"Acredito que há sempre algo bom para aprender nas situações. Mesmo as ruins. Eu acho que constrói caráter."
— Anne with an E
Wesley
Sai da empresa, desolado estava com tanta raiva fui até o asilo andando mesmo pra ver se esfriava a cabeça.
Pra minha sorte, sr. Francisco estava no jardim cuidando das plantas.
— Garoto, o que aconteceu? Está com uma cara — perguntou preocupado.
— Meu pai foi na empresa jogando tudo de errado que fiz na minha cara como quero mudar se ele não deixa, fica sempre trazendo o meu maldito passado de volta — respondi irritado.
— Você está irritado, precisa descarregar a raiva em algo — falou tirando as luvas da mão — Mexe na terra comigo — sugeriu.
— Nunca fui bom com essas coisas — desabafei.
— Me ajuda plantar uma árvore apenas — pediu.
Comecei a mexer na terra meio sem jeito para pegar a enxada, realmente nunca tinha feito isso na minha vida. Mais senti tão bem aliviada um pouco coloquei a pequena muda de um ipê.
— Está se sentindo bem, meu jovem? — perguntou colocando a mão no meu ombro.
— Estou sim obrigada — o agradeci.
— Agora pode me contar o que está acontecendo vou te ajudar — falou me guiando até uma cadeira que havia lá.
— Ah! Meu pai veio querendo me levar com ele e jogou na minha cara de novo que o Téo e melhor do que eu — desabafei mais ocultei a parte da sua neta.
— Olha ninguém é melhor que ninguém cada um, conquista as coisas no seu tempo e talvez tem horas que não era pra você aquilo sabe? — falou me vendo concordar — Não adianta se sentir um merda por não conseguir apenas agradeça o que tem garoto — falou me fazendo refletir um pouco sobre a vida.
— Obrigada mesmo por me ouvir e me aconselhar — agradeci.
Uma menina negra com cabelos amarrados numa maria- chiquinha vestia um macacão lilás de shortinho passou correndo por mim me lembrei que era a garotinha daquele dia no estacionamento.
Logo em seguida veio um homem de cabelos compridos, era o mesmo daquele dia estava vestido uma blusa sem manga vermelha com um short jeans.
A garota veio abraçando o Sr. Francisco e logo em seguida me olhou.
— Oie bonequinho — me cumprimentou.
Meu Deus, ela parecia ser a cópia da Helena, será que era a filha dela?
— Essa é a minha bisneta Heloísa — falou — Helô ele não se chama bonequinho e sim Wesley minha querida.
— Mas ele parece, vovô — rebateu fazendo um biquinho fofo.
— Tudo bem Sr. Francisco eu não ligo — falei.
— Precisamos conversar Wesley — o homem de cabelos compridos falou. Não sei porque mais sinto que ele tem alho em familiar.
— Vamos, minha querida Dona Emília fez doces — Sr. Francisco falou lendo a Heloísa que apenas acenou para nós.
— Sabe, você me parece tão familiar — falei o observando.
— Grande W, não se lembra de mim não? — falou me chamando de um apelido que eu tinha no internado.
— É você Mago L? — perguntei sem acreditar.
— Sim sou mudei um pouco apenas mas isso não vem o caso — falou mudando de assunto — Quero que se afaste da minha Helena a demita da empresa — mandou revoltado.
— Ual! É sério isso? — perguntei sem entender.
— Não sei se percebeu, mas sou pai da filha dela e depois que vi o quão íntimo estão no Twitter da "It Girl" percebi que gosta dela — me questionou.
— Eu gosto de uma garota gorda como ela? — perguntei debochando — Já viu as mulheres que eu pego? São todas magra e sexys — o questionei vendo ele ficar com o rosto vermelho de raiva — Posso ter a mulher que eu quiser se eu quisesse a Helena ia ser apenas uma diversão momentânea — falei com um sorrisinho — Mas aposto com você que levo ela facinho pra minha cama — falei sentindo algo duro meu rosto percebe que ele tinha me acertado um murro cospe um pouco de sangue.
— Lave bem a boca pra falar da minha mulher seu maldito — falou em fúria e entrou do asilo.
Coloquei a mão na minha boca mereceu isso a quem quero enganar me sinto atraído por ela.
Peguei o meu celular e vi que tinha mais ou menos 20 ligações da minha mãe então atendida 21.
— Oi Mãe, o que foi? — perguntei.
— Oie Wesley, aqui é a Helena encontrei a sua mãe caída no estacionamento e a trouxe até o hospital — respondeu.
— Qual hospital? — perguntei preocupado.
— O do centro — respondeu.
Sai de lá rapidamente ao ver um táxi o chamei e fui em direção ao hospital.
Vi Helena sentada em uma das cadeiras a ignorei indo direto para recepção, saber, notícias dela mas não adiantou nada tinha que esperar o médico vim pra saber o que havia acontecido.
Me sentei afastado da Helena e peguei o celular e comecei a ficar mexendo no Twitter pra ver se havia postado algo sobre mim de novo.
Vi que havia postado sobre o Vladimir dizendo o que aconteceu na corrida com o Ben parei de frequentar lá.
Rolei um pouco mais para baixo e vi outra notícia dele falando com a Helena.
Então os dois se conheciam mais de onde será?
Fui tirado dos meus pensamentos quando vi o médico se aproximando
— Cadê os parentes da Senhorita Eva? — perguntou.
Em seguida me levantei rapidamente me apaixonando por ele.
— Como está a minha mãe? — perguntei.
— Teve uma queda de pressão mas irá ficar bem — falou me deixando aliviado — ela não parar de chamar um tal Wesley — contou.
— Sou o filho dela, deve ser a mim — falei.
— Venha comigo então — falou logo em seguida o segui até o quarto da minha mãe, ela está deitada parecia bastante pálida estava com um soro no braço.
— Mãe — falei me aproximando — Como a senhora está? — perguntei segurando a sua mão.
— Estou melhor filho — respondeu com um olhar distante.
— O que foi mãe? Tenho certeza que aconteceu algo com a senhora? Pode me contar por favor — insisti.
— Roubaram a nossa coleção de fim de ano — respondeu triste — Preciso que dispense todos — pediu.
— Porque mãe? — perguntei vendo ela ficar em silêncio — Podemos fazer outra coleção não vai desistir — insisti.
— Filho nesse mundo da moda é complicado não vamos conseguir uma nova coleção em 2 semanas — explicou — Já está perto do Natal, pode-se liberá-los do trabalho tá bom? — perguntou me vendo concordar.
Ver minha mãe naquele hospital e sem esperança me deu uma angústia e irei fazer algo quanto a isso.