O baile parte 2

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- Não são graciosos esses dois? 

Natália pergunta radiante a João ao admirar a dança dos amigos. 

- Sim, eles são... Mas, meu amor mais gracioso que eles é você nesse belo traje.

Os dois riem e ela dá um leve tapinha em suas costas balançando a cabeça negativamente. E realmente ela estava radiante com aquele belo vestido vermelho bordado a mão com uma manga 3/4 transparente e os cabelos em um belo coque abacaxi. 

****

- Amiga... 

Elisa diz quando percebe quem estava na festa. Ela leva um grande choque ao perceber que ele não estava sozinho - muito pelo contrário, afinal - lá estava ele do outro lado da sala, rindo freneticamente e tão iluminado quanto a lua. 

- O que foi mulhê? Parece que viu um fantasma?

- Veve, não me diga que aquele ali é o filho mais novo do casal Razz? 

- Sim querida, é o João... - Verônica tem um leve devaneio ao ligar as peças, e rapidamente coloca suas mãos sobre a boca, surpresa. - Não me diga que é ele? Justo o João, rapaz...

- Sim... papai meio que me prometeu ao filho dos Razz. Mas, pelo jeito nem o coitado sabe disso. 

- Ele pediu a Nath, essa moça em noivado outro dia, na frente da pensão e tudo garota! 

- Menina, coitado. Mas, olha temos que dar um jeito deles não nos juntarem.

- Vá conversar com ele pós a festa... Menina, tu conhece o Pedro, filho mais velho dos Razz?

Elisa sente seu coração palpitar com essa pergunta. Pois é claro que ela o conhecia! Lembra-se muito bem de suas aventuras quando criança. Do pique-esconde(escondido dos seus pais), do baralho no meio da rua, das peladas e tudo mais... - e sim ela fora uma criança bem travessa - mas, o que a tira o fôlego é lembrar do belo sorriso de Pedro. Seus cabelos acastanhados bagunçados quando corria... e de quando ele a dera um belo buquê de rosas, naquela pré adolescência inocente que tinham. Mas, como deve se imaginar não durou muito, pelo contrário, seus pais descobriram e contaram para os Razz, que arrancaram o filho de São Paulo, o jogando em um internato na Alemanha. Desde então Elisa nunca mais o vira, mas, isso iria mudar.

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A música finalmente termina e Carol sente suas bochechas corarem. Seus olhos depois de todo esse tempo se desviam dos de Diego que está igualmente corado. Há um singelo silêncio entre os dois que não incomoda. 

- E aí Carol, posso tirar você para dançar também? 

Léo, se intromete no meio dos dois de forma grosseira. Diego dá um sorriso sem graça e se afasta, indo em direção a Pedro no fundo da sala. É óbvio que Maria se sentiu incomodada, mas seria ainda mais deselegante se rejeitasse ele na frente de todas aquelas pessoas, então sem saída, aceitou seu convite. 

Eles se juntam ao centro da sala novamente e dançam uma música lenta.

- Carol... - começa dizendo Léo com um pouco de receio ao falar. - eu sei que você havia dito que só queria a minha amizade, mas, saiba que eu ainda a amo muito e não me vejo sem você...

- Por favor Léo, - ela o interrompe. - já tivemos essa conversa e já te disse que não sinto mais nada por você, só quero sua amizade e nada mais.

- Eu sei disso... mas, o que faço com o que sinto aqui dentro? Eu sei que errei mas íamos nos casar!

- Isso, íamos... quero que você seja feliz, de verdade Léo. Mas, essa felicidade não vai ser eu que vou proporcionar. 

Dois amores acima do tempo (CONCLUÍDO)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora