Capitulo 19 - Simon

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Esse sempre foi o problema dela, amar demais. Solana ama intensamente. Ela ama ao ponto de viver um luto por anos, de entregar seu coração sem pensar nas consequências.
Mas essa linda garota precisa entender que o amor, é um sentimento majestoso que move montanhas e nos faz ultrapassar oceanos. Entretanto, não podemos esquecer que tudo em excesso castiga, é o caso da Solana. Amar não é sacrificar a sua vida, seus sonhos e esquecer de si mesma. Amar é uma dádiva, que nos leva para luz e não para uma escuridão. Essa é uma das lições que quero passar para ela!
Acredito em destino, na sorte, no livro da vida onde tudo pode estar escrito. Afinal, qual explicação eu teria agora? Já dormi com muitas mulheres antes. E não tenho uma resposta para o que estou experimentando. Não existe palavra no mundo que expresse o que estou sentindo neste momento. O cheiro do perfume adocicado da sua pele, as suas mãos percorrendo os meus ombros. Os gemidos altos e as bochechas coradas. Eu não queria machucá-la, mas é impossível.
Quero ouvi-la gritar o meu nome.
Quero essa cena presa na minha memória até meu último suspiro. Quero que essa mulher para mim, hoje, amanhã e até quando Deus permitir.

─ Simon, você é lindo!

Essa voz, rouca e cheia de prazer. Me faz perder os sentidos, me faz esquecer quem eu sou. Me apossei dos seus lábios, com um beijo que me tranquilizou. Quando tudo começou pensei que estava sonhando, quando ela disse que estava apaixonada achei que estava vivendo uma alucinação. Mas o beijo, com sua deliciosa agitação me faz acreditar que tudo é real, que eu sou o primeiro dela. Solana retribui todos os toques e beijos com a mesma paixão, mesmo quando perdi o controle e metia com força a fazendo gritar.
Estamos indo além, não esperava que uma jovem do Rio de Janeiro fosse se tornar meu mundo em poucos dias de convivência.
O sol esquentava o nossos corpos ou era excitação, eu já não sei… Estou perdido, entregue nessa transa. Não queria pensar no tempo, porque ele simplesmente deixou de existir. Era só eu e ela, só nós dois! As nossas respirações se mesclando, enquanto investia sem parar dentro dela, um encaixe perfeito. Solana gemia descontrolada quando um orgasmo lhe atingiu como um relâmpago, seu corpo estremecendo, vibrando com fervor ao sentir o ápice do nosso prazer. Para meu êxtase, deixo-me levar, continuando a penetrá-la profundamente com velocidade, preenchendo o seu ventre com estocadas fortes, em direção de um orgasmo forte e intenso.
Quando terminamos, Solana estava sorridente e lágrimas escorriam dos seus olhos.

─ Por favor, diga-me que essas lágrimas não são de dor.

─ Dor? ─ gemeu, acariciando meu rosto. ─ Hmm, essas lágrimas são de alegria.

Meu coração pulsava, nunca me senti tão feliz. Nem mesmo quando consegui me formar na Universidade, essa felicidade é diferente, é mais completa e pura. Sai de dentro dela com cuidado, Solana se contorceu por um instante.

─ Está tudo bem? Não minta para mim!

─ Certo, estou um pouco dolorida. Mas é a minha primeira vez.

─ Por que não me contou que era virgem? ─ Indago, franzindo o cenho.

─ Você não iria continuar.

Não, com certeza não!
Sempre corri quilômetros de distância quando encontrava uma garota virgem. Acho que todas as mulheres deveriam dormir com alguém que as respeita e confia, alguém que as ame verdadeiramente. E honestamente, eu amo tanto Solana que pensaria em algo especial, único e que ficará preso na memória dela para sempre. Mesmo se um dia o tempo vier nos separar, ela vai lembrar do homem que mora em uma fazenda em Minas Gerais, que fez a sua primeira vez ser inesquecível. Mas, eu fui um idiota e agi errado duas vezes.
Primeiro; não perguntei se ela era virgem. Solana evita sentir, evita sentir qualquer sentimento e emoções. Eu deveria saber, ela jamais deixaria um homem toca-la.
Segundo; eu não usei camisinha.

─ Simon… ─ Sentou-se, fixando seus olhos castanhos em meu perfil. ─ É meu feitio ficar mergulhada em pensamentos.

─ Sol, transamos no topo de uma colina. Você era virgem, transamos no chão, deitamos em cima de uma manta…

─ Eu amei; ─ cortou ela. ─ Simon foi perfeito, olhe para esse lugar, olhe para essa vista. Se todas as mulheres tivessem a chance de apreciar uma vista como essa com alguém que ama, tenho a absoluta certeza que a vida delas seria mais mágica.

─ Mas…

─ Shh. ─ cala-me, pousando seu dedo indicador nos meus lábios. ─ Foi especial, eu sempre vou lembrar desse dia.

Solana levantou-se, fiquei inerte, atordoado com a beleza desta mulher. Ela caminhou em direção da cachoeira, olhando por cima dos ombros.

─ Você não vem? Estou muito suada e esse calor não quer deixar o meu corpo.

Eu assenti, a seguindo até a cachoeira. Onde nadamos e brincamos igual duas crianças, fizemos amor na água para minha surpresa Solana aguentou mais duas rodadas de sexo avassalador. Voltei para a cabana com um sorriso bobo no rosto, igual um garotinho que ganha o seu primeiro vídeo game. Encontrei minha avó e meu irmão na sala, os dois mantiveram a conversa.

─ Otávio ama essa fazenda, não entendo essa sua revolta. ─ comenta ela.

─ Sérgio é um homem insuportável. Ele humilhou o Simon e o meu pai. E senhora quer eu cruze os braços e fique admirando?

─ O que está acontecendo? ─ Interpelo, evitando pisar no tapete, estou com a roupa molhada.

─ Otávio está conversando com Sérgio, estão decidindo; ─ minha avó enrola um pano de louça parecendo muito nervosa. ─ Bom, sobre a demissão. O teu pai quer propor um acordo!

Balanço a cabeça indignado.

─ Nosso pai é veterinário, um ótimo agricultor, trabalha no campo desde criança. Conhece essa fazenda, cada centímetro dela, acre após acre. As planícies, até quantas cercas que nos separam dos campos vizinhos. ─ Digo em plena convicção. ─ Sérgio será louco se demiti-lo.

─ Ah, tenham paciência. Ele prefere ficar nessa fazenda, sendo humilhado por homem transtornado? É doente, igual a filha.

─ Mais uma palavra que você citar ou melhor, se você pensar em ofender a Solana. Você vai voltar para cidade indo diretamente procurar um dentista, porque eu vou quebrar todos os dentes da sua boca. ─ Trovejo, cerrando os punhos de raiva.

Minha avó enrubesceu, mas meu irmão manteve a mesma expressão enojada.

─ Todos sabemos que você está apaixonado pela filha do patrão, mas dormir com essa patricinha mimada vai lhe causar muita dor de cabeça.

Avanço sem pensar para socar o rosto do meu irmão, mas sou impedido por nossa avó.

─ Já chega, sou uma senhora de idade e não posso passar por estresse. Fabiano, respeite a escolha do seu irmão. Larissa não foi uma escolha que eu e seu pai aplaudimos. Não preciso citar todos os defeitos da sua esposa. O senhor sabe muito bem o quanto ela pode ser desprezível. ─ censura, dando leves batidinhas no ombro do meu irmão.  ─ E se você Senhor Simon Gustavo, espero que essa sua brincadeira na cachoeira não tenha a ver com a virtude daquela moça. Acha que sou boba, menino?

Meu rosto queimou, fui obrigado a desviar o olhar, totalmente envergonhado.

─ Se estamos todos entendidos, agora eu quero saber, onde está a Solana?

─ Ela foi conversar com o pai, não me disse qual assunto irá tratar com ele. E também não quis perguntar. Solana tem transtornos, mas é decidida quando quer. ─ Argumento.











Girassol (Até 20 Agosto) Where stories live. Discover now