Capítulo 7 - Pego Na Mentira

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Condomínio San Pietro

Poncho acordou por volta às 6 da manhã, sozinho na cama e agradeceu, não saberia como dizer para Anahi... "Olha você tem que ir embora porque vou me casar hoje".

Ele se levantou e tomou um banho rápido, se vestiu com a mesma roupa e sumiu para o apartamento dos pais.

– Graças a Deus você chegou – suspirou Daniel e Manuela ­– onde você estava Poncho?

– Eu? Eu? ­– pensou.

– Sim, você Alfonso Herrera – indagou Manuela – Estava vendo a hora de acordar a mamãe pra procurar seu corpo nos IML.

– Não exagera Manu, eu tô aqui, não tô?

– Manu vai dormir, vai – disse Daniel – eu vou conversar com Poncho.

– Você não me escapa depois Poncho – bocejou – não me escapa.

– onde você estava Poncho?

– Dani eu fui procurar o banheiro, acabei entrando em uma sala da boate e dormi ali mesmo, sabe que Lali odeia sair, acho que tô ficando que nem ela e acabei dormindo. Acordei quando a boate estava fechando com um cara me chamando pra sair dali, demorei pra chegar porque não conseguia taxi e tive que vir de metrô.

– entendi – disse Dani – vamos descansar então, porque daqui a pouco é o seu casamento ­– passou a mão pelo cabelo do irmão o acompanhando para o quarto.


-

A campainha do Apartamento não parava de tocar, seguidamente e Daniel seguiu do quarto para a sala para atender a porta. 

– Lali? Que houve? – disse Daniel ainda com sono.

– cadê o Alfonso, ele tem que me explicar isso – disse chorando de raiva.

–Calma Lali que houve? Respira e se acalma.

– chama ele Daniel, eu não tô brincando.

– Que está acontecendo Dani – Poncho apareceu na sala – Lali? Aconteceu alguma coisa?

– Sim Alfonso, eu fui ao apartamento agora pegar meus sapatos de noiva e achei um bilhete amoro do lado da minha cama e uma calcinha no meu chão – disse muito nervosa – de quem é isso Alfonso? Quem é a vagabunda que você levou pra lá? – Ele não conseguia responder e Dani estava muito surpreso – responde Alfonso.

– desculpe Lali, fui eu – respondeu Dani – eu não achei que, tivesse problema.

– não achou que tivesse problema? - gritou - Daniel você está louco? Explica isso agora.

Poncho não se movia.

– ontem na despedida eu conheci uma garota, muito louquinha, mas ela não topou ir pra motel comigo, não podia levar ela aqui pra casa por causa da Manu né, como eu estava com as chaves de Poncho já que ele foi sem carro ontem eu achei que não tinha problema, quando sai de lá de manhã, não vi nada fora do lugar, achei que não fossem perceber.

– na minha cama Dani? - disse ainda nervosa.

– não Lali, aconteceu no chão, eu juro – sorriu – ela valia a pena, você tinha que ver, mas não briga com Poncho, ele não sabia de nada.

– toma o seu bilhete Dani – o entregou – e a sua calcinha – disse com nojo – eu tenho que ir para o salão agora, desculpa amor - disse finalmente acordando Alfonso do transe. 

– tudo bem Lali – ela o beijou rápido e saiu pela porta.

Daniel fitou Alfonso.

– explica agora – foi tudo que disse.

– eu não sei o que deu em mim – saiu andando de um lado para o outro - aquela mulher, ela me deixou louco Dani, você sabe que nunca olhei pra nenhuma mulher, sempre fui fiel a Larissa, mas ela me provocou demais.

– Que mulher Poncho?

– A mulher da Tequila Dani – ele abriu a boca, mas nada saiu – a do bar.

– porra Alfonso, pelo menos fez direito hein – riu – como foi?

– primeiro foi péssimo, transamos no banheiro, eu fui rápido, ela me deixou sem reação, ai não consegui resisti e trouxe-a para o apartamento, transamos de novo e quando acordei ela tinha sumido.

– Foi rapido? - riu da cara do irmão - ela é gostosa? – brincou.

– para cara – sorriu sem jeito depois encarou o irmão – sim, muito. Nunca fiz nem metade do que fiz com ela com Lali.

– Foi uma despedida e tanto então – gargalhou – bom, agora vou me desfazer da sua cartinha de amor e dessa calcinha antes que dê mais problemas.

– vocês já estão de pé meninos? – perguntou Ruth entrando na sala já arrumada.

– Estamos mãe – poncho respondeu – e a senhora não ia com a Lali para o salão?

– ai filho tenho que dar um pulo na escola primeiro e depois vou pro meu salão mesmo, Lali está em um cheio de frescuras – riu.

– professora não para em mãe – brincou Dani – deixa que a gente faça o café, vai lá.

– obrigada filho – beijou os filhos de saiu para a escola onde dava alga de inglês e história.

Poncho leu o recado de Anahi e sorriu, ela era mesmo incrível.

– Poncho eu imagino como deve ter sido bom, a garota é uma gata, mas acorda ai, hoje é seu dia de esperar a Lali no altar. E embora ela seja um porre de chata – riu – é com ela que vai casar, então vamos se livrar dos rastros da noite passada e focar no seu dia de noivo, tudo bem?

– tudo bem Dani – sorriu para o irmão – obrigada por me ajudar a não destruir meu casamento.

– tem um preço tudo isso, no caso vale sua camiseta dos New England Patriots.

– é sua – abraçou o irmão forte, ele estava grato de verdade.

– que lindo vocês dois – Manuela se aproximou – quero o ultimo abraço do meu irmão também.

– Manu, para de implicar com a Lali, ela gosta de você sabia?

– Ela te leva da gente ao invés de se unir com a gente Poncho, desculpa, mas esse casamento é um erro, ela te toma até de você, mas não adianta falar adianta? Olha tudo que você já perdeu nesse namoro? Quantas viagens em família? Você precisava de alguém que subisse na montanha Russa com você, não alguém que te tira dela.

– Manu, olha pra mim – ela olhou – ela me faz feliz, isso não é o suficiente pra você?

– Poncho, você não é feliz, é acomodado – chegou mais perto – olha a Dulce e o Ucker, eles não deixaram de viver e namoram a muito mais tempo que vocês, aliás nem estão noivos ainda.

– Manuela eu não sou o Christopher, Lali não é a Dulce e você não é eu. Eu que tenho que saber dos meus sentimentos e você está estragando meu dia, se não quiser ir, simples não vá. Obrigada por ser a melhor irmã DO MUNDO no dia de hoje – saiu batendo a porta.

– calma Poncho, desculpa – tarde de mais.

– pegou pesado Manuela.

– você concorda comigo Daniel.

– Mas isso não me da o direito de estragar o dia dele, ela não é ruim pra ele, ela só é reservada, cada um tem seu jeito. Ele gosta dela e por isso eu tento me dar bem com ela, por ele. Você devia fazer o mesmo, você é uma das damas de honra do casamento, devia estar ajudando a noiva, de novo digo, por ele.

– Eu só queria que Poncho pudesse ser quem ele é, ela o esconde. Mas tudo bem vou para o salão fazer meu papel de dama de honra perfeita.

A Tu Lado - AyAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora