Capítulo 6 - Tina

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A semana voou e meu trabalho está indo de vento em poupa, Margô esteve sempre a disposição pra me ajudar, consegui comparecer quase que todos os dia a ONG por me sentir menos cansada e mais feliz com o meu novo local de trabalho, em compesação a toda essa nova vida, Leonel mal olhou na minha cara em todos esses dias, sempre o via pelos corredores e o máximo que ele fazia era me comprimentar com um aceno de cabeça, não sei exatamente o porque mas estou me sentindo incomodada com isso, hoje é sexta-feira é o dia de entregar os relatórios e os gráficos de qualidade e satisfação dos clientes pra ele, estou apreensiva, essa será a prova final de que eu realmente estou me adaptanto e cumprindo minhas funções corretamente. Às 4:30 da tarde, exatamente meia hora antes de ir embora eis que o Sr.Benevenutti solicita a minha presença a sala da presidência.

- Pode entrar querida, ele já está te espera! - Margô diz sorrindo e sorrindo também eu atravesso a porta ao encontro dele, que está sentado me olhando com uma expressão seria demais pro meu gosto...

- Srta. Tina, sente-se por favor - faço o que ele pede - está com os relatórios que te pedi? - pergunta ainda sério.

- Sim estou, pode conferir - digo tremendo de medo ou ansiedade não sei. Ele os pega da minha mão, lê e me encara por alguns minutos sem dizer nada. Repentinamente ele quebra o silêncio.

- Estou impressionado Srta. Os relatórios estão impecáveis, fez um exelente trabalho, meus parabéns - murmurou ainda sério e de cenho franzido. Euhein qual é o problema desse cara afinal? Me fazendo de rogada digo:

- Obrigada Sr., Fiz o possivel para que o meu trabalho tivesse um resultado ao menos satisfátório, obrigada por reconhecer meu esforço - digo sorrindo.

- Não precisa agradecer, na maioria das vezes reconheço o esforço alheio! Espero que a srta. continue rendendo dessa maneira, não espero menos da srta. - disse curto e grosso! Mas é mesmo um arrogante de uma figa.

- Pode deixar, no que depender de mim o Sr. nunca se decepcionará comigo. - digo o encarando da maneira como ele faz comigo as vezes - Agora com licença senhor eu presiso ir já esta na minha hora - digo já me virando pra sair quando o ouço me chamar...

-Srta. Tina! - me viro da porta pra o olhar mas não digo nada- Se divirta lá na festa da sua comunidade, É hoje não é?. - seus olhos me perfurando outra vez

- Obrigada, É sim Senhor. Mas saiba que ainda não desisti de você Leonel - falei seu nome de propósito - na proxima quero você conosco. Prometo que nenhum de nós ira lhe assaltar ok?. - Faço um joinha com a mão, ele apenas acena sério e eu saio sorrindo, por um motivo ainda desconhecido por mim.

Arrumei minha coisas, "catei" minha bolsa, peguei a lotação e fui direto pro salão da jandira fazer o cabelo pra festa da ONG, confesso que não estou muito animada, mas sei que devo comparecer ao menos apresentável, afinal amo aquele lugar, aquelas crianças e lutei tanto por esse projeto durante todos esses anos, que também preciso partilhar e compartilhar de toda essa felicidade, pena que o Leonel não quis vir, ando pensando tanto nele ultimamente que acho que iria gostar de vê-lo conhecendo a minha gente! É, sou mesmo uma sádica, uma tola incorrigível.

Hidratei, escovei os cabelos e fui pra casa tomar um banho e relaxar, estava num devaneio louco me ensaboando e imaginando as mãos e a boca daquele gostoso ignorante do Leonel em mim quando o Jhon grita da porta...

- Ô Maninhaaa! Seu telefone ta berrando aqui em cima do sofá.

- Quem é? Olha aí no visor! - grito de volta.

- Numero desconhecido, atende! Deve ser importante, pode ser lá da ONG, esse telefone não para de tocar - disse batendo na porta e eu abri uma fresta me escondendo e esticando a mão pra pegar meu telefone. - Já vou indo Tina, eu e a Whitney vamos pra festa direto da casa da dinda, nos encontramos lá! Tchau - disse atrás da porta.

Sem FronteirasWhere stories live. Discover now