2.4 Pedaço de lixo

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Comparecer em um local, conhecido junto com minha família era algo que à muito tempo que não fazia.

Sentando-se à mesa junto com eles era maravilhoso, uma família que eu sempre quis ter, sonhava tanto com isso e agora eu tinha, era como se orfanato não existisse mais.

Peguei-me pesando e imaginado como seria minha vida se eu não tivesse sido jogado naquele lugar horrível. Muita coisa iriam ser diferente, mas tem coisa que fico muito grato por causa daquele disso, que me proporcionou ter entrado nessa família louca e maravilhosa.

Eles não fizeram muitas pergunta sobre onde eu estava, meus pais, a maioria das vezes deixavam eu ir atrás deles para confessar ou pedi conselhos, o que me dava maior liberdade emocional.

Tudo que vivi nesses anos ao lado dessas pessoas serviu como um amadurecimento, expectativa de vida, me fez um sonhador que sempre estava buscando algo ou alguém para conquistar, para ter.

E agora eu tinha tantas decisões a ser tomada, tanta coisa acontecendo em minha vida que há um ano nunca me imaginei nessa situação.

Sair de casa e fui até meu carro, no caminho comecei a lembrar de tudo que ouvir e fiz mais cedo naquele chalé.

O que me fez pensar em Rafael.
Uma coisa sabia, tinha que fazer algo, e o Rafael não merecia nada disso.

Lembrar que eu o trai me deixava mal, mas ia ter que falar tudo para ele. Sabia que estaria dando um ponto final na nossa história, mas não ia ter história se tivesse uma mentira enorme dessa.

Eu o trai, quebrei a pacto de confiança e amor que ele tinha por mim, e iria ter que pagar um preço por isso.

Depois da mensagem que eu recebi mais cedo, resolvi ir embora, arrumei minhas coisas e o Pedro só ficou olhando com aqueles lindos olhos azuis vermelho do choro, quando ele chorava como puder notar nesses dias, o azul que pintava seus olhos se tornava ainda mais ardente e loucamente lindo.

Segurei-me muito para não ir até ele e o abraçar, o confortar, mas iria ser forte, e também aquela mensagem só me fez perceber, que agora não era somente eu que estava em perigo, mas ele também estava. E Deus me livre quem mais corria o risco.

-Por que vai embora agora?

- Preciso resolver minha vida.

Estava dobrando minhas roupas sujas, tínhamos comprando outras na lojinha. Fiquei olhando para minhas roupas.

- O que vai ser agora, Felipe?

- Ah! Se fosse fácil responder essa pergunta.

Falei dando um suspiro longo.

- Eu sei cuidar de mim.

-Você não leu a ameaça? Não têm noção do perigo que é tudo isso?

- Única coisa que tenho noção é que te amo.
Ele falou muito triste abaixando a cabeça.

- Não podemos fazer isso Pedro, agora chegou minha vez de te proteger.

- Você não percebe que não importa o quanto ficamos longe um do outro, sempre vamos voltar.

-Pedro, não é a primeira ameaça dele, você foi embora por causa daquela carta, você tem que ficar longe de mim.

- Impossível isso! Eu voltei para ter você de volta e não importa o preço que irei pagar.

- Você é capaz de perder a sua vida para ficar do meu lado?

- Sim! Sou capaz de tudo por você, eu sei que isso parece uma obsessão, mas eu te amo tanto que fiquei longe de você para te proteger, mas percebi que só ferir e magoei nós dois, agora vai ser diferente, estou aqui para enfrentar tudo por você.

A vida de um órfão  (Romance gay) Onde as histórias ganham vida. Descobre agora