"Agora eu só peço pra você me apoiar também.
- Eu, a Patroa e as Crianças."
Wesley
Minha mãe me levou até um restaurante perto da empresa e pedimos o almoço.
— Filho, porque está tão calado? — Minha mãe perguntou.
— Mãe, tenho que falar sobre a Rose — falei meio envergonhado.
— Não me diga que quer sair com ela dá total apoio — falou.
— Não é isso mãe hoje ela tratou mal uma moça que foi levar currículo só por ela ser negra — expliquei.
— Filho ela não é assim — tentou argumentar.
— Mãe por que não temos negros trabalhando na empresa? — a questionei.
— Filho eu não cuido dessa parte que cuida é a Rose sabe que ela é o meu braço direto não tem como te explicar melhor comermos está esfriando — falou um pouco irritada.
Apenas concordei comemos em silêncio quando terminamos pedimos pudim de sobremesas logo em seguida saímos.
— Filho sabe o nome da moça? Pessoalmente irei pedir desculpas e contra-lá — perguntou.
— Mãe isso não vai resolver o problema precisa de gente lá e se a Rose ficar assim vamos perder muito dinheiro já que muito provavelmente sermos processados por racismo é crime — expliquei.
— Filho, pessoalmente você irá cuidar desse assunto — falou.
— Sério, mãe? — perguntei surpreso.
— Sim filho, assim que chegarmos lá vamos resolver tudo — respondeu — Te darei essa responsabilidade prove pra mim que quer ser alguém melhor e também é bom que vai conhecendo os negócios da família — falou animada — Quero passar mais tempo com você — falou tocando o meu ombro.
Quando chegamos na empresa a maioria já havia chegado do almoço minha mãe foi para o centro de todos chamando a atenção de todos.
— Boa tarde pessoal, tenho um grande anúncio a fazer — falou séria — como sabem o meu filho veio passar as férias como todo ano, mas dessa vez vai ser diferente ele irá trabalhar aqui dará as ordens pedem respeito de todos vocês com ele — falou vendo todos olham surpresos.
— Obrigada pela confiança mãe e já sei o que irei fazer primeiro — falei olhando para todos a procura da Rose que estava meio distraída passando o batom vermelho nos seus lábios — Rose venha até aqui — a chamei vendo ela guardar na bolsa o batom com o espelho e vindo vida sorridente em minha direção.
— Oie chefinho — falou sorridente.
— Olha não admito nenhuma tipo de preconceito dentro da minha empresa então como é o braço direto da minha mãe não será demitida e sim suspensa propor uns dias isso vai servir de exemplo a todos da próximo vez será demitida sem dó ou piedade — falei vendo várias pessoas ficarem impressionadas dando sorrisos outras estavam com a cara de besta Rose estava paralisada olhei pra minha mãe que me encarava orgulhosa.
— Eu não posso ser suspensa, eu s..... — Rose tentou argumentar, mas logo a interrompi.
— Eu sei que ajuda bastante a minha mãe vão ser apenas duas semanas é uma advertência pelo que fez e não me questione está dispensada — falei vendo ela sair — todos voltem ao trabalho o show acabou — falei batendo palmas vendo todos retornaram as suas respectivas atividades. — Filho você foi incrível — Minha mãe falou sorridente.
— Obrigada mãe, agora tem que me explicar o trabalho que a Rose fazia pra mim, fazer — pedi indo em direção à sua sala.
Minha mãe começou a explicar tudo era um pouco complicado, mas com o tempo ia pegar o jeito, nunca percebi o quanto ela é uma mulher forte e destemida parece até uma super-heroína sinto muito orgulho de ser filho dela.
Sempre quando vinha pra cá era obrigado e sempre saia pra ir em baladas sempre ficava à toa dentro de casa e nem me importava com mais nada. Mas agora sinto que aquilo era tão banal, nunca me senti tão preenchido com o estou nesse momento.
— O que foi filho? Está tão pensativo? É muita coisa pra você? — perguntou um pouco preocupada.
— Não mãe dou conta — respondi a deixando um pouco aliviada.
— Filho pode começar amanhã se quiser ir um pouco no asilo pode não sei porque sinto que aquele lugar fez bem pra você — falou lendo alguns papéis.
— Certeza mãe? — perguntei.
— Sim filho hoje não tem nenhuma reunião, mesmo dou conta, mas amanhã bem cedo você começa — respondeu em seguida pegou a bolsa e tirou as chaves do carro — leva o meu carro foi falar com o seu pai pra mandar o seu ou se não te compro outro — falou me entregando a agradeci e saí de lá sentindo o peso dos olhares sobre mim.
Quando saí de lá perguntei ao Zelador onde era a garagem de lá não conhecia muito esse lugar já que antigamente vinha aqui só quando precisava de dinheiro ele me explicou onde era.
— Peraí senhor — me chamou.
— Não precisa me chamar de senhor, não sou tão velho, apenas me chama de Wesley — falei vendo sorrir.
— Eu vi o que fez hoje com a Rose, sinceramente gostei bastante de alguém que tinha colocado em seu lugar a moça de mais cedo a conheço diz que chegou aqui na cidade eu e o avô dela éramos vizinhos, e uma boa garota colocou minha mão no fogo por ela — contou.
— Sério? Poderia me fazer um favor? — pedi.
— É sério sim, o que o Senhor diga Wesley mandar — se corrigiu meio envergonhado.
— Mande ela vir aqui amanhã de manhã quero falar com ela — pedi.
— Pode deixar e obrigado — agradeceu saindo de lá indo em direção ao estacionamento começo a procurar o carro me surpreendo ao ver uma garotinha escondida atrás do carro da minha mãe.
Ela era negra com os cabelos compridos cacheados, vestia um macacão jeans com uma blusa vermelha combinando com a cor da toca e abaixou a sua altura.
— Porque está escondida aí? — perguntei com um tom carinhoso sempre gostei muito de crianças.
— Estou brincando com o meu papi de pique- esconde - respondeu docemente.
— Olha aqui é perigoso brincar se eu não tivesse te visto poderia ter te atropelado — expliquei vendo ela me encarar confusa.
— Heloísa ainda bem que te achei — escuto a voz de um homem me viro e vejo que ele parecia estar preocupado não sei porque mais senti que o conhecia de algum lugar — Já disse pra não falar com estranhos — falou olhando pra ela bravo — me desculpe por ela — pediu.
— Só presta mais atenção aqui não é lugar de brincar com criança — o repreendi entrando do carro escuto ele resmungar algo.
Cheguei até no asilo, olhei no relógio do celular as visitas começaram a 5 minutos atrás, estacionei o carro e vou à procura do quarto do Francisco.
Quando entro lá vejo ele rindo com a moça de mais cedo que estava na empresa quando reparou a minha presença me olhou agregados e a boca aberta.
— É você? — falamos ao mesmo tempo apontando para o outro.
(Own esses dois são tão ícones juntos 😍)