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A tempestade de vento começou a se aproximar gritando e se fazendo presente até mesmo no estúdio que tinha isolamento acústico.
Decidimos que não seria possível continuar gravando então ficamos focados na parte de composição e arranjos.

O tempo todo o Zac fazia questão de me cortar e falar por cima, me contrariando e discordando com quase tudo que eu sugeria. Estava começando a ficar óbvio até para seus irmãos e aquilo me irritou profundamente.

- hey Zac, segura a onda ai
- o que foi Tay? Você não pediu pra eu contribuir? Pois eu acho que ela tá errada.
- cara, você tem alguma idéia melhor?
Ele apresentou idéias excelentes e algumas delas eram sim melhores que as minhas. Eu comecei a ficar furiosa com ele porque além de tudo ele é um excelente músico e uma pessoa muito criativa. Pena ser um pé no saco de tão chato!

A ventania aumentou e podíamos ouvir barulhos de coisas diversas acertando a janela da frente. Logo iniciou a chuva e o som era tão alto que decidimos dar uma pausa porque seria impossível trabalhar no meio da tempestade.
O Isaac e o Taylor foram em direção ao escritório e eu decidi ficar no estúdio mesmo. Queria ficar sozinha e longe do Zac pra evitar me estressar ainda mais.

Zac saíu pelo prédio no telefone com a sua ex mulher falando sobre a segurança dela e das crianças no meio do furacão. Ele estava genuinamente preocupado e não parava de ligar pra saber se estavam todos bem.

Eu fiquei sozinha e agradeci o pseudo silêncio. O barulho de fora era ensurdecedor do lado de fora e outras pessoas poderiam entrar em pânico no meu lugar, mas eu já tinha passado por isso antes e estava segura de que nada aconteceria com a gente lá porque a estrutura do prédio era a prova de tornado e furacão. 

Estava distraída fazendo minhas anotações no piano quando senti Zac sentando do meu lado. Respirei fundo e continuei o que estava fazendo sem dar atenção nenhuma pra ele
- me desculpa
- pelo quê?
- por ter sido grosso
- relaxa Zac.
Ficamos em silêncio por alguns segundos
- dá pra você parar de escrever e prestar atenção em mim?

Eu soltei o lápis, virei o corpo e olhei pra ele
- o que você quer de mim?
- por que eu não consigo ler o que você está pensando?
Eu ri alto
- você quer ler a minha mente, é isso?
- você entendeu
- melhor você voltar pro seu lugar porque seus irmãos podem voltar a qualquer minuto

Ele virou a cabeça de lado como se quissesse me fazer ceder com aquele olhar de "você me quer"
- pensei que você tivesse gostado
Eu virei e voltei a fazer minhas anotações
- eu gostei sim. Muito
Ele veio em direção ao meu ouvido e colocou a mão na minha cintura
- podíamos fazer de novo...

O Isaac entrou no estúdio e quase pegou a gente no flagra. Sorte que o Zac foi rápido e fingiu estar me ajudando com as anotações
- Cris, não precisa continuar. Vamos dar um tempo até a tempestade passar
Ele falava todo dissimulado
- Zac, porquê você não mostra pra ela o restante do prédio?
Eu protestei mas era tarde. O Zac já tinha levantado e me puxado pelo braço.

- vem Cris, vou te mostrar como funcionam as coisas por aqui
Eu fui arrastada para fora do estúdio para o corredor. Pelas janelas eu pude ver tudo preto lá fora e todo tipo de coisa batendo contra o vidro.
Ele seguiu meu olhar e apertou a minha mão
- eu tô aqui Cris, eu te protejo
Eu soltei da mão dele na hora
- não precisa. Eu sei me cuidar sozinha, obrigada

Zac sorriu de canto e eu me odiei por achar aquele sorriso lindo.
Andamos até uma porta qualquer que ele abriu e me convidou pra entrar primeiro. 
Era o almoxarifado eu eu me virei com tudo pra sair mas dei de cara com o corpo dele parado bloqueando a saída
- ótimo tour Zac.
Falei irônica.
Ele trancou a porta
- eu quero falar com você e esse é o único lugar disponível
Eu respirei fundo tentando não ser grossa com ele
- me deixa sair Zac. Se pegarem a gente aqui vai ser muito feio pra mim

É só vc não fazer barulho que não vão nos achar aqui.
Zac apagou a luz e ficamos praticamente no escuro. Tinha pouca visão da minha volta e enxergava só a sua silhueta se aproximando de mim.
Suas mãos me pegaram pela cintura e me encostaram na parede. Sua respiração quente estava ofegante no meu ouvido e eu senti minhas pernas amolecerem na hora.

- oi sumida
Ele disse antes de me beijar a orelha pra depois dar uma mordida de leve
Eu queria pedir pra ele parar mas não tinha voz. A verdade é que meu corpo pedia por ele e eu estava incapacitada de qualquer reação naquele instante.
Sua boca fez um caminho de beijos pelo meu pescoço, queixo e bochecha, parando perigosamente perto de mais da minha boca.

Eu estava completamente molhada e entregue naquele momento
- você me quer que eu sei
Ele disse com a boca colada na minha
- porque você não assume?
Eu juntei o resto de forças que eu ainda tinha pra responder
- você quer que eu responda porque está louco por mim que eu sei

Suas mãos desceram pro meu quadril e me puxaram de encontro à sua ereção
- você sabe quantas mulheres queriam estar no seu lugar?
- no entanto você está aqui louco por mim, não é verdade?
Ele me beijou forte, cheio de tesão e com a intenção de me render. Eu respondi ao seu beijo e desci minhas mãos até a sua bunda o fazendo gemer enquanto eu o apertava e o puxava ainda mais de encontro à mim.

- você se faz difícil mas está ai se derretendo toda por mim
Ele falava baixinho
- quem te disse isso?! Você se acha demais, Zac Hanson
Ele abriu meu ziper e enfiou a mão dentro da minha calcinha, me tocou e constatou a verdade absoluta
- delícia...toda molhada já e eu nem fiz nada
Ele susurrou no meu ouvido

Eu gemi e rebolei por instinto enquanto ele brincava com os dedos dentro da minha calcinha
- você vai me pedir pra ser minha de novo, Cris
Eu ri e mordi o seu lábio inferior enquanto ainda o beijava
- você já está ai me pedindo pra me ter Zac. Só vc que ainda não percebeu
Eu desci a mão pra dentro da sua calça e o segurei firme. Ele pulsava na minha mão e Zac se contorceu ao sentir o meu toque

- Cris...
- você quer né?
Eu o provoquei. O tirei da calça e comecei a masturbá-lo com vontade.
Ele se controlava pra não emitir sons mas eu ouvia seus gemidos baixos dentro da minha boca, fazendo minha garganta tremer com a sua voz grave e rouca
- me chupa Cris
- não
- por favor. Não me tortura assim
Ele me tocava com os dedos e eu o torturava com a minha mão

- porque você veio de calça, cacete?
- porque eu quis
- eu ia te fazer ver estrela se você tivesse vindo de saia
- e quem disse que eu iria dar pra você? Você tem um ego muito inflado, garoto
Ele aumentou a velocidade e eu sabia que logo eu iria gozar.
- você pode se fazer de difícil e falar o que quiser, mas seu corpo não nega Cris. Você me quer

Eu comecei a me contorcer e gozei gemendo seu nome no ouvido dele. Soltei seu membro e cravei minhas unhas no seu ombro enquanto ele me fazia sair do corpo.
Relaxei e soltei o corpo em um suspiro longo. Ele estava se masturbando e mesmo sem poder ver direito por conta da pouca luz eu sabia exatamente as caras que ele fazia.

Eu fui com a mão de novo até ele, o peguei e continuei o que estava fazendo
- por favor Cris... me chupa logo
- eu já disse que não, Zac
Aumentei a velocidade e não demorou muito pra ele gozar rápido na minha mão.
- isso não vai ficar assim, Cris
Sua voz estava carregada e grave
Ouvimos barulho no corredor e ele colocou a mão na minha boca.

O Taylor passou falando no telefone e seguiu até o final do corredor, desaparecendo logo em seguida
Eu tirei a mão dele da minha boca puta de raiva
- quem você pensa que é? Nunca mais me mande calar a boca
Ele riu e se recompôs
- você é difícil Cris, mas eu sou mais. Vou te fazer implorar por mim
- boa sorte com isso
Eu falei provocando
Ele abriu a porta e a claridade invadiu o quartinho.

- se arruma porque está na sua cara que você gozou
Zac me provocou com um tom irônico
Eu prendi o cabelo direito e sai na frente dele
- e você vê se fecha as calças
Zac olhou pra baixo e fechou o ziper na hora
Sai andando de vagar até o banheiro para tentar me recompor. Fui sem olhar pra trás porque sabia que ele estava lá me observando e esperando que eu desse o braço a torcer.
Entrei no banheiro e falei triunfante em voz baixa
- se fudeu Zac.

Musical Ride - Concluída Where stories live. Discover now