Musical Ride - Concluída

By MadelineZWH

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Cristina é uma violinista e produtora musical erudita renomeada na sua área. Conhecida por ter tocado com as... More

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Epílogo
epílogo 2
agradecimentos

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By MadelineZWH

O dia demorou pra passar e para me ajudar a minha cabeça não parava de pensar naquele beijo. Eu fiquei imaginando como farei para trabalhar com ele depois daquilo, uma vez que eu tenho uma regra muito clara de conduta: não misturo vida profissional e pessoal, jamais.

Tenho 33 anos e não sou mais nenhuma menina deslumbrada. Ele deve fazer isso com várias, é bonito e mexe com a imaginação das mulheres. Aquele ar meio revoltado e indomado dele serve de ímã para mulheres como eu, que adoram se envolver com problemas. Ainda mais aquele tipo de problema, todo ousado e sexy...
Sei que preciso me policiar e não me deixar levar por um simples beijo, mesmo que esse beijo venha daquela boca.

Me envolvi em um projeto grande e isso me ajudou a focar de volta no trabalho. Passei o restante da tarde quebrando cabeça com um arranjo de quarteto de cordas porque o cliente queria uma adaptação de músicas pop e não tínhamos muito tempo para entregar as partituras. Quando é assim eu trabalho além do expediente. Mesmo tendo a Sara comigo eu ainda sou a única que sabe fazer a parte musical, ela é boa com a administração das coisas e da parte de comunicação dos negócios.

Toca o telefone
- Oi Sara
- esá tudo bem Cris? Você voltou estranha do café com o cara do Hanson e nem saiu mais da sala...
- tá sim
Quanto eu menos falar melhor. A Sara tem radar pra certas coisas
- ele é bonito né?
- sim... é muito bonito. Todos são na verdade
- sim, sim... mas ele é o mais bonito na minha opinião

Eu sorri
- Sara, você está de olho nele?
- não Cris, até porque ele gostou de você
Fui pega de surpresa por seu comentário
- porque você diz isso?
- você não viu o jeito que ele te olhou?
- impressão sua Sara
- sei... bom eu estou com o Taylor na linha querendo falar com você
- ah sim, pode transferir
- alô?

- oi Cristina! Me desculpa ter cancelado em cima da hora
- sem problemas Taylor. Seu filho está bem?
- está sim, já estamos em casa
- que bom!
- o Zac comentou que você ligou para remarcar
- sim eu liguei
- você tem disponibilidade para amanhã?
- acho que sim.. pode ser no final do dia?

- claro! O horário que você tiver
- então fica marcado para amanhã as 5 da tarde
- muito obrigada Cristina
Senti meu coração bater mais rápido em saber que o veria de novo amanhã.

Decidi ir embora mais cedo porque não tinha mais cabeça pra me concentrar em nada, aquele beijo tinha deixado marcas em mim e eu não estava sabendo lidar com tudo aquilo.
Cheguei em casa, tirei os sapatos e amarrei o cabelo em um coque.

Olhei para o meu piano e senti uma vontade louca de tocar um pouco. Fazia tanto tempo que eu não tocava que estranhei os primeiros minutos sentada ali. Respirei fundo e tentei relaxar. Fechei os olhos e vi o rosto dele, seus olhos, sua barba por fazer, sua boca...

Quando percebi estava dedilhando uma melodia nova. Ele estava me inspirando e eu precisava colocar na música o que sentia no momento. Peguei meu caderno e comecei a fazer anotações enquanto criava pensando no que ele me fez sentir naquele elevador.

Fiquei surpresa em ter escrito algo tão rápido assim e continuei a dedilhar. Pela primeira vez em meses eu sentia vontade de compor de novo e tudo graças à ele...

********

Eles chegaram no meu escritório pontualmente às 5. Novamente eu me vesti com o intuído de impressioná-lo, mas dessa vez estava com um vestido preto de alça na altura dos joelhos rodado e sandália alta. Deixei o cabelo solto porque percebi que o meu cabelo de alguma forma mexe com ele tanto quanto o dele mexe comigo.

Taylor chegou com uma pasta enorme debaixo dos braços, cheio de anotações, partituras e arranjos originais de suas músicas. Ele entrou todo falante acompanhado pelo irmão mais velho que hoje estava mais despojado e ele veio logo atrás... Zac fez questão de vir com o cabelo solto e estilo todo roqueiro. Tem algo mais excitante para uma boa moça erudita do que um roqueiro meio largado? Não.

Isaac me falava de suas idéias e eu anotava tudo para poder ter material suficiente na hora da criação dos arranjos. Abrimos as partituras na mesa de reuniões redonda e ficamos os 4 de pé entorno da papelada.
Estava impressionada com a qualidade das composições, cheias de cadências, harmonias complexas, escalas menores e notas bemol

*bemol - efeito de redução de tom de uma nota musical.

Eu evitava contato visual com o Zac por receio de dar bandeira, mas por dentro eu estava louca de vontade de ficar à sós com ele novamente.
Meu código de conduta estava falhando e pra ajudar eu sequer pensava no Sam durante todo esse tempo. Meu relacionamento estava definitivamente na UTI sem sinais de melhora futuros.

- Taylor, vocês querem apenas arranjos de fundo para as novas músicas do cd?
- não sabemos ainda Cristina. Nosso processo é bem intuitivo, deixamos as coisas fluirem sem restrições
Zac trocou olhares comigo e eu desviei a atenção para a partitura na mesa.

- sabe, tudo é possível. Queremos experimentar e ver no que vai dar
Disse o Zac com um sorriso de segundas intenções direcionado pra mim. Eu estava o tempo todo em conflito com a minha vontade de corresponder ao seus avanços e o meu profissionalismo.

Apoiei na mesa, forçando os olhos para observar melhor o arranjo feito à mão deles
- desculpa Cristina, minha grafia é
horrorosa
- tudo bem Isaac, eu só preciso pegar meu óculos
Fui até a minha gaveta e os peguei. Eram de armação preta e grandes e como o Sam diria: me deixavam com um ar de professora sexy
Voltei pra mesa de reunião e percebi que Zac estava com as sombrancelhas arqueadas em um semblante de surpresa e satisfação, com aquele sorriso sutil de canto de boca me atormentando.
Eu não aguentei fingir por muito tempo e sorri de volta pra ele antes de voltar a analizar as anotações do Isaac.

Ficou decidido que eu faria alguns arranjos experimentais para 3 músicas e veríamos se eles iriam gostar e para onde o projeto iria a partir dali. Tudo era possível e trabalhar com eles significava arriscar e se deixar levar.
- terei tudo pronto até semana que vem. Se não for um problema, eu gostaria de poder ir na gravadora de vocês e colocar em prática pelo menos um dos arranjos.

- seria perfeito Cristina! Vc pode levar o seu violino e podemos criar algo juntos também
Disse o Taylor
Combinamos que em 7 dias nos veríamos de novo. Eles guardaram todos os papéis na pasta e se prepararam para sair.

Me despedi dos 2 primeiros e Zac ficou por último para me entregar a pasta
- está pesado, posso colocar na sua mesa?
- claro
Ele deixou a pasta se virou e me deu a mão. Seus irmãos ainda estavam na sala e definitivamente nenhum de nós 2 queria dar bandeira, então agimos de forma cordial e cotidiana, mesmo sentindo arrepios de cima a baixo com o toque da pele dele de novo na minha.

Olhei para a pasta e vi um pedaço de papel dobrado e preso no elástico. O abri e vi que ele tinha deixado um bilhete

Vc está ainda mais linda hoje.
Quero te ver de novo, me liga
(xxx) xxx-xxx
-Z

Tentei racionalizar aquilo tudo mas quando percebi estava ligando pra ele do meu celular. Ele obviamente estava acompanhado dos irmãos e não me atendeu, mas mandou uma mensagem em seguida

Te ligo em 30 min.

Esses 30 minutos foram torturantes. Definitivamente eu estava me envolvendo com ele e não tinha o menor controle sobre as minhas ações. Minhas emoções são inversamente proporcionais ao meu racional no lado profissional.

- alô?
- oi Cris
- oi Zac, desculpa ter te ligado tão rápido
- você demorou até. Eu no seu lugar teria ligado bem antes
- você acha que eu iria sair correndo assim para te ligar?
Ele riu todo cheio de si
- estou no meu carro, agora sou todo seu

Eu me arrepiei com a sua mudança de tom de voz
- eu nem deveria ter te ligado
- mas ligou. Isso indica que você também quer me ver
- eu não sei mais. Estamos trabalhando juntos, não seria profissional da minha parte misturar as coisas assim
- que horas vc saí?
- às 7. Mas você me ouviu? Não deveríamos
- sim você está certa. Não deveríamos.
Ficamos em silêncio
- passo ai às 7 para te pegar.

Ele desligou e eu senti meu corpo tremer em antecipação. Aquilo era muito errado e eu poderia perder o projeto se isso não desse certo...mas era um risco que eu estava disposta a correr

As 7 em ponto ele me ligou
- estou aqui embaixo te esperando
- eu tô fechando o escritório
- você está sozinha?
- sim... porque?
- vou te encontrar aí
Ele desligou e em minutos ouvi a campainha do escritório tocar

Me olhei no espelho para ter certeza que estava na minha melhor forma e fui abrir a porta com borboletas no estômago e ansiedade à mil.
Ele sorriu e deu um passo na minha direção, se aproximou e me deu um beijo na bochecha, demorando muito mais que o normal na tentativa de me provocar
- como você consegue ficar ainda mais linda?

Eu baixei os olhos com vergonha e ele levantou o meu rosto com a mão
Ficamos nos olhando e eu esperei o seu beijo, que não veio. Ao invés disso ele se afastou
- seu namorado?
- o que tem ele?
- você quer mesmo seguir em frente com isso?
- esquece dele por enquanto

A mesa da Sara ficava logo na entrada e ele se avançava na minha direção, me fazendo ficar cada vez mais perto do móvel
- eu pensei muito em você
- ah é?
- sim... muito. Você tem algo que me atrai e eu não consigo me controlar
Com isso eu tinha chegado no limite do espaço entre ele e o móvel e encostei as mãos na mesa.
Ele se aproximou ainda mais e sem avisar colocou a mão na minha nuca, passando os dedos por baixo do meu cabelo, trazendo seu corpo de encontro ao meu.

Com a minha saía rodada eu tinha um pouco de movimento e instintivamente abri as pernas dando espaço pra ele se aproximar ainda mais.
- preciso fazer uma coisa
Ele me beijou com toda vontade. Sem meias palavras ou beijos curtos. Sua mão me apertou a cintura e seu corpo preencheu todo o espaço entre nós.

Ele movia o corpo na minha direção e eu não resisti e soltei um gemido de prazer com aquela proximidade toda. No meio do beijo ele deu um sorriso e me apertou um pouco mais.
Em seguida eu coloquei minhas mãos no seu pescoço e não resisti à tentação de tocar os seus cabelos. Meus dedos entraram em contato com a sua nuca e eu puxei de leve fazendo ele gemer com vontade.

- você me enlouquece Cris
Ele percorria meu pescoço com a ponta do nariz e sua mão direita começou a me acariciar a coxa por cima do tecido do vestido.
Eu me entreguei ao tesão que sentia por ele e o puxei pela cintura, fazendo seu quadril ir de encontro ao meu. Coloquei as mãos por baixo da sua camiseta e o arranhei de leve a lateral do tórax, antes de subir com os dedos pelo meio das suas costas, fazendo ele tremer.

Zac percebeu que eu o queria e estava dando sinais para que continuasse. Suas mãos fortes escorregam por debaixo da minha saia e tocaram a minha pele que estava arrepiada com toda aquela provocação dele.
- Cris... você é maravilhosa

Ele disse isso com as mãos subindo minhas coxas por debaixo do vestido. Eu instintivamente gemi e o beijei de volta, com ainda mais desejo.
O tecido do vestido ia subindo junto e ele se aproximando cada vez mais, até que sua pélvis entrou em contato com a minha e eu pude sentir o tamanho do tesão dele.

Ele gemeu com vontade e me mordeu o lábio enquanto pressionava sua ereção contra o tecido fino da minha calcinha. Suas mãos me apertavam as coxas e me puxam em direção à ele. Meus dedos estavam por baixo da sua camiseta e eu cravei as unhas na sua pele enquanto também gemia baixinho com ele

- você não imagina o quanto eu te quis naquele elevador, Cristina
- ah é?
- eu saí daqui louco de vontade
- eu ria enquanto beijava o seu pescoço e sentia ele se arrepiar inteiro
- você queria também?
- hmm hmm
- então melhor a gente ir porque estou a um fio de te atacar aqui mesmo
Seus olhos estavam compenetrados nos meus e sua voz era grave, carregada de desejo
- e pra onde a gente vai?
- vem que no caminho eu te conto.

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