Capítulo 21 - Nadar e morrer na praia?

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Pela manhã Daniel levou um susto ao ver que seu irmão ocupava sua velha cama, como antes. Tentou acorda-lo, mas Poncho dormia tão pesadamente que não se moveu.

– Manu, mãe... pai... – Daniel disse entrando na sala

– Oi Dani – Manu respondeu sonolenta, apesar do sono sempre acordava pra tomar café com os pais.

–bom dia filho – beijou o filho.

– bom dia, er... Sabem o que aconteceu?

– do que ta falando Daniel – Fernando perguntou.

– é que acordei e o Poncho está dormindo lá no meu quarto, na cama dele... Acho que ele passou a noite aqui.

– Deve ter brigado com a Larissa – Ruth lamentou.

– Nossa, mas ele tem sofá, se brigou porque não foi dormir no sofá dele? – reclamou Manuela.

– Manuela – Fernando a repreendeu.

– Vem me ajudar a acorda-lo Manu – Daniel disse puxando a irmã pela mão.

– Deixem o Poncho dormir vocês dois, quando ele quiser acordar ele acorda! – Ruth entrou na frente – eu vi quando ele chegou ontem e foi pro quarto, era muito tarde, então deixe que ele descanse.

– Deixe-o dormir então – Fernando levantou – Vem Dani vamos pra empresa, tem bastante assunto jurídico pra você resolver lá pra perder tempo por aqui.

– Vamos pai – se levantou também e puxou Manuela pro canto – quando ele acordar me avisa que venho encontrar vocês.

– Tá bom Dani, vou voltar a dormir também, bom trabalho – beijou o irmão – bom trabalho pai – beijou o pai e foi em direção ao quarto, mas Ruth parou a sua frente.

– Manuela o que houve com o Poncho? – Ruth perguntou seria.

– Ele cansou de comer tofu e veio comer bacon aqui mãe, simples. Agora me deixa dormir tá? – saiu.

Manu resolveu não ir para o seu quarto e ir tentar acordar Poncho, a preocupação sobre o que havia acontecido falou mais alto que o sono

– Poncho acorda maninho... – disse puxando o ombro de Alfonso.

– me deixa dormir Manuela – reclamou.

–preciso me diga o que aconteceu... Falou com a garota? – puxou novamente – anda fala logo Alfonso!

– Não falei, larga de fofoca e me deixa dormir?

–como não falou? E a Larissa? – disse deixando claro que não deixaria Alfonso em paz até que explicasse o que aconteceu afinal.

–Vou conversar com a Larissa hoje, preciso estar preparado, me deixa dormir...

– O papai já foi pra empresa, sabe que ele não vai te dar essa moral de faltar né?

– Deixa ele descontar Manu – colocou o travesseiro na cara.

– Não Poncho, preciso saber o que houve, Daniel também está preocupado contigo...

– Ela abortou Manu – se sentou na cama ao lado de Manuela deixando sua cabeça cair sobre o ombro da irmã – isso que aconteceu, eu vacilei demais, demorei muito pra tomar uma atitude, quando falei com o irmão dela já era tarde.

– Que filha da mãe, como ela aborta assim? – segurou sua mão – olha Poncho a escolha foi dela, você não tem culpa alguma...

– Eu vacilei demais Manu, ela apareceu na minha porta... Parecia um sonho, tão linda, feito um anjo...

– você nunca falou assim da Lali – o cortou - você se apaixonou mesmo por ela...

– Acho que sim Manu e isso me fez ver que não to feliz com a Lali e não é pela Anahi, é por mim mesmo sabe...

– Anahi... Gostei do nome dela – o interrompeu novamente.

– eu disse que o nome dela era diferente quando ela disse que o meu era feio – sorriu – ela me fez sentir tão vivo Manu quero isso de volta.

–Eu não te faço se sentir vivo Alfonso – Larissa perguntou da porta – desculpa invadir, mas você não me deu escolhas, não voltou pra casa.

– Manu sai pra eu conversar com a Lali, por favor – Manuela assentiu e saiu quase atropelando Larissa na porta – eu queria mesmo falar com você...

– Eu sei... Mas vamos pra casa?

– já estamos aqui, vamos falar aqui...

– pode falar então – se sentou ao seu lado.

– Eu não tô feliz Lali, você me prende demais, eu sempre fui pássaro livre agora me sinto acurralado ao seu lado.

– eu nunca tive a intenção de te prender Poncho, desculpa – disse sincera.

– Eu não posso ficar com alguém que não aceita minha família, meus amigos – me olhou atenta – E disso não tem nada haver com tudo que houve ontem, Dulce por exemplo sempre dizia que eu era seu melhor amigo, vivia atrás de mim e você a afastou por ciúmes, ela namora meu amigo, meu melhor amigo, amigo esse que eu mal consigo ver, você sempre da pra trás, a gente só pode fazer o que te faz bem, agora o que me faz bem não, é impossível, assim não da mais pra mim.

– Me deixa tentar de novo Poncho, eu perdoo sua traição e você perdoa minha falta de atenção em você... Eu quero me aproximar dos seus amigos e até da Manu... Eu vou tentar... Só não me deixa – Larissa começou a chorar descompassadamente e Alfonso a envolveu no seu abraço

– Tudo bem Lali, não chora, podemos tentar, mas não chora – a abraçou mais forte sentindo seu coração apertar, não poderia fazer mais alguém sofrer por sua causa.

– Então estamos juntos ainda – sorriu pra Alfonso feliz pela atitude do marido, Larissa tinha certeza que aquilo seria o fim. E não foi.

– Estamos sim, nadamos muito pra chegar até aqui, vamos tentar novamente.

Ótimo, acho ótimo – sorriu pra ele – eu vou cancelar todas as minhas consultas hoje e vamos passar o dia juntos ok? – ele assentiu –podemos almoçar em um restaurante no centro, o que acha?

–Acho ótimo Lali.

Alfonso resolveu por telefone e e-mail algumas pendencia do trabalho e voltou pra seu apartamento com Larissa pendura mais do que nunca em seu pescoço. Os dois acabaram na cama antes de irem almoçar juntos no restante.

A Tu Lado - AyAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora