Young Justice

Dhuly135 द्वारा

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Ninguém esperava que a festa de final de ano da Liga pudesse trazer tantas mudanças. * Tumblr da Fanfic: http... अधिक

Reunion - Parte 1
Reunion - Parte 2
Catching Up - Parte 1
Catching Up - Parte 2
Beginning
Jungle Moon
Amigos: Velhos ou Novos
O Que Se Esconde Nas Sombras
Justiça Jovem X Legião do Mal
Movimentações
Baile & Guerra
Um Passo da Verdade - Parte 1
Um Passo da Verdade - Parte 2
Come Together
Epílogo

Fim da Linha

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Dhuly135 द्वारा

Kate olhou para a montanha da copa da árvore onde estava escondida. Finalmente estava ali e poderia dar um fim a tudo aquilo, o mistério do gás tóxico, do minério das ilhas na América Latina. Talvez ela finalmente conseguisse achar as respostas que precisava e estaria livre das dúvidas que a atormentavam. Ela estaria livre daquele peso.

Moça Maravilha observou o grande caminhão surgir ao longe na rodovia. Ela desceu da árvore quando o veículo passou perto dela e voou para debaixo dele, se agarrando e aguardando. Como ela esperava o caminhão não seguiu pela pista e sim tomou um desvio por uma estrada de chão. Vários estavam fazendo aquilo a noites seguidas, Kat suspeitava que algo grande iria acontecer. Todos os caminhões sempre seguiam por aquele caminho e entravam na montanha, onde a instalação misteriosa se encontrava.

Kate aguardou com paciência até o automóvel parar repentinamente. Ela pôde ouvir vozes, a porta de trás se abrindo, mais conversa e por fim o tiros. Ela prendeu a respiração por alguns segundo e a soltou quando o caminhão voltou a andar, dessa vez para dentro da montanha. Moça Maravilha finalmente estava ali.

— Temos mesmo que matar todos esses capangas? — A voz era familiar para ela.

— Ordens da chefinha, nada de testemunhas. A noite tem que ser perfeita. — A garota sabia quem estava falando naquele momento, Celeste. Kate imaginava que ela estava envolvida em tudo aquilo, mas não imaginava que a mesma estaria ali. — Vamos descarregar isso tudo para colocarmos nos foguetes. Tudo tem que estar pronto logo.

Foguetes? Haveria um ataque? Tinha que agir, porém precisava se manter parada até eles saírem dali e ela pudesse fazer algo. Assim Kate esperou por minutos até o lugar que ela estava ficar vazio. A heroína acionou um pequeno dispositivo que havia pegado do seu pai e o grudou no chão, ele lançou uma pequena onda eletromagnética que faria com que qualquer câmera que houvesse ali repetisse as imagens. A Wayne teria alguns minutos antes que suspeitassem de algo, era o suficiente.

Moça Maravilha saiu de debaixo do caminhão e olhou ao redor confirmando que não havia mais ninguém ali. Ela estava em um galpão, dentro da montanha. Muitas caixas estavam empilhadas ali, dentro de algumas havia o mesmo minério esverdeado de antes, junto com algumas ogivas pequenas e peças de máquinas. No fundo do veículo não havia nada, Kat precisava adentrar mais a fundo para descobrir tudo o que pudesse. Foi até a única porta que havia ali além da entrada, a abriu com cuidado.

Os corredores estavam vazios, mas ela aproveitou para seguir pelo sistema de ventilação assim que observou uma entrada. Foi útil pois ouviu passos logo após entrar no espaço pequeno, esperou eles passarem antes dela começar a engatinhar. Kate seguiu para o que ela imaginou ser o centro da montanha, o caminho foi longo naquele espaço minúsculo e a amazona precisava ser rápida, não tinha muito tempo até descobrirem das câmeras e a posição dela estar comprometida. Esperou por passos por alguns segundos, quando não ouviu nada saiu por outra abertura.

Kate olhou surpresa para a construção onde estava, um salão gigantesco cavado em pedra bruta e no centro um grande poço cavado no centro da rocha. Tão fundo que ela não conseguia ver o fundo, apenas os grandes foguetes que estavam postos ali. O problema parecia pior do que a heroína imaginava, ainda não tinha encontrado respostas, mas percebia que talvez fosse a hora de avisar a seu pai e a Liga onde ela estava e que poderiam ter grandes problemas.

Colocou o dedo no comunicador em seu ouvido, mas apenas encontrou um ruído irritante no lugar do canal que queria usar.

— A comunicação aqui é cortada.

Kate se virou já tirando a espada da bainha. Celeste estava se equilibrando na borda do fosso, como se fosse uma grande brincadeira. O sorriso sorrateiro e usual estava estampado na face dela.

— Você não desiste mesmo, não é? — Ela disse enquanto caminhava lentamente para mais perto. — Mesmo sem sua equipe ainda veio bisbilhotar onde não devia, nós pensamos que você pararia quando estivesse sozinha novamente. Mas aqui está a Moça Maravilha.

— Você está se envolvendo onde não devia Celeste. Isso aqui parece ser algo grande, algo maior do que os seus roubos de joias e a pedras preciosas. Pare antes que isso acabe da pior maneira. — Kate a aconselhou, talvez por uma vez na vida ela a escutasse e tivesse um pouco de bom senso.

— Eu estou ganhando uma bolada apenas por estar protegendo esse lugar, não vou mentir e dizer que sei para que tudo isso serve, porque eu realmente não sei irmãzinha. Mas enquanto o dinheiro continuar caindo eu continuarei aqui. — A garota respondeu diminuindo ainda mais a proximidade entre as duas, porém ela parou, sua face tomando um tom sério e muito incomum a ela. — Agora se quer um bom conselho, você que está se envolvendo onde não devia Kate, saia daqui enquanto ainda pode.

— Está com medo de uma luta?

— Eu não estou brincando Kate, vaza daqui sua fedelha, fuja e volte para as asinhas de morcego do papai, ele vai saber o que fazer. — A morena parecia estar falando seriamente, a amazona não sabia porque ela parecia ter tanto medo.

— Do que você está falando?

— Apenas vá! — Ela gritou.

— Não! — Kate respondeu na mesma intensidade, assumindo posição de batalha.

— Argh! Que seja...

Celeste pulou da beirada do poço, as garras batendo contra o escudo que Kat levantou a tempo. A amazona recuou alguns passos enquanto a outra usava as garras felinas para atacá-la sem parar, ela apenas se defendeu da irmã mais velha, sabendo que logo ela se cansaria de seus ataques rápidos e cheios de energia.

Kate voou, saindo do alcance dela e depois descendo rapidamente. O impacto do pouso dela fez o chão metálico amassar e criou um tremor que fez Celeste perder um pouco de seu equilíbrio. Moça Maravilha usou isso a seu favor lançando seu escudo contra as coxas dela e assim ela caiu com o impacto. Quando a vilã olhou para cima a espada da heroína já estava a centímetros de sua face.

— Não tem ninguém olhando, Kate. — A ladra abaixou a cabeça mais uma vez. — Apenas faça o que você sempre quis por todo esse nosso caminho de gato e rato.

Celeste esperou por um golpe, mas apenas ouviu a espada entrando na bainha mais uma vez. Ela levantou o olhar para irmã mais nova.

— Eu nunca faria isso com você, temos nossos desentendimentos e você quase sempre é uma pedra no meu sapato, mas você é minha irmã Celeste, isso nunca vai mudar. — Kate estendeu a mão para ajudá-la a se levantar. — Será que apenas podemos sair daqui e fazer a coisa certa juntas ao menos uma vez?

Celeste queria dizer sim. Pela primeira vez deixar as diferenças de lado e fazer o que era "certo" ao lado de sua irmãzinha chata. Mas antes que algo pudesse sair de sua boca o gatilho foi apertado e o barulho do tiro encheu os ouvidos das duas irmãs. Kate apenas sentiu o impacto no ombro, levou a mão ao local e sua palma voltou com sangue, junto de uma fraqueza que imediatamente tomou conta de seu corpo. Ela caiu no chão e gemeu com a dor que a atingiu, nunca havia sentido tanta aflição.

— O que você fez? — Ela pode ouvir Celeste gritar enquanto tentava manter a consciência.

— O que você estava fazendo? — A Wayne pôde perceber que era a voz da chefe da Legião. — Você estava caindo na ladainha dela de fazer o bem e de serem irmãzinhas juntas.

— Ah Alexis, cala a boca!

Alexis...

Kate finalmente soube o nome dela depois de tanto tempo.

— O que você está fazendo? — Kate pode ouvir o terror na voz de sua irmã, por isso ela usou todas as suas forças para levantar a cabeça e assim conseguir ver, a arma apontada para a cabeça dela.

— Eu pensei que você odiasse a sua irmã, mas pelo visto não odiava o suficiente. Em síntese, você não é mais útil para mim e a minha Legião. — Alexis estava pronta para atirar e acabar com a vida de Celeste sem exitação. — Vamos ver se os seus reflexos de gato são realmente bons assim.

Outro barulho de tiro e seguidamente um de ricochete. Celeste e Alexis olharam surpresas para o braço de Kate entre as duas, a bala havia sido ricocheteada pelo bracelete de Moça Maravilha e agora havia um furo na parede onde a bala havia ido parar.

— Como? A bala com o composto deveria ter feito você continuar no chão! — Alexis afirmou surpresa com ela ainda estar de pé, Kate riu.

— Alexis... é assim o seu nome, não é? — Kate perguntou com uma pitada de sarcasmo. — Eu sou filha de uma semideusa, eu não morro tão fácil.

Ela manteve a descompostura por mais alguns segundos antes de retomar a pose de controle mais uma vez e apontar a arma para Kate.

— Então vamos testar o quão divina você é Moça Maravilha.

Alexis realmente ia atirar mais uma vez e a Wayne não sabia se teria aguentado mais uma bala com aquele composto que a deixava sem forças ou se conseguiria desviar a bala com o bracelete a tempo com os sentidos fracos. Porém não teve que descobrir, um vulto vermelho e amarelo surgiu tomando a arma da mão dela. A líder da Legião do Mal olhou assustada para Kid Flash, Kate apenas sorriu para o amigo antes de dar um belo de um soco na face de Alexis, ela desmaiou na hora.

Kid correu para abraçá-la, entretanto teve que segurar Kate para ela não cair no chão mais uma vez.

— Você precisa de ajuda. — Ele comentou vendo o ferimento. — Vou tirar você daqui.

— Não, ainda precisamos resolver tudo antes de irmos.

— Sempre mais preocupada com o trabalho do que si mesma.

Os dois riram, mas Kate parou assim que percebeu que o esforço agora era bem doloroso.

— Afinal, como você me achou aqui?

— Eu recebi uma ligação, você tem um grande amigo que estava bem preocupado com você.

— Alfred... — Ela sorriu e teve que admitir que no fim ele tinha razão ao dizer que ela precisaria de ajuda para aquela missão. — Andy, precisamos descobrir o que eles querem com esses foguetes e ainda tem mais deles por aí.

Assim que ela terminou a frase os passos surgiram, muitos deles. Kate, Andrew e Celeste viraram-se e observaram o resto da Legião do Mal aparecer, todos seguindo apenas um. Vandal Savage. Era ele, era realmente ele. Depois de tanto tempo e tanta investigação ele de fato estava envolvido em tudo aquilo.

— Porque a Liga sempre envia as crianças para resolver os problemas dos adultos? — Ele questionou enquanto olhava para Kate e dava um sinal para a Legião avançar.

Darkstar subiu ao ar e lançou um raio na direção de Moça Maravilha e Kid Flash. Andy a pegou no colo e correu na direção oposta, os poderes do inimigo continuaram seguindo eles até que os dois conseguiram avistar Miss Marte voando na direção deles.

— Eu também recebi o recado! — Ela avisou antes de passar por eles e abrir os braços, uma barreira foi feita com os poderes de telecinese de Jane, impedindo que os raios de Darkstar os atingissem.

Perseu apontou para a encanação em um dos cantos da parede altíssima e larga onde haviam canos, Jackline usou os lasers de sua armadura para cortar um dos canos e assim o príncipe banido usou os seus poderes de hidrocinese para lançar uma torrente de água na direção deles. Jane uniu as mãos com as palmas abertas, tentando manter a barreira de pé contra a onda. Eles precisavam fazer algo para ajudar, os poderes de Miss Marte não eram ilimitados, o máximo dela chegaria.

Kate sorriu surpresa e com alívio quando viu Nereus surgir ao lado deles.

— Desculpa a demora, eu tive que atravessar o oceano e vir até aqui. — O atlante explicou com um sorriso de canto aos amigos antes de dar um sinal a Jane que voltou até eles.

— Você vai conseguir segurar isso tudo? Pelo que eu lembre você não é muito bom com magia. — Kate relembrou.

— Apenas confie em mim.

Nereus fechou os olhos e se concentrou, quando ele abriu-os novamente suas íris estavam num tom de azul brilhante e as tatuagens que ele possuía pelo corpo brilharam por cima da armadura dourada que ele usava. Aquaboy pegou seu tridente das costas e o fincou no chão, quando a onda finalmente chegou nele a água desviou e caiu na direção do fosso. Ele manteve eles em segurança até o momento em que o líquido nos canos acabou.

— Vamos ter que nos virar sozinhos. — Nereus comentou enquanto se preparava para atacar de volta os inimigos, assim como Jane que saiu do chão voltando a voar e Andy que a colocou com cuidado encostada na parede, Celeste foi até ela.

— Não vai ajudar os seus amigos? — Kate perguntou, estava usando o resto de suas forças para se manter acordada.

— Eles nunca foram os meus amigos, todos ali se odeiam. — Celeste olhou para os outros membros da Justiça Jovem. — Não é o que você tem com aqueles ali.

Sua irmã rasgou um pedaço da manga do uniforme dela.

— O que está fazendo? Fuja logo daqui e se livre de toda essa confusão.

A mais velha revirou os olhos e amarrou o pano no seu ombro em uma bandagem rudimentar.

— Se eu deixar você morrer nunca vou ganhar a minha parte da herança. — Ela brincou voltando ao seu humor natural. — Prontinho, pelo menos agora você não morre mais de perda de sangue.

— Onde aprendeu a ser uma enfermeira?

— Ora, depois de assaltar algum lugar, levar alguns tiros ou pular uma janela e se cortar você não pode ir ao hospital, então eu tive que aprender a me virar. — Ela piscou para Kate.

— Eu queria que nós duas pudéssemos ser assim sempre...

— Seria bom... — Celeste suspirou e colocou uma mão no rosto de Kat por alguns instantes. — Mas não vamos ficar imaginando coisas, você e eu somos diferentes demais, você sabe disso.

Uma explosão fez com que as duas voltassem a atenção a luta, Jane mais uma vez mantinha uma barreira enquanto uma das legionárias lançava bombas contra eles.

— Vamos, desistam crianças, vocês estão em menor número. — Savage advertiu ainda com um sorriso de divertimento perante a situação.

Kate observou sua irmã se levantar e revirar os olhos mais uma vez, tomando lado a Justiça Jovem.

— Eu valho por duas queridinho! — Celeste gritou de volta.

Andy e Nereus se entreolharam com suspeita, mas não dispensaram a ajuda. Não havia mais como evitar o conflito, a equipe precisava lutar. Jane desceu a barreira e eles começaram a avançar, assim como a Legião. Darkstar foi a frente voando, pronto para interceptar Jane no ar, a meia marciana precisaria usar toda sua força para combatê-lo. O embate seria inevitável. Miss Marte se preparou para usar seus poderes quando outra pessoa passou na sua frente, uma mulher com asas.

Samantha bateu no tamaraniano com sua clava eletrizada, ela foi parar a metros de distância dali.

— Sam! Você veio! — Jane exclamou com animação enquanto desviava de um laser de Jackline.

— Eu não perderia uma batalha dessa querida! — Sam respondeu também desviando dos ataques da garota.

Kate observava de longe todos eles e se sentiu impotente sem poder ajudar. Ela precisava fazer algo, conseguir chamar a Liga ou alguma coisa assim. A heroína parou por um segundo quando observou que Vandal não estava no meio da batalha ou perto dali e sim do outro lado do salão cavernoso, em um grande computador. Kat quase não tinha mais forças, mas ela a única que podia ir até lá e fazer algo, todos os outros estavam ocupados com a Legião, era apenas uma distração.

Ela gemeu com o esforço de se levantar e quase caiu novamente, porém se apoiou na parede. Moça Maravilha respirou fundo e começou a andar, cada passo era um sacrifício gigantesco, a garota nunca havia sentido algo assim em toda sua vida. Se sentido tão impotente e como se qualquer movimento tirasse tudo de sí, mas ela prosseguiu e se manteve de pé, um pé após o outro ela chegou até ele. As pernas latejavam, seu ombro doía muito mais do que antes, mas ela manteve-se firme.

Com um passo bamboleante para o lado ela sacou a espada e a segurou no ar com a mão tremendo. Vandal sorriu ao vê-la naquela situação. Ele apenas deu um tapa na espada de Kate e foi o suficiente para jogar a arma no chão. Em seguida o homem deu um murro no estômago dela, a heroína gemeu de dor e mais uma vez foi ao chão, os sentidos dela se perdendo, mas ela recuperou o foco.

— Eu tenho que admitir, sempre me surpreendo com vocês crianças. — Ele começou voltando a atenção para o computador. — Você mesma foi uma grande surpresa para mim, foi tão longe e pesquisou tão a fundo, chegando até aqui. Até mesmo conseguiu atrasar todos os meus planos quando impediu que eu controlasse a Liga, eu tenho que dizer, você verdadeiramente está acima da média.

— Me pergunto o quão útil você seria se estivesse do lado da Luz, talvez eu devesse fazer um clone de você, mas não creio que ainda reste uma única célula sua que ainda detinha um pingo de poder em você depois de tanto tempo que a bala está alojada no seu ombro. — Ele continuou. — Já deve ter se espalhado por todo o seu corpo.

Kate tossiu sangue e puxou todo o ar que conseguiu para dentro de seus pulmões. Levantou a mão até a borda do fosso e a usou para se reerguer.

— Você não irá vencer... — Ela disse a ele, mas tudo o que saiu fui ruído.

— O que disse? — Ele se virou dando um pouco de atenção a Kate. — Como ainda consegue ficar de pé?

Nem ela sabia ao certo, apenas tinha a certeza que deveria impedi-lo. Não havia mais ninguém ali, apenas ele e ela, Kate deveria fazer algo, era o dever dela como Moça Maravilha. Iria lutar até o último suspiro dela.

— Você não irá vencer! — A Wayne afirmou com toda sua convicção. — Eu posso não conseguir te deter, mas a Liga irá.

Ele riu, na verdade gargalhou com divertimento e escárnio na face dela.

— Ah garota, você ainda é muito nova. — Ele apertou algumas teclas e imagens de inúmeros jornais apareceram na tela, onde a Liga aparecia lutando. — Você esqueceu de procurar saber porque no começo de tudo eu roubei o Aniquilador e o artefato atlante?

Ela olhou com mais foco para as imagens ela viu. A Liga da Justiça estava lutando contra o Aniquilador, que possuía um tridente em mãos.

— O Aniquilador é uma das máquinas de guerra mais forte que existem no mundo, junto com o Tridente de Atlan que dá o poder sobre os oceanos ele é imbatível. — Savage explicou com divertimento. — E com a Liga preocupada em impedir que ele afunde o planeta inteiro eu posso terminar o meu plano sem empecilhos. O mundo finalmente irá se curvar perante mim, em uma humanidade sem a presença de supers.

— Como? Como você vai curvar o mundo?

— Oh você é esperta, pense um pouco. — Ele brincou, se divertindo com a ignorância dela sobre os planos dele. — Um gás que inibe os poderes das metahumanos, mísseis de alcance global...

— Então é isso que o gás faz. — Ela percebeu o quão grande era o problema.

— Eu fui muito cuidadoso mesclando com o Veneno do Cobra e outros compostos químicos para que ninguém conseguisse isolar a amostra. Você mesma foi um de meus testes, na sua missão na ilha e funcionou tão bem. — Ele explicava o plano com fascínio. — Veja bem menina, o meu problema sempre fora os supers, depois que os heróis começaram a surgir no século passado eu comecei a ter problemas, meu poder foi minguando. Eles sempre conseguiam vir voando com suas capas coloridas e me impedir de alguma forma.

Ele sorriu, parecendo verdadeiramente feliz.

— Não mais.

Kate sentiu medo.

— O que você vai fazer?

Ele virou-se de costas para ela.

— Toda a Liga e ainda os reservistas já estão na luta contra o aniquilador, alguns já até caíram, apenas os mais fortes ainda estão de pé. Com todos eles ocupados ninguém conseguirá impedir a tempo os mísseis que irão explodir na atmosfera, contaminando água, ar e solo. O mundo inteiro vai ter contato com o composto, assim todos perderão seus poderes, às próximas gerações. Um planeta sem super-heróis.

— Você é louco. — Ela rebateu.

— As grandes mentes sempre são, criança.

Ele apertou um último botão e a contagem regressiva começou.

— Eu não irei permitir. — Ela disse e ele riu mais uma vez.

— E como irá me impedir?

Kate avançou com o pouco de forças que ainda possuía. Savage foi mais rápido e desferiu mais um soco no peito dela, ela gemeu e caiu com os joelhos no chão. Levantou o olhar para ele e recebeu mais um soco na face. O mundo girou perante os olhos dela e a garota caiu, mas ele continuou, agora chutando ela. Um chute, depois outro, sem parar.

— Como você consegue ainda se manter acordada? — Ele esbravejava com raiva. — Morra sua maldita.

Kate agora chorava, ela sentia que iria morrer ali. Não havia se despedido de verdade de ninguém, talvez seus amigos perdessem a luta ali ou talvez Savage também usasse o gás contra eles. O mundo estava fadado as mãos ditadoras de Vandal e não havia nada que ela pudesse fazer. Ela havia falhado, com seus pais, com seus amigos, como Moça Maravilha, com o mundo, com ela mesma. Talvez fosse a hora dela desistir.

"Não." Era a voz de Jane, a Wayne estava quase perdendo a consciência, mas se esforçou apenas um pouco mais para ouvir a amiga dentro de sua mente. "Você não falhou comigo Kate, você realizou o meu grande sonho de ser uma heroína, me ajudou a fazer os melhores amigos que eu poderia ter. Não desista agora Kate, não agora que o mundo inteiro precisa de você."

"Isso mesmo Wayne, eu perdi uma das maiores oportunidades da minha vida para estar aqui salvando a sua bunda, não me deixe na mão e acabe com a raça desse maldito! Você consegue amiga, apenas arrase!" Samantha disse com animação e encorajamento.

"Você me fez sair de Atlântida e abandonar tudo o que eu conhecia. Por causa de você eu... eu..." Nereus parecia hesitar. "Se você não tivesse feito eu subir para a superfície talvez eu nunca tivesse descoberto que eu amo a Sam!"

"Nós somos amigos desde que éramos crianças." Andy começou e ela pode sentir a emoção dele. "Você sempre sonhou em ser uma heroína, em fazer a diferença e ser como os seus pais. Saiba que você sempre foi uma heroína para mim e sempre vai ser. Não desista agora Kate, o mundo conta com você!"

"Ei irmãzinha." A voz de Celeste veio com insegurança. "Eu sei que eu nunca demonstrei, mas saiba que eu te amo viu. Então apenas não morra agora, tá bom? Eu nunca poderia me perdoar e quem sabe um dia, se nós sairmos dessa, você até consiga fazer eu mudar de lado igual o nosso pai quer. Levante e seja a Moça Maravilha!"

Kate sorriu por fim e sentiu que ainda havia uma chance. Ainda tinha pessoas que acreditam nela, que confiavam nela para mudar a situação. Se eles acreditavam nela, porque ela não acreditaria? Kat ainda não havia falhado, não ainda. Ela ainda podia salvar a todos.

Moça Maravilha colocou uma mão no chão e usou para se apoiar, tentando se levantar. Vandal urrou de raiva e deu um chute mais forte do que todos os outros, a jogando longe dele.

— Como?! Como!? Como você ainda está viva?

Kate tossiu mais sangue, mas usou a mão para limpar a boca. Ela respirou profundamente e tentou se lembrar pelo que estava lutando. Pelos seus amigos, pelas pessoas que precisavam de ajuda, por ela mesma. Ela precisava se levantar, ela lutaria até o último suspiro. Kate Wayne não deixaria Vandal Savage vencer.

— O que está acontecendo com você? Porque você está brilhando?

Ela olhou para as próprias mãos e corpo, percebeu que realmente um brilho dourado a estava envolvendo no momento. Isso estava dando forças a ela, forças para se levantar, para conseguir ficar de pé, para voar e para dar belo soco na face de Savage.

O impacto quebrou o nariz dele, que se curou com os poderes que o vilão possuía. Mas ela não parou, um soco atrás do outro como ele havia feito mais cedo, até ele estar no chão como ela havia estado minutos atrás. Entretanto ele era imortal, como Kate bem sabia e ela precisava cuidar dos foguetes, faltava apenas poucos minutos antes deles decolarem.

— O que é você, garota estúpida?

— A garota que vai acabar com seus planos.

Ela deu um último soco no rosto dele e o pegou pelos braços, jogando-o dentro do abismo que era aquele fosso. Kat suspirou por fim, voltando ao chão. O brilho que a envolveu começou a se dissipar tão misteriosamente como apareceu e ela sentiu que as forças dela estavam se esvaindo mais uma vez. Precisava ser rápida.

— Kate! — Ela se virou para ver Andy.

Eles se abraçaram e ele olhou preocupado para os ferimentos e hematomas dela.

— Você precisa de um médico urgentemente. — O ruivo tentou pegá-la no colo, mas ela o impediu.

— Ainda precisamos resolver o problema com os foguetes, eles não podem sair dessa montanha. — Kate explicou e os dois foram até o computador, a amazona começou a tentar achar uma forma de parar a contagem.

— A Legião fugiu assim que viram você jogando o Savage no buraco. — Samantha avisou chegando com os outros. — Um bando de covardes.

— Temos problemas maiores, aparentemente não há uma forma de parar a contagem regressiva, ele não queria que houvesse uma forma de acabar com isso. O que iremos fazer? — Kate questionou aos outros.

— Eu ouvi a Alexis falando alguma de autodestruição com ele. Serve para alguma coisa? — Celeste perguntou.

— Vamos descobrir. — Realmente havia uma opção para destruir os foguetes, mas eles não podiam sair da montanha ou então contaminaram quilômetros todo o continente, mesmo que não chegassem a atmosfera. A única forma de destruir eles eram pelo computador, alguém teria que ficar para trás. — Vocês têm que sair daqui rápido, eu vou ficar e destruir os foguetes. A rocha é resistente e a montanha grande, assim o gás não vai escapar.

— Mas então você vai morrer queimada aqui dentro. — Celeste relembrou não gostando do plano. — Do que adianta tudo isso se você morrer no fim?

— Ninguém vai te abandonar Wayne! — Samantha disse pondo um ponto final na história.

— Eu posso nos proteger. — Jane assegurou.

— Você consegue nos proteger de uma explosão dessa magnitude? Tem certeza? — Nereus questionou com dúvidas.

— Sim! — Ela reafirmou mostrando confiança. — Apenas fiquem juntos e me deixem concentrar, eu cuido do resto.

— Tudo bem, você tem certeza que não querem fugir?

— Larga disso Kate e anda logo com esse computador antes que eu desista. — Celeste falou se escondendo atrás de Andy.

— Ok, lá vamos nós.

Moça Maravilha acionou a opção da autodestruição e a explosão aconteceu imediatamente em cores laranjas, vermelhas, amarelas e verdes. Jane uniu as mãos em frente do corpo, o fogo e projéteis vieram na direção deles. Samantha se escondeu no abraço de Nereus, Kate apertou a mão de Andy e de Celeste, apreensiva. O fogo continuou vindo, junto com mais explosões e mais chamas, Jane gemeu e a barreira começou a tremer com inconsistência. Kat soltou a mão deles e colocou uma mão no ombro de Jane, seguindo seguida dos outros membros da Justiça Jovem. Miss Marte olhou para eles por cima do ombro e sorriu pelo apoio dos amigos, antes de voltar a focar.

No fim eles saíram ilesos.

— Isso aí Jane! — Samantha pulou de alegria abraçando a mais nova.

— Você foi ótima, me perdoe por eu ter dúvida da sua capacidade. — Nereus pediu desculpas.

— O tudo bem! — Ela o abraçou, pegando ele de surpresa. Nereus ficou um pouco acuado, mas retribuiu o abraço.

— Parece que no fim deu tudo certo. — Andy comentou feliz para Kat, que também sorriu.

— Sim... — Ela respondeu antes de sentir uma tontura e começar a cair.

Andrew a pegou antes que ela encontrasse o chão. Ela sentiu as dores vindo, todas de uma vez, o buraco onde a bala entrou trazendo agonia a ela. A voz deles e suas faces ficando mais distantes e turvas à medida que ela perdia consciência.

— Kate, aguente firme! — Foi tudo o que conseguiu captar de Andy antes de apagar de vez sendo engolida pela dor e exaustão.

~*~

— Temos que decidir o que vamos fazer a partir daqui. — Andrew começou depois de minutos de silêncio deles, naquela sala. Todos estavam exaustos, estressados e feridos, não era o melhor momento para decidir o futuro da Justiça Jovem, porém era necessário. — O que seremos a partir de agora.

— Não seria melhor esperar a Kate melhorar, nós ainda nem recebemos notícias dela. — Nereus rebateu do canto onde ele estava. — Ela pode estar morta e nós discutindo sobre isso.

— Não diga ao assim! Ela vai ficar bem! — Jane não suportaria a notícia da morte de uma amiga.

— Não se preocupe Jane, ela vai voltar para encher o nosso saco, aquela ali é forte, todos vocês viram como ela derrotou o Savage nas condições em que estava. — Sam lembrou um pouco cansada de tudo aquilo, ela só queria deitar numa banheira com um bom vinho e deixar a vida dela como heroína de lado. — E eu concordo, o que vamos decidir? Eu já não vou desfilar mais por um bom tempo depois de ter fugido da passarela, vou ter bastante tempo livre.

— Eu pensei que você fosse quem mais estivesse cheia da equipe. — Aquaboy disse confuso.

— Naquele dia sim, mas é sempre bom bater em vilões e relembrar a sensação de vitória depois de uma luta. E eu perdoei a Wayne por ela ter pisado na bola conosco. — Ela confessou olhando para a clava e como ela havia sido brava naquele embate contra a Legião.

— Nós nunca deveríamos ter nos separado. — Jane afirmou. Ela estava mais cansada do que os outros, com um corte na bochecha por culpa da patinadora e com metade da capa dela queimada por um dos lasers de Jackline. — Se estivéssemos todos juntos Kate não teria ido sozinha e se machucado tanto, ela estaria aqui conosco.

— Não adianta ficarmos pensando no que teria acontecido, precisamos decidir o que vamos fazer. — Andy tomou a liderança enquanto se levantava. — Quando a Kate estiver bem, e ela vai estar, ela vai encontrar a equipe dela unida mais uma vez e pronta para ajudá-la? Ou vamos continuar separados?

Sam olhou para Nereus e Jane cruzou os dedos torcendo para que todos aceitassem formar a Justiça Jovem mais uma vez.

— Tudo bem. — Sam respondeu vencida. — Eu vou dar mais uma chance a tudo isso e vamos ver o que vai acontecer dessa vez.

— Nereus?

O príncipe olhou para os amigos e pensou um pouco antes de dar sua resposta.

— Vou ter um pouco de trabalho para me mudar de novo para a superfície, mas eu aceito também.

Jane deu um gritinho de animação e todos riram um pouco. Estava decidido, mais uma vez a Justiça Jovem estava de volta a ativa.

— Bom, eu preciso de um banho longo e um pouco de álcool, então vou para casa. — Samantha disse se levantando. — Me avisem se algum de vocês tiverem qualquer notícia da Wayne.

— Eu também já estou indo, preciso resolver algumas coisas em Atlântida. — Nereus informou e os quatro se despediram.

Andy sentou mais uma vez no sofá, dividindo o espaço com Jane.

— Você não vai embora? — Ele perguntou um pouco preocupado com ela. — Você passou por muita coisa hoje, deveria descansar.

— Eu estou bem, preocupada com muita coisa, mas bem. — Jane mostrou um sorriso tímido na tentativa de transpassar isso. — E eu vou esperar o meu pai para ir embora com ele. Ele ainda está ajudando a Liga na limpeza dos estragos, a batalha contra o Aniquilador foi bem destrutiva.

— Sim, mas tudo deu certo e por enquanto parece que podemos ter um pouco de calma.

— Eu espero que sim, eu só queria umas boas férias depois disso tudo para descansar. — Ela comentou encostando a cabeça no ombro dele. — Ser uma heroína e estudante é cansativo.

— Nem me diga. — Andrew passou o braço pelo ombro dela, acolhendo Jane em um abraço.

A garota era a mais nova deles, mas tão forte quanto os outros, Andy sentia orgulho dela e esperava que ela soubesse que ele, assim como os outros, estaria ali para ela.

~*~

Nereus e Sam andaram lado a lado até o transportador. Eles ficaram de frente um para o outro quando chegaram lá, ela suspirou sabendo que não podia ficar ignorando o que ele havia dito para Kate sobre ela.

— É realmente verdade? — A alada questionou o loiro que abaixou a cabeça encabulado. — Você me ama?

Ele levou alguns segundos para responder, mas quando levantou a cabeça sua expressão estava cheia de certeza.

— Sim, eu te amo, acho que desde o começo. — Ele revelou, sem esconder mais o que sentia e não sendo tão sério como sempre fora. — Quando você implicava comigo eu ficava com raiva, mas depois eu percebi que eu aceitaria todos os seus apelidos envolvendo peixe comigo se isso significasse ficar perto de você por mais tempo.

Samantha deixou uma lágrima escorrer, ela não sabia se era de alegria, tristeza ou qualquer outro sentimento que ela estivesse sentindo.

— Você sabe que eu estou namorando, não é?

— Sim, com o Josh. — Nereus se recompôs, voltando seu porte sério. — E eu entendo se você quiser ficar com ele, apenas me dê uma resposta, ok?

— Eu...

Ele se inclinou para frente, encostando os lábios deles. Sam não teve forças ou talvez fosse vontade para impedir que o ato acontecesse. Quando percebeu estava correspondendo. Algo nele lembrava sal e mar, o que era um grande clichê, mas ela simplesmente não se importou e se deixou levar. Foi ele quem se separou os dois, ela um pouco sem ar e sem reação.

— Teletransporte para Atlântida, reconhecimento de voz, Aquaboy.

E então ele começou a sumir diante dos olhos dela antes que ela pudesse responder ou fazer algo. Samantha ficou sozinha ali, ela sentia um desconforto no peito. Havia traído o namorado e traição para ela era o cúmulo. Ela não sabia ao certo o que fazer a partir dali, mas ela tinha a resposta para ele na ponta da língua.

— Eu te amo também...

~*~

Acordar foi algo confuso. Kate não sabia por quanto tempo ela estava apagada, mas foi reconfortante ver que estava em seu quarto e que aparentemente tudo havia dado certo no final, ao menos era o que ela imaginava. Ela tentou se levantar, mas percebeu imediatamente que seu corpo ainda estava dolorido e que ela ainda não estava cem por cento.

O movimento da cama fez Diana virar para filha e então ela viu que Kat estava acordada. A mais jovem percebeu as olheiras que escureciam os olhos de sua mãe, ela parecia cansada e aflita, porém a jovem Wayne ficou mais preocupada quando ela cobriu a boca com as mãos e começou a chorar. Outro movimento do outro lado do quarto fez Kat se virar para ver seu pai que estava na janela, ele também percebeu que ela tinha acordado e foi até ao lado dela na cama. Os olhos dele estavam marejados, o que era extremamente estranho, ela nunca havia visto seu pai chorar.

— Calma vocês dois! Eu aparentemente acho que estou bem! — Ela exclamou tentando acalmar os pais dela.

Diana levantou e foi para perto dela na cama, a abraçando com cuidado e afeto.

— Eu pensei que você nunca mais fosse acordar, acreditei que fosse te perder... — A princesa das amazonas chorava descontroladamente o que deixou Kate muito desconfortável, não era comum ver a mãe dela naquele estado.

— Mãe, está tudo bem. Nós vencemos no fim, certo? Nada mais de gás ou Savage.

Ela concordou com um aceno e Kate se sentiu muito mais aliviada voltando a se deitar confortavelmente.

— Por quanto tempo eu apaguei? — O estado da sua mãe dizia que não foi pouco tempo. — Muito tempo, não é?

— Por dias. — Bruce respondeu. — Kate, você quase morreu, te trouxeram para nós quase sem sinais vitais. Eu retirei a bala e ainda assim você não melhorava.

— Nós achávamos que você não ia sobreviver, mas o Damian conseguiu um jeito de te ajudar. — Sua mãe explicou, secando as últimas lágrimas do rosto.

— Como?

— O Poço de Lázaro. — Seu pai respondeu com o semblante sombrio.

— A Liga das Sombras permitiu?

— Sim, eu não sei o que ele disse ou fez para deixarem você usar o poço, apenas sei que você voltou de lá melhor do que quando partiu. — Ele acariciou sua cabeça. — E agora você finalmente acordou.

— Eu preciso agradecer a ele, eu sei como ele odeia a família materna e relembrar o passado dele. Onde ele está?

Diana e Bruce se entreolharam.

— Kate... — Sua mãe começou tentando medir as palavras dela. — O Damian apenas te trouxe aqui, depois ele sumiu...

— O que? — Ela tentou raciocinar. — Então ele voltou para lá? Para a Liga das Sombras?

— Não sabemos. O seu pai tentou rastrear ele e não o encontrou. A Barbara e os outros estão tentando achá-lo, mas ainda não descobriram nada do paradeiro dele. — Sua mãe apertou a mão de Bruce.

— É tudo minha culpa... — A Wayne murmurou para si mesma. — Mas não se preocupem, eu vou achá-lo, apenas esperem eu melhorar.

Os dois mais uma vez trocaram um olhar cúmplice e preocupado.

— O que foi? Tem mais coisa que vocês não estão me contando? Digam tudo de uma vez!

Diana envolveu a mão dela com a de Kate.

— Kate, você não vai melhorar.

— Como? É claro que eu vou, logo eu saio dessa cama e volto a ativa.

— Não, é claro que você vai sair da cama, agora que você acordou é só uma questão de mais alguns dias, mas... — Ela não queria dizer a verdade nua e crua. — Você não irá se curar completamente.

— O que você quer dizer, mãe?

— Você não tem mais poderes, Kate! — Ele disse a verdade de uma vez. — Eu fiz testes com o seu sangue quando tentei achar formas de te curar, o que quer que aquela bala tinha fez uma mudança genética no seu corpo, todas as suas células meta humanas sumiram. Seus poderes se foram.

Kate piscou atônita e sem resposta.

— Isso com certeza pode ser reversível, podemos tentar achar uma amostra do gás ou do minério e descobrir uma cura. — Ela respondeu determinada. — Eu vou voltar a ser a Moça Maravilha, recuperar os meus poderes e achar o Damian.

— Não, não vai! — Bruce levantou-se da cama. Ela não estava gostando do rumo daquela conversa. — Nós quase ter perdemos por conta da sua vida dupla como heroína e não vamos correr esse risco de novo, Kate. Eu não permitirei que você continue a ser uma heroína. Você não será mais a Moça Maravilha.

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