3. Pensamentos

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Então aconteceu nossa primeira vez, nunca me senti tão feliz assim, era estranho, dois meninos fazendo algo que os adultos fazia, doeu um pouco, mas logo passou e se tornou prazeroso.
Ele no começo ficou sem jeito, não sabia exatamente o que fazer. Logo ele começou a bombar forte e gozou, me chupando em seguida e meu gozo veio e ele engoliu.
Deitei de novo do lado dele, só que agora sentia uma sensação muito boa, por te-lo ali, mas na hora me vem um pressentimento de que tudo isso estava preste a acabar.
A como eu queria estar errado, mas não estava, aquilo ia acabou muito mais cedo do que eu esperava.
No outro dia sou acordado por Ana, como eu disse, ela era a coordenadora pedagoga do orfanato, mas era uma amiga, irmã, mãe e uma confidente minha, nos éramos e somos muito apegados um no outro.
Ela tinha 1,73 de altura, morena clara, cabelos pretos e liso, usava o cabelo amarrado para trás, deixando assim os ombros descoberto. Apesar de ser muito linda, Ana não se cuidava muito, na época tinha 27 anos, mas tinha aparência de 40 anos, aquele orfanato, o Diretor João, e os órfãos estressavam muito ela, podia jurar que se olhar de perto ia notar alguns fios de cabelos brancos.
Até hoje eu não tinha entendido por que ela ainda trabalhava naquele orfanato, eu sempre perguntei isso para ela, mas falava que aquela era a única casa que ela tinha e o assunto morria, aquilo mexia muito com ela.
Depois que fui adotado, sempre se encontramos, nunca mas voltei naquele orfanato, mas ela sempre ia em casa, minha família adorava ela (quem minha família não gostava? eles tem um conceito de que todo mundo é bom,  e as pessoas más era por que não tiveram chance melhores na vida).

Então ela no lado da minha cama fala.
-Feh, acorda meu amor, tenho que te falar uma coisa.
Abro meus olhos e vejo o rosto e os olhos de preocupação de Ana e logo me desperto totalmente do meu sono e fico com medo do que ela ia dizer.
-Oi! O que aconteceu? -Eu falo quase entrando em pânico, já tinha sumido  todas as cores do meu rosto, passando de vermelho, amarelo e agora branco, me sentir enjoado.
Olhei em volta para ver ser via Rafael, e la estava ele com aquela cara de anjo, dormindo um sono muito bom e fiquei mais aliviado.
Ela me olha e fala.
-Calma lipe, não precisa fica assim, parece que você vai ter um infarto.
Eu fiquei quieto e vejo que não precisava mesmo ta assim, mas na noite passada quando eu e Rafael terminamos o nosso ato, eu cair no chão olhando para o teto cheio de teia de aranha, sentia uma coisa ruim, um medo de perder ele, perder tudo.
Então ela volta à falar.
- O que eu vou ter dizer, quero que você ouça e não tenha medo, vai ser para o seu bem.
Pronto, nada do que ela tinha que me dizer seria bom, eu logo sinto meu rosto queimar e começo à chorar.
-Felipe me ouve, você vai ser adotado.
Então uma angústia tão grande me faz acordar, o professor estava se apresentando, estava ainda perdido nas lembranças, percebo que estava preste  à chora. Que bom, além de azarado, desastrado era também era um chorão.
Mas algo me deixa ainda mais perturbado, será que não era possível essa pessoa me deixa em paz?
- E ai fera? Acho que vamos estudar na mesma sala.
Ele tinha entrando pela porta e tinha me visto e se sentou na cadeira de trás da minha. Ele estava de novo com aquele sorriso e os olhos que me queimava por dentro.
Então ele percebe que eu não respondo nada e meus olhos cheios de lagrimas e pergunta.
-Você ta bem fera?
Não eu não estava, o que tinha feito para merecer isso, era muita coisa para um dia só, eu não aguentei e eu sair correndo daquela sala, com tudo mundo me olhando e deixando Pedro com uma cara de que não estava entendendo nada.
Eu sai correndo, sem olhar para nenhum obstáculo na minha frente, eu sei que pelo jeito que sou iria cai de novo, mas Deus pelo menos uma vez viu meu estado e não colocou nada na minha frente.
E até que parei em um lugar muito diferente daquele ambiente de faculdade, era um jardim fora da faculdade, ele tinha várias flores, cada uma mais bela que a outra, tinha uns bancos e várias árvores, era um local gostoso e calmo para ficar, lembrava um pouco o ambiente de casa.
Estava muito ofegante pela corrida, sento em um banco e encosto a cabeça nos meus joelhos, começo a chora igual uma criança, sorte que não passava ninguém, todos deviam está na sala de aula, não ligo e choro.
Até que sinto alguém sentar do meu lado, eu sabia quem era, somente fiquei ali abaixado e tentando parar de chora, era algo incontrolável, lembra do Rafael, daquela vida minha no orfanato, tudo isso era meu ponto fraco.
Ele ficou quieto e sinto que ele apenas ficou olhando para longe, pensando em algo que eu não sei dizer, estranhamente me sentir bem, apesar do nervosismo e da vergonha, era algo confortável ter ele ali.
Eu tinha sim sido apaixonado pelo Rafael quando era mais novo, mas como eu era um inocente, sempre achei que aquele sentimento era por que nos éramos muito amigos.
Paro de chora quando escuto uma voz rouca e grossa cantarola uma musica que até hoje eu me lembro.
Vivemos esperando
O dia em que seremos melhores
Melhores no Amor
Melhores na Dor
Melhores em Tudo
Vivemos esperando
O dia em que seremos
para sempre
Vivemos esperando
Dias Melhores pra sempre
Dias Melhores pra sempre

Como aquela música era linda, eu adorava Jota Quest e na época fazia muito sucesso.
Não sei se ele cantou aquela musica para mim, ou para passar o tempo, mas sei que como cantor ele era um ótimo trator derrubador de ser humano, não que ele tinha uma voz feia, era linda, mas era desafinado, começo a rir.
-A você chora e rir ao mesmo tempo?
-Desculpe, mas você canta muito mal.
- Ah! obrigado, quando eu largo a carreira de advogado e vira um cantor famoso vou lembrar desse seu comentário.
Rimos junto, minhas lagrimas tinham secado já, como podemos conhecer alguém há tão pouco tempo e ter tanta intimidade assim?
Claro batemos duas vezes de frente e ainda ele me viu chorar, acho que já tínhamos intimidade.
- Ta bom! Espero que quando você se famoso não atropele seus fãs.
Falei rindo mais ainda.
-Pode deixar, você vai ser o único fã que faço questão de atropelar.
Fiquei meio sem graça com aquele comentário, não tinha entendido a mensagem oculta que tinha naquela frase, eu era muito lerdo.
Mas esqueci disso e fico quieto, mudei minha feição de novo.
- Olha cara, eu não sei o que ta acontecendo com você, mas gostei muito de ti, se você quiser falar, desabafa comigo, fica a vontade. Sei que é cedo para isso, mas to vendo que ta precisando falar com alguém.
Ele era a última pessoa que queria falar essas coisas, ele estava no meio disso tudo, se não tivesse conhecido ele não ia sentir o que eu tava sentindo, ou ia, sei lá o que pensar dele.
-Pedro, seu nome né?
Ele assentiu e eu continuei.
- Não é algo que preciso falar e sim que pensar, aconteceram algumas coisas, e eu só preciso de um momento para colocar em ordem meus pensamentos.
Ele me olhou e sentir um ar de desapontamento no seu rosto, então ele fala.
- Então vou te deixar sozinho para pensar. -Ele estava se levantando para e embora e eu falo.
- Você entendeu errado, não estava te mandando embora, estava falando que eu preciso pensar, mas eu não iria conseguir fazer isso aqui mesmo.
Ele me olha e vejo uma alegria escondida por trás daqueles dois lindos.
Como ele poderia ser tão perfeito, ali sentando na minha frente pude reparar ainda mais naquela beleza, cabelos de um tom loiro bem escuro, corpo muito grande, quando ria aparecia covinhas nas bochechas.
Então ele fala com um sorriso do canto da boca.
Pedro- Então já que você quer minha magnífica presença aqui, eu fico.
Eu não pude evita de rir de novo, apesar de achar uma arrogância e convencimento naquela frase, ele era muito cômico.
- Você precisa de um gole de humildade, não acha?
- Não, eu preciso de um gole de outra coisa, vem comigo.
Ele me puxou e me levou longe do jardim, para onde será que ele tava me levando?

Continua....

A vida de um órfão  (Romance gay) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora