Control (COMPLETA)

By stefaniafonso

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Camila Cabello é apaixonada por poemas e tragédias, até que sua história resolve virar uma grande peça de Sha... More

Capítulo 1 - Whisky e poder
Capítulo 2 - Meus olhos não conseguem enxergar
Capítulo 3 - Poucas palavras para a insanidade
Capítulo 4 - Segredos ocultos que machucam
Capítulo 5 - O som da sua voz
Capítulo 6 - O caminhar agradável
Capítulo 8 - O passado indigesto que nos une
Capítulo 9 - Quero fazer coisas más com você
Capítulo 10 - O compromisso reatado
Capítulo 11 - Nostalgia dos velhos momentos
Capítulo 12 - Você deixa minha língua tão fraca
Capítulo 13 - Uma louca completamente lúcida
Capítulo 14 - Sua boca é linda
Capítulo 15 - Me mostre seus demônios
Capítulo 16 - Meu jogo, minhas regras
Capítulo 17 - O sorriso dela em minha boca
Capítulo 18 - Minha bebida favorita
Capítulo 19 - Amizade flácida
Capítulo 20 - O quebra-cabeça
Capítulo 21 - Me tenha em todas as partes
Capítulo 22 - Nada é pior do que isso
Capítulo 23 - A heroína da Glock
Capítulo 24 - Você merece ser punida
Capítulo 25 - Verdades secretas
Capítulo 26 - O inferno que me aguarda
Capítulo 27 - O nome do Diabo
Capítulo 28 - O retrato de Camila Cabello
Capítulo 29 - Malditas mentiras
Capítulo 30 - A overdose do seu beijo
Capítulo 31 - Posso escutar sirenes
Capítulo 32 - Sorvete amargo
Capítulo 33 - A última dança
Capítulo 34 - Você a deixou ir
Capítulo 35 - Eu te amo Camila
Capítulo 36 - O silêncio é violento (Último capítulo)

Capítulo 7 - Convite inesperado

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By stefaniafonso

Era raro acordar e não sentir vontade de tomar whisky, mas naquela manhã eu decidi que queria um café forte, que te preparam para mais um dia deplorável e que faz você se sentir mais viva do que um pássaro em bando.

- Estou muito feliz que a senhora finalmente vai tomar meu café! – disse Rose.

- Não poderia morrer sem sentir o gosto. – respondi.

- Você saiu à noite?

- Sim, fiz barulho?

- Um pouco, acordei assustada, pois é como se eu fosse à guardiã dessa casa.

- Pois saiba que faz seu papel muito bem. – tomei mais um gole da xícara, sentindo o café permear meu ser.

Sinu adentrou a cozinha e sorriu copiosamente ao nos ver na mesa, conversando e se deliciando nessa manhã.

- Parece que a mocinha acordou de bom humor. – Sinu disse.

- Digamos que um pouco mais feliz do que a minha vida inteira. – respondi.

- Não seja má consigo mesma, até os mais pobres de espirito merecem um pouco de felicidade.

- Assim você me ofende.

Nós rimos, em momentos como esse eu esquecia que para ela eu não existia mais e quase enxergava possuir uma família, porém isso sempre se dissipava assim que ela falava meu nome.

- Sofi, estou muito feliz que esteja aqui.

- Também estou mãe. – respondi engolindo seco.

- Sei que sua vida é difícil, mas gostaria muito que você voltasse mais vezes.

- Virei assim que puder, obrigada pela conversa de ontem e por tudo.

- Eu que te agradeço minha filha, por iluminar a vida dessa pobre velha.

Assenti e assim que terminei o café me despedi delas. Não via a hora de estar em casa e ficar em segurança protegida pelas paredes gélidas da mesma. Visitar a minha mãe era de fato agradável, porém abria todas as feridas que não queriam de nenhuma forma cicatrizar. Por isso eu precisava de um bom banho e me rodear por todos aqueles produtos inúteis que compramos por ser da polishop.

Mas as ruas de Nova York naquele dia estavam diferentes, porque eu comecei a reparar nas lojas, nas árvores e até nos cachorros desabrigados. Meus olhos de águia sempre buscavam alguma vítima que andasse de salto alto, mas hoje não. Hoje eu gostei de olhar a paisagem tal como ela é e adentrar aquelas ruas que respiravam consumismo e pessoas desesperadas, como a Times Square.

Resolvi dar uma rápida parada no Walmart para comprar besteiras, como chocolates e salgadinhos, pois sabia que nesse dia de domingo não iria sair. Como sempre muitos clientes e poucos caixas, não culpava os donos, era realmente difícil trabalhar naquele local, na verdade é difícil trabalhar em qualquer local, se trabalho fosse bom ele não derivaria do latim tripalium que significa tortura.

Para a minha falta de sorte acabei avistando a única pessoa que eu menos queria ver no mundo, depois da minha mãe, Normani Jane. O pior é que ela percebeu minha presença e veio em minha direção.

- Oi Camila. – Normani me cumprimentou.

- Camila? Quem? – tentei fazer uma brincadeira ao olhar para trás.

Seu olhar ficou mais rígido e sua expressão que antes era delicada, transformou-se em uma seriedade que quase defequei em minhas próprias vestes.

- Acho que não somos mais íntimas para brincadeiras. – ela tornou a dizer.

- Se não somos, então por que não releva a minha presença?

- Já faz tanto tempo e você continua a mesma.

- Nada mudou, pode ir embora agora.

- Eu não me importo com você, sabe disso, mas ela sente sua falta.

Aquilo me atingiu como um soco no estômago, falar com Normani era uma coisa, ela revelar sentimentos de Dinah era completamente diferente. Eu e Dinah éramos amigas de infância e pensar que eu joguei fora nossa amizade por simplesmente ser eu.

- Você não sente falta dela? – Normani perguntou dispersando meus pensamentos.

- Tem coisas nessa vida que são imperdoáveis e isso não importa mais. – respondi.

- Você deveria começar a se perdoar Camila.

- E você não deveria estar falando comigo.

- Tudo bem, você sabe onde moramos, prometa pensar no assunto.

- Não prometo o que não posso cumprir.

Normani assentiu e retirou-se com pesar. Minha manhã começou tão boa, mas o universo não seria misericordioso comigo, ele adorava transformar minha vida em um drama mexicano que era de dar inveja até na Maria do Bairro.

(...)

Já ia para o terceiro episódio de Lúcifer, mas era em vão, não conseguia me concentrar. Sempre que escutava algum barulho olhava o celular atentamente esperando a sua ligação. Teria que deixar de ser idiota, era evidente que ela tinha pensado melhor e visto que era uma loucura ligar para mim, estava nos braços da Lucy nesse instante debochando do nosso diálogo de ontem, podia imaginar seu sorriso diabólico o que me causava arrepios.

Depois de ter ficado o dia todo sem beber, não pude me conter e caminhei para o meu canto favorito, o único que me entendia. Cada copo de whisky jogava-me ainda mais na escuridão e abria um miserável sorriso para minha existência vazia. Mas nós nos entendíamos, ele era meu e eu era dele, assim compartilhamos segredos e vivemos experiências. Estava completamente insana, o que eu precisava naquele momento era de uma carne nova em minha cama, para acabar com a minha ilusão.

Assim que peguei meu celular para ir embora ele tocou com um número desconhecido, era ela, tinha que ser.

- Alô?

Sua voz rouca inconfundível, mal podia acreditar.

- Lauren?

- Atrapalho você?

- Na verdade, eu estava de saída...

- Tudo bem, eu ligo outro dia.

- Não! Espera!

Ela riu do meu desespero e eu ri junto, o que mais poderia fazer?

- Não é nada importante?

- Nada que eu não possa fazer em outro momento.

Silêncio. Nossa respiração em uníssono, quase podia ouvir seus pensamentos.

- Foi agradável caminhar com você ontem à noite, fazia tempo que eu não me sentia dessa forma. – Lauren disse.

- Que forma? – respondi.

- Livre.

- Engraçado, as mulheres costumam querer ficar presas a mim.

- Eu consigo entender o porquê.

Minhas pernas fraquejaram, sentei por um instante tentando entender o que tinha escutado, ela por acaso estava flertando comigo? Por que eu não conseguia agir naturalmente?

Ela pigarreou e tentou desvencilhar do assunto.

- Você gosta do Stephen King.

- Gosto, muito.

- Não foi uma pergunta, sei que gosta.

- Como sabe? Por acaso além de cantora é agente disfarçada?

- Não seja boba! – riu como um neném, aquilo me deixava tão feliz.

- É sério, como sabe agente Jauregui?

- Vi um livro dele na sua prateleira.

- Bem observado.

- Estreou uma adaptação de um dos livros dele na Netflix, quer assistir comigo amanhã no meu apartamento?

Ela estava me convidando para sua casa, eu precisava de um pouco de ar.

- Sim, claro, como não, com certeza.

- Respira Camila.

- Sim Lauren.

- Ótimo! Passo meu endereço por mensagem, te vejo amanhã, beijos.

Eu mal podia esperar.

~~~~*~~~~

Atualização de segunda a sexta!

twitter: @stefaniafonso

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