"A vida é curta e, no fim das contas, não há nada mais importante que a família."
— Supergirl
Wesley
Depois que ouvi como Vladimir conheceu a Helena fiquei pensando o quanto o pai dela foi desprezível me lembrava um pouco o meu.
Não chegava a esse ponto, mas quando ele se separou da minha mãe descontava em mim como se fosse minha culpa. Não quero perder minha mãe, ela é a única que me ama de verdade, tenho medo de perdê-la. Acabei dormindo com esses pensamentos.
No dia seguinte....
Acordei com meu celular tocando era número de telefone fixo atendi olhando a hora que eram 6:10 em ponto.
— Oie bom dia, me desculpe te acordar tão cedo, mas aqui é do Hospital Bom Jesus — falou a voz de mulher.
— Ah sim, minha mãe estava aí — falei me recordando.
— Sua mãe e a senhora Eva, né? Então liguei para avisar que o doutor Marcos não vai poder fazer cirurgia dela então por ser um pouco grave sugiro transferi-la para outro hospital — falou.
— Entendi, obrigada, estou indo até aí — falei.
Mandei uma mensagem para Helena, fui tomar um banho demorado e fui tomar café da manhã. Deixei todas as instruções com a empregada.
Precisava colocar meu orgulho de lado e ir pedir ajuda a família do Téo, mas específico o pai dele que tinha uma grande clínica.
Mesmo ainda não tendo completado 18 anos, sou responsável por minha mãe e sei o que é bom ou não pra ela.
Com as mãos trêmulas liguei para Téo que atendeu no terceiro toque estava quase desistindo.
— Wesley? — perguntou incrédulo.
— Sim, sou eu Téo liguei porque preciso urgentemente falar com o seu pai — respondi indo direto ao ponto.
— Porquê? O que aconteceu? — perguntou curioso.
— Minha mãe irá fazer uma cirurgia de coração e como sei que a clínica do seu pai é a melhor — expliquei.
— Pode passar sua mãe pra lá, resolvo tudo pra você — falou.
— Obrigado — agradeci.
— Não precisa agradecer, até logo — falou
— Até — falei desligando a ligação.
Fui em direção ao hospital cuidar de toda a papelada.
Helena
Acordei eram umas 10 horas da manhã, nunca dormi tanto na vida. Mesmo não tendo bebido ontem estou com um pouco de dor de cabeça ontem foi uma noite tão louca.
Fiquei sem ação ao ver que Vladimir é amigo do Wesley e do Luan e me sinto cercada por ambos os lados.
Parei de pensar nisso ainda tinha que trabalhar então peguei meu celular pra mandar uma mensagem ao meu chefe explicando a minha demora, mas vi que havia uma mensagem dele.
[10/8 06:22] Bonequinho (Chefe ): Oie Hel, bom dia, só passei pra avisar que hoje não precisa trabalhar na parte da manhã irei cuidar das papeladas do hospital.
[10/8 10: 05] Bonequinho (Chefe ): Acordou agora?
[10/8 10 :06] Helana Steves : Sim, estou cansada demais.
[10/8 10:06] Bonequinho (Chefe) : Queria dormir até tarde hoje, mas o hospital ligou, quando for 2 horas irei à sua casa.
[10/8 10 :08] Helana Steves : Porque?
[10/8 10:09] Bonequinho (Chefe) : irei te explicar depois até mais tarde beijos.
[10/8 10 :09] Helana Steves : beijos.
Tomei um banho rápido vestindo apenas um vestido fresquinho laranja-claro amarrei meus cabelos num coque firme.
Quando fui tomar café da manhã vi que estava tudo pronto, mas me surpreendi. Luan estava vestindo seu terno cinza e bebendo uma chácara de café.
— Que milagre é esse? — perguntei.
— Só quero saber da sua história com o Vladimir — respondeu.
— Irei contar — falei respirando fundo.
6 anos atrás....
Depois de uns dias que meu pai havia me apresentado o seu amigo Vladimir. Do nada ele começou a frequentar a minha casa com frequência.
Não entendia muito bem o que estava acontecendo, apenas que era estranho os olhares dele em cima de mim.
Não era um olhar como os clientes da minha mãe de vez em quando lançava em mim e sim um olhar de pena. Estava voltando do colégio no caminho de sempre, hoje meu amigo faltou, parece que estava doente.
Andava despreocupada pelas ruas e cantava uma música qualquer infantil até que sinto um braço forte me puxando para um beco. Olho e vejo que é Vladimir que ria alto do meu estado.
— Está louco? — perguntei irritada.
— Não só vim te avisar que não irá morar mais com seus pais — respondeu calmo.
— Como assim? Porquê? — perguntei.
—Realmente gosta de morar com os seus pais? — me perguntou apenas abaixei a cabeça — Apenas seja sincera comigo — pediu.
— Não gosto muito da situação que vivo, preferia estar com os meu avô infelizmente ele não pode cuidar de mim — contei abalada.
— Comigo você pode ter tudo que sempre quis e muito mais apenas case comigo — propôs me olhando sério.
— Mais eu..... — falei tentando formular as palavras, mas ele me interrompeu.
— Olha irei cuidar de você, não tenha medo dos homens que vão na sua casa te olhar estranho comigo ninguém nunca tentará ou encostar em você — falou, tentando confortá-la.
Naquele momento aquela proposta era boa precisava sair daquela casa.
— Mas o que quer em troca? — perguntei desconfiada.
— Que brinque de casinha comigo — falou o olhei confusa — Quero ter um motivo para não voltar pra aquele maldito internato até acabar completando 18 anos e serei dono do meu nariz — explicou — Depois disso nos divorciamos você segue a minha vida e eu a minha — sugeriu — Mas se caso nos apaixonamos vamos ver no que vai dar — falei.
— Meio impossível me apaixonar por você — falei fazendo uma careta.
— Por que não sou bonito pra você? — perguntou curioso.
— Não é isso, você não é o tipo de cara que costuma chamar a minha atenção — respondeu sem jeito.
— Entendi — falei compreendo a situação — E então temos um contato? — perguntou.
— Temos sim — respondeu apertando a minha mão.
Atualmente....
— Então tudo começou como um simples contrato — falou.
— Sim, infelizmente acabei me apaixonando por ele e deu no que deu — falei arrependida — Única coisa boa do nosso relacionamento foi a Heloísa — falei pondo um sorriso falso no rosto.
— Queria ficar aqui e conversar mais — falou um pouco magoado — Agora tenho que ir, tenho uma reunião de negócios — falou fazendo careta.
Achei estranho já que ele nunca vai em reuniões.
— Boa sorte deixarei o almoço pronto — falei.
— Não precisa ser um almoço de negócio até mais tarde — falou dando um beijo na minha testa e saindo.