Correspondente ao capítulo 79 de Grayson.
Parado na porta com as mãos para trás sorrio divertido para Mia, que me encara como se quisesse saber meus pensamentos. Ela me cede passagem e eu entro com pressa, caminhando até um dos sofás e me sentando.
Será que ela vai gostar da aliança ?
Com as mãos suando, espero que ela venha até mim e se sente ao meu lado. O perfume doce que só ela tem me deixando um pouco mais empolgado para lhe entregar o anel.
- ainda não respondeu minha pergunta. - uma de suas pernas é colocada sobre as minhas.
- hoje eu percebi que não te deu uma aliança quando te pedi em namoro.
Encaro a boca dela, que parece tão apetitosa quanto o resto do corpo.
- sabe que eu não ligo para essas coisas.
Pelo seu jeito de falar fica óbvio que a mesma está tentado soar indiferente em relação ao anel de compromisso, mas que no fundo deseja isso tanto quanto eu.
- mas deveria ligar.
Retiro seja perna de cima das minhas e me levanto, ajoelhando em seguida para enfim lhe entregar o rubi que tanto me lembrou seus cabelos vermelho alaranjados. Mia entrelaça os dedos, provavelmente confusa com a situação. Enfio a mão direito dento do bolso interno da jaqueta e pego a caixinha de veludo, no qual o conteúdo é tão importante para ela.
- eu lembrei de você quando a vi, sinto que deveria estar em seu dedo. - abro a caixa, sorrindo ao notar seu olhar sobre as alianças de prata.
- isso não é um rubi ? Me diga que não. - o sussurro é um tanto mais baixo do que de costume.
- é sim, achei que combinava com a cor do seu cabelo.
Levemente, retiro o anel da espuma avermelhada e puxo sua mão direita, colocando o anel no penúltimo dedo e levando esta até meus lábios, depositando um beijo breve na aliança. Mia pega a caixa de minha mão, apanhando a aliança que resta e deslizando o anel pelo meu dedo anelar direito. Ela me faz levantar até a altura de seu rosto, meus joelhos flexionados levemente para que os lábios dela toquem os meus. O beijo que parece ficar cada vez melhor a cada dia.
- sabia que eu não iria te cobrar uma aliança, não é ? - seus braços envolvem meu pescoço.
- eu sei, mas acho que não há nada melhor do que um anel de compromisso para deixar isso mais sério. - sorrio, encarando firmemente as íris claras dela.
- quer ir pro meu quarto ? Vou estender a roupa e já subo.
- eu vou com você.
Mia me solta e logo já me vejo sendo puxando atravéz da sala e da cozinha para chegarmos a lavanderia. Me encosto no batente da porta e a observo recolher as roupas da máquina e começar a pendurar as peças nos varais.
Deitado em sua cama analiso o teto cor de rosa enquanto Mia encara alegremente sua aliança, a pedra vermelha brilhando a cada vez que ela move a mão. Acaricio sua lombar, gostando da sensação macia de sua pele contra a ponta dos meus dedos.
- esse anel é lindo. - viro o rosto para olhar o sorriso em seus lábios.
- achei que ia gostar. - a puxo para mais perto, encostando seu corpo no meu.
A cabeça da ruiva se inclina para o lado por um instante, os olhos cinza azulados parecem checar algo. O breve susto que ela me deu ao subir em mim foi substituído por uma onda de malícia, o olhar malicioso dela me deixa um pouco em dúvida de suas intenções.
- não brinque com fogo ruiva.
Noto quando Mia leva as mãos até a barra do vestido, puxando o tecido cinco centímetros para cima.
Ah ruiva ! Não me provoca assim.
- e se eu quiser me queimar ? - ela retira os óculos, esticando o corpo delicioso para o lado.
- posso cuidar disso.
Me sento rapidamente, colocando as mãos sobre as coxas brancas e dando uma apertada na carne, sentindo ela estremecer com meu toque. Enfio o nariz na curva de seu pescoço, absorvendo o cheiro maravilhoso de lavanda que está preso em sua pele.
- cheirosa pra caralho. - a palavra sai mais como um rosnado de minha boca.
Sem mais delongas, a faço abaixar a cabeça e encontro seus lábios. Os mordendo e beijando de forma eufórica até sentir meu membro dar sinal de vida. Começo a levantar o tecido do vestido, sorrindo em meio ao beijo ao sentir os dedos nervosos dela encontrarem o botão da minha calça e o abrirem, descendo o zíper em seguida e puxando o tecido para baixo.
- não temos muito tempo.
- só preciso de dez minutos.
- segunda gaveta a sua esquerda.
Solto as mãos de seu corpo, mesmo odiando deixar de sentir o calor de sua pele, e me estico para alcançar a gaveta do criado mudo. Pacotes e mais pacotes pretos estão espalhados por quase toda pequena gaveta.
- aonde conseguiu tudo isso ? - pego uma das embalagens e me viro para ela.
- meu avô me deu.
Paro de respirar no mesmo momento em que ela termina de falar.
O velho Collins sabe que eu estou transando com a neta dele ?
E como eu ainda estou entrando nessa casa ?
- o que ? Ele sabe ?
A risada fraca dela me deixa um pouco menos fissurado, mantendo minha ereção intacta.
- vovô me conhece muito bem e sabe quando algo está diferente, nós conversamos ontem e eu não iria mentir para ele.
- tudo bem então.
Com os dentes rasgo o plástico preto e desenrolo a camisinha pelo meu membro, pensando que seria uma boa idéia se Mia começasse a tomar anticoncepcional. Aproveitando que ela já está deitada no meio da cama apenas subo sobre ela, adorando o fato de que suas calcinhas sejam de renda.
Porra ! Esse tecido é sexy demais !
Empurro o fundo da sua calcinha para o lado e sem avisos ou beijos molhados me enfio dentro dela.
Droga, isso é bom demais !
Começo indo devagar, notando que ainda pode ser desconfortável para ela. Uso cada parte do meu auto controle para não ir mais rápido, esperando com que Mia se adapte ao meu membro e comece a me olhar daquele jeito. O jeito com que ela sempre me olha quando quer que eu a leve para o céu. A boca dela parece tão apetitosa olhando por cima que resolvo me abaixar e a beijar, os lábios macios escondendo os gemidos baixos a cada vez que eu entro e saio. Quase xingo quando sinto suas unhas se ficarem em meus tríceps e seus olhos começam a tentar se fechar, a cabeça levemente afundada no travesseiro e o pescoço exposto, pronto para receber meus beijos. Distribuo breves selinhos em toda a extensão daquele pele perfeita e cheirosa, segurando suas coxas para conseguir ir mais fundo. Sorrio abertamente quando ela, por vontade própria, cruza os calcanhares em minhas costas.
Porra ruiva !
Ouvir os gemidos escapando de sua garganta é como ouvir uma música que fora feita somente para mim, uma música que eu faria questão de ouvir ao longo de todos os dias da minha vida. Entusiasmado com o prazer proporcionado a ela, aperto suas coxas com mais força, me enterrando dentro dela mais forte e rapidamente. Eu definitivamente, não sabia o que era prazer até ter Mia em meus braços.
Não sabia o que era amor.