Enquanto Baekhyun e Kyungsoo trabalhavam no trator - eu duvidava muito da existência do referido trator - e Chanyeol jogava com Mina, JangMi e eu tivemos uma pequena conversa. Eu tinha ouvido falar de Chanyeol que ele já recebi interrogatório de JangMi naquela manhã e que não era tão ruim assim.
— Você é um garoto tão bonito. O que você está fazendo com um garoto como Baekhyun?
Eu quase me engasguei com meu terceiro copo de chá gelado.
Esse negócio era bom.
— Eu honestamente não sei.
Ela me deu uma olhada.
— Ele pode ser um menino doce quando ele quer, mas as vezes eu me preocupo com ele. Eu não quero nem saber o que ele tem a fazer.
Nada de bom, era o que tinha a fazer. Montes e montes de nada bom. Mordi a minha língua.
— Ele tem aquele charme de menino ruim sobre ele, porém... — ela disse com um sorriso. Droga, a mulher poderia ganhar o concurso mundial do sorriso. — SeulKi também era assim. "Problema" estava escrito em toda parte sobre ele. — Chanyeol e Mina estavam jogando Go Fish e pelo que eu podia dizer, Mina iria chutar a bunda dele. — Eu não estava muito feliz quando ele começou a tatuar o corpo, eu vou te dizer isso. Se sua mãe, que Deus a tenha, soubesse disso, ela teria tido um ataque.
Eu realmente, realmente queria perguntar sobre sua mãe, mas não queria parecer que eu estava tentando bisbilhotar.
Eu também não ia dizer a ela que eu achava as tatuagens muito além de sexys.
— Enquanto ele não tiver uma moto, acho que meu coração vai ser capaz de suportar. Agradeçoàs estrelas que Kyung nunca entrou para esse tipo de coisa. Eu teria arrancado aqueles olhos enormes que ele tem. — eu ri. — Você tem um sorriso lindo. Alguém já lhe disse isso?
— Baekhyun. — disse sem pensar.
— Ele diria isso. — ela se virou para assisti Mina e olhou para mim. Ela realmente olhou. Como se estivesse tentando ver no fundo da minha alma. Eu tentei não vacilar enquanto ela terminava o seu exame. — Eu pensei em Baekhyun como meu filho, e como sua mãe é o meu trabalho examinar quaisquer machos potenciais em quem ele pode estar interessado e isto não é nada pessoal, é meu trabalho.
— E? — eu perguntei hesitante. Esta mulher tinha claramente um conjunto de presas por trás dessas pérolas brancas. Eu observei.
— Eu não quero que ele te machuque. Eu não quero que você o machuque.
— Eu tão pouco. Nós não estamos envolvidos… Assim, de qualquer maneira. — eu não sabia o caminho que nós estávamos tomando. Eu tinha certeza que não havia uma definição para isso, ainda.
Ela me deu, outra vez, mais um dos olhares de laser. Era pior que os seguranças do aeroporto.
— Ainda. Você não está envolvido, mas querido, eu nunca vi esse menino tão fixado em alguém como ele é com você. Você teria que ser cego para não ver.
Sim, sim. Eu lutei contra a vontade de revirar os olhos. Ela não entendeu o quão complicado era isso.
— O amor é simples. Você cai e é isso. Você vai trabalhar em colocar as outras coisas para fora. Você só tem que se deixar cair e ter fé de que alguém vai estar lá para pegar você.
Eu não queria fazer nenhuma queda. Cair geralmente levava a conhecer uma superfície dura de uma forma desagradável.
— Tudo bem, isso é o sufixo terceiro grau. Agora me diga um pouco mais sobre si mesmo. Esse tópico está pairando em você.
Eu não lhe disse que Baekhyun escolheu cair fora.
Continuamos a nossa conversa, mas eu poderia dizer que ela ainda estava me observando.
(…)
— Eles são ótimos. A sua família. — falei, no final da tarde quando Baekhyun e eu voltamos para o campus. Ele tinha estado principalmente, em silêncio desde que saímos. JangMi me deu um grande abraço e me disse para voltar logo, e Mina me fez prometer que eu iria cantar com ela de novo. SeulKi apertou minha mão e disse que eu era um bom garoto. Kyungsoo e Chanyeol se hospedaram para mais outra noite, então eu disse que iria vê-los no dia seguinte.
— Eles são.
— Você está agindo estranho.
— Como?
— Eu nunca vi você tão quieto. Você parece como se alguém tivesse morrido. — eu imediatamente percebi o meu erro. — Me desculpe, não foi o que quis dizer.
— Não, eu merecia. Eu não estou muito bem, Sehun. — ele quase nunca me chamava pelo meu nome real. Acho que eu não gostei muito.
— Eu sei. Mas isso não lhe dá licença para ser um idiota.
— Eu sou o que sou. Se você não gosta disso, há uma maneira simples de cair fora. Você tem três opções. Me odeie, me ame ou me pegue. Escolha o seu veneno.
— Foda-se.
— Essa é uma das opções.
— Eu nunca mais vou te dar carona de novo.
— Isso é bom. Agora eu sei onde você guarda suas chaves. Tibby e eu gostaríamos de ter um bom tempo. — disse ele batendo no painel.
— Eu juro por Deus, Baekhyun, se você roubar esse carro, eu vou te apunhalar enquanto dorme.
— Tudo bem. Vá em frente.
O que estava de errado com ele? Liguei um cd velho de pop qualquer só para o irritar. Ele olhou pela janela e bateu a perna.
Um, dois, três, quatro, cinco. Eu queria quebrar cada um de seus cinco dedos para que ele não pudesse mais batê-los.
Eu não falei com ele de novo até que estávamos de volta ao campus. Baekhyun levou seu violão e eu carregava um recipiente de plástico com as sobras que JangMi tinha me forçado a levar enquanto eu caminhava para a porta. Como eu poderia dizer nao?
Eu fui imediatamente para o quarto e fechei a porta. Fiquei lá por várias horas, mastigando as sobras dos Do e lendo. Pensei em ligar para Seunghee, mas eu realmente não queria saber o que ela tinha a dizer sobre essa situação. Eu não queria conselhos, que seria o que ela me daria, não importando se não fosse solicitado.
Eu estava em profunda agonia com os personagens burros do livro quando ouvi vozes na sala de estar. Devia ser Taeyong e Mark.
Houve uma batida suave na porta. Baekhyun nunca bateu em nossa porta.
— Eu, nós estamos indo qo Green. Você quer vir? Eu vou te comprar uma bebida. — balancei a cabeça, sem olhar para cima do meu livro. — Vamos lá, Sweet.
— Você vem dizendo isso muito para mim ultimamente.
— Graças a Deus, ele fala.
— Me morda.
— Já disse que faço isso com muito prazer, mas né... Bom, se você está me insultando, deve significar que você está de volta ao normal. Venha com a gente. Vai ser divertido. Você pode dançar e me provocar de novo.
— Você vai deixar eu quebrar uma garrafa de cerveja na sua cabeça? Porque eu tô muito a fim de fazer isso.
— Vamos te levar lá pra fora e ver como as coisas vão. Eu poderia deixá-lo começar um soco, dependendo de quanto eu esteja bêbado.
Eu nunca tinha visto Baekhyun bêbado. Ele bebia algumas cervejas, mas eu nunca o tinha visto fora de controle, como a maioria das pessoas ficam. Desde que eu era pequeno, o álcool me afetava como um martelo. Eu só precisava de um ou dois dinks e eu estava em terra feliz. Eu nunca tinha visto o apelo de ficar bêbado. Até essa noite.
— Estou dentro. — falei balançando as penas sobre minha cama e pulando para fora. Eu limpei o desastre das minhas roupas de manhã, mas até encontrar uma camiseta boa ia ser outra viagem através da lama.
Baekhyun olhou para o armário. Ele sabia onde minha mente estava.
— Vista aquela rosa à esquerda. — ele apontou, e eu vi um pedaço de rosa bebê. Era uma camiseta que eu tinha, mas eu nunca tinha usado. Seunghee tinha me dado uns anos atrás, de natal. — E essa calça skinny preta.
— Quem é você? Meu consultor de moda?
— Se é pra ficar pronto mais rápido, com certeza. Eu serei seu consultor de moda.
Eu agarrei a camiseta e a ergui. Na verdade, ela não parecia tão ruim.
— Estamos prontos quando você estiver. — ele disse, antes de sair para eu me trocar. Ia ser interessante sair com eles, dos três eu era o mais alto, sei que é besteira, mas seria idiota da minha parte me achar um cafetão?
Ok, é realmente uma coisa idiota, mas fazer o quê?