INCÓGNITA • pjm✕jjk

By minyug_

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Não é uma leitura para qualquer um. Park Jimin, o ômega da Colônia das Névoas que minutos antes de uma reuni... More

✩CAST✩
• OUTONO • 1
• OUTUBRO • 2
• ANIL • 3
• BREU • 4
• REUNIÃO • 5
• REENCONTRO • 6
• O SONHO E O PESADELO • 7
• PESADELO • 8
• IRA • 9
• LAR • 10
• VOTOS • 11
• ORDEM • 12
• DESPERTAR • 13
• CULPA • 14
• VÉU • 15
• CICLO • 16
• SINTONIA • 17
• CHÁ • 18
• FINE • 19
• SAVE • 20
• • • 21
• CONSEQUÊNCIAS • 22
• LEITO • 23
• ÍNTIMO • 24
• TOUCHÉ • 25
• VISITA • 26
• TORMENTO • 27
• SOL • 28
• SANGUE • 29
• DESPEDIR • 30
• FESTEJO • 31
• FOGO • 32
• CORRA • 33
• A BESTA • 34
• BASTA • 36
• RETORNO • 37
• BOAS VINDAS • 38
• CASO • 39
• THE TRUTH UNTOLD • 40
• EPIPHANY • 41
• EUPHORIA • 42
• INEFÁVEL • 43
• CUNTATÓRIO • 44
• SÁPIDA DOR • 45
• SERENO • 46
• URDIDURA • 47
• AMOR • 48
• REMATE • 49
| BÔNUS | 50
• II - 1 •
✩UPDATED CAST✩
• II - 2 •
• II - 3 •
✧*。LIVRO ✧*。
• II - 4 •

• PROMESSA • 35

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By minyug_

Segundo dia na floresta de resistência.

O calor da floresta começava a incomodar, o suor que escorria em minha têmpora era resultado da intensa corrida que acabamos de enfrentar. Nosso grupo ganhou a disputa por uma lebre que estava próxima ao lago de musgo. Retornamos ao nosso acampamento e permanecemos alguns minutos estabilizando nossas respirações.

— Quanta água ainda temos? - Perguntei exausto ao meu irmão.

Hoseok parecia estar dormindo, na verdade um pouco morto. Tivemos que correr vinte e cinco quilômetros sem parar, e mesmo que nosso esforço fosse grande, nossas resistências se davam por vencidas.

— Eu não sei, pergunte ao Chanyeol. - Disse quase sem ar nos pulmões.

Exatamente, mesmo que fosse contra a minha vontade, decidimos fazer uma aliança com Park Chanyeol. Apesar da minha falta de animosidade com o Park, ele nos auxiliou nas lutas e combates, na arrecadação farta de animais, na busca de ervas e na coleta de frutas. Restavam apenas três horas para o terceiro dia e dentro de algumas horas poderia voltar para casa.

— Jungkook! - Chanyeol adentrou a cabana de supetão. - Tem alguém vindo a leste.

Me levantei do chão rapidamente e fui para fora acompanhar o Park, inalei ar suficiente para analisar os cheiros mais próximos e aguardei uns segundos para raciocinar a quem pertencia.

— Estão camuflados, pelo visto são três. - Alertei o grupo enquanto me esforçavam ainda mais para descobrir exatamente a quem pertenciam aqueles cheiros. - Droga!

— O que foi? - Chanyeol perguntou assustado.

— É o Jongin.

— Eu cuido da carga.

— Faça sua parte, mas ninguém vai chegar até você, Park. - Garanti antes de revirar nossa carga de frutas. - Coma alguma coisa para ter um pouco de energia.

Em seguida, fui até a cabana empurrei a cortina que servia de porta e berrei ali da porta mesmo para que Hoseok acordasse.

— Vamos, temos que adiantar a corrida para que eles não cheguem até o acampamento. - Expliquei para ele a situação que nos encontrávamos. - Chanyeol ficará com a carga, preciso da sua ajuda para pará-los.

— É sempre no meu turno de descanso. - O ruivo resmungou enquanto esfregava os olhos.

— Não se esqueça de dar o seu melhor. - Estapeei suas costas tentando animar seu humor. - Você já dormiu o bastante.

— Calado, fedelho. - Ele me encarou em sua carranca e me empurrou. - Não acredito que vamos correr de novo.

— Alongue as pernas, será três contra dois. - O alertei e em seguida o arremessei uma fruta para repor a energia que havíamos perdido minutos atrás.

— Nomes, Jungkook, me dê os nomes! - Pediu um pouco impaciente enquanto comi apressadamente sua maçã.

— Jongin é o único que tenho certeza absoluta. - E então começamos a alongar. - Estão camuflados com algo bem fétido, alguma coisa podre talvez.

— Não tem nem uma pequena ideia de quem pode ser os outros dois? - Questionou dando os últimos estalos no corpo.

— De acordo com os pequenos grupos que notei durante o almoço em nossa casa, acredito que seja Doyun e Jiyong.

— Uma suposta aliança?

— Claro, todos estão fazendo.

— Doyun e Jiyong são mais fáceis no corpo-a-corpo contra nós. - Explicou Hoseok. - Jongin vai nos dar trabalho pela visão, mas sei que seu orgulho não gosta de ser ferido.

— Sabe bem, não podemos deixá-lo passar das duas faias de musgo à noroeste e sudeste. - Apontei à duas árvores cobertas pela manta verde de musgo.

— A gente dá conta. - Exclamou Hoseok estralando a cervical apenas com um mover rápido do pescoço.

— Vamos, na corrida organizamos melhor. - Peguei alguns utensílios da cabana e nos preparamos para partir. - Ei, Park!

— Jeon. - Respondeu Chanyeol enquanto enfaixava os punhos.

— Cuide bem desta carga! - Ordenei apontando o indicador em sua direção. - Qualquer problema nos avise que chamamos a cavalaria.

— Jeon, eu sou a cavalaria! - Ele chocou um punho no outro e deu as costas para nós, indo em direção ao nosso esconderijo.

Hoseok e eu começamos a correr em alta velocidade a caminho dos odores estranhos que vinham em nossa direção.

— Ei, irmão. - Chamei-o para começar explicar nossa situação. - Jongin não está interessado em lutar, ele vai atrás do Chanyeol.

— Doyun e Jiyong são apenas distrações.

— Exatamente, você precisa cuidar dos dois sozinho.

— Ótimo, não durmo há tempos e ainda tenho que aguentar dois sozinho.

— Fique à vontade para ir atrás do Jongin se preferir.

— A-Ahh, vou recusar a proposta. - Ele sorriu sem graça.

Focamos na corrida e no encontro que estava cada vez mais próximo de acontecer. Os cheiros estranhos ficavam cada vez mais fortes e pelo raio de distância entre nós, eles já sentiam o nosso também.

— Direita! - Hoseok berrou alto.

Ao olhar a minha direita, tive a ampla visão de um alfa esguio coberto de folhas e uma espécie de lodo. Sua perna atingiu meu ombro direito com brutalidade, me arremessando para longe, já que estávamos correndo velozmente. O chute teria sido em minha têmpora caso não tivesse defendido a tempo, por sorte não desmaiei. Hoseok brecou a corrida ao me ver voar para longe. Mal houve tempo de cair ao chão, já havia me levantado com agilidade e estava prestes a rebater o ataque, mas a surpresa foi maior do que o esperado.

— Você não bate em mulher, mas eu vou te bater o quanto for preciso. - Afirmou Kim Hyuna de pé com os punhos firmados para a luta.

— Qual é a sua Hyuna, está apaixonada por algum de nós? - Hoseok escolheu zombar da alfa enquanto me recuperava da pancada.

— Apaixonada pela sua farta carga. - Ela tinha uma expressão perversa.

— É tão frágil assim que mal pode buscar a própria caça? - O ruivo não cessava as provocações e aquele parecia ter sido o estopim para a morena.

Hyuna correu velozmente em direção a Hoseok e se preparou para atacá-lo. Estava prestes a correr até eles, quando mais dois alfas aparecem, o Jongin e Jiyong. Tudo acontecia tão rápido que mal tivemos tempo para acompanhar.

— Ótimo, quem é de quem agora? - Jeon Hoseok perguntou levemente alterado.

— Aish, você aguenta a Hyuna.

— Será que aguenta, ruivo? - Indagou a Kim com uma voz infantil e depois soltou uma gargalhada estranha.

— Improvise, garotão. - Disse Hoseok enquanto desviava dos ataques de Hyuna.

— Um olho nela e outro nas árvores, Jeon. - Ordenei ao meu irmão e conferi uma última vez se Jiyong não iria descer de repente.

— Vai fundo.

Jongin veio até mim com os punhos cerrados e preparou o primeiro golpe. Apesar da boa visão, seus ataques eram previsível demais, sua mão vinha em direção a minha face de forma retilínea. Rebati sua mão para cima fazendo com que ele socasse o ar e o empurrei para trás. Porém, logo seus movimentos reiniciavam e diversos golpes foram deferidos em mim. Muitas aulas de box me traziam tranquilidade para enfrentar qualquer um no corpo-a-corpo, no entanto, um soco em especial acertou em cheio minha mão esquerda e senti doer severamente. Nossos ossos se chocaram com força e por um deslize, abaixei a guarda do rosto e levei um belo murro em minha boca. No mesmo instante pude sentir o gosto ferroso de sangue escorrer em meu lábio inferior.

— O que aconteceu, Jeon do Fogo? - Perguntou Jongin em tom irônico. - Está pensando demais na sua vadiazinha em casa que mal consegue lutar?

— Uoh! - Hoseok berrou incrédulo. - Quebra a cara dele, se não eu farei.

Encerrei a posição de defesa, relaxando os braços para baixo e encarando Jongin seriamente. Meus músculos tensionaram para rebatê-lo verbalmente, mas para aquela pergunta só havia uma resposta e a mesma se encontrava nos nós dos meus punhos.

— Não. - Cuspi o sangue de lado. - Você não disse isso.

— Não foi muito inteligente insultar o marido, você foi baixo! Poderia ter sido eu. - Hoseok ria enquanto tentava sobreviver à alfa.

— Vai se arrepender amargamente pelo o que disse, futre asqueroso.

A luta se tornou mais intensa e bruta, minha força aumentou drasticamente e meu interior selvagem e animalesco pareceu dominar minha mente. Corri em sua direção e soquei com força seu maxilar, fazendo o mesmo tombar para lado e antes que pudesse cair ao chão, deferi uma sequência bruta de socos em seu tórax e face. Kim Jongin não resistiu e caiu apagado quando recebeu o último murro na têmpora, e sem controlar totalmente meu corpo continuei a agredi-lo no chão de terra.

— Jungkook, para! - Hoseok bradou exasperado ao longe. - Hyuna, ele vai matar seu irmão!

O ruivo tentava encerrar a luta contra a alfa, mas a mesma incansavelmente continuava os golpes.

— É um sacrifício que temos que fazer por nossa colônia. - Ela mal olhou o irmão, apenas continuou a atacar o ruivo.

— Droga, mulher. - Ele rosnou irritado, sem tirar os olhos da minha direção. - Não acredito que vou fazer isso.

Então Hoseok agarrou o braço de Hyuna, girou o mesmo para trás de suas costas, quebrou seu antebraço e a imobilizou. O grito de dor da moça ecoou pela floresta, Hoseok se arrependeria disso mais tarde. Retirou do bolso um filete de couro e amarrou fortemente nos punhos da alfa. Tudo em questão de segundos, para que pudesse chegar até mim e cessar meus ataques contra Jongin.

— Kook! Jungkook! - Hoseok me puxou para longe do corpo do Jongin e agarrou meu rosto com as mãos. - Não foi o que ele quis dizer, apenas disse isso para te provocar! Somos amigos, não se esqueça!

Ver a feição assustada do meu irmão foi importante para que eu pudesse parar de vez. Aos poucos fui me controlando, senti meu interior se acalmar e olhei para o lado, onde pude ver Hyuna e Jongin estirados pela terra da floresta. A alfa agonizava de dor em meio aos gemidos e Jongin permanecia apagado com a face repleta de sangue.

— Hoseok! - Bradei desesperado e o puxei para longe do perigo.

Estávamos focados aos irmãos Kim e acabamos por esquecer completamente da presença de Jiyong. O alfa andava pelas árvores furtivamente, mas agora que tínhamos a guarda abaixada ele resolveu nos atacar desprevenidos. O miserável lançou uma pedra polida semelhante a uma faca, que por sorte apenas rasgou levemente meu rosto no lado esquerdo. Se não tivesse ouvido dois galhos mexerem a cima, a mesma teria fincado as costas de Hoseok.

— Covarde! - Rosnou meu irmão. - Desça daí para que eu afunde sua cara!

Outra pedra, mas agora foi lançada em direção a Hyuna. A faca cortou o couro e a alfa fugiu junto com Jiyong, deixando Jongin para trás.

— É isso que eu chamo de família unida.

— E agora? O que a gente faz com ele? - Indagou enquanto olhava o corpo apagado no chão.

— Eu não sei. - Respondi imerso enquanto fitava a vermelhidão em minhas mãos.

— Vamos ter que levá-lo. - Disse Hoseok me olhando atentamente. - Temos que cuidar destes ferimentos antes que agrave. - Explicou ao notar a situação do alfa.

— Tudo bem, vamos levá-lo. - Concordei assim que notei a preocupação do meu irmão.

Hoseok ergueu o corpo apagado de Kim Jongin e eu o carreguei em meus ombros de volta ao nosso acampamento, o alfa não era tão pesado e felizmente a caminhada não foi tão cansativa.

— Você fez certo, Kook. - Ele bagunçou meus cabelos e sorriu enquanto descíamos a ladeira.

Mesmo com o comportamento infantil e insulto a alguém tão importante para mim, pensei que não poderíamos simplesmente deixá-lo ali desmaiado e ensanguentado. Sua própria irmã o abandonou, o mínimo que poderíamos fazer era levá-lo até a cabana para cuidar dos seus ferimentos.

Terceiro dia na floresta de resistência.

O fim estava próximo.

— Uma hora e meia, pequeno Jeon! Só mais uma hora e meia. - Hoseok anunciava animado. - Em poucos minutos estaremos de volta.

— Finalmente verei Baekhyung. - Bufou Chanyeol deitado em sua cama improvisada.

— Pretende buscá-lo em casa? - Perguntei ao Park e ele levantou apenas a cabeça para me responder.

— Sim, assim que isso acabar vou para lá.

— Acredito que todos vão, os ômegas não estão na tal festa ainda? - O ruivo interrompeu.

— A maioria, mas nem todos. - Disse ao recordar dos que estavam aqui.

— Eu vou. - A voz sôfrega de Jongin nos assustou.

Ficamos em silêncio, assistindo o alfa machucado se movimentar em sua cama em meio aos gemidos de dor. Ele ficou apagado por horas pela concussão, mas mesmo sabendo que pus sua vida em risco, não minimizei meu desprezo e raiva pelo comentário.

— Está se sentindo melhor? - Chanyeol questionou Jongin.

— Meu maxilar e peito ainda estão doloridos, mas nada grave. - Explicou o alfa enfaixado. - Jungkook.

— Diga. - Respondi seco, sem olhá-lo.

— Me perdoe, eu fui um idiota. Não devia ter dito aquilo. - Desconfiado, deixei-o terminar de falar. - Só quis te provocar, Jimin é uma pessoa extremamente boa para minha família.

— Bom, você percebeu bem que não devia mesmo ter dito aquilo. - Permaneci com o olhar distante do seu.

— O que ele disse? - Cochichou Chanyeol para o meu irmão.

— Shh, fica quieto. - Hoseok o bateu com o galho que afiava para uma lança.

— Você disse que o Jimin foi bom para a sua família, por que diz isso? - Perguntei sério e desta vez o encarei.

— Assim que a reunião das colônias terminou, o príncipe Jimin solicitou que enviassem suprimentos para a Colônia da Prata. Aparentemente ele e Hyuna se deram bem.

— Mesmo? Que bom samaritano o meu ômega, não acha? - Ironizei encarando Chanyeol, que riu assim que me ouviu.

— Oh, se controla! - O ruivo bateu com as costas da mão em meu joelho. - Você sabe dos problemas da Prata.

Jeon Hoseok me reprovava sempre que podia, não admitia que eu dissesse algo absurdo ou fizesse pouco caso de assuntos sérios. Mas ele tinha razão, eu estava sendo egoísta, a colônia da Prata sofre há tempos com inúmeros problemas econômicos e a ajuda que Jimin enviou, sem sombra de dúvidas, foi importante a eles. Por isso, assenti quieto e voltamos a nos falar.

— Quando vai casar, Chanyeol? - Jongin se sentava com certa dificuldade no tronco improvisado de banco.

— Eu gostaria que fosse até o final deste mês, mas o pessoal do Palácio Principal nos orientou que um casamento já está agendado. - Lamentou o Park.

— Sim, o meu. - Disse Hoseok. - É coisa da tradição dos Park, você deve saber.

— Com certeza, o último dia do mês é sagrado para a família Park. - Esclareceu Chanyeol. - Você e Jimin seguiram? - Direcionou a pergunta a mim.

— Pff, acha mesmo que Park Minjung me deixaria interferir em algo? Não consegui meu ômega para a minha colônia, quem dirá intervir numa tradição.

Eles riram cientes de que o aquele era exatamente o perfil do Marechal, o rei tinha suas façanhas para lidar com qualquer tipo de situação, inclusive as que são tradições.

— E você, Jongin? Soube que está enrolando Hwan por um bom tempo. - Hoseok cutucou o pé do alfa e ele riu frouxo.

— Hwan é complicado, não queria nada no começo e de repente deseja casar e ser marcado quando mais me acostumei. - Respondeu em tom baixo.

— Passei por isso, mas esperei um tempo e percebi que era o que queria mesmo. - Confessou Chanyeol após a fala do Kim. - Não é tão difícil assim.

— Será que devo esperar? - Perguntou Jongin.

— Argh, vocês pensam demais. - Reclamei sem paciência. - Se você o ama apenas faça.

— Já passam cios juntos, dividem o mesmo castelo e ainda tem medo? - Chanyeol empurrou Jongin, que grunhiu assim que sentiu as mãos pesadas em seu corpo agora frágil.

— Ficam juntos nos cios antes mesmo de se casarem? - Hoseok perguntou incrédulo. - Não é proibido?

— Ninguém precisa saber. - O Kim direcionou um olhar perverso cômico e todos riram, inclusive eu.

— Os cios são importantes para conhecermos quem realmente são os ômegas que casamos. - Meu irmão começou a falar. - Yoongi se torna outra pessoa.

— Hwan também age diferente.

— É algo comum, Jimin também. - Concordei sem olhá-los, apanhando um galho para fazer uma lança como Hoseok fazia.

— Acredito que todos ficam, o interior lupino nos descontrola em momentos assim. - Explicou o Park e fez o mesmo que eu. - Principalmente no nosso caso, onde fica quase impossível parar.

Concordaram unanimemente e riram em seguida.

— E então, qual será o nosso último jantar nessa porcaria de floresta? - Chanyeol mudou de assunto.

— Onigiri, o preferido do meu pai. - Avisei, já me levantando para preparar o prato.

— Oh! - Chiou Hoseok. - Não é porquê eu sou adotado que ele deixa de ser o nosso pai!

— Cresce Hoseok, você entendeu. - Revirei o olhar com o drama do ruivo. - Agora venha me ajudar, aprendeu antes de mim.

— Eu existo antes de você.

Ele ia passando em minha frente e aproveitei para deferir um tapa em sua nuca.

— Para com essa cena e me ajuda logo.

1 hora depois.

— Terminaram de ensacar tudo? - Perguntei aos alfas que organizavam as últimas cargas com nossas arrecadações.

— Ficaremos atrás de vocês. - Disse Jongin enquanto observava a quantidade de suprimentos. - Quanta coisa vocês pegaram!

— É impressionante, não é? - Chanyeol falou mais baixo para o outro. - Minha contribuição foi apenas das frutas e ervas, os Jeon buscaram todo o resto.

— Como vamos levar tudo isso para fora da floresta, senhores? - Perguntou Jongin de braços apoiados a cintura.

— Assim. - Hoseok colocou dois dedos dentro da boca e assoviou alto.

De repente, um som em marcha surgiu distante e em
questão de segundos o trote contínuo soou mais alto e próximo ao grupo.

— Cavalos? - Jongin avistou ao longe os equinos se aproximando.

— São excelentes para nos ajudarem com a carga pesada. - Explicou o ruivo. - Sem contar os pontos extras que ganharemos por encontrarmos cavalos em uma floresta como esta.

— Bem pensado Jeon, bem pensado. - Kim balançou o indicador em concordância.

Assim que os cavalos se aproximaram, começamos a montar as cargas de suprimentos. Os cavalos teriam que fazer algumas viagens a mais pelo excesso de arrecadações. Organizamos um método para manter a carga a salvo, tendo o Park do lado de fora da mata cuidando até o último segundo dos suprimentos e Hoseok do lado de dentro repondo a carga, enquanto Jongin e eu transportamos os cavalos com a carga até a saída da floresta. Finalmente o alarme soou dentro da floresta e o evento chegou ao fim.

Toda a nossa carga fora deixada do lado de fora, os demais participantes surgiam aos poucos de dentro da mata com suas cargas. Dentro de alguns minutos todos já estavam do lado de fora. Hoseok e eu já nos preparávamos para ir até o mercado deixar todo o suprimento com a população.

Acompanhados de quatro cavalos, com os pacotes cheios de suprimentos para o inverno, andávamos pelas ruas ladrilhadas do mercado. Aos poucos os cidadãos notavam nossa presença e rapidamente uma grande multidão se formava em nossa volta, abrindo espaço apenas para uma passarela onde andaríamos. Os gritos histéricos surgiram, berravam nossos nomes e agradeciam incessantemente. Hoseok e eu acenávamos enquanto passávamos pelas ruas, seguíamos o caminho até o mercado.

As barracas de venda já estavam estendidas, o povo buscava sua refeição de almoço, outros apenas iam ali para se reunir e conversar. As crianças corriam e gargalhavam do vendedor ranzinza que as queria punir. Uma manhã comum na Colônia do Fogo, sem muitos problemas e tranquila como de costume. No entanto, com a imprensa ali até mesmo os cidadãos tiveram suas privacidades invadidas e um grande alvoroço aconteceu. Alertei Hoseok que levaria dois dos cavalos até o açougue principal e ele seguiu com os outros até o alfaiate e padeiro. A população se dividiu para nos acompanhar, a imprensa tentava a todo custo seguir à frente do povo, mas eram tantas pessoas que não sobrava espaço para seus grandes equipamentos. Me aproximei do estabelecimento e parei para amarrar os cavalos. E antes que pudesse entrar no local, o dono do açougue veio as pressas para me receber, fez uma reverência do Fogo e selou minha mão.

— Vossa Alteza, Senhor Jeon Jungkook muito obrigado! - Clamou o senhor franzino quase aos prantos.

— Prometi que daria o meu melhor. - Puxei as rédeas dos cavalos e depositei os sacos cheios em sua frente.

— Quão bom Vossa Alteza é! - Exclamou o homem em alegria. - Todos os outros vendedores terão direito de usufruir de sua conquista, alteza.

— Peço que venda esta comida por um preço justo e que aquele que não tiver condições, entregue mesmo assim. Você será recompensado futuramente.

— Absolutamente, Alteza! - O velho selou minha mão uma última vez e agradeceu sem parar.

Mais distante de onde estava, Hoseok distribuía todo o restante de nossa carga com muitas saudações de felicidade. Demoramos algum tempo para entregar tudo, amarramos os cavalos no palanque do hospital e pedimos que os mesmos fossem usados para emergências por todos. Por fim, decidi que seria gentil pelo menos uma vez com a imprensa e segui até o primeiro repórter.

— Senhor Jungkook! - Vários berraram em conjunto quando me aproximei das câmeras e microfones.

— Alteza, o que tem a dizer sobre o evento?

— Foi uma experiência incrível, assim como é todos os anos. - Afirmei sinceramente.

— Anunciaram que o seu bando foi um dos melhores este ano, o que tem a dizer? - O selecionado para a entrevista parecia incrédulo pela escolha. - Quem você gostaria de agradecer por hoje?

— Fico feliz que conseguimos atingir nosso objetivo e volto a dizer que foi incrível. Fazer algo pelo outro é revigorante. - Exprimia vivaz e cheio de energia. - E não há outra pessoa a quem eu deva agradecer, que não seja o meu marido Jeon Jimin.

— Jeon Jimin foi sua inspiração este ano, Alteza? - O homem ao lado perguntou exasperado.

— Sua presença foi imprescindível durante a semana anterior ao evento, me trouxe calma, concentração e força para enfrentar o evento.

As pessoas pareciam encantadas ao me ouvirem falar sobre Jimin, principalmente as mulheres, se deleitavam de nosso romance.

— Ah, eu não poderia seguir de volta à Colônia das Névoas sem levar o presente dele. - Me lembrei do que havia prometido.

Fui até uma barraca de jóias, sendo acompanhado da imprensa, olhei o que havia de mais bonito ali e comprei. Um medalhão de ouro com detalhes em rubi e algumas rosas brancas. Corri em direção ao castelo dos meus pais e pude notar que o mesmo já estava lotado de convidados. Mas o meu desejo mesmo era chegar o mais rápido possível no castelo, apanhar um cavalo e zapar de volta para casa, nas Névoas, com Jimin.

✩。:*•.─────  ❁ ❁  ─────.•*:。✩

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