Bad Idea • PJM

By truepam_

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• Bad Idea • Versão Adaptada • Era o primeiro ano de Júlia Parker em sua nova vida universitária. E... More

[ ᴅʀᴇᴀᴍᴄᴀsᴛ ]
[ ɴᴏᴛᴇ ]
ᴘʀɪᴍᴇɪʀᴀ ᴘᴀʀᴛᴇ
1. ᴜɴɪɴᴛᴇɴᴛɪᴏɴᴀʟʟʏ
2. ᴀᴘ
4. ғʀɪᴇɴᴅs
5. ᴄᴀsᴜᴀʟ
6. ғʀᴇsʜᴍᴀɴ
7. 80s
8. ʀᴏsᴇ ǫᴜᴀʀᴛᴢ
9. ᴜɴᴜsᴜᴀʟ
10. ᴍᴇ ɴᴇɪᴛʜᴇʀ
sᴇɢᴜɴᴅᴀ ᴘᴀʀᴛᴇ
11. ᴅɪsᴍɪss
12. sᴜʀᴘʀɪsᴇ
13. ᴅᴏ
14. ᴇx-ғʀɪᴇɴᴅ
15. sᴜᴘᴇʀ ʙʀᴏ
16. ᴘʀᴏᴍ
17. ᴍᴏᴛɪᴠᴇ
18. ᴛʀʏ ᴛᴏ sᴇᴇ
19. ʟɪᴛᴛʟᴇ ʟɪᴇ
20. ғᴀᴋᴇ ᴅᴀᴛɪɴɢ
ᴛᴇʀᴄᴇɪʀᴀ ᴘᴀʀᴛᴇ
21. ʜᴇɪʀ
22. ᴀs ɪᴛ ᴡᴀs
23. ɪɴ ʜᴇʀs
24. ғᴇᴇʟɪɴɢ
25. ᴛʀᴜᴇ
26. ɪᴍᴘᴇᴅᴇᴅ
27. ᴀᴄᴄɪᴅᴇɴᴛ
28. ғᴇᴀʀ
29. ᴄᴏᴍᴍᴀ
30. Oɴ ᴛʜᴇ ᴇᴅɢᴇ
ǫᴜᴀʀᴛᴀ ᴘᴀʀᴛᴇ
31. ɪɴ ʜᴀʟғ
32. ᴛᴏ ʙᴇ ʏᴏᴜʀs
33. ᴅᴏɴ'ᴛ ʟᴇᴛ ʏᴏᴜʀ ɢᴜᴀʀᴅ ᴅᴏᴡɴ

3. ɪ

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By truepam_

"Eu não quero amigas de lancheira, não, eu quero alguém que me entenda..."

Lunchbox Friends - Melanie Martinez




O dia estava perfeito para se dar bem na vida. Eu havia passado a noite anterior terminando a ficha de inscrição para a AP. E foi uma dor de cabeça. Depois de terminar, fiquei sabendo que ainda vai ter um teste de aptidão. Sabe quantas vezes isso já aconteceu comigo? Duas vezes. Uma, quando quis entrar numa aula de balé aos doze anos e no primeiro dia torci o pé, e duas, quando cantei para um teste de teatro no terceiro ano e tive crise de riso ao ver que a peruca do Sr. Lee estava caindo.

Bons dias... Tirando o fato de eu ter ficado traumatizada, tudo bem. Mas depois dessas coisas, nunca mais consegui ter uma vida quase que normal, as crises de risos em momentos inoportunos continuaram.

Assim que cheguei, caminhei para a sala de música que fica no último prédio do campus. E lá estavam todos reunidos. Todos, real.

Havia uma multidão de pessoas — a maioria mulheres, na minha faixa de idade 19 a 22 anos. Algumas usavam até uma espécie de "senha de entrada", pareciam ser dadas apenas às pessoas em processos seletivos.

Se soubesse que ia me dar tanta dor de cabeça, não começava.

Um pouco mais à frente, estava Jungkook e os seus outros amigos, e com eles também estavam algumas garotas, incluindo Lisa e Rosé — que fazem parte do grupo Golden da AP. Entrei na fila — se é que eu poderia chamar aquilo de fila.

Não demorou muito para Lisa me ver, mas não, ela não veio sozinha, Jungkook estava com ela.

— E não é que ela veio mesmo?! — ele brincou.

Era absurdamente surreal que aquele garoto fosse tão gentil, tão legal e supreendentemente bonito. E suas roupas, ah...

Ele parecia sair de uma revista futurística de looks góticos, e-boy, tatuado e cheio de piercings na orelha.

Pisquei algumas vezes, sem acreditar.

— Ah! Sim. Claro que vim. — Olhei para as pessoas ao redor. — Não é todos os dias que vemos isso acontecer.

Real. — O alto cruzou os braços. — Eu garanto a você que nem metade dessas pessoas entrarão.

— Por quê? — perguntei rápido, olhando para Lisa e para ele.

— Temos apenas onze vagas. Cinco para o grupo C, cinco para o grupo B e uma para o grupo A — Lisa respondeu, estava com um olhar meio triste. Ela olhou para Jungkook e em seguida para mim. — Nem a metade dessas pessoas querem mesmo algo com a arte. Estão aqui na esperança de entrar para o A.

—  Não tem como saber. Elas parecem bem interessadas...

— Não — Jungkook me interrompeu. — Gata, essas pessoas querem entrar para o grupo A, por causa da gente. Querem ter influência sobre algo na KIU — ele riu, provavelmente por causa da minha cara de pão. — Não pense que estou me gabando.

— Você está — a morena ao seu lado concordou e ele riu. — É complicado pra você entender isso agora, Jay. Mas esse tapado está certo.

— Okay... agora estou assustada — rimos.

— Pode me dar isso. Você é VIP na fila. — Jeon pegou a folha em minha mão, dando uma piscadinha.

Isso era para ser o quê? Um flerte? Júlia, para de ver coisas inexistentes.

— Você tinha que ver, ela estava hipnotizada no J.K. — E lá estava Lisa novamente, me expondo para Roseanne.

— Eu só estava prestando atenção no que ele estava falando — defendi-me.

A morena me olhou de cima a baixo, debochando da minha mentira esfarrapada.

— Aposto que esqueceu que eu estava lá. AH! Foi isso! — É normal eu me sentir mal com isso? — Ele é mesmo um gato, então vou deixar passar essa.

Depois da aula, eu e as meninas decidimos fazer uma festa do pijama. Eu que já não sou de ter muitas amigas, adorei a ideia — e vamos fingir que não mandei mensagem para meu pai perguntando se era uma boa ideia. Eu fiz isso.

Estávamos sentadas no chão da sala, bebendo e comendo salgadinhos enquanto uma música baixa tocava no celular da loirinha.

— Então, quer dizer que você gosta do Jeon? — Rosé questionou, com um sorriso suspeito.

— Gente, não tem como gostar de uma pessoa assim tão rápido — retruquei.

Lisa revirou os olhos.

— Eu não perguntei se estava apaixonada, sua boba — a loira riu. — Você sabe ao que me referi.

Eita, eu não sei não.

— Você é lerda, hein! — A de cabelos escuros pôs mais soju no copo e deu um gole que acabou com o copo. — Ela perguntou se você acha ele gostoso.

Engoli em seco. Imediatamente, Rosé encarou Lisa.

— Okay... O que isso quer dizer? — Essa foi a minha vez de descer o soju. — Vocês vão dizer o que agora?

— Você não vê "maldade" no Jeon, então aqui vemos uma anomalia — a morena soltou.

— Não é porque vocês veem, que eu tenho que ver.

— Jay, sabemos que você o acha um gato, não precisa mentir. Não vamos falar nada pra ele. Aliás, no meu caso é impossível porque não falo com nenhum dos garotos. Já ela... — A loira olhou para a amiga. — Ela eu já não posso garantir que vai guardar segredo.

— Segredo do que gente?! — Respirou fundo. — Isso é normal. Se você quiser ficar com ele, Jay, é só me pedir para...

Tô fora — respondi, fazendo Rosé gargalhar.

— Mulher, você é lésbica? — Arregalei os olhos no mesmo instante que Lisa m direcionou a pergunta.

— Não. — Gente... — Não que eu saiba.

As duas riram.

— Você já...? — foi Rosé que perguntou dessa vez.

E eu sei sobre o que elas estão falando. Não sou tão tapada assim. E não, nunca aconteceu comigo. Eu sou meio traumatizada com o sexo, sabe? Fobia de vucuvucar. Diferente de algumas pessoas, eu sou o tipo que pensa em achar uma pessoa certa e tals, aquele papo antigo de estar preparada. Mas a quem quero enganar? Nunca nem tive coragem de tentar.

— Não — respondi. — Vocês já...?

Com apenas a olhada de Lalisa, eu já havia entendido. Ela provavelmente não era mais virgem.

— Eu também nunca. — Rosé abaixou a cabeça, corada. — Nunca tive coragem...

Lisa gargalhou.

— Vocês são duas bobinhas. É muito bom. Mas... — Lá vem. — Você pegaria o Jeon, Jay?

Oh menina chata!

— Cara, se você está me perguntando se eu transaria com ele. Sim. Eu até tentaria alguma coisa com ele — contei.

— Ora, isso não seria possível, Jay. — A morena desceu mais um shot de soju. — Jeon não é esse tipo de cara. Ele é um vagabundo.

Belo jeito para se chamar um amigo, vou aderir.

— Ela está certa — Rosé completou. — Ele já até namorou uma vez. Mas foi um caos total. A ex dele, a Jennie Kim também não fez diferente, fez e ainda faz da vida dele um inferno. Ela é uma lenda.

— Uma lenda real — Lisa concordou. — Se você entrar pro grupo principal da AP, você irá conhecê-la.

Agora não sei se fico aterrorizada ou feliz por talvez conhecer a lenda.

— Me conte mais — pedi, me interessando na merda. Claro, nada melhor do que se preparar com antecedência, para se caso venha acontecer.

— Mas como tudo tem como piorar. Ela é a melhor amiga do Park Jimin. Vivem pra cima e pra baixo juntos. Eles são apelidados de Lilith e Lúcifer. — As duas pareciam estar se divertindo com a minha cara. — Fica de boa, eles não matam — Rosé completou.

Não sei quem são, mas provavelmente adorarei manter distância.

O dia estava lindo. O céu aberto de primavera, um friozinho delicioso. E três garotas com uma enxaqueca. Perfeito. Eu havia, finalmente, concluído uma das minhas maiores metas de vida. Ter amigas.

Durante a minha infância, eu não era muito social, tampouco falava com as crianças da minha idade. Eu era bem inteligente e bem introvertida. Para mim, os melhores lugares eram os que não tinham pessoas barulhentas. Eu fui assim até completar meus doze anos.

Todos da família achavam que eu tinha algum problema específico. Mas não, eu só era uma criança mais solitária.

Algumas crianças até me perguntavam como era ter sido criada apenas por meu pai. E eu respondia que havia sido totalmente normal. Mas ainda sim, eu sentia falta de ter uma mãe, que me abraçasse e me apoiasse.

O momento em que mais precisei foi durante a minha adolescência. Quando meu corpo foi mudando, quando menstruei, quando beijei pela primeira vez... Eu não tinha uma mãe para me ajudar com isso, como quase todo adolescente normal.

No entanto, nunca me faltou nada do meu pai. Por incrível que pareça, ele me ajudou em tudo, conversando comigo abertamente sobre tudo o que eu tinha dúvida e eu não tinha vergonha, ele era a única pessoa que eu tinha. Meu pai nunca faltou nisso, ele fez o papel de dois na minha vida, mas ainda que tentasse, havia coisas que não se consegue mudar.

Demorou um tempo — no ensino médio —, até que eu fizesse as minhas primeiras amizades. Nada que eu me arrependa. Foi também no ensino médio que descobri que comecei a receber muitos elogios e presentes.

Eu nunca fui um padrão, pelas minhas características orientais, pelo meu corpo, pelo meu cabelo, mas nada disso mudava o fato de eu ser eu. Eu decidi ser o melhor de mim, a cada dia que passava.

Arrumamo-nos e fomos para a cafeteria mais próxima. Era essa a primeira meta de amigas — tomar frapuccinos antes das aulas. Caminhei até o caixa para fazer o pedido enquanto as duas se sentavam em uma mesa um pouco distante dali.

— Ora, ora, ora, quem está aqui! — Eu reconheceria aquela voz a qualquer distância, pois era a voz dele. — Parece que ainda vamos nos ver bastante.

Fala alguma coisa, Júlia.

— É claro — ri, querendo enfiar minha cara num buraco. — É bom te ver por aqui.

Ele deu um sorriso lindo, que o fez mostrar seus dentes.

— Vai ter uma festa em um bar aqui perto, no sábado. — Ele arrumou o cabelo para trás. — Se você quiser vir comigo...

— Sim! — Merda. — Não sei... eu...

— Jeon Jungkook. — Uma voz feminina soletrou lentamente o nome dele, vindo atrás de mim. — Flertando a essa hora da manhã?

Uma mulher elegante o suficiente para ser podre de rica parou do meu lado. O batom vermelho nos lábios dela me deixava levemente hipnotizada e seu perfume era cítrico e doce, eu jamais esqueceria aquele cheiro, de perfume caro.

A mulher me encarou sem nenhuma expressão e se voltou a Jeon.

— Ela é a próxima sofredora? — Jeon gargalhou, e frio como gelo fechou o sorriso.

— Jennie. Não é hora. — Eita, eu conheço esse nome... — Desculpa, Júlia, essa é a minha ex. Jennie Kim.

Sem nem me esperar reagir, a mulher seguiu o caminho, sem se importar.

Então, como é que reseta o dia?

Nota da Autora:

Oi, meus amores!

Mais uma atualização, gratidão!

Espero que estejam gostando, sério, esses dias ando um pouco insegura com a minha escrita, e pra mim, é de extrema importância que vocês estejam gostando. Então se estão gostando, comentem para mim saber, e votem. Eu estarei sentindo o amor de vocês de longe.

Mais uma vez, Sou muito grata por cada um de vocês, por todo carinho e paciência.


Com todo amor do mundo todinho...

PAM

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