Oscilando entre o ódio e a amargura pela própria inércia, Adriana atirava cabides sobre a cama, enquanto procurava uma blusa que pudesse esconder as manchas arroxeadas estampadas em seus braços e em seu pescoço. Em pleno verão, seria obrigada a usar uma blusa de mangas compridas e gola alta para esconder as marcas de um amor doente, pensou ela, sem perceber que Roberto já havia acordado e estava observando-a.
− O que está acontecendo? – perguntou ele, algum tempo depois.
Adriana virou-se. E seus olhos estavam cheios de mágoa, de raiva, que Roberto fingiu não perceber.
− Olha só o que você me fez! – e apontou para a mancha escura em seu pescoço. – Como posso trabalhar assim?
− Não precisa trabalhar se não quiser – disse ele, sem qualquer sentimento de constrangimento ou culpa. – Posso falar para o Mário que você não está se sentindo bem hoje.
Ela sentiu a raiva crescer, ao perceber que era exatamente isso o que ele queria.
− Faz isso de propósito, não é? Faz isso porque quer que eu desista de trabalhar. Não é isso, Beto?
Ele deu de ombros.
− Não tenho culpa se sua pele marca por qualquer coisa.
Adriana chegara ao limite de sua paciência. Durante todos aqueles anos de casamento, fizera de tudo para viver bem com o marido, já que sempre acreditara que o matrimônio era algo sagrado e para a vida toda. Reconhecia agora que havia cometido um grande erro ao permitir que Roberto tomasse o controle de sua vida, antes mesmo de se casarem.
Ela pediu demissão na empresa onde trabalhava como secretária assim que oficializaram o noivado, porque Roberto insistira que ela deveria cuidar da papelada do casamento e da decoração do apartamento que eles iam morar, visto que ele não tinha tempo de fazê-lo.
Na verdade, ele sentia um ciúme enorme dela com o ex-patrão, mas Adriana estava apaixonada demais para enxergar isso. Além do mais, no fundo, ela sabia que Roberto tinha alguma razão para se sentir inseguro.
Afinal, embora seu ex-patrão fosse quase cinquentão, era um homem extremamente charmoso, educado, e adorava desfilar com mulheres jovens. Ele se insinuara para ela muitas vezes, convidando-a para jantar, mas obviamente Adriana recusara a todos os seus convites. Ela queria casar, constituir uma família. E quando encontrou alguém que verdadeiramente a amava, que era louco por ela, não teve qualquer dúvida que seus sonhos se realizariam.
No entanto, bastou apenas que ela manifestasse seu desejo de voltar a trabalhar fora, quase dois anos depois do nascimento de Letícia, para que o homem que um dia prometera amá-la e respeitá-la aos pés de uma cruz mostrasse sua verdadeira face. Roberto passou a dar palpites sobre o que ela deveria vestir, quando saía para procurar emprego, além de monitorar seus passos.
Em princípio, ela preferiu acreditar que o marido fazia aquilo apenas por excesso de zelo. Como Roberto sempre dizia, havia violência demais nas ruas, e isso servia para justificar todos os exageros, inclusive para que ele ligasse quase o dia inteiro para o seu celular, para saber onde ela estava, com quem estava e para onde ia depois. E quando Roberto conseguira uma vaga para ela na empresa onde trabalhava, novamente Adriana não quisera admitir a hipótese de que aquela era a única forma que ele havia encontrado de continuar com o controle de sua vida.
Com o passar do tempo, ela encontrara justificativas até mesmo para as violentas manifestações de ciúme que o marido apresentava de vez em quando, inclusive as agressões físicas que sofria. Mais uma vez, ela quisera acreditar que Roberto só tinha todo aquele ciúme porque a amava demais, porque tinha medo de perdê-la. Ele lhe dizia isso com frequência suficiente para fazê-la acreditar. Além disso, após os insultos e agressões, Roberto sempre suplicava seu perdão e se tornava magnificamente terno, jurava por Deus que nunca mais faria aquilo de novo e a enchia de presentes e mimos.
Pouco tempo depois tornava a fazer tudo de novo, até que Adriana caiu na real, e compreendeu que seu casamento era uma completa tragédia... um drama sem expectativa de final feliz.
− Não dá mais para viver assim, Beto. Não dá. Quero a separação, o divórcio.
− Sei que não está falando sério – disse ele, enquanto se levantava da cama.
− Estou sim – ela afirmou. – Estou falando muito sério.
Ele agora estava em frente a ela.
− Você está nervosa. Não sabe o que está falando.
− Eu sei, sim! – Adriana explodiu como uma bomba. Estava cansada de ser tratada como uma inepta. – Sei exatamente o que estou falando! Quero o...
Antes que ela terminasse a frase, Roberto esbofeteou-lhe o rosto com tanta força que seus olhos lacrimejaram, o sangue fluiu de seu lábio inferior.
− Acalme-se! Você está histérica!
Com o dorso da mão trêmula, Adriana limpou o sangue no canto da boca.
− Desculpe – pediu ele. – Eu não queria fazer isso.
Ela não disse nada, apenas sentou-se na beirada da cama e baixou a cabeça, desiludida.
− Eu juro que não queria fazer isso, mas foi você quem provocou... quem se descontrolou.
Adriana soltou um suspiro profundo.
− Eu estou cansada, Beto... Muito cansada de tudo isso.
− Eu já lhe pedi desculpa, Dri. Por favor...
Ela ergueu o rosto nesse momento.
− Você sempre pede desculpa, e torna a fazer a mesma coisa depois.
Com uma profunda expressão de arrependimento, ele foi até a cama e sentou-se ao lado dela, pegou sua mão.
− Tudo o que eu queria é que você pensasse um pouco em mim... em nossa filha.
Adriana soltou outro suspiro e retirou a mão.
− Oh, Deus, Beto, será que vamos viver a vida inteira discutindo os mesmos assuntos? É tão difícil para você compreender que eu gosto de trabalhar, de ter minha independência?
− Mas e a nossa família? Como pode ser tão egoísta, Dri? Como pode pensar apenas em sua vida, em sua carreira? Não vê o quanto nossa filha está sofrendo com sua ausência? O quanto eu estou sofrendo por...?
− Ah, meu Deus, Beto, – ela começou a chorar – pare de me martirizar, por favor. Eu não aguento mais isso.
− Eu só queria que você compreendesse o quanto é importante para mim. Você e Letícia são tudo o que eu tenho, Dri.
− Vocês também são muito importantes para mim, Beto. Mas eu comecei a trabalhar com 15 anos para ter minha independência financeira...
− Se é de dinheiro que você precisa, eu posso lhe dar todo mês uma mesada.
− Não é nada disso. Já lhe disse mais de mil vezes que gosto de trabalhar, gosto do que faço. Por que você não consegue entender isso, Beto? Por quê?
Ele tornou a se irritar. Adriana era mesmo uma cabeça-dura egoísta que só pensava em si mesma.
− Só uma vagabunda passa tanto tempo fora de casa.
Indignada, Adriana removeu as lágrimas e se levantou. Era uma mulher honesta, e não podia admitir que o marido a tratasse como uma qualquer.
− Nunca mais torne a insinuar que sou uma vagabunda, Beto! Nunca mais. Caso contrário...
Ele se levantou também e a pegou pelo pulso com força, no exato momento em que uma voz fraquinha ecoou pelo quarto.
− Mãezinha... – Letícia estava parada ali, em frente a eles – o que está acontecendo?
Roberto aproximou-se da menina no mesmo instante.
− Não está acontecendo nada, querida. Eu e sua mãe estávamos apenas... conversando.
− Mas o se-senhor ia bater nela – gaguejou a menina. – Eu vi.
Roberto não sabia o que fazer. Na verdade, ele nunca sabia exatamente como agir com a própria filha, o que só fazia com que piorasse ainda mais as coisas.
− Não. Você não viu nada disso.
A menina desviou os olhinhos cheios d'água para a mãe e observou o lábio inchado. Depois, tornou a olhar para o pai.
− O senhor machucou a minha mãe.
− Não! Eu não machuquei – rebateu ele, zangado. – E vá tomar logo o seu banho.
Letícia permaneceu parada, as perninhas tremendo, e, de repente, um filete de urina escorreu por suas pernas.
− O que está fazendo? – berrou Roberto. – Vai molhar todo o tapete!
− Não vê que ela está assustada? – Adriana correu ao encontro da filha e abraçou-a. – Fique tranquila, meu anjo, está tudo bem.
Lágrimas silenciosas começaram a rolar pelo rosto de Letícia, enquanto passava a mãozinha carinhosamente pelos cabelos sedosos e brilhantes da mãe.
− O papai maltratou você?
− Oh!, não, minha querida... não foi nada disso. – Independentemente de todo o seu sofrimento, Adriana jamais queria que a filha alimentasse raiva pelo pai. – Fui eu que me machuquei.
Mas apesar do esforço para se controlar, para não chorar, Letícia percebeu o desespero no seu tom de voz, o corpo trêmulo agarrado ao seu.
− Eu sei que ele bateu em você – murmurou a menina com um tom de revolta na voz. – Eu sei.
− Já lhe disse que fui eu que me machuquei, meu anjo. Agora vá lá tomar o seu banho. Não quero que chegue atrasada na escola.
Porque não queria que a mãe ficasse ainda mais transtornada, Letícia não disse mais nada. Entretanto, se Adriana não estivesse tão absorvida pelo próprio pesar, teria percebido que, a despeito de todo o seu empenho para poupar a filha, para proteger seus sentimentos, havia bastante tempo a raiva pelo pai estava se enraizando no coraçãozinho da menina.
Aquela não era a primeira vez que Adriana passava por aquele tipo de situação em seu trabalho, que tinha de alegar estar com a garganta inflamada para disfarçar o ridículo de usar blusas de mangas longas e echarpe em uma temperatura de mais de trinta graus. Já fizera aquilo várias vezes. Apesar disso, ela retornou à faculdade apenas na quinta-feira, quando as manchas nos braços e pescoço estavam bem mais amenas.
E, como previra, após a última aula, Daniel aguardou por ela.
− Amei a aula de hoje – disse, ao cumprimentá-lo rapidamente com um beijo na face.
− Obrigado – respondeu ele com um sorriso. – Um elogio vindo de você me deixa realmente muito feliz... E aí, como está?
Adriana justificou antes que ele perguntasse por que ela faltara às aulas.
− Estive meio adoentada, mas já estou bem melhor.
Ele pareceu preocupado.
− Alguma coisa séria?
− Não – ela sorriu. – A não ser que considere que uma garganta inflamada seja uma coisa séria.
− Dependendo da periodicidade – comentou ele com seriedade – até pode ser mesmo uma coisa séria.
Ela tratou de desviar o assunto.
− E você, como está?
− Melhor agora – a resposta foi despretensiosa, porém completamente verdadeira.
Adriana tornou a rir. Depois, seguiram juntos e em silêncio pelo corredor da faculdade. Havia tanta coisa que Daniel queria dizer, mas as palavras simplesmente sumiram de sua boca.
− Ahn... Eu preciso ir. – Ela anunciou, quando chegaram ao pátio.
− Eu tinha tanta coisa para lhe falar, mas parece que quando chego perto de você as palavras fogem.
Num gesto impensado, Adriana levou a mão ao rosto de Daniel e acariciou-o levemente.
− Também senti a mesma coisa, Dani.
Ele segurou a mão que ela passava por seu rosto e roçou os lábios delicadamente pela palma.
− Precisamos nos encontrar. Eu...
Ela puxou a mão no mesmo instante.
− Não. Eu não posso.
− E por que não?
− Por quê?... Você sabe... eu sou casada, Dani. Imagina o que o meu marido iria pensar se me encontrasse com você?
Sem querer, ele deixou escapar um longo suspiro.
− Compreendo... Posso ao menos levá-la para casa? Assim teríamos a oportunidade de conversar um pouco mais.
− O meu marido veio me buscar hoje – mentiu Adriana, embora detestasse mentiras. – Obrigada.
Ele se inclinou para beijá-la na face, e aspirou por alguns instantes a fragrância suave que vinha de seus cabelos.
− Então, até a próxima aula.
Adriana presenteou-o com um último sorriso, antes de virar-se apressada e seguir para o ponto de ônibus, sem perceber que ao longe um Santana preto de vidros fumê seguia em seu encalço.
Quando abriu a porta de casa, ouviu um choro baixinho. Ela avançou rápido pelas escadas, imaginando coisas terríveis que poderiam ter acontecido com a pequena Letícia durante sua ausência. Mas quando chegou ao quarto da menina e a encontrou aninhada no colo do pai, seus nervos relaxaram um pouco.
− O que aconteceu?
− Eu não sei – respondeu Roberto. – Acho que ela teve um pesadelo.
Imediatamente, Adriana aproximou-se e tomou a filha em seus braços.
− Calma, meu anjinho, calma. Mamãe está aqui.
A menina se aconchegou nos braços carinhosos da mãe e rapidamente sentiu-se mais calma.
− Quer que a mamãe fique aqui até você dormir?
− Sim, mãezinha.
Quando Roberto saiu, Adriana ajeitou a filha com toda delicadeza na cama e se ajoelhou ao lado. Depois, voltou a perguntar:
− Por que você estava chorando, minha querida?
− Fiquei com muito medo porque não tinha ninguém em casa – respondeu Letícia, bem baixinho.
− Não?! Mas... e o papai?... O papai não estava em casa?
A menina balançou a cabeça.
− Não, não estava.
Os olhos de Adriana contraíram-se, mas ela tomou o cuidado de não passar sua apreensão para a filha.
− Tem certeza disso, querida?
− Tenho sim, mamãe. – A voz da menina tornou-se agora quase um sussurro inaudível. – Eu procurei por ele na casa inteira.
− Procurou também no quartinho onde ele pratica boxe?
− Ele não estava em lugar nenhum, mãezinha – e as lágrimas tornaram a aflorar em seus olhinhos. – Acredita em mim.
Já imaginando o que havia acontecido, Adriana puxou a filha para si e apertou-a contra o peito. Evidentemente, Roberto havia deixado a menina sozinha para vigiá-la na faculdade. Que absurdo!, pensou, enquanto afagava os cabelos de Letícia e reprimia a angústia.
− Oh!, lógico que acredito, minha querida. Desculpe se insisti na pergunta. Queria apenas ter certeza.
− Ele chegou apenas alguns minutos antes da senhora.
− Tudo bem, meu amor. Fique calma – pediu, embora ela própria não estivesse calma. Nem um pouco calma. Sentia vontade de torcer o pescoço de Roberto. Mas, quando percebeu que a filha parou de chorar, ela afastou-se um pouco e conseguiu exibir um sorriso, um olhar cheio de mistério: – Vou lhe contar um segredo...
Letícia franziu o cenho.
− Um segredo?
− Hum-humm...
− O que é um segredo, mamãe?
Adriana continuou sorrindo, apesar do desalento por trás de seu sorriso.
− Segredo é uma coisa que a gente só conta a alguém muito especial e que a gente confia muito, muito mesmo.
− Puxa!
− Escute, quando eu era pequenina como você e ficava sozinha, eu tinha uma amiguinha muito legal que me fazia companhia durante todo o tempo.
− Amiguinha?! – Letícia espichou os lábios para a frente e fez um lindo biquinho. – Mas eu não tenho nenhuma amiguinha para me fazer companhia, mamãe.
− Não? – Por um breve momento, Adriana correu os olhos pelo quarto todo decorado em rosa e branco, pelas prateleiras repletas de bonecas e ursos de pelúcia que a filha se apegara por pouco tempo. – Pois então espere só um momento. Já volto. Ah! E feche os olhos.
Em seguida, Adriana se levantou e foi para outro quarto, enquanto Letícia, impacientemente, sentava-se à cabeceira da cama e ouvia o barulho de caixas e mais caixas sendo reviradas. Sorriu, especulando o que poderia ser.
Demorou um pouco mais do que o esperado para Adriana encontrar o que queria, mas enfim voltou ao quarto da filha com algo nas mãos.
− Achei.
Era uma boneca de pano ridiculamente simples que a avó paterna trouxera da Espanha e lhe dera quando ela completou 5 anos de idade. Apesar disso, Adriana ainda era capaz de lembrar-se perfeitamente do momento exato em que a ganhara, e, principalmente, do quanto se apegara à sua Leninha.
− Pode abrir os olhos agora.
Letícia olhou para a boneca de longos braços e pernas com evidente admiração.
− Puxa! Que linda, mamãe!
− Talvez ela não seja tão bonita assim, meu anjinho, mas garanto que é uma ótima amiguinha.
− E a senhora vai dar para mim?
− Claro que sim!
A menina bateu palmas e depois estendeu os bracinhos para receber a boneca.
− E como é o nome dela, mamãe?
A alegria de Letícia contagiou Adriana.
− Leninha. Eu a chamava de Leninha. O que acha?
− É um bonito nome.
Adriana se ajeitou ao lado da filha e manteve o ar de mistério.
− E sabe o que fazia quando me sentia sozinha?
A menina girou o rosto para a mãe e em seguida meneou a cabeça.
− Não, mãezinha.
− Abraçava a Leninha com muita, muita força. Sabe por quê?
A menina tornou a menear a cabeça.
− Não. Por quê?
− Primeiro você tem de abraçá-la bem forte para descobrir.
Sem pestanejar, Letícia apertou a boneca de pano em seu peito e sorriu, quando os braços da boneca, movidos por molas, curvaram-se.
− Você viu o que aconteceu? – perguntou Adriana, sorrindo.
− Ela me abraçou também!
Imitando a filha, Adriana bateu palmas.
− Isso mesmo!
A menina não cabia em si de tanta felicidade.
− Obrigada, mãezinha! Muito obrigada.
Adriana faria de tudo para não deixar aquele brilho nos olhos da filha se apagar, assim como faria de tudo para protegê-la.
− Que bom que você gostou, minha querida.
Letícia deitou agarrada à boneca. Com toda delicadeza, Adriana estendeu a coberta por cima enquanto cantarolava uma antiga música de ninar espanhola, que seu pai cantava para fazê-la dormir:
"Y esta niña tiene sueño
tiene ganas de dormir
un ojo tiene cerrado
el otro no lo puede abrir
Ea, Ea, ro, ro.
Y esta niña es una rosa
esta niña es un clavel
y esta niña es un espejo
su madre se mira en él.
Ea, Ea, ro,ro".
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