Sem Fronteiras

By BarbaraGregorio2890

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*Proíbido pra menores de 18 anos! SINOPSE Tina Tuner é uma moradora da comunidade da Brasilândia, São Paulo... More

Retorno da Historia
Prólogo
Capitulo 1 - Tina
Capitulo 2 - Tina
Capitulo 3 - Leonel
Capítulo 4 - Tina
Capítulo 5 - Leonel
Capítulo 6 - Tina
Capítulo 7 - Leonel
Capítulo 8 - Tina
Capítulo 9 - Tina
Capítulo 12 - Leonel
Capítulo - 13 Tina
Capítulo 14 - Tina
Capítulo 15 - Tina
Capítulo 17 - Tina/Joana
Capítulo 18 - Leonel
Capítulo 19
Capítulo 20 - Tina
Capítulo 23 - Joana/Vítor
Capítulo 24 - Leonel
Captiulo 25 - Tina
Capítulo 26 - Leonel
Capítulo 27 - Tina
Capítulo 28 - Tina
Capítulo 30 - Leonel
Capítulo 31 - Joana/ Vítor
Capítulo 32 - Tina
Capítulo 33 - Ronnie
Capítulo 34 - Leonel/Verônica
Capítulo 35 - Leonel/Tina
Capítulo 36 - Tina
Capítulo 37 - Leonel/Tina
Capítulo 38 - Leonel/Tina
Capítulo 39 - Tina/Leonel
Epílogo
Agradecimentos
URGENTE

Capítulo 11 - Joana

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By BarbaraGregorio2890

Oi moçada!! Cheguei mais cedo! Esse capítulo tá grandinho mas é por uma boa causa, vocês vão conhecer melhor a Jô, melhor amiga da Tina Tuner!! Quero pedir por favor que comentem, conversem comigo please haha quero saber a opinião de vocês sobre o capítulo. Se o acharem digno de estrelinhas dê também :D! Obrigada gentee to muito feliz pela aceitação de vocês!! Vamo que vamo e Boa Leitura. :D

Desde os 9 anos eu e a Tina somos inseparáveís, depois que resolvemos aquela briguinha "tosca" não nos largamos nunca mais, crescemos juntas, corremos pelos becos da Brasilândia juntas, enfrentamos várias dificuldades juntas, gostamos da companhia uma da outra, somos irmãs de alma por isso estou tão feliz pela minha amiga, tudo está melhorando pra ela, conseguiu a ajuda pra ONG e de quebra arrumou um bom emprego, está até viajando pra outro estado vê se pode? Me sinto tão orgulhosa dela,eu sei que finalmente ela terá tudo o que merece. Agora, a situação não anda nada boa é pro meu lado, estou no meu último ano no curso de secretariado executivo tri língue e eu preciso urgente de um emprego, vovó Neia anda meio doente e estamos gastando muito com a manutenção dos seus medicamentos, o problema é que a única fonte de renda lá de casa está sendo a sua aposentadoria, ou seja um misero salário mínimo, estamos recebendo ajuda financeira de alguns vizinhos, incluíndo a Tina que ama de paixão a sua madrinha, minha amiga está sendo um bálsamo nesse nosso calvário. Eu sei vovó é muito querida por todos, mas preciso tomar essa responsabilidade pra mim que sou praticamente a única capaz de contornar toda essa situação, por anos foquei nos estudos mas agora não tem jeito, preciso agir! Mamãe ajuda no que pode com seus bicos de diarista, pois devido a um problema na perna não pode se fichar em lugar nenhum, papai é um encostado preguiçoso sem um pingo de vergonha na cara, o Anderson meu irmão mais velho, está mais preocupado em caçar encrenca e andar com gente que não presta do que trabalhar diga-se de passagem, ou seja, preciso fazer de tudo pra manter vovó bem da maneira que ela merece, sou a única com quem ela pode contar.

- Oi - dona lúcia me liga interrompendo meus devaneios.

- Alô Jô?.

- Fala mãe.

- Você está em casa?Preciso de um favor seu!

- Estou sim mãe! Pode falar, o que quer que eu faça?.

- A patroa, daquela diária de toda sexta, me deixou uma lista e o cartão de crédito pra que eu fosse até a um determinado armazém e comprasse esses itens para recepção de suas bodas de ouro, será que você poderia fazer isso por mim filha? Ainda tenho bastante trabalho pra fazer e hoje minhas pernas estão mais doloridas do que nunca.

- Claro mãe, vou sim! Me passe o endereço de onde está trabalhando hoje que eu irei.

- Ah obrigada minha filha! Estarei te esperando.... Anota aí...

Entro no estabelecimento, era uma delicatese (pelo menos estava escrito no letreiro que era) chique pra burro, elegantérrima, três andares de loja, a fachada era recoberta de madeira de lei, dava pra ver os enormes lutres acesso lá dentro. Logo na minha chegada o segurança me lançou aquele olhar do tipo: O que é que você está fazendo aqui? Até verifiquei se meu short e a minha camiseta estavam sujos! Arrogância mandou lembrança pro sujeito! E eu me prestei a passar por ele de queixo erguido dizendo mentalmente: Saí da minha frente babaca! Faço a compra em tempo recorde, coloquei tudo que estava na lista dentro do carrinho, apesar de ter alguns produtos que precisei de ajuda para encontrar, tipo aquele caviar "nunca vi, nem comi, eu só ouço falar" sabe? Poisé tudo muito "mulheres ricas" , um mercado pra gente da high socity, cheio de pessoas elegantes e bem vestidas até demais, algumas delas me lançavam uns olhares estranhos e inquisidores mas daí eu dei um "beijinho no ombro" e finji que nem era comigo.

Passando compra pelo caixa escuto os xingamentos de uma perua loira, rica, siliconada e mal educada atrás de mim.

- Não sei o porque que essa gentinha insiste em frenquentar um lugar como esse!

- Oi? - ela me olhou com cara de nojo e não respondeu.

- Se a senhora estiver falando comigo, saiba que eu tenho tanto direito de estar aqui quanto a senhora. - digo no meu tom mais educado.

- Ah mas não tem mesmo querida! Se ponha no seu lugar, que com certeza não é esse!

- Olha não vou discutir com a senhora, não vale a pena, e além do mais minha mãe me ensinou a respeitar os mais velhos - dou uma risadinha. A mulher devia ter no máximo uns 35 anos, ela só faltou por fogo pelas ventas

- Ora sua favelada insolente - Sorri mais ainda mostrando todos os dentes e dei as costas. É assim que se trata gente ignorante.

Ela mudou para o caixa livre e acabamos de passar as compras juntas, não sei, mas as vezes parecia que ela estava me observando meus movimentos, me esperando... como se quisesse a garantia do exato momento em que eu iria sair dali, enrolei o máximo possível, quando eu decidi sair e atravessar aaquela briguinhaporta que apita ela estava do meu lado copiando meus movimentos, Foi tudo muito rápido, a porta apitou indicando furto e os 5 seguranças frontais caíram violentamente pra cima de mim, me prenderam pelos braços e se comunicaram com alguém dizendo:

- Pegamos uma mediante tentando praticar um furto senhor! - estava em choque sem reação - Sim senhor, estamos esperando! - depois ele me olhou e disse:

- Bem que quando eu te vi entrando aqui eu desconfiei, esse lugar não é pra você, veio até aqui pra aprontar, não é? Vamos ter que dar um jeito em você. - Meu estado de choque migrou pra desespero, comecei a chorar não acreditando naquela situação, quando o chefe da segurança chegou foi logo me perguntando grosseiramente:

- O que é que você roubou? - me senti completamente humilhada deslocada, como jamais estive na vida. - Anda Fala! Sua ladra sem vergonha! - apertou meu queixo a ponto de machucar.

- Eu não roubei nada, eu juro! - disse chorando alto e soluçando. - Aii você tá me machucado...

- Sério que você quer que eu acredite nisso?! Jorge abra a bolsa e as sacolas dela, jogue tudo no chão, vamos ver se você não pegou nada mesmo!

- Meu Deus, Eu quero morrer! Isso só pode ser um pesadelo!.

- Isso é bem real e você não vai morrer, você vai pra cadeia, lá é o lugar de gente como você. - disse com um sorriso diabólico.

- Porque o senhor está fazendo isso comigo? Não viu que uma outra senhora atravessou essa porta junto comigo? Porque você não a revista também? - os granfinos que passavam observavam a cena e saíam sorrindo, sim eu estava me sentindo um lixo humano.

- Simples querida! Olhe pra ela e olhe pra você, não temos dúvida de quem é a verdadeira criminosa por aqui.- Não estava acreditando no que ouvi

- É porque eu sou negra é? - ficaram em silêncio - Respondam! - gritei - Não estou acreditando nisso em pleno século XXI. Meu Deus! Infelizmente estou acostumada com o racismo velado, mas assim e a primeira vez

- Cala a sua boca mocinha, você deu jeito de esconder seus furtos no meio dessas sacolas, mas achamos um cartão de crédito na sua bolsa que está no nome de uma de nossas clientes a Dra. Mônica Simonini, será que você o roubou também? Hein? - disse me segurando pelo braço a ponto de machucar. - Jorge a leve pro quartinho até a polícia chegar - Comecei a me debater e gritar pedindo por socorro enquanto era arrastada, ao passamos pelas laterais eis que uma boa alma vem ao meu socorro.

- O que está acontecendo aqui, porque estão arrastando essa moça? - um homem lindo de terno bem cortado pergunta.

- Ela é uma ladra senhor, um perigo pra sociedade, vamos coloca-lá na sala de segurança até a polícia chegar.

- É mentira moço, eu não roubei nada... Eu juro! Acredita em mim por favor!! - olhei pra ele suplicando com o meu olhar cheios de lágrimas, pedi a Deus pra que ao menos alguém acreditasse em mim.

- Soltem essa garota! - ele disse num tom ríspido.

- Mas senhor, não podemos fazer isso temos que entrega-la a polícia. - disse o chefe.

- Já disse pra soltar! Quero conversar com ela, se ela for realmente culpada eu mesmo a entregarei, ela está na minha responsabilidade. Sou Vítor Simonini diretor da Benevenutti Cars - como mágica imediatamente me soltaram e eu corri pro seus braços, abraçei o desconhecido como se ele fosse a chuva no nordeste, chorei, solucei, botando pra fora toda a minha indignação e revolta pela humilhação que me fizeram passar instantes atrás.

- Fique calma e me conte o que aconteceu - retribuiu meu abraço me olhando de uma maneira singela.

- Eles me acusaram....eles me acusaram de roubo... Eu não fiz nada, eu vim até aqui porque minha mãe pediu pra que eu fizesse umas compras pra patroa da diária de sexta dela, Eu não ladra... eu não sou! Tinha uma outra moça muito chique que atravessou essa porta que apita ao mesmo tempo que eu atravessei, eles me acusaram porque sou negra e pobre, é isso, eu sei! - solucei

- Senhor, a porta anti-furto apitou quando ela passou. Não tem possibilidade de ser a Sra. Mendes Andrada, a autora desse crime é essa daí, - me apontou com as sobrancelhas- Aqui não é um local onde pessoas como ela possam circular, por isso a nossa certeza - fez cara de desdém - não identificamos ainda o que ela roubou mas encontramos um cartão de crédito suspeito.

- Como assim pessoas como ela? O que ela tem de errado? ela tem o direito de ir e vir pra onde ela quiser, na hora que ela quiser e você tem que respeitar, é um direito que está na constituição. A única certeza que você deveria ter é que o racismo é um crime inafiançável - ele colocou o dedo em resite e seu corpo na frente do meu como se quisesse me proteger rosnando irritado.

- Senhor olha só, esse cartão de crédito é uma prova. - estendeu o cartão pra ele. - ele é de uma cliente muito importante.

Ele o pegou, olhou, analisou, pensou e disse:

- Mas esse cartão de crédito é da minha mãe! - enrrugou a testa

- Eu não disse senhor! Alguma coisa de errado tem, sua mãe é uma das nossas melhores clientes - o cínico do segurança deu um sorrizinho vitorioso.

- Não acredito! Você é filha da Lúcia? - sorriu largamente.

- Sim sou - respondi com uma voz choroza.

- Ah cara, eu vou arrancar suas calças, as suas e as do dono desse estabelecimento aí! Você mexeu com a filha de uma das pessoas mais honestas que conheço! Tenho certeza que ela nunca roubaria nada! Conheço a mãe dessa garota desde os 2 anos de idade. Vou meter um processo em vocês que vocês vão aprender a respeitar o próximo. - Adorei ver ele me defendendo.

- Senhor, olhe, me desculpe...- vi o medo nos olhos daqueles abutres sem coração.

- Não é a mim que deve desculpas e sim a ela, amanhã meus advogados entrarão em contato com o proprietário, quero todas as imagens das câmeras de segurança com a data de hoje e é melhor ele ceder. Vou esfregar a honestidade dela na cara de vocês.

- Sim senhor! - respondeu de cabeça baixa.

- Agora nos dê licença, quando os policiais chegarem os despense, vamos a uma delegacia, quero falar pessoalmente com um delegado.

- DELEGACIA! - olhos esbugalhados

- Sim, vamos registrar um B.O contra vocês! Racismo é crime já te disse.

- Mas Senhor...

- Vamos Joana - ele lembra meu nome, lembra meu nome...Eu também nunca, jamais esqueceria o dele, Vítor!

Entramos num lindo Masserati e seguimos pra 62° DP de São Paulo, Vítor relatou todo o ocorrido com riqueza de detalhes pro delegado, se preocupou tanto comigo sem ao menos me conhecer, já o adoro de imediato! Tá, tá bom, ele também é um gato...gostoso...delícia... Estou atraída por ele admito. Meu herói!

Ele fez questão de me levar em casa, aproveitei pra conversar bastante e conhece-lo melhor, Vítor não ficou pra trás o Masserati se tornou um tribunal de inquisição espanhola, quis saber sobre meus estudos, o trabalho (que não tenho) e até preferencias musicais, isso sem contar as olhadas famintas que me deu, olhava desejoso pro meu corpo, pra minhas pernas... Quando chegamos ao nosso destino ele disse:

- Que dia hein Joana?

- Poisé.... E eu nem sei como te agradecer Vítor! Obrigada por tudo! Nem sei o que seria de mim hoje se não fosse você .

- Não precisa Jô - Jô ele me chamou de Jô - Eu não fiz mais do que a minha obrigação! Odeio gente ignorante! Não admito que qualquer pessoa seja mal tratada daquela forma na minha frente! E te conhecer com certeza foi a melhor maneira de você me agradecer, você é muito especial, em pouco tempo já notei isso - pisou um olho sorriu com os dentes mais brancos do que camisa branca de molho na cândida! Simplesmente lindo. Fiquei totalmente sem graça com suas palavras, mas depois me lembrei de algo que estava matutando na cabeça

- Ah Vítor, Não que seja da minha conta... mas o que você foi fazer lá na loja? E como sabia que a Lúcia era minha mãe?

- Minha mãe me ligou pedindo pra comprar dois produtos " de vida ou morte" que não estavam na lista que ela deu para sua mãe. A Lúcia também me ligou, só que antes da mamãe, dizendo que se eu quisesse algo de especial da rua, era pra falar enquanto a filha dela estivesse no mercado, ou seja você! Montei o quebra cabeça quando vi o cartão Dra. Mônica nas mãos do segurança. Sua mãe sempre trabalhou pra gente, você não sabia? Como agora infelizmente ela está um pouco impossibilitada de trabalhar todos os dias, minha mãe propôs somente a sexta pra ficar mais tranquilo pra ela. Gostamos muito dela.

- Aah sim - murmurei e assenti com os olhos vagos - Eu sabia que ela trabalhou e trabalha para um casal de médicos, que ela super adora e que agora sei que são seus pais - sorri- nunca fui em nenhum local de trabalho da mamãe, aliás quando fui nunca passei do portão, ela não gosta muito, diz que não quer que chegue perto da realidade dela, porque não quer que eu seja como ela... Pura bobagem, morro de orgulho dela!

- E deve ter mesmo! Sua mãe é um ser humano incrível.

- É sim! Ela e a vovó... São meus exemplos!Bem... Agora eu preciso ir Vítor, obrigada mais uma vez.

- Já disse que não precisa agradecer, me passe seu número, essa história não acabou, preciso te manter informada. Vou te ligar - me olhou nos olhos e eu tremi como "vara verde"

- Sim - digitei meu número na tela do seu Iphone.

- Sabe...tô pensando aqui... Você subiu o morro tranquilatente... Não tem medo? É que Todos tem...

- Medo de que? De gente? De gente trabalhadora e honesta? Perigo, pessoas ruins existem em todos os lugares, não sou um iludido, estou com você e sei que não me deixaria vir se eu corresse realmente perigo. Mas saiba que a sociedade não me manipula, Tenho certeza que aqui vivem pessoas maravilhosas - Suas palavras só reafirmaram o ser humano incrível que é.

Ficamos nos olhando em silêncio por alguns minutos até que eu decidi abraça-lo, demonstrando assim o tamanho da importância que ele teve na minha vida no dia de hoje, ele retribuiu forte e me beijou na buchecha desejando boa noite.

- Sua cor é Linda - passou o polegar pelo meu rosto, pela minha bochecha e eu sorri, por dentro estava pulando de alegria- Espere por mim, eu vou te ligar Jô - murmurou enquanto eu saia do carro e me afastava de costas em direção a minha casa, foi como se ele me fizesse uma ameaça velada...

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