Dois amores acima do tempo (C...

By Jenny23Love

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*EM BREVE NA AMAZON E COM EDIÇÃO IMPRESSA NA UICLAP* Pode o amor atravessar décadas? 🥉3° lugar (ficção hist... More

Prólogo
O inicio
Fora da Curva
Coração aos pulos
Um mundo incomum
Amigas, irmãs
Ana
Obra Prima
A carta Dourada
Fleur
A volta de Léo
Lavar a alma
A resposta
Sobre a lua
Entre luzes
Sei que vou te amar
Entrelaçados
Já estive longe
Preparativos?
Os Alveolar
O baile parte 1
O baile parte 2
Erros e acertos
Início de uma união
Aquela noite
O velho rascunho
pôr do sol
Um quase fim?!
Fase 2 ─ Capítulo 1
Fase 2 - Capítulo 2
Fase 2 - Capítulo 3 [Final]
Agradecimentos
Novidades!!!

A Carta

394 64 242
By Jenny23Love

Sabe quando você simplesmente não sabe o que fazer? Deixa-me explicar melhor... Quando tudo parece tão, mais tão absurdo que você perde os sentidos e fica meio assim... Em transe? Então, era exatamente assim que Maria Carolina estava, perfeitamente em transe. Ela não sabia o que fazer, então começou a andar de um lado para o outro (BEM NERVOSA); na sua mente começaram a vir os seguintes pensamentos: "Meu Deus! Meu Deus! O que está acontecendo?" e "Só pode ser brincadeira, não é possível! Não, não, não, não!".

Ela continuava a andar de um lado para o outro, seus olhos encaravam a pequena escrivaninha no canto do quarto: uma escrivaninha bem antiga toda feita de madeira. Ela olhou a escrivaninha e se perguntou: "Devo escrever ou não?".

Alguém bate na porta de seu quarto. Uma batida bem suave, quase que como se a pessoa estivesse acariciando a madeira. Carol abre a porta. Era senhora Castanhos.

PLEASE (Attention) ─  Antes eu não havia dito a vocês como nossa "maravilhosa" Senhora Castanhos era então não vou perder mais tempo. Está aí uma breve descrição:

Por mais que pareça Senhora Castanhos não é bem... uma senhora! Ela só tem 33 anos ─ e não ela não é casada, e não meu bem, nem viúva, aliás ela nunca foi comprometida pelo menos é o que todo mundo fala ─, mas ela é a dona dessa pensão, como conseguiu? Eu realmente não sei e nem Carol ─ah ela muito menos ─. Por mais que possa parecer que ela seja uma mulher amarga, na realidade não, só é bem, mais bem rígida. Castanhos é uma mulher alta e de descendência indígena, seus cabelos são extremamente longos, e seus olhos do mel mais claro que se pode ter nessa terra. Ela vive de vestido ou saias com bolinhas ou florzinhas.

Carol larga a carta rapidamente na gavetinha da cômoda. Senhora Castanhos fala a porta:

─ Senhorita!!! Sou eu, não vai abrir?

─ Perdão, perdão Senhora Castanhos, estava arrumando umas coisas... ─ ela vai rapidamente para a porta e a abre. ─ e nem percebi a sua batida. ─ ela ri de modo desajeitado.

─ Tem um homem aqui embaixo e disse que precisa conversar com você urgente.

Carol, sem hesitar, responde:

─ Diga que já desço, por favor.

Senhora Castanhos sai do quarto com ar desconfiado, mas não diz mais nada.

Carol, fecha a porta, senta-se na pequena cama de solteiro e se pergunta: "E agora?", " Será que é essa pessoa, a da carta?", "Meu Pai, o que faço agora, Senhor?"

Maria Carolina se levanta da cama decidida. Abre a porta do quarto e desce as escadas de madeira com forma de caracol. Um homem alto e de social estava na sala de jantar, ele está de costas, mas não é nem necessário que ele se vire para que se confirme quem é. Carol já o conhece a muito tempo:

─ Papai?

Senhor Montenegro era a personificação daquele tipo de homem "bom e simples", já tinha os seus 60 anos mais ainda era alto e esbanjava saúde. Seus cabelos brancos que outrora foram castanhos estavam cada dia mais ralos. Senhor Montenegro era um milagre e Carol sabia... Há 5 anos atrás quando ela ainda era uma adolescente, seu pai sofreu uma queda brusca da escada após ter um desmaio repentino e ficou por 6 meses em coma, mas quando finalmente acordou firmou uma aliança com Deus e se dedicou desde então a missões.

─ Querida ─ disse Senhor Montenegro já se virando para ver a filha ─ Por que está aqui? Volte para casa e esqueça toda aquela confusão.

─ Não acredito que o Senhor veio até aqui para me pedir isso! Eu não vou voltar... Tenho um emprego agora e sobre a faculdade: já pedi transferência.

─ Deixe de teimosia! ─ exclama senhor Montenegro. ─ Desde criança você é assim... Com essa teimosia! Quando coloca algo na cabeça não tira por nada.

─ Se o Senhor sabe como sou... não entendo por que veio até aqui.

─ Menina! ─ ele se altera. ─ Eu exijo que me respeite! Vim aqui porque sua mãe e eu que somos sua família e estamos preocupados com você longe de casa, e em outro bairro.

─ Exato estou somente em outro bairro mais nada ─ Carol para e reflete um pouco. ─ Papai pode dizer a mamãe que não vou voltar, estou bem aqui e pretendo continuar onde estou.

─ Se você prefere isso não vou mais interferir. Mas, lembre-se: não é fugindo que as coisas vão melhorar em sua vida, porque não vão.

Ele dá um beijo em sua testa, abre a porta e vai embora.

Carol se vê sozinha em frente a porta, paralisada. Por alguns segundos ela se recusa a pensar, mas é vencida pela persistência das lembranças...

É início de verão em São Paulo, Maria Carolina e Ana Natália estavam finalmente juntas aproveitando as férias após um ano bem turbulento. Quando foram convidadas para uma pequena festa na casa de alguns amigos de sua vizinhança, elas aceitam é claro precisavam disso de um momento só entre amigos, sem família, sem trabalhos ou relacionamentos.

Quando chegam tudo está bem animado, as pessoas conversam, riem e dançam. Nath diz:

Amiga vou encontrar com Lúcia ali fora e contar a novidade. Você vai ficar bem sozinha?

Fica tranquila, - fala Carol colocando suas mãos nos ombros de sua amiga. Tô bem, não sou tão antissocial assim elas riem juntas vai lá.

Após Nath sair, Maria Carolina anda pela sala, pega um copo de suco de laranja de modo bem tímido; ao contrário do que disse a sua amiga, ela é sim muito antissocial e retraída, por mais que tenha se esforçado por anos para mudar essa condição, a essência não muda.

Carol sobe as escadas. Estava se sentido sufocada, tudo aquilo a sufocava. Há dias ela perguntava a Deus em suas orações qual era o propósito real de sua vida, a tempos ela se sentia fraca mas mesmo assim persistia, ela confia na palavra de Tiago 1:2-4: "Meus irmãos, tende por motivo de grande gozo o passardes por várias provações, sabendo que a aprovação da vossa fé produz a perseverança; e a perseverança tenha a sua obra perfeita, para que sejais perfeitos e completos, não faltando em coisa alguma."

Carol abre a porta do quarto e vai em direção a pequena varanda, ela precisa de ar. Quando Maria Carolina entra na varanda seus olhos não creem no que veem. De verdade posso ser extremamente honesta que no lugar dela também sentiria tremenda angústia, desgosto e nojo. Quem Maria Carolina viu naquela varanda? Nada além de seu noivo aos beijos com outra mulher. Ela corre, ele corre atrás. Mas, algumas feridas quando abertas não se fecham facilmente. Sim, as pessoas erram. Todos nós pecamos, erramos, desonramos..., mas, e as consequências desses erros até que ponto eles desfazem vidas?

Esse é o real motivo do total isolamento de Maria Carolina. Afinal, nem todo mundo é aquilo que diz ser, nem todo mundo segue aquilo que diz seguir.

Carol volta a realidade, os 2 segundos naquela mesma posição pareceram horas e horas. Ela percebe que Senhoras Castanhos não está por perto e claro nesse horário não há ninguém na pensão. Então ela pega o telefone e disca. Ele chama 1, 2, 3 vezes... Alguém atende:

─ Alô?

─ Alô, Nath é você?

─ Sim... Carol, você tá bem?

─ Sim, mas preciso te falar uma coisa... Ontem à noite deixaram uma carta para mim aqui na pensão.

─ Menina, que loucura! É sério isso?

─ Claro que sim! Vou ler aqui:

Querida sei lá quem,

Sexta de manhã te vi na padaria comprando sonhos. Se sou muito curioso? Acredito que sim, mas não se assuste, por favor. Até esse momento posso parecer um louco super observador, mas não sou, por Deus não pense assim. Mas acredito em amor à primeira vista e sim desde o primeiro momento me apaixonei por você, então te enviei está carta. Voltarei a enviar, mas se não quiser que te perturbes, fique tranquila é só não responder.

Um abraço, do seu mais novo admirador secreto.

─ Meu Pai!

─ Também tive essa reação, uma loucura né... ─ Carol escuta um barulho. ─ Amiga, espera um pouco fica na linha parece que tem alguém na porta da sala.

Ela anda em direção a porta. Então vê uma carta que foi jogada por debaixo da mesma; Maria Carolina abre a porta, mas a rua está vazia. Todas as casas estão fechadas, óbvio já era bem tarde. Ela pega a carta na mão, repara bem em cada detalhe: era uma simples carta do mesmo papel amarelado. Carol caminha em direção ao telefone e diz:

─ Oi...

─ E aí quem era? ─ pergunta Nath aflita.

─ Mais uma carta... ─ diz Carol ainda confusa.

─ Sem nome? ─ Nath exclama.

─ S...

─ Quê?

─ O nome que está na frente é 'S'.

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