar enquanto viajam. — Ele esticou o braço e pegou uma taça de champanhe da aeromoça, entregando-a para Tenten.
— Não bebo.
— Então comece — ele advertiu-a em um tom de voz aveludado, botando a taça na mesa na frente dela. — Vai ajudar você a relaxar, e seria um benefício para nós dois. Você parece incrivelmente tensa, o que não ajuda em nada meu nível de estresse.

Algo no olhar dele fez com que ela se sentisse ainda mais inquieta. Ele dissera que precisava de sexo para aliviar a tensão.
Ela desviou o olhar, tão tensa que não conseguia nem imaginar sentir-se relaxada novamente. Ele a deixava nervosa. Era apenas ele, pensou ela, olhando sorrateiramente para o lindo rosto conforme ele passava do inglês para o grego para falar com seus comissários de bordo. Ele a deixava nervosa. Olhando para os papéis que demandavam sua atenção, ela lembrou-se do comentário que ele fizera sobre o antídoto para seu estresse e tremeu. Ele não estava falando sério, ela disse a si mesma rapidamente. Apenas gostava de fazer com que se sentisse o mais desconfortável possível.
Mas, mesmo assim, ela pegou a taça de champanhe e deu um pequeno gole, decidindo que precisava de coragem. Ainda não conseguia acreditar que estava indo para a Grécia.
Neji levantou-se para a conferência e ela ficou sozinha, ouvindo a conversa conduzida em grego sobre o aumento do preço do petróleo.
Ser fluente na língua dele não a fazia chegar nem perto de entender o que ele fazia, pensou Tenten, enquanto encostava-se no sofá e apanhava uma revista da mesa. Ela sabia por Yukata que ele era dono de hotéis e de uma companhia de transporte, mas todos os artigos de jornais que lera sobre ele apresentavam-no como o gênio das finanças.
Resignada com o fato de todos os objetivos e interesses dele serem inteiramente estranhos a ela, Tenten deu uma olhada na revista, ignorando um artigo sobre a última moda em roupas de banho em favor de uma peça do sítio arqueológico de Cnossos na ilha de Creta.
Somente quando o avião aterrissou, mais de quatro horas depois que saíram de Londres, que ela percebeu que nem mesmo perguntara para onde na Grécia estavam indo. Depois que ele terminara a conferência ao telefone, Neji sentou-se no sofá à frente dela e continuou a trabalhar com uma enorme pilha de papéis, ora assinando seu nome, ora fazendo anotações na margem da folha.

— Estamos na sua ilha?

Fechando sua mala e abrindo o cinto de segurança, Neji levantou-se em um movimento fluido.

— A ilha não tem uma pista longa o suficiente para um 747. Estamos em Creta.

Ela encarou-o.

— Você tem uma casa em Creta?
— Quando não estou em Nova York ou em Tóquio, fico entre Creta e Atenas durante a semana. Uso a casa nos fins de semana e quando quero privacidade. Não fique tão preocupada. — Ele entregou os papéis para a aeromoça, que os pegou e desapareceu. — Creta é cheia de sítios arqueológicos e pedaços de cerâmica. Você vai se sentir em casa, dra. Hyuuga. Se sentir abstinência em relação ao museu, pode cavar no meu jardim a hora que quiser.

Ignorando o sarcasmo dele, ela seguiu-o para a saída da aeronave, dizendo a si mesma que talvez as coisas não estivessem indo tão mal. Quatro horas fechada em um avião com ele tinham sido suficientes para mostrar-lhe que ele era viciado em trabalho. Ele com certeza não conseguia suportar a presença dela, o que significava que ela iria ficar bastante tempo sozinha, e que lugar melhor para ficar sozinha do que em Creta, com sua história maravilhosa?
Tudo o que tinha de fazer era ficar fora do caminho dele, e tudo ficaria bem.
Eles saíram do aeroporto quando o sol começava a se pôr. Dedos de fogo espalhavam-se pelo oceano e, ao fundo, as montanhas apareciam indistintamente escuras e misteriosas. Quando o motorista parou na frente de um portão elétrico de ferro, já era quase noite.
Neji estava conversando ao telefone novamente enquanto Tenten observava os portões abrirem e o carro mover-se lentamente por uma estrada curvilínea iluminada por luzes delicadas. Ela queria sair do automóvel e explorar o jardim, mas o motorista parecia que iria continuar a guiar para sempre. Obviamente, Neji Hyuuga valorizava sua privacidade, pensou ela quando fizeram a última curva e pararam em frente à casa.
Sentindo-se amedrontada, ela seguiu-o pelos degraus até a entrada. No lado de dentro, ela parou no corredor, os olhos imediatamente atraídos por um pote de cerâmica, exposto sobre uma mesa de estilo simples.

— Oh, meu Deus. — Como se em transe, ela aproximou-se, ergueu uma mão como se fosse tocar o pote, mas se conteve. Ela virou-se para olhá-lo, a descrença nos olhos. — Isso é um...?
— Diga você. Você que é a arqueóloga.
— É do início da era Minóica. — Ela respirou, virando o rosto novamente e percorrendo com os olhos o pote. — Uma ânfora... uma jarra de armazenagem. É uma peça fabulosa. — Ela não conseguia esconder sua surpresa. — Não fazia idéia de que você se interessava por arqueologia. Você nunca...
— Não tivemos exatamente tempo para conversar sobre nossos hobbies, tivemos? — Ele levantou a sobrancelha de forma sardônica. — Sou grego. Todos os gregos se interessam por sua herança.

Mas nem todos os gregos têm dinheiro para comprar raridades, ela pensou.

— Você tem algo mais?
— Você quer que eu mostre para você os meus desenhos?
— É impossível conduzir uma conversa decente com você.
— Que bom, porque a única coisa que fiz foi falar durante o dia todo e preciso de um descanso. Você está com fome ou quer ir direto para a cama?
— Cama — murmurou ela imediatamente, agradecida pela opção de descansar. Estava exausta com os acontecimentos do dia. Exausta dele.

Ele pegou a mão dela e guiou-a em direção à escada que dava no primeiro andar.

— Todos os quartos têm varanda com vista para o mar. — Ele abriu a primeira porta e ela ficou ofegante de encantamento.

A colcha pesada de seda estava coberta por pétalas de rosas. Uma porta de vidro dava na varanda, e ela podia ouvir o barulho do mar.

— É formidável.

Ele fechou a porta com a palma de sua mão, franzindo a testa quando olhou para a cama.

— Acho que meus funcionários às vezes exageram.
— Eu gosto — disse ela apressadamente, olhando em direção à porta. — Vou ficar bem agora, obrigada. Você não precisa ficar.
— Infelizmente, preciso sim. — Ele levantou uma mão e desfez o nó da gravata. — Tive um dia de trabalho muito estressante.

Ela olhou fixamente para ele, com o coração palpitando.

— Você não vai dormir aqui.
— Isto mesmo. Não vou. Estou exausto demais para dormir. — Ele fechou a janela e jogou a gravata nas costas da mesa. Depois tirou seu terno e desabotoou a camisa lentamente enquanto ela observava, imóvel. Com certeza, ele não tinha a intenção de...
— Preciso de um banho — disse ela rapidamente , então, não espere por mim. Faça o que quiser para relaxar. Troque de roupa, aprecie uma taça de ouzo, mergulhe na sua banheira...
— Eu já expliquei meu método favorito para relaxar. — A camisa juntou-se à gravata nas costas da cadeira e ela rapidamente desviou o olhar, mas não antes de perceber de relance o peito branco e musculoso coberto por pêlos negros. — Mas sem dúvida alguma, refresque-se. O banheiro é à sua direita.

Agradecida por ter um escape, ela entrou no banheiro e fechou a porta. Ele não estava falando sério, disse ela a si mesma, tentando respirar com calma e tranqüilizar seu coração palpitante. Ele só estava brincando quando falava sobre seu método favorito para relaxar.
Ele não estava interessado nela. Deixara bem claro. O que era bom, pois também não estava interessada nele.
Se fosse necessário, ficaria no banheiro até que ele caísse no sono.
Sentindo necessidade de relaxar, ela atravessou o lavatório e olhou os botões na parede, tentando descobrir como ligar a água da enorme banheira. Ainda tentando descobrir, adicionou espuma de banho e tentou as diferentes torneiras até que um forte jato de água enchesse a banheira de hidromassagem em segundos.
Mesmo sabendo que a porta trancada estava entre eles, Tenten hesitou antes de tirar sua roupa.
Ele só estava tentando chocá-la, pensou ela, entrando na espuma perfumada. Tentando assustá-la e intimidá-la. Ele estava irritado porque ela estava no controle. Ela o forçara ao celibato.
Deliciando-se na sensação da água morna e do delicioso perfume, ela fechou os olhos e começou a se sentir um pouco melhor. A sensação durou até que ouviu um barulho de porta se abrindo.
Os olhos dela arregalaram-se quando Neji veio em direção a ela vestindo apenas roupa de baixo de seda preta. Os ombros dele eram largos, as pernas, longas e musculosas. Ele era o epítome da masculinidade.

— Eu tranquei a porta. — Ela sacudiu os ombros
com indiferença.
— Existem duas portas, agape mou. Evidentemente, você não trancou as duas.

Continua...

Eita gente kkk que cap foi esse 🔥🔥 Neji e Tenten no mesmo banheiro kk Sera que sai alguma coisa!? NÃO PERCAM FORTES EMOÇÕES NOS ÚLTIMOS CAPÍTULOS DE ALGEMAS DE DIAMENTE!!

EM BREVE UM GRANDE SUCESSO ESTARÁ DE VOLTA!! A DISPUTA POR UM AMOR - 2° TEMPORADA!!! KARIN VAI VOLTAR COM TUDO 🔥

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