SAGE. || H.S

By Alasca_hs

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Aquela típica história clichê -ou não- onde Sage é uma boa garota, simpática e bem humorada e Harry é o anti... More

× esclarecimentos da autora ×
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SAGE VAI SER DELETADA???
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By Alasca_hs

ATENÇÃO: ESSE CAPÍTULO PODE CONTER GATILHOS, SE VOCÊ ESTÁ PASSANDO POR UMA SITUAÇÃO ONDE ESTÁ VULNERÁVEL A ESSES GATILHOS NÃO LEIA ESSE CAPÍTULO.
E LEMBRE-SE SEMPRE DE QUE VOCÊ NÃO ESTÁ SOZINHO. QUEM QUISER CONVERSAR PODE ME CHAMAR NO PV, VOU SEMPRE AJUDAR DA MANEIRA QUE EU PUDER. AMO VOCÊS.

Boa leitura ♥️

POV Harry

Algumas horas antes do encontro

Eu me sinto tão ansioso. Puta que pariu. Da onde vem isso? Me sinto tão feliz também. Eu não estou acostumado com essa mistura.

Eu me sinto um otário.

Mas eu não consigo tirar esse sorriso ridículo do meu rosto.

Abro a porta com tanta força que a bato na parede e Mitch, a cuidadora da minha mãe, aparece com seus olhos verdes enormes, assustada.

- Menino, qualquer dia você vai me matar do coração! - caminho até a mulher e lhe dou um beijo em sua bochecha.

- Me desculpas. - ela apenas sorri. - Cadê minha mãe? - indago.

- Tá lá no quarto dela. Ela estava dormindo. Esses remédios à derrubam! - afirmo com a cabeça.

- Olha, eu acho que vou chegar tarde hoje. Nem sei se volto pra casa, na verdade. - sorrio.

- Alguma festa? - pergunta. Nego com a cabeça.

- Acho que é um encontro, na verdade. - eu sabia que não deveria ter dito nada quando ela junta suas mãos gordinhas no peito e seus olhos enchem de lágrima.

- Aaaaah, Edward! Eu sabia que esse momento chegaria para você! - a encaro ofendido.

- Como assim, Mitch? - ela ri.

- É que você é tão fechado, fiquei preocupada que ninguém nunca fosse amolecer seu coração. - Mitch não sabe do Louis. Ela não estava aqui quando tudo aconteceu porque, se tivesse, não estaria falando isso.

Reviro meus olhos, brincando.
- Meu coração continua duro e frio como um gelo! - afirmo sem convicção alguma e ela da uma risada um tanto debochada.

- Um gelo derretido, eu sei! - a lanço um olhar ofendido pela segunda vez só hoje.

- Eu não sou obrigada a ficar ouvindo você me ofender desse jeito. Adeus! - começo a subir  as escadas em direção ao quarto da minha mãe enquanto escuto a risada de Mitch.

Quando entro, as cortinas estão fechadas e ele está escuro, mas consigo ver seus olhos verdes abertos, fixados na parede como se pensasse milhares de coisas ao mesmo tempo. Tudo o que eu queria era saber o que se passava por aquela mente, quem sabe assim eu poderia entendê-la. Quem sabe assim eu poderia ajudá-la... Tudo o que eu queria era saber como ajudá-la. Mas nada é tão simples quanto se quer, e eu amaldiçoava o universo por isso.

- Uma flor não pode fazer fotossíntese sem os raios do sol, sabia? - ela me olha e sorri. Apenas um curvar de lábios, mas é o melhor que eu tenho conseguido tirar dela ultimamente então, eu fico feliz.

- Como você está? - pergunto a ela que bate em seu lado na cama como um convite.

- Vou ficar melhor quando você estiver deitado aqui comigo. - já vou tirando minhas botas e as jogando de canto antes mesmo dela terminar sua frase.

Eu, literalmente, me jogo na cama e me aninho em seu peito. Fecho os olhos quando a sensação de confortabilidade me atinge.
Ela é o amor da minha vida. Sempre tivemos uma relação muito amorosa, ela sempre ficou do meu lado quando meu pai pegava no meu pé, apesar de o amar muito também, ela sempre me escolhia. Também sempre foi difícil para ela lidar com o desprezo de Gemma sobre si, então nos apoiávamos. Estarei aqui por ela enquanto ela precisar de mim, e quando não precisar mais, estarei aqui também.
Quando minha mãe conseguir melhorar o seu estado, eu pretendo viajar com ela pelo mundo. Já fiz a lista de quais países vamos ir, e o que vamos fazer em cada um. Ela deu sua opinião sobre o assunto também. Minha mãe já viajou para muitos lugares, já teve muitas aventuras quando tinha um pouco mais da minha idade. Quero que ela se sinta jovem de novo; quero que ela se sinta viva.

- Hmmm... queria sua opinião sobre uma coisa. - começo.

- Hmmm, pode dizer! - me apoio em meu braço e encaro seu rosto.

- Eu tenho um encontro hoje. Um de verdade, depois do Louis...- ela faz um barulho de desgosto quando menciono o nome do garoto e, logo depois, pergunta:

- Com aquela menina que você trouxe aqui aquele dia? - me assusto um pouco quando ela pergunta porque, quando Anne tem episódios como aquele, ela nunca se lembra.

Tento desfazer minha expressão surpresa antes que ela perceba e afirmo com a cabeça.
- Sage, é o nome dela. - informo. Ela fica em silêncio por um instante e logo depois constata:

- Ela foi a primeira, desde o Garoto. - reviro os olhos.

- É, eu estou recuperado. Obrigada! - digo com ironia porque mencionar ele me incomoda. Não por eu ainda sentir algo —eu não sinto—, mas por não saber como ele acabou virando aquela pessoa, tenho medo de ter culpa nisso mas, enfim.

- Ninguém se recupera, vai sempre fazer parte de quem você é. - fico em silêncio porque sei que, em partes, é verdade. - Bom, você quer minha ajuda? - afirmo com a cabeça.

- Eu quero que seja especial, sabe? Quero que ela se lembre mesmo se um dia não der mais certo.

- Você precisa fazer isso em um lugar incomum. Um lugar que seja só de vocês... pode ser onde vocês se beijaram pela primeira vez. - E como um estalo súbito, eu já sabia o que fazer e, bem, se as minhas bochechas estavam vergonhosamente vermelhas, ninguém tinha nada a ver com isso.

Fiquei deitado ali durante um tempo aproveitando a companhia da minha mãe, enquanto ela perguntava coisas sobre a minha vida, perguntava sobre Sage, especificamente.
Quando eu disse que precisava ir, ela me abraçou tão forte como nunca tinha feito e eu quis ficar ali para sempre. Minha mãe deu um beijo em minha testa e disse quase como um sussurro:

- Obrigada por nunca me abandonar, eu queria ser mais forte por você, queria estar aqui por você. Sempre senti que estava te dando uma responsabilidade que não era sua, então, te vendo agora, diferente, fico feliz que você tenha alguém para amar, além de mim... alguém por quem você deve lutar... Eu estou falando de você, Harry. - um nó se formou em minha garganta. Eu senti vontade de chorar, por isso prendi minha respiração. Eu queria ser forte por ela e, tinha medo de que ela achasse que eu não dava conta de cuidar dela se visse que eu era, na verdade, uma farsa. - Eu não sou a melhor pessoa para te pedir isso, mas quero que você seja forte. Eu sei que você é. A vida vai se tornar difícil, mas eu não quero que você desista como eu. - respirei fundo e tentei interrompê-la pois aquilo estava me incomodando. Eu odiava vê-la falar assim. Ela não desistiu, só precisava de um tempo para se recuperar... as coisas iriam melhorar. Eu queria prometer àquilo para ela.

- Mãe... não diz isso. - ela sorriu e deixou outro beijo em minha testa.

- Não chora, você não precisa chorar. Hoje vai ser um dia bom pra você. Você vai se divertir. Promete? - fiquei em silêncio - promete? - ela perguntou de novo.

- Eu prometo! - sim, eu vou fazer isso. Vou fazer isso por ela.

- Eu te amo, Curly. - sorri ao vê-la sorrir pela segunda vez só hoje. E aquela vez, parecia de verdade.

- Eu te amo, mãe.

**

POV SAGE

Algumas horas depois do encontro

A vida é imprevisível na medida em que você não consegue nem saber se vai conseguir dar o próximo passo quando está caminhando. Se o relógio vai mesmo despertar na hora em que você colocou. Se aquele ônibus que você perdeu e praguejou até conseguir pegar outro, não iria mudar sua vida, virá-la de cabeça para baixo ou até mesmo tirar ela. Talvez, planos seja apenas mais uma das milhares de maneiras de não te fazer desistir; de te fazer acreditar que o amanhã, que o futuro vai chegar. Porquê se não, o que haveria para nós?
Estar desse lado, o lado de não saber o que vai acontecer e mesmo assim esperar que aconteça, pode te fazer enlouquecer.
Isso não está nas nossas mãos e, se estiver nas mãos de alguém (universo, aliens, Deus), "Ele" terá de ter uma explicação muito boa.

Harry não derramou uma lágrima se quer durante o caminho que fizemos até chegar em sua casa. Ele estava em choque.
Havia policiais, ambulância, faixas amarelas cercando o jardim. Mas sua mãe, a pessoa que ele queria ver, não estava ali. Ela já havia sido levada. E foi melhor assim. Harry não aguentaria vê-la, não daquele jeito.

Mitch, a cuidadora de Anne disse que só havia ido dormir depois de checar se ela estava dormindo também. Mas, em algum momento da madrugada, Anne acordou.
Em algum momento ela pegou a chave de Mitch, a chave do armário onde a mulher mantinha todos os remédios. Remédios fortes.
Em algum momento Anne virou dois frascos em sua mão.
Em algum momento ela teve estômago para encher um copo d'água.
Em algum momento ela decidiu que o melhor a fazer era tirar sua vida.
Em algum momento ela se sentiu tão vazia que não pensava em nada.
Em algum momento ela desligou aquela parte do cérebro que impede que você se machuque. Que você tire sua própria vida.
Ela caminhou até o Jardim, que era seu lugar favorito. Um lugar bonito. Cheio de cor e vida que apresentava uma ironia sufocante.
Ela se foi.
Ela caiu como um dominó e Harry fazia parte de uma das peças.
Ele caiu também. Do pior jeito que se pode cair.

**

Esse capítulo era pra ser maior taokei?
Só que eu quase não to tendo tempo pra escrever pq to trabalhando de dia e fazendo curso de noite e, como faz séculos que não posto nada, queria dar algo pra vcs.
E gente, é provável que Sage tenha apenas mais 2 ou 3 capítulos no máximo. Então, podem começar a se despedir e peguem os lencinhos porque daqui pro final só piora.

Amo vocês.

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