Girassol (Até 20 Agosto)

By autorajessalves

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Solana é uma garota rebelde, que já foi expulsa de três colégios. Enlouquecendo a vida da mãe. No entanto, é... More

Recado
Capítulo 01
Capítulo 02
Capítulo 03
Capítulo 04
Capítulo 05 - Simon
Capítulo 06
Capítulo 07 - Simon
Capítulo 08
Capítulo 09
Capítulo 10
Capítulo 11
Capitulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15 - Simon
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capitulo 19 - Simon
Capítulo 20
Capitulo 21
Capítulo 22
Capitulo 23
Capítulo 24 - Simon
Capítulo 25 - Simon
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30 - Simon
Capítulo 31 - Simon
Capítulo 33
Capitulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Final
Epílogo - Simon
Extra.
Romance Dark e Sobrenatural

Capítulo 32 - Simon

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By autorajessalves

─ Então, você é a gêmea má? ─ Perguntei em um tom zombeteiro.

Estamos em uma loja de acessórios femininos, Violet até agora não comprou nada. Andamos de loja em loja, ela só observava tudo, sem deixar uma única peça sem fiscalização.

─ Exatamente, nunca fui a irmã boazinha.

Franzi a testa diante da confissão.

─ Nunca foi? Então Solana está enganada.
Violet me encarou séria.

─ Quando eu era criança, sempre fui a filha bagunceira, meus pais evitavam me levar nas exposições dos filhos prodígios. Sebastian e Solana sempre estavam na minha frente.

─ Talvez, esteja equivocada. É nítido que o amor que a sua mãe sente por você!

─ Esse amor começou a existir depois que Sebastian morreu.

Agora está fazendo sentindo, Violet foi uma criança que sentiu-se rejeitada a maior parte da infância. Os irmãos tinham o dom incrível da arte e ela era apenas uma criança que não entendia os sentimentos dolorosos que surgiam com as recusas dos pais.

─ Solana me contou que a sua mãe escondeu todas as fotos do Sebastian?

Ela afirmou, com uma expressão triste.

─ Sim, com a minha ajuda. Eu até incentivei a minha mãe a queimá-las.

─ Você se sentiu melhor incentivando a sua mãe a apagar as lembranças do seu irmão?

─ Muito; ─ os olhos lacrimejam. ─ Eu sou uma pessoa horrível, mas eu achei que era a minha chance de ser diferente. De ser como a Solana e o Sebastian…

─ Violet, você queria ser como os seus irmãos? Vih, cada pessoa carrega o seu dom.

Ela limpa as lágrimas.

─ Por que eu não podia estar nas exposições de artes? Por que eu não podia viajar com eles? Eu precisava ficar com a Tia Nana ou com a vovó. Enquanto a Solana e o Sebastian estavam participando de premiações.

─ Hmmm, não é fácil cuidar de uma criança em uma viagem, imagina três! Violet, os seus irmãos tinham essa atenção a mais como você mesma deduz, porque era necessário um adulto por perto. Solana me contou as histórias do Sebastian, sobre os quadros as vendas.

─ Sim, eu entendo tudo hoje. No entanto, me sinto tão mal. Meu irmão morreu, o acidente foi tão horrível e eu só conseguia pensar na minha chance de ser boa o suficiente para meus pais.

Suspirei fundo.

─ Vih, olhe para mim; ─ segurei em seu rosto. ─ Nunca seremos bons o suficiente, somos humanos. Erramos, temos defeitos. E você só era uma criança que não compreendia. Vamos mudar esses pensamentos de rejeição, mas eu preciso da sua ajuda. Certo?

Fungou, balançando a cabeça em confirmação.
─ Muito bem, estou orgulhoso.

─ Que casal bonito.

Há não, essa voz não!
Violet girou em direção do Taylan.

─ O que você quer? ─ Altero a voz.

─ Só quero cumprimentar a minha amiga, Solana não apareceu mais na feira, sentimos a sua falta; ─ Violet termina de limpar as lágrimas. ─ Oh, eu acho que cheguei em um momento inoportuno.

─ Não, tudo bem; ─ volta a fungar. ─ E corrigindo, eu não sou a Solana. Sou a irmã gêmea.

Taylan ficou petrificado, mal piscada.

─ Irmã gêmea? ─ me encarou incrédulo.

─ Você é surdo? Exatamente, irmã gêmea. Vamos Violet…

─ Espere, é difícil de acreditar. Entretanto, Solana não tem leucocoria.

─ Eu perdi a visão do olho direito. E a minha irmã tem uma cicatriz no braço, é fácil nos identificar. Eu sou a Violet ou a Violeta, como preferir me chamar.

É a primeira vez que vejo o Taylan ficar roxo, sim o homem está mudando de cor, igual um camaleão. Mas eu lhe entendo, Violet assim como a irmã, fica linda quando chora. Os olhos castanhos-escuros, ganham uma tonalidade mais clara e as bochechas coradas e os lábios mais vermelhos.

─ Respire homem… ─ Digo, fazendo Tylan puxar o ar profundamente.

─ Eu sou o Taylan, sa-sabe é um prazer.

─ Hmm, Taylan que nome bonito e forte. Gostei. ─ Violet colocou o cabelo por trás do orelha, mordendo o lábio inferior.

Ah não, essa tática eu conheço.

─ Vih, precisamos ir até uma drogaria.

─ Você quer nos acompanhar? ─ Perguntou para Taylan que rapidamente me olhou, o homem parecia não acreditar no estava acontecendo.

─ Você quer a minha companhia?

─ Não, ela não quer. Violet, por favor.

─ Taylan, meu amor; ─ uma garota usando um véu na cabeça aproximou-se. ─ Encontrei a pulseira. Olá, quem são?

Taylan pigarreou, completamente nervoso.

─ Simon e Violet, moram na fazenda vizinha. Essa é Latiffa minha noiva.

─ Oh, noiva. ─ Violet encolheu-se, como se tivesse levado um soco no estômago. Sinceramente, até eu estou surpreso. Taylan, noivo? O cara é um galinha!

─ Já que que estamos todos apresentados, precisamos voltar tem alguém de cama nos esperando na fazenda. ─ Lembro, fazendo Violet endireitar a coluna, erguendo os olhos para me encarar.

─ Está certo, precisamos ir. Bom, foi um prazer conhecê-los. Já que somos vizinhos, adoraria uma vizinha.

─ Agradecemos o convite. ─ Diz Latiffa.

Saímos da loja em silêncio, Violet mantinha uma expressão triste. Merda, ela ficou mesmo afim do cara.

─ Vih, Taylan tentou me acusar de roubo.

─ O quê?

Abro a porta do carro para ela.

─ Se você estiver pensando em conhecer o Taylan melhor mesmo sabendo que ele tem uma noiva. É bom ficar ciente do seu caráter.

─ Por que ele fez isso? ─ Interpelou.

─ Inveja, egoísmo e falsidade.

─ Não somos tão diferentes. ─ finalizou entrando no carro.

Essas irmãs Maltas são extremamente teimosas.

✧✧✧

Solana dormia tranquilamente quando chegamos, aproveitei a oportunidade para pesquisar ensinos a distância. Encontrei vários sites. No entanto, só dois me pareceu confiável. Agora é só esperar a Solana acordar e matricular-se para começar os estudos no próximo ano. Que não vai demorar para chegar.

─ Oi… ─ Dona Vanessa entrou segurando uma bandeja de cama. ─ Trouxe um lanchinho para vocês.

─ Obrigado.

Ela coloca a bandeja nos pés da cama.

─ A sua avó fez um chá calmante que fez nossa Sol dormir rapidinho.

─ Ótimo, o sono alivia a dor; ─ ela aquiesceu. ─ Está gostando da fazenda?

─ É diferente do Rio de Janeiro, aqui tudo é tão calmo e singelo.

─ É um bom lugar para se morar. Eu também deixei a cidade para viver aqui, gosto da sensação que a fazenda me traz.

─ Dona Mariana me contou um pouco sobre a história de vocês. Não tenho palavras para agradecer tudo que fez por minha filha.

─ Eu acho que me apaixonei por ela no momento que nos conhecemos. Solana, é muito importante para mim. ─ Confesso, arrancando um riso majestoso de Vanessa.

─ Sol é uma mulher de sorte, você é um bom homem.

─ Na verdade, acho que a Solana é meu trevo de quatro folhas.

─ Quando ela acordar, pode me chamar? Estarei na sala de visita com Dona Mariana e com Eliana. ─ informa-me.

─ É claro, vou chamá-la.

Quando Vanessa saiu do quarto, deitei do lado da Solana e me deixei cair em um sono profundo. Mas com sonhos perturbadores: Eu estava sozinho no bosque, em frente a velha casa. Ela estava reformada e linda. Com cores vibrantes e um jardim deslumbrante. A casa estava como imaginei, pronta para uma família feliz e completa. No entanto, um fogo começou a consumir cada detalhe dela. Um incêndio horrível consumiu até mesmo as árvores ao redor, fumaça, um cheiro estranho de sangue e barulhos de sirenes.

─ SIMON, ACORDE…

O grito da Solana me fez pular da cama, assustado e ofegante. Que sonho estranho foi esse?

─ Está tudo bem? Você começou a se debater na cama. Estava tendo um pesadelo.

Observei o brilho do Sol desaparecendo do cômodo, era fim de tarde.

─ Sonhei com a velha casa!

─ Aquela que carrega as lendas do Saci Pererê? ─ Gracejou.

─ Exatamente, sonhei que ela estava reformada e um incêndio horrível começou. O fogo destruiu tudo, tinha um cheiro estranho de sangue e…

─ Simon, você é Psicólogo e está cismado com um sonho?

─ Minha avó acredita que os sonhos são como avisos e premonições. Sol, eu sou psicólogo… No entanto, a minha profissão não interfere nas minhas crenças. Eu cresci ouvindo lendas, eu cresci com as crenças e costumes da minha avó.  

─ Tudo bem; ─ beija meus lábios com carinho. ─ Vamos até a velha casa no bosque e depois você vai contar para a sua avó sobre o sonho.
─ E as cólicas?

─ Eu estou ótima; ─ prende o cabelo. ─ Tomei um banho e já comi quase toda aquela comida da bandeja, deixei dois pedaços de bolo para você.

─ Por que não me acordou? ─ puxei a bandeja para perto.

─ Você estava em um sono profundo, parecia cansado. Não quis incomodá-lo. Agora coma, eu vou procurar a Violet e perguntar se ela não quer nos acompanhar até a velha casa.

Eu concordei, devorando os pedaços de bolo. Sol pode tentar, mas acho que a Violet não é o tipo de garota que gosta de adentrar em um bosque.



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