— Vem vocês dois vamos cantar parabéns pra vovó — Juju disse sorridente puxando Daniel e eu os segui pra envolta da grande mesa onde estava o bolo de Fernando.
Cantamos parabéns e depois acabou que Juju já estava caindo de sono e deitou na cama da tia enquanto ficamos todos largado pela sala do apartamento, bebendo e rindo de historias antiga que Dulce insistia em contar sobre Alfonso, algumas engraçadas, outras nem tanto.
— Teve uma vez que o Poncho estava colando no colegial e a professora o pegou, lembro dele saindo sendo levado pela orelha porque a professora era ninguém menos que Ruth — Dulce contava a historia rindo.
— Não foi assim Dulce, antes eu discuti com a minha mãe.
— Siiiim e saiu chamando ela de mamãe, mamãe por favor solta minha orelha — Dulce gargalhava — eu morro de rir cada vez que eu lembro disso.
— Dulce também não era gente — Alfonso respondeu.
— Eu imagino que sim — eu disse rindo e Dulce me deu um tapinha no braço — me desculpem se você tem cara de quem apronta.
— E você não?
— Eu sou como um bom exemplo — respondi serena.
— Do que não se fazer né? — constatou Maite — Anahi tem historias que causam medo de se ouvir.
— Conta uma Mai — Christopher pediu e eu o fuzilei — só uma Anie, depois você conta uma da Maite também.
— A única historia emocionante dela vocês já sabem, sexo a três, lembra? — Maite interrompeu qualquer historia sobre o assunto antes que Mané perguntasse algo e emendou em uma historia sobre meu passado que ela conhecia tão bem.
— Anahi já fingiu ser uma assessora de imprensa pra se aproximar do Pierre da banda Simple Plan quando estávamos na faculdade e saiu com ele — contou Maite.
— Saiu como? — Dulce perguntou enquanto Alfonso me analisava.
— Sai pra beber Dulce, jantamos e nos divertimos. Só isso.
— E depois? Ele te jantou? — Dulce perguntou jogando a palavra mais suja que surgisse em sua cabeça.
— É claro que sim, se Anahi não transasse com ele, nós nunca mais seriamos amigas — Maite respondeu a Dulce que riu. E eu balancei a cabeça.
— A qual é? Todo mundo aqui já transou com alguém né, não estamos falando de nenhum puritano, então não há nada demais nessa historia, Maite devia contar de quando eu fugia de casa, das festas que eu dava na minha casa quando meus pais viajavam, de quando me passei por ela pra fazer uma prova na faculdade e fui pega, enfim historias com mais emoção.
— E desde quando sexo não tem emoção? — Manuela perguntou.
— Sexo foi feito pra ser vivido e muito bem feito e não falado, apenas quando for inesquecível. Eu era fã da banda e foi só por isso que sai com ele e no fim não foi nada do jeito que idealizei.
— Anahi achou que ele fosse querer casar com ela depois da noite que tiveram — Maite continuou a historia — mas no fim da noite ele soube que ela era uma fã louca e saiu fugido dela, foi só uma noite.
— Qualquer homem que tenha tido Anahi iria querer casar com ela depois de só uma noite — Alfonso finalmente falou me roubando o ar e corando meu rosto na frente de seus amigos.
— eu ouvi isso mesmo? — Manuela perguntou animada, pulando pela sala enquanto eu apenas tentava formular algo em minha cabeça pra sair da saia justa que Alfonso havia me colocado, mas ele foi mais rápido.
— Ouviu Manuela, transe com Anahi e depois me conte se a sensação não é realmente essa — eu ri da cara que Manuela fez junto com todos.
— eu adoraria pegar outro Herrera — brinquei com Manuela — mas um só já me deu dor de cabeça demais.
— Temos remédio pra dor de cabeça na casa dos Herreras — Alfonso piscou.
— Vocês dois sempre com polemicas — Daniel brincou — devíamos aproveitar o momento pra brincar de eu nunca ou verdade ou desafio.
— Essas brincadeiras com vocês sempre acabam com problemas — falei — e eu quero ficar longe de problemas.
— Se Anahi não quer brincar, brincamos nós — disse Maite pegando as bebidas.
— Até parece que vou ficar só olhando então — peguei a garrafa da mão de Maite — Eu nunca fiquei com mais de uma pessoa na mesma festa — todo mundo bebeu, menos Alfonso — mentira Poncho, eu d.u.v.i.d.o.
— Não duvide, sim eu já fiquei, mas não posso beber.
— Como não? — Dulce perguntou — desde quando?
—Desde que tenho que levar Anahi e Juju pra casa hoje.
— Que papai mais responsável esse meu Deus — Manuela brincou — faz com cerveja então que é mais fraco.
— Ou com suco — brinquei tirando uma com a cara de Alfonso — não se incomode comigo Poncho, pode beber, qualquer coisa eu e juju vamos de táxi.
— Suco então — ele disse entrando na brincadeira — eu nunca fiquei com um ex — Alfonso disse enchendo o copo de suco e virando — bebe Anahi, não sei se sirvo de ex, mas com certeza você já ficou com algum.
— Você sempre me expondo né lindo — sorri bebendo.
— Eu te amo também — piscou.
— Vocês estão muito casal, por favor façam outra Juju.
— Cala a boca Manuela — disse lhe jogando uma almofada — eu nunca bebi até desmaiar — todo mundo bebeu também, ficou bem claro que só haviam irresponsáveis ali.
A brincadeira seguiu rolando por varias rodadas, Alfonso com seu copo de suco sempre me observando com um olhar sugestivo que me fez não demorar para ir embora, queria poder ficar sozinha com ele. Logo.
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Juju que já dormia seguiu no banco de trás no caminho até em casa, Alfonso e eu conversávamos sobre coisas do dia a dia, trabalho, colégio da Juju e até me explicou como fazer uma lista de supermercado quando se mora sozinho.
Ter Alfonso por perto além de todos os atributos é divertido, ele é um menino grande, mas tem horas que parece que ta ali pra cuidar, pra proteger, pra amar.
— Chegamos princesa — ele disse rindo.
— Não gostaria de entrar e tomar uma xícara de café? — brinquei.
— Acho que eu adoraria uma xícara de café — sorriu, aquele sorriso que conseguia desmanchar meu coração.
— Só tem um problema — falei baixo.
— Qual? — ele perguntou sem entender qual seria o problema.
— Com a quantidade de coisas que eu venho maquilando aqui na minha cabeça e a saudades que eu estou de você, o café vai ter que ficar pra amanhã de manhã quando a gente acordar.
— Você ta me chamando pra dormir com você a noite toda? — ele perguntou maroto.
— Eu tô te chamando pra não dormir comigo a noite toda Alfonso, só fica.
— Eu fico quanto tempo você quiser — disse terno passando o dedo pelo meu rosto.
— Eu quero que você fique pra sempre — o olhei fundo nos olhos
E como queria.
Quero tanto quanto quis o beijo que veio depois do final da minha frase, quero tanto quanto eu nunca vou saber explicar pra minha alma, quero Alfonso com cada som da palavra querer, querer e poder muito, porque Alfonso estava ali comigo, tão desarmado quanto eu e tão cheio de queres quanto eu.
Eu o tinha.
E eu pertencia a ele, com o significado mais puro e leve da palavra.
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Lets go babies? HAHAHAHAA tudo bom ?
Nesse capitulo vemos claramente uma Anahi que não quer mais só sexo com Alfonso, mas sim uma Anahi que esta quebrando a casca e se aproximando, no que será que tudo isso vai dar? hahaha
espero que tenham gostado, espero vocês aqui comentando, votando e conversando comigo <3
Beijocas !