Acordei com gritos sendo ecoados pelo corredor, antes que eu pudesse raciocinar oque estava acontecendo a porta do meu quarto foi brutalmente aberta e em um piscar de olhos eu já estava sendo arrastada para fora da cama. Não consegui ver quem era que estava me puxando mas também eu tinha que me focar em correr e não cair e acompanhar os movimentos imprevisíveis do homem que estava me puxando.
- Venha rápido! - o homem disse quase em sussurros. Só então comecei a reparar em suas roupas, ele só podia ser um guarda.
- Oque está acontecendo?! Quem é você?! - eu disse um pouco alto demais.
- O castelo está sendo invadido. E eu sou August, o cara que fica na sua porta. A seu dispor senhorita. - antes que eu pudesse responde-lo ele me empurrou para trás oque me fez cair, e logo em seguida um homem todo de preto e com o rosto coberto por uma máscara de lobo apareceu segurando uma espada. O homem uivou e partiu para cima do guarda que com um movimento rápido e ágil tirou sua espada e acertou o homem no abdômen oque o fez cair de joelhos e se espatifar logo em seguida com as mãos no corte, mas antes de fechar os olhos ele me lançou um olhar frio e murmurou palavras que eu não consegui entender. Eu devia estar com os olhos arregalados. Mas oque está acontecendo? Nunca ouvi nada a respeito do castelo já ter sido invadido. Antes que meus pensamentos fossem finalizados o guarda me levantou com um único puxão oque me fez cair e apoiar minhas mãos em seu tórax, me afastei rapidamente e começamos a correr. Viramos um, dois, três corredores e paramos de frente para um grande quadro, o maior que eu já tinha visto ali no castelo.
- Não se mexa. - o guarda me alertou se virou para o quadro e precionou alguns botões que estavam pintados na tela, depois de poucos segundos o guarda empurrou o quadro e um buraco preto foi revelado. Ele se virou para mim pegou minha mão e me puxou para dentro.
Depois de uma infinidade de escadas e de corredores sem nem uma iluminação paramos em um quarto escuro, o guarda me soltou e saiu de perto de mim, logo em seguida o quarto se iluminou e eu pude ver cada detalhe daquele lugar. Era um lugar relativamente pequeno, tinha umas cinco camas ali e um banheiro, do outro lado tinha uma grande prateleira repleta de alimentos enlatados, as paredes do lugar eram todas na cor creme e era um lugar muito frio. Só agora me lembrei que eu devia estar com as roupas de ontem a noite, olhei para baixo e na verdade eu estava de camisola, acho que arregalei os olhos na hora que vi minhas roupas. Eu estava usando apenas uma camisola de seda preta que ia até um pouco acima dos joelhos, meus cabelos estavam soltou e eu estava descalça.
- Senhorita eu preciso te explicar umas coisas. - o guarda disse me olhando de cima a baixo. Acho que eu corei um pouco. Ele limpou a garganta e continuou. - Primeiro este lugar é um dos lugares secretos de proteção real. Sim é só para a família real, mas este era o mais perto do seu quarto. Segundo este local só pode ser aberto por fora ou com a senha secreta que apenas guardas ou pessoas de confiança do rei podem saber. Terceiro aqui possui estoque de alimento para uma semana. Quarto você ficará aqui até que alguém a ache ou depois de dois dias quando a porta se abrir sozinha. Quinto está sala é aprova de sons nada do que acontecer aqui dentro poderá ser ouvido lá fora, mas tudo oque acontece lá pode se ouvir daqui. Agora que você já sabe o básico eu preciso ir para ajudar lá fora. Com licença senhorita. - antes que eu pudesse dizer qualquer coisa ele saiu apressadamente e entrou dentro do corredor escuro. Eu fiquei ali sozinha, sem saber ao certo oque estava acontecendo, e nem oque eu devia fazer. Resolvi descobrir o lugar, andei até as camas e vi que cada uma delas possuia um travesseiro e um cobertor, peguei um e me enrolei, fui em direção ao banheiro e vi que lá só tinha o básico uma pia e uma privada e nada mais. Sai e fui ver oque tinha para comer. Me aproximei da prateleira e comecei a ler as embalagens, milho enlatado, ervilha enlatada, feijão pronto, sopa pronta, mel, barrinhas de cereais, garrafas de água, pêssego enlatado, me abaixei para olhar a última prateleira e quase dei pulinhos de alegria tinha chocolate! Achei chocolate de todos os sabores e marcas. Peguei algumas barras de chocolate e me sentei em uma cama, abri e comecei a comer. Será que eu vou ficar aqui por muito tempo? Como será que estão as coisas lá em cima? Será que os príncipes estão bem? Como estão as outras garotas? Será que a Monique e Florence estão bem? Mas oque será que está acontecendo exatamente? Quem invadiu o castelo? E se todo mundo morrer? E se me encontrarem aqui? Allice para! Não se precipite!
Eu já estou aqui em baixo sozinha faz um bom tempo, estou tremendo de frio e já peguei os cinco cobertores e tudo oque eu podia ouvir eram barulhos de socos, gritos, espadas, e uivos. O pânico já estava tomando conta de mim. A cada minuto que eu passava ali sozinha mais o medo crescia. Eu não sabia oque estava acontecendo, não sabia nem sair daquele lugar! Será que muitas pessoas estão feridas?
Depois de um bom tempo ainda podia ouvir a luta lá em cima, os sons só estão aumentando, me enrolei ainda mais nos cobertores deixando apenas um buraco para poder respirar. Ficar nesse lugar sozinha é muito aterrorizante, eu me assustava com qualquer barulho achando que alguém podia ter descoberto meu esconderijo.
Eu não faço idéia de que horas são, já que nesse lugar não tem um relógio e nem dá para saber se já é de dia ou se é noite porque aqui também não tinha janelas. Tudo oque eu sei é que a luta já acabou pois eu não consigo escutar mais nada além do aterrorizante silêncio.
Eu não consego fechar os olhos pois sempre que o faço a imagem do guarda esfaqueando o homem e olhar frio que ele me lançou vinha em minha cabeça. Eu estou com sono mas não consigo dormir. O silêncio é total eu não consigo ouvir mais nada além de ruídos e sons aleatórios. Acho que eu já comi mais de cinco barras de chocolate, joguei as embalagens todas no chão ao lado da cama e me deitei de lado, o lado oposto de onde fica o corredor.
Pensamentos apareciam e sumiam em minha mente, eu estou pensando em subir lá em cima e ver como estão às coisas, mas e se alguém como o cara de preto me vir? Acho que nada de bom iria acontecer... Mas afinal, quem são esses caras? Uma gangue mafiosa? Inimigos de Stormiland? Será que mataram alguém? Um barulho me fez estremecer e me encolher um pouco mais embaixo das cobertas. Parece que já se passaram horas! O rei consegue pensar em fazer vários esconderijos, mas não consegue pensar em colocar relógios neles?! Bom se ninguém não me achar aquela porta vai se abrir sozinha uma hora outra, mas como eu vou fazer para chegar lá? E se ninguém me achar como eu vou saber a hora de sair? Que saco! Querer um simples relógio é pedir demais?! Muito obrigada majestade, muito obrigada!
Acho que acabei pegando no sono, pois acordei quase caindo da cama, as cobertas estavam no chão e eu tremendo de frio, peguei uma e me enrolei e levantei calmamente, fui para o banheiro lavei meu rosto e abri um espelho que tinha ali, atrás deles tem várias escovas de dente todas ainda lacradas, escovas de cabelo, cremes dentais, fios dentais e tem até alguns copos. Abri uma embalagem e peguei uma escova rosa com azul. Depois de escovar os dentes e pentear os cabelos resolvi comer alguma coisa. Peguei umas barrinhas de cereais e o pêssego enlatado, achei por ali um abridor de latas e voltei para cama. Enquanto eu comia fiquei pensando no café da manhã do palácio e percebi que já me acostumei a comer daque jeito cheio de opções e muita fartura, se eu sair daqui vou ter que me readaptar a uma vida sem tudo isso e acho que não vai ser tão fácil...
Não sabia que horas eram e nem quanto tempo se passou, só sei que parece que estou aqui sozinha há séculos, é muito chato ficar aqui sozinha sem ter nada para fazer! Se ao menos tivesse um relógio... Acho que se eu ficar muito tempo aqui vou acabar ficando meio doidinha, hoje mais cedo eu acabei falando com a barrinha de cereal... Ahh eu quero sair daqui!!! Desde que acordei não escutei barulho algum de luta, na verdade não escutei foi nada. Eu nem sei quanto tempo ainda falta para que eu possa sair, ou ser encontrada.
O tempo foi passando e eu já estava com fome de novo, dessa vez eu comi sopa pronta, não gostei muito, mas quando se está presa e sozinha qualquer coisa serve. Eu já estava agoniada ali dentro, não sabia como está à situação lá em cima e nem se estão todos bem. Será que alguém se lembrou de mim? Para de drama Allice, você só esta aqui há pouco tempo, eu acho. Ouvi um barulho bem estranho vindo de lá de cima e fiquei na esperança de terem se lembrado e vindo me buscar, mas ai lembrei que podia ser os caras de preto e fique com um certo medo. No fim nada aconteceu continuei ali sozinha, isolada, esquecida...
Pelos meus cálculos hoje devia ser o dia em que a porta se abriria automaticamente e eu estaria livre. Mas como eu ia fazer para chegar até a porta? Resolvi ir procurar pelos corredores, me enrolei em uma coberta e descalça comecei a caminhar em direção ao lugar escuro. Andei por pouco tempo e dei de cara com um corredor que se dividia entre direita e esquerda, depois de um cinco minutos pensando escolhi a esquerda por começar com E de esperança. Depois de um bom tempo andando acabei chegando no final do túnel e nada. Frustada voltei e peguei o caminho da direita e depois de andar um pouco me deparei com uma fileira de escadas agora acertei! Depois de subir uma escadaria sem fim vi uma luz no fim do túnel, realmente tinha uma luz ali. Sai correndo e parei de frente para luz, ali estava à parte de traz do quadro por onde eu entrei! Dei pulinhos de alegria e empurrei o quadro, mas nada aconteceu. Não! Eu devo ter empurrado errado. Empurra certo essa coisa Allice! Depois de tentar umas dez vezes e nada acontecer desisti, e me sentei de costas para o quadro, senti meus olhos úmidos e uma lágrima desceu pela minha bochecha, a enxuguei e levantei, eu acabei descobri que sou um pouco claustrofóbica, ficar ali sem poder sair estava me deixando doida e apavorada. Voltei pelo mesmo caminho que vim e me joguei na cama. Espero que isso acabe logo. No jantar - eu acho que era no jantar afinal eu não tenho aonde ver as horas, já que alguém não penso em colocar relógios nesse lugar - eu comi milho com feijão - eu sei péssima combinação - depois peguei mais uns chocolates e deitei. Eu quero sair logo daqui. Não aquento mais. Que solidão. Pensando nessas coisas o sono logo veio e eu apaguei.
Acordei com uma barra de chocolate em cima do meu rosto, como foi que isso parou ali? Joguei ela para a outra cama e fui para o banheiro, fiz o mesmo do outro dia, lavei o rosto, passei fio dental, escovei os dentes e penteei os cabelos. Depois comi alguma coisa - que por sinal eu já tinha comido quase tudo - e fiquei na cama pensando na vida. Cansada de não fazer nada, resolvi ver se a porta magicamente se abriu. Refiz o percurso, errei algumas vez em alguns corredores mas logo chegeui até a porta. Respirei fundo uma, duas, três vezes. Vamos lá, se não der certo eu volto depois. Empurrei a porta e nada. Não por favor, abre.
- Abre por favor. - eu disse olhando para a porta. Empurrei denovo e nada. Só mais uma vez, respirei, contei até três e empurrei. Ai minha nossa!!! Deu certo!!! - Muito obrigada!!! Porta linda te amo!!! - eu disse fazendo uma dancinha muito estranha. Empurrei a porta toda e sai. Olhei ao redor e não podia se ver nem um sinal de que havia acontecido uma luta por ali. Olhei para os lados e como não vi ninguém comecei a refazer o caminho que fiz com o guarda e voltei para o meu quarto. Senti uma felicidade imença ao passar pela porta e ver minhas coisas lá, minha cama, meus pertences, Monique e Florence.
- Ooii sentiram minha falta?! - eu gritei fazendo as duas me olharem assustadas.
- Minha nossa! Allice! - Monique disse levantando as mãos para cima.
- Allice! Que susto! Aonde você se enfiou criatura! - Florence me abraçou e eu retribui.
- Nossa, mas eu nem fiquei fora por tanto tempo assim. - eu disse olhando para elas.
- Você está sumida faz três dias.
- Achamos que tinha sido levada pelos invasores, já que os esconderijos se abrem depois de dois dias. - Monique disse me olhando séria.
- Talvez o meu tenha dado problema, sei lá. - eu disse me jogando na cama e bagunçando tudo oque elas estavam arrumando. Ah como é bom a minha cama. Eu olhei para um canto do quarto e vi um vestido longo muito lindo, ele se é azul com detalhes prata e muito, mas muito rodado. Me apoiei nos cotovelos para poder ve-lo melhor, ele não tembmangas, mas é ombro a ombro, o vestido é muito brilhante, parece ter sido feito por fadas.
- Ual! Que lindo, para quem é? - eu perguntei apontando para o vestido.
- Que bom que gostou. É para você. - Florence disse com um sorriso bem alegre no rosto.
- Para mim? Para que eu preciso de outro? - eu já tenho vários para que mais?
- Allice já se esqueceu? O baile do príncipe! - Florence disse quase rindo. -Você se esquece muito rápido das cosias!
- Nossa verdade o baile! - realmente eu tinha mesmo esquecido do baile. Espera um pouco, se eu fiquei presa lá embaixo por três dias isso quer dizer que o baile é hoje! Nossa! Mas e o presente! - Ei, - eu disse chamando a atenção das duas. - chegou algum pacote alguma coisa para mim?
- Eu quase me esqueci! - Monique diz - Chegou sim. Chegou ontem de noite, como você não estava eu o guardei. - ela entrou no closet e voltou com um pacote marrom nas mãos. - Aqui.
- Obrigada. - eu me sentei na cama e peguei o pacote, em cima dizia:
De: Helena Schafer.
Para: Allice Schafer.
Rasguei a embalagem e vi uma caixinha preta aveludada com uma travinha prata, ansiosa abri e vi o meu presente para o príncipe ali dentro. Eu havia pedido para que Lena o comprasse para mim já que eu não podia sair do castelo. Eu pedi uma gravata azul escura - sei que ele deve ter um milhão de gravatas, mas eu não fazia idéia do que dar a um príncipe! - Mas não era só uma gravata, eu pedi para que bordassem o nome dele na parte de traz e como eu achei que só uma gravata era pouco eu também pedi um relógio prata e bem chique e Lena acertou! O relógio era prata e muito lindo. Só espero que ele goste.
- Que horas são? - eu perguntei.
- Já são duas horas. - Florence praticamente gritou de dentro do banheiro.
- Que horas é o baile?
- Seis e meia. - Monique disse calmamente. -Viu Florence é assim que se faz não precisa berrar. - ela disse para Florence que apenas saiu do banheiro e parou na frente da porta.
- Allice eu te incomodei? - ela perguntou me olhando.
- Não. - ela se virou para Monique e a encarou com as mãos na cintura.
- Viu Monique não precisa se preocupar. - Monique a olhou séria e colocou as mãos na cintura também.
- Claro que preciso você não pode gritar com a Allice. - ela respondeu em um tom muito sério.
- Eu sou a Monique - Florence disse fazendo uma voz muito estranha e fingindo falar com a própria mão - Florence você não pode fazer isso, não faça aquilo, fale mais baixo, não mexa ai, blábláblá - eu estou quase rindo, mas estou tentando me manter séria, olhei para Monique e a cara de indignação dela foi a última gota, eu cai na gargalhada.
- Mas olha, era só oque me faltava. - Monique diz quase não acreditando no que acabou de ver.
- Meninas calma. - eu disse enxugando uma lágrima - eu não ligo que você fale alto Florence - ela fez uma careta para Monique que a fuzilou com o olhar - E Monique você também não precisa ser assim toda perfeitinha aqui dentro quando estamos apenas nós três.
- Mas são as regras... - ela tentou se justificar.
- Danem-se as regras, quem manda nesse quarto sou eu! - eu disse as olhando nos olhos.- Dentro dessas paredes vocês podem ser somente vocês mesmas, sem essa de não podemos fazer isso perto da Allice.
-Mas nós recebemos ordens... - Monique começou a falar, mas eu a interrompi.
- Vocês também receberam ordens de que tem que me obedecer se eu pedir não é mesmo? - elas se olharam e concordaram com a cabeça. - Pois bem, eu estou mandando vocês quebrarem as regras quando estiverem em meu quarto sozinhas comigo. Estamos entendidas?
- Sim. - elas responderam juntas.
- Ótimo! Então Monique você podia me fazer um favor? - eu perguntei para ela.
- Sim.
- Você consegue me arranjar comida de verdade? - ela pareceu não entender muito bem. - Eu só comi besteira lá no esconderijo. - ela concordou e saiu. - Florence?
- Sim.
- Você poderia me preparar um banho?
- Já está pronto. - nossa como ela é rápida!
- Muito obrigada! - passei por ela e ela saiu do banheiro me deixando sozinha, tirei minha roupa e mergulhei na banheira sentindo aquela água quente em minha pele. Fiquei lá dentro até Monique voltar com um prato de strogonoff de carne com arroz e feijão.
- Allice desculpa não ser nada chique é que há essas horas apenas os empregados estão comendo.
- Para com isso Monique. Isso está mais que ótimo! - me enrolei no roupão, peguei o prato de suas mãos e me sentei na cama. - Nossa que saudade de comer algo que não seja barrinha de cereal ou enlatado. - falei enquanto comia uma boa garfada de strogonoff e as duas riram.
Depois que terminei de comer, Florence secou meus cabelos e começamos a me arrumar para o baile. Após uma longa sessão de massagem e unhas feitas partimos para o penteado e a maquiagem.
- Então oque vai querer na maquiagem? - Monique perguntou enquanto pegava todos os produtos que achava necessário.
- Nada muito carregado, mas bonito e marcante. - ela concordou e começou a trabalhar.
- E para o cabelo Allice? - Florence perguntou enquanto terminava de pentear o meu cabelo.
- Eu não faço idéia. Escolhe você, você é boa com isso. - ela sorriu e começou a trabalhar. Eu estava quase dormindo ali.
- Pronto! - elas disseram juntas depois de quase uma hora.
- Agora vamos para o vestido! - Florence disse toda animada e foi pega-lo, Monique me ajudou a escolher o sapato e eu optei por um salto prateado muito lindo. Em seguida voltamos e Florence já nos esperava toda animada e com o vestido nas mãos. Elas me ajudaram a vesti-lo e depois eu coloquei o salto.
- Nossa! - eu estou me olhando no espelho meu penteado lindo e chique, minha maquiagem leve e marcante, o vestido que encaixou perfeitamente em meu corpo, o par de sapatos que me deixavam mais alta, os brincos e um colar que me deram um ar de elegância. Eu nunca me vi assim tão diferente, tão chique, tão princesa. E é oque eu serei assim que tomar minha decisão. - Esse vestido é maravilhoso! Quem foi que fez? - me virei para olhá-las.
- Nós. - Florence disse com um pequeno sorriso.
- Nós não. Eu apenas ajudei Florence a costurar. O modelo, as cores, os detalhes ela fez tudo sozinha. - Monique disse sorrindo para Florence.
- Florence você tem um verdadeiro dom! Você já pensou em seguir carreira no ramo da moda? - olhei para ela que tinha um sorriso tímido no rosto.
- Eu sempre gostei de trabalhar no castelo mesmo e eu gosto de fazer vestidos, mas acho que não sou tão boa assim.
- Você tem razão, você não é boa, é ótima! - eu disse sorrindo para ela que me devolveu um grande sorriso.
- Obrigada Allice. - eu a abracei e depois abracei Monique.
- Obrigada. Eu estou maravilhosa.
- Maravilhosa você já, nós apenas realçamos a sua beleza. - Monique diz com um sorriso. - Acho que já está na hora.
- Sim verdade. Estou um pouco nervosa. - confessei para elas.
- Calma vai dar tudo certo. - Florence passou a mão pelo meu ombro. - É só mais um baile, quando você for a princesa terá muitos para ir.
- Se eu for. - eu disse olhando para seus olhos.
- E você será. - ela diz toda confiante.
- Allice não se esqueça do presente. - Monique me entrega a caixinha preta.
- Muito obrigada, obrigada as duas. - sorri e segui para a porta. - Até depois. - dei um tchau com a mão e fechei a porta. Respirei fundo e comecei a caminhar em direção ao primeiro andar aonde está acontecendo o baile. Depois de caminhar por alguns minutos eu cheguei na escada que vai direto para o baile, parei, respirei fundo dei uma alisada na saia do vestido e voltei a andar, minhas mãos estão tremendo. Pensamentos começaram a invadir minha mente, e se eu cair da escada? Imagina eu chegar lá em baixo rolando! Nossa que vergonha. Allice para com isso respira e desce lá, vai dar tudo certo. Eu estava a poucos metros da escada e já conseguia ouvir as vozes, a música e o meu nervosismo só aumenta. Dei uma longa respirada e caminhei calmamente (ou desesperada de medo) até a escada, desci o primeiro degrau, o segundo, o terceiro e olhei para as pessoas lá em baixo, TODAS estavam me olhando, coloquei a mão no corrimão caso eu tropeçasse me seguraria nele, nesse momento eu queira ainda estar lá no quarto embaixo das cobertas, todas essas pessoas me olhando (até os empregados pararam para me olhar) me deixou ainda mais nervosa. Olhei para todos, coloquei um sorriso no rosto e continuei descendo, enquanto eu olhava para a escada e para as pessoas, esbarrei com aquele par de olhos azuis, Joseph estava do outro lado do salão me olhando fixamente com um sorriso maravilhosos e cercado por algumas meninas, quem elas pensam que são para ficar perto dele? Olhei para o outro lado do salão e vi outro par de olhos, mas dessa vez eles são verdes, Jackson me olhava com aquele sorriso bobo que eu amava nele, ele também estava cercado por garotas, mas assim que nossos olhares se encontraram ele abriu caminho no meio da multidão de pessoas e parou na ponta da escada com o sorriso mais lindo de todos. Assim que cheguei até o final da escada ele pegou minha mão e a beijou.
- Está maravilhosa como sempre Allice.
Oii! Não esqueçam da estrelinha! Beijos! Até a próxima!
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