Girassol (Até 20 Agosto)

By autorajessalves

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Solana é uma garota rebelde, que já foi expulsa de três colégios. Enlouquecendo a vida da mãe. No entanto, é... More

Recado
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05 - Simon
Capítulo 06
Capítulo 07 - Simon
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capitulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15 - Simon
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capitulo 19 - Simon
Capítulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capítulo 24 - Simon
Capítulo 25 - Simon
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30 - Simon
Capítulo 31 - Simon
Capítulo 32 - Simon
Capítulo 33
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Final
Epílogo - Simon
Extra.
Romance Dark e Sobrenatural

Capitulo 34

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By autorajessalves

Quantos desejos você já realizou? Quantos sonhos se tornaram realidade? Eu procurava por um sentimento, por uma sensação que fizesse meu coração bater mais forte. Queria sentir de novo a alegria de segurar em um pincel e desenhar as mais lindas paisagens, queria olhar para alguém e sentir um carinho especial. Queria ser amada novamente e eu consegui tudo isso.
Eu Solana Malta consegui vencer o luto, a dor de perder alguém, os tormentos que os traumas me traziam e muitas dores. Pode parecer difícil, horrível, você pode pensar que o sofrimento vai consumir a sua alma. Mas acredite, tudo passa, nada é para sempre. Não deixe uma mágoa, um rancor ou um trauma lhe afastar da felicidade que a vida pode trazer. Liberte o seu coração, liberte a sua mente. Sabe esse pensamento negativo que pode dominar a sua cabeça? NÃO É VERDADE!
Você merece ser feliz, todos nós merecemos. Só precisamos acreditar na bondade, no amor e nas amizades. Acreditar na honestidade e na nossa força de fazer o bem. E dom de perdoar!

─ Pai…

O Senhor Sérgio, como todos os chamam estava passando as últimas instruções para os funcionários. Simon, arrumava os últimos arranjos de flores para levar até os feirantes.

─ Sim, filha!

─ Eu só queria dizer que eu te amo, te amo muito mesmo!

Ele não soube como reagir a minha declaração, mas eu tomei a iniciativa, o abraçando com força.

─ Me perdoe por ignorar as suas ligações.

Meu pai retribuiu o abraço, suspirando aliviado.

─ Eu também te amo minha flor mais linda. Obrigado por tudo, Sol. Obrigado por simplesmente existir.

─ Vamos ficar bem, todos nós!

─ O aniversário do Simon está chegando, vamos comemorar essa reconciliação entre pai e filha em grande estilo. ─ soltei uma risada.

─ Simon me pediu em casamento. ─ conto um pouco receosa com sua reação, mas meu pai relaxou com a revelação.

─ Quero que você seja feliz, quero que conquiste todos os seus sonhos, filha. E sempre terá meu apoio.

─ Obrigada pai!

Beija o topo da minha cabeça.

─ Precisamos ir, não pretendo demorar.

─ Está certo, não esqueça de trazer meu xampu.

─ Simon; ─ gritou meu pai. ─ Não esqueça o xampu da sua noiva.

─ Nossa, Solana já contou a novidade?

─ Conhece o ritmo dessa fazenda, as novidades aqui voam longe.

Simon gargalhou.

─ Vou fazê-la feliz, Sérgio.

─ Não duvido disso!

Simon aproximou-se.

─ Volto para casa com o seu xampu e com nossas alianças.

Fico na ponta dos pés para alcançar os seus lábios e depositar um beijo estalado.

─ Não demore lenhador, não consigo ficar longe de você.

─ Sim senhora, futura esposa!

Simon entrou na picape, meu pai acenou antes de dar vida ao motor e dirigir até a cidade.

─ Sol; ─ chamou Morgan. ─ Eles já foram?

─ Sim, mas não irão demorar.

─ Ótimo, Violet e Bruna estavam te procurando. Acho que estão próximas do viveiro.

─ Obrigada Morgan, vou procurá-las.

Segui até o viveiro, que lembrava um pequeno cogumelo. Cercado por telas, o seu charme estava no telhado arredondado e as telhas avermelhadas pintadas com bolinhas brancas. O jardim próximo do pequeno viveiro, esbanjava a delicadeza das violetas lilás e azuis. Bancos e redes presas em um galho de uma goiabeira. O chão com um gramado perfeito, um lugar ótimo para descansar ouvindo o canto dos canários e mandarins. Violet e Bruna discutiam fervorosamente, o que aconteceu agora?

─ Eles são novos, precisam de alimentação por uma seringa; ─ esbraveja Bruna, segurando na cintura. ─ São filhotes, não vão sobreviver.

─ Precisamos achar o ninho, então!

─ Olá, posso saber o motivo da discussão? ─ Pergunto ao me aproximar.

─ A sua irmã quer colocar dois filhotes de pássaros que caiu do ninho, dentro do viveiro. Eles não sabem se alimentar sozinhos. Precisam da mãe.

─ Violet, como você encontrou esses pássaros?

Ela protegeu os filhotes com as mãos, formando uma concha ao redor deles.

─ Encontrei próximos do planície, Bruna insiste em me dizer que eles não irão sobreviver.

─ Eu sou veterinária…

─ Correção; ─ minha voz sobrepôs. ─ Você ainda não é veterinária. Se a Violet quer cuidar do bichinho, qual é o problema?

Bruna revirou os olhos.

─ Eu não gosto de interferir na natureza. Ela tem um ciclo, e devemos respeitá-la.

─ Eu concordo com você, mas Violet só quer ajudar. Você é veterinária, pode auxiliá-la.

─ Por favor, Bruninha. ─ Choramingou Violet, lembrando uma criança. ─ Quando eles estiverem prontos, podemos soltá-los na natureza novamente.  

─ Está certo, precisamos de palhas para formar um ninho e preparar uma papinha com trigo, aveia e farinha de milho.

─ Que maravilhoso, eles precisam de um nome. Que tal? Agustinho e Floribella?

Eu e Bruna trocamos olhares.

─ Vih, sem exageros. Não se apague muito, você precisa devolvê-lo para a natureza.

─ Mas tem um viveiro inteiro com pássaros na fazenda. Hipócrita! ─ disparou Violet.

─ Pense como quiser. Entretanto, se você soltar esses pássaros na natureza. Todos morreram em uma semana. De fome e de sede, ou se tornaram lanchinho.

─ Que horror!

─ É a mais pura verdade.

─ Bom, já que as duas entraram em um acordo. Quero saber o que as duas estavam fazendo na divisa dos Luizianas? ─ Questiono.

Violet empalideceu, Bruna disfarçou arrancando uma flor do jardim. Afastando-se máximo que pode.

─ Eu só estava conversando com Taylan Resker, ele é um amigo.

─ Um amigo?

Ela aquiesceu, com o olhar baixo.

─ Simon me contou que ele está noivo. Não acho certo esses encontros escondidos.

─ E você é a senhora certinha; ─ Bruna interferiu. ─ Taylan está sendo obrigado a se casar com aquela Turca mimada, assim como você.

─ Eu mimada? Você não me conhece Bruna, pare de esbravejar suas opiniões em cima de achismos.

─ Achismos? As duas sempre tiveram de tudo.

─ O quê?

─ Bruna, está exagerando. Eu e a Solana, não tivemos uma adolescência de luxo como você pensa. ─ Explica Violet.

─ Jura? Então, como podem me explicar a fortuna depositada em uma conta de banco destinada para as duas. Eu estava ajudando com a contabilidade do Sérgio e acabei descobrindo que as duas são extremamente ricas.

Ah meu Deus, eu acho que vou esbofetear essa garota.

─ Sim, temos uma conta bancária alta. No entanto, só estávamos autorizadas a movimentar o dinheiro quando atingissemos a maioridade.

─ E a Vanessa? ─ Indagou incrédula.

─ Nossa mãe estava proibida de movimentar nosso dinheiro. Não sei o porquê nosso pai tomou tal atitude. Mas, infelizmente não tivemos uma vida luxuosa como você pensa. Minha mãe batalhou muito nos últimos anos. Bruna, a vida não é tão simples como pode imaginar. ─ encerra Violet, caminhando até o viveiro para acomodar os filhotes de pássaros.

─ Eu sinto muito, eu-eu não sabia. ─ Diz Bruna com um leve rubor nas bochechas.

─ Agora sabe, chegou o momento de parar com essas discussões infantis. Já somos adultas, moramos na mesma fazenda e toda vez que nos encontrar será assim? Uma troca de ataques totalmente inútil?

Eu consegui seguir em frente, perdoar meu pai, enterrar o rancor junto com meus traumas. E libertar meu coração para amar e ser feliz. Viver nessa inimizade com essa garota está sendo cansativo. Não tenho mais espaço para tais sentimentos na minha vida. Aqui só paira energias boas, não quero e não vou voltar a ser a Solana de antes. Não depois de tudo que estou vivendo com o Simon, depois que de tudo que presenciei nesse lugar. Chega, já basta!
Bruna não me respondeu, apenas afirmou com a cabeça em concordância. Para mim foi o bastante.

─ Violet, quero levá-la em um lugar. Bruna, você também! ─ Digo, dando meia volta.

Quero mostrar a vista dos campos de girassóis do topo da colina, acho que um banho de cachoeira fará bem para nós três.













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