A vida de um órfão (Romance...

By ivanjunior93

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+18 A noite estava fria, abro meus olhos e observo ao redor, a lua clareava o quarto, era todo cheio de pan... More

Prólogo
1. Amigo de infância
2. Reencontros
3. Pensamentos
4. A bolsa
5. Pesadelos
6. Encontro?
7. Álcool
8. O namorado!
9. Beijos e Brigas
10. Armadilha
11. Natureza
12. Barraca
13. A camisa
14. Pedro
15. Detetive
16. Prissão
17. Em coma
18. Desconfianças
19. A Carta
20. Namora comigo?
21. Papai?
22. Quero te assumir!
23. A cobra grávida
24. Escolha, agora!
25. Laura
26. Mar morto
Parte 2
2.1 Afogamento
2.2 Trovões e relampagos
2.3 Sonhos/pesadelos
2.5 DNA
2.6 Orfanato
2.7 Segredos
2.8 Último beijo
2.9 Preciso te deixar
2.10 Tio?
2. 11 Casa no campo
2. 12 Padrinho
2. 13 Festa supressa
2.14 O plano
2. 15 Máscaras vão cair
2.16 Inimigo secreto
2.17 Verdades reveladas
Epílogo

2.4 Pedaço de lixo

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By ivanjunior93

Comparecer em um local, conhecido junto com minha família era algo que à muito tempo que não fazia.

Sentando-se à mesa junto com eles era maravilhoso, uma família que eu sempre quis ter, sonhava tanto com isso e agora eu tinha, era como se orfanato não existisse mais.

Peguei-me pesando e imaginado como seria minha vida se eu não tivesse sido jogado naquele lugar horrível. Muita coisa iriam ser diferente, mas tem coisa que fico muito grato por causa daquele disso, que me proporcionou ter entrado nessa família louca e maravilhosa.

Eles não fizeram muitas pergunta sobre onde eu estava, meus pais, a maioria das vezes deixavam eu ir atrás deles para confessar ou pedi conselhos, o que me dava maior liberdade emocional.

Tudo que vivi nesses anos ao lado dessas pessoas serviu como um amadurecimento, expectativa de vida, me fez um sonhador que sempre estava buscando algo ou alguém para conquistar, para ter.

E agora eu tinha tantas decisões a ser tomada, tanta coisa acontecendo em minha vida que há um ano nunca me imaginei nessa situação.

Sair de casa e fui até meu carro, no caminho comecei a lembrar de tudo que ouvir e fiz mais cedo naquele chalé.

O que me fez pensar em Rafael.
Uma coisa sabia, tinha que fazer algo, e o Rafael não merecia nada disso.

Lembrar que eu o trai me deixava mal, mas ia ter que falar tudo para ele. Sabia que estaria dando um ponto final na nossa história, mas não ia ter história se tivesse uma mentira enorme dessa.

Eu o trai, quebrei a pacto de confiança e amor que ele tinha por mim, e iria ter que pagar um preço por isso.

Depois da mensagem que eu recebi mais cedo, resolvi ir embora, arrumei minhas coisas e o Pedro só ficou olhando com aqueles lindos olhos azuis vermelho do choro, quando ele chorava como puder notar nesses dias, o azul que pintava seus olhos se tornava ainda mais ardente e loucamente lindo.

Segurei-me muito para não ir até ele e o abraçar, o confortar, mas iria ser forte, e também aquela mensagem só me fez perceber, que agora não era somente eu que estava em perigo, mas ele também estava. E Deus me livre quem mais corria o risco.

-Por que vai embora agora?

- Preciso resolver minha vida.

Estava dobrando minhas roupas sujas, tínhamos comprando outras na lojinha. Fiquei olhando para minhas roupas.

- O que vai ser agora, Felipe?

- Ah! Se fosse fácil responder essa pergunta.

Falei dando um suspiro longo.

- Eu sei cuidar de mim.

-Você não leu a ameaça? Não têm noção do perigo que é tudo isso?

- Única coisa que tenho noção é que te amo.
Ele falou muito triste abaixando a cabeça.

- Não podemos fazer isso Pedro, agora chegou minha vez de te proteger.

- Você não percebe que não importa o quanto ficamos longe um do outro, sempre vamos voltar.

-Pedro, não é a primeira ameaça dele, você foi embora por causa daquela carta, você tem que ficar longe de mim.

- Impossível isso! Eu voltei para ter você de volta e não importa o preço que irei pagar.

- Você é capaz de perder a sua vida para ficar do meu lado?

- Sim! Sou capaz de tudo por você, eu sei que isso parece uma obsessão, mas eu te amo tanto que fiquei longe de você para te proteger, mas percebi que só ferir e magoei nós dois, agora vai ser diferente, estou aqui para enfrentar tudo por você.

- Não suportaria ter perder de novo. -Falei triste me lembrando de tudo.

- Não vai! Prometo-te, sempre estarei ao seu lado.

Nessa hora eu já estava do lado dele na cama, me segurando mais forte para não o beijar, mas foi em vão, por que ele que me beijou.

Mas criei força que não sei de onde vieram e me afastei dele.

- NÃO!

Gritei afastado ele de mim e pulando na cama e ficando em pé e olhando para o lado da parede, falei.

- Não posso fazer isso, não!

- Para Felipe, por favor!

- Vou resolver minha vida, te perco um tempo, por favor, nesse tempo fique longe de mim, quero saber o que fazer.
Muita coisas mudaram Pedro, não sou mais o mesmo e nada é igual.

- Eu te amarei do mesmo jeito, mas que você quer um tempo, te darei, sempre estarei perto de você.

Ele falou isso saindo do chalé me deixando lá, sentando na cama me sentido desolado.

O que ia ser da minha vida, agora era hora de volta e enfrentar tudo.

Esperei mais alguns minutos, arrumei tudo e paguei o chalé e peguei a estrada, ainda estava cedo e não iria chegar de noite em casa, ainda bem.

Foi direto para minha casa, queria ver Julia e meus pais, há muito tempo não o via, eles ficaram super felizes em me ter no jantar. Mas Julinha estava com uma cara triste.

- Que foi minha vida? -Me ajoelhei ficando na sua altura.

- Nada! -Ela fez biquinho.

- Ela está assim por sua causa Lipe.

- Mãe! Eu mandei você não falar nada.
Ela falou com uma vozinha de garota mimada, querendo chorar.

- Por quê? -Abracei ela de lado e perguntei olhando nos seus olhos.

- Você sabe o porque.

Ela falou dando de ombro.

Felipe- É por que não estou te dando atenção meu amor?

Ela ficou quieta e só abaixou a cabeça começado a chorar, meu coração se cortou no meio, como poderia magoa a pessoinha que eu mais amo. Senti-me péssimo, mas tinha que resolver isso também.
Peguei-a no colo e a levei para seu quarto e conversei com ela.

- Minha princesa, para de chorar, quero fala serio com você, quero que você seja uma mocinha agora.

- Eu sou mocinha, sim. -Ela falou brava.

- O seu irmão está com alguns probleminhas, coisa de adulto, mas na minha vida eu nunca te esqueci, você é a razão de tudo, minha filha, minha irmã, minha vida.

A verdade era essa, eu era um pai para ela, não que eles eram péssimo pais, muito pelo contrario, eram ótimos, mas eles são muito liberais, e sempre deixou nós dois fazemos o que quiser.

Como eu vi morar com eles com 12 anos, já tinha um conceito do certo e do errado. Diferente da Júlia que veio muito novinha, e não sabia nem falar direito, e sabia se desse muito liberdade e a criasse em rédeas solta, não iria dar certo, então ironicamente eu sempre fui o juízo da casa, sempre a coloquei para dormir, fazia a sua mamadeira, ou a sua refeição, ou lembrava a louquinha da Cecília de alimentá-la.

Sei que parece um absurdo, mas meus pais são muito de boa, e também muito esquecido, então Julia pegou uma afeição enorme por mim e eu por ela.

- Olha nunca vou ter deixar, sempre vou estar do seu lado. Se lembra quando a mamãe esqueceu de te dar comida, por que ficou meditado por horas, quem fez uma omelete e queimou o pano que estava no fogão e quase pegou fogo na casa inteira para te dar o que comer?

Ela abriu um sorriso de leve e falou.

- Você.

- Meu amor, desculpe por ter me afastado um pouco de casa, mas eu juro que vou dedicar minha vida a ter servi, minha eterna princesa.

Falei dando uma reverência a ela.

- Bobo.
Ela falou colocada a pequena mãozinha no meu rosto, e aproveitei e fiz cosquinha nela, fazendo ela dar uma gargalhada bem alta.

- Dorme meu anjinho, que amanha eu vou ter levar na escola.

Pisquei para ela e deixei o quarto.

Quando sair, pensei o quanto eu a amava e vi que eu poderia ser um pai sim, mas agora estava tudo desfeito, eu tinha que conversar com Rafael e não podia deixar para amanha, sair de casa e fui até a sua casa.

Bati na porta, mesmo eu tendo a chave me sentir um estranho de entrar sem o chamar.

Espero uns minutos e alguém abre a porta para mim. Mas levei um leve susto ao ver que a pessoa que atendeu não era o Rafael.

- Perdão, quem é a senhora?

- Te faço a mesma pergunta garoto.

Quando eu ia falar a palavra namorado do Rafael, ele aparece na porta.

- Desculpe minha mãe, Felipe, ela é desse jeito mesmo, muito desconfiava.

Ele falou olhando de canto de olho para sua mãe em desaprovação. Mas espera um minuto, mãe?

Ai me toquei quem era aquela jovem senhora, devia ter uns 50 anos, apesar dessa idade era muito bem cuidada, muito bonita a senhora, e tinha um ar de ser muito rica e esnobe, para falar a verdade, não gostei dela de primeira vista, ela me lembrou um pouco da Laura, o que não me permiti pensar sobre Laura, ela não estar mas presente em nossa vida.

Quebrando o silencio o Rafael fala.

- Felipe essa é minha mãe Marta, e mãe esse é, bem, meu namorado, Felipe.

Nessa hora meu queixo caiu no chão, como assim ele tinha contando para ela sobre o nosso namoro? Fiquei muito vermelho, e ele percebeu e deu uma risadinha de leve.

- É, desculpe Felipe, prazer em te conhecer.
Ela falou estendendo a mão e dando um sorrisinho falso, senti que ela não estava feliz com minha presença e muito menos eu com a dela.

- Que isso dona Marta, prazer é todo meu.

Falei retribuindo o seu sorriso falso.

O clima estava tenso, e olhei para Rafael, que entendeu o recado.

- Mãe, cuida do Junior que eu e o Felipe vamos dar uma volta.

Ela não falou nada, somente virou e foi embora. E nos formos para meu carro.
Paramos em um jardim perto da casa dele, queria conversar com ele e lá ia ser o lugar. Sentamos em um banco bem longe de tudo, parecia que ninguém passava lá fazia anos, o que deixou bem fácil para ele me atacar.

Ele me beijo e correspondi no começo, mas já para o final lembrei o motivo na conversa, mas não sabia por onde começar e resolvi pergunta primeiro sobre o que tinha acabado de acontecer.

- Como assim sua mãe sabe de nós?

Ele olhou para mim com aquele sorrisinho bobo e lindo dele e falou.

- Uma hora ela ia saber, meu pai ainda não sabe, mas é questão de tempo.

- Me conta tudo!

- Você fica mais lindo quando está curioso.
Eu meio que corei de vergonha e ele continuou.

- Eu pensei muito nisso, e depois que te pedi em casamento e tudo que aconteceu com Laura e o bebê, resolvi que tinha que ia dar um rumo em minha vida. Chamei minha mãe para vir me ajudar cuidar do Junior e nisso eu contei para ela sobre nós.

- Como ela reagiu?

- No começo ela se assustou bastante, e ficou muda, mas ai expliquei quem era você e como te conheci, e ela falou que não era escolha dela o que eu queria ser, que não estava feliz, mas já que eu quis isso, ela teria que aceitar. Mas depois de ter chorando um monte e perguntando um trilhão de vezes que eu tinha certeza disso.

Ele falou abrindo um sorriso lindo, que iluminou meus olhos e só deu vontade de beijá-lo de novo.
E nessa hora percebo o quanto eu sou burro, ele era perfeito, queria ter uma vida comigo, e assumir para as pessoas que ele o que tinha mais medo de revelar, alias só para a mãe dele, mas como ele falou, em breve seu pai também iria saber.

Senti-me enojando de magoar ele, mas para o bem de nós dois, teria que contar a verdade. Mas comecei a chorar como de costume primeiro.

Ele se desesperou e toda hora me perguntava, o por que que eu estava assim.

Quando meu choro parou um pouco decidir acabar com a aflição logo.

- O que vou te contar Rafa, não sei mais o que seremos quando eu terminar, só que quero deixar claro que eu te amo e o que fiz foi sem pensar.

Ele só me fitava com os olhos, me deixando um pouco desconfortável pela sua reação.

Fechei os olhos e as palavras saíram tão rápido de minha boca que nem sabia se tinha contando tudo, e que ele iria entender o que eu falava.

-O Pedro voltou e eu fiquei com ele.

Abaixei a cabeça e esperei a sua reação que foi algo que não aconteceu, ele ficou parado olhando para a lua que estava linda, aquilo me assustou muito, queria que ele me batesse, me xingasse ou sei lá o que, mas somente ficou parado sem falar ou fazer nada.

E isso foi pior que todas as reações que ele poderia ter.

- Me perdoa, por favor, eu fiz burrada, eu estou arrependido, e você é o cara perfeito, mas não sei o que fazer, to confuso.

E nessa hora ele virou seu rosto e me olha, senti a raiva naqueles olhos, apesar de suas palavras saírem lentamente e frias.

- Só tenho uma coisa para te falar! Eu estou decepcionado com você. Para mim chega, cansei disso. Cansei desse amor idiota que sinto por você, eu até poderia aceitar a sua traição, mas agora parece que você não quer que eu aceitei, que já escolheu com quem ficar, então estou caindo fora, boa sorte para vocês.

E ele saiu e foi embora, me deixado como um pedaço de lixo ali sentando naquele banco, agora era eu que não tinha palavras, apenas pude chorar e muito.

Continua...

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