Quando Um Homem Ama Uma Mulhe...

By JfbBauer

34.4K 990 125

DEGUSTAÇÃO O amor verdadeiro de um homem por uma mulher ultrapassa todos os obstáculos e barreiras. Seria pos... More

Sinopse
Capítulo 1 - UM SENADOR DISFARÇADO
Capítulo 2 - DIFERENTES OBJETIVOS
Capítulo 3 APAIXONADO E DESMASCARADO
Capítulo 4 JULGAMENTO SEM MEDIDAS...
Capítulo 5 UM SENADOR REJEITADO
Capitulo 6 TRABALHANDO PARA O SENADOR
Capítulo 8 ACEITANDO O FIM
MELHORES MOMENTOS CAP: 9,10,11,12,13
Comunicado - Novo Romance no wattpad - PiLantRas
Capítulo 9 UMA NOVA CHANCE PARA O AMOR...
Capítulo 10 UM SENADOR EM PERIGO
Capítulo 11 DE VOLTA AO LAR
Capítulo 12 TARDE DEMAIS...
Capítulo 13 FEITICEIRA
Novo livro na Amazon : Imperfeito Amor
O PRIMEIRO FORASTEIRO
LIVRO FÍSICO EM PRÉ-VENDA
QUANDO UM HOMEM AMA UMA MULHER
Recadinho!

Capítulo 7 CEDENDO AO DESEJO

1.5K 64 8
By JfbBauer

Olá queridos, mais um pouquinho. Infelizmente o livro integral ainda não está disponível na Amazon. A revisao final está um pouco atrasada, pois minha revisora está cuidando da saude, e a saude está sempre em primeiro lugar, mas acho que deve demorar muito. Na próxima semana colocarei mais um capítulo aqui. Beijos

Ju

JFB Bauer

Capítulo 7

CEDENDO AO DESEJO

— Por que você sempre foge quando te convido para sair? — Jay perguntou a Emma. Há um mês o jovem fazia aquela mesma pergunta.

Os dois jovens estavam tomando um café na cafeteira do senado, já haviam desenvolvidoesse hábito.  Jay era legal e divertido e Emma gostava de conversar com ele, então às vezes, se encontravam para saborear um delicioso café juntos ou até mesmo almoçarem.

Mas quanto a sair e talvez rolar algo, ela ainda estava receosa. Já havia pensado em aceitar, mas algo a impedia e desconfiava que certo Senador tivesse algo a ver com isso.

— Jay, eu não acho uma boa — respondeu o mesmo que sempre dizia a ele.

— Por que não? Você tem namorado?

— Não.

— Então? — colocou a mão sobre a dela na mesa.

— Eu vou pensar. É só o que posso prometer.

Ao olhar para a entrada da cafeteria a garota viu que Mark a olhava atentamente. Sorriu para ele se despedindo do rapaz e alcançando o colega de trabalho, que estava indo para o gabinete.

— Paquerando, Emma? — brincou.

— Nada a ver. É só um amigo — respondeu.

— Aham... Sei — disse malicioso.

Não falaram mais nada sobre aquilo e assim que eles chegaram ao gabinete, cada um foi cuidar de seus afazeres.

Naquela noite Emma chegou cedo em casa e como a saudade apertou forte no peito, decidiu ligar para a mãe.

— Mãe? — saudou-a.

— Emma! Que saudade filha!

— Eu também estava com muita saudade, mamãe. Acho que vou dar um jeito de aparecer na próxima semana — disse animada. Há semanas pensava em ir visitar a mãe.

Estranhou o silêncio, pois a mãe geralmente se alegrava com a sua visita.

— Mãe? Alô? A senhora está aí? — perguntou pensando se a ligação não havia caído.

— Oi, querida, estou sim. É o seguinte, Emma, seu pai saiu da prisão e está em casa, filha. Está aqui do meu lado, louco para falar com você. Por favor, fale com ele — a mãe disse com a voz embargada.

O coração da garota deu um pulo, um nó no estômago se formou.

— Não quero falar com ele. Nem agora, nem nunca!  E retiro o que disse, não vou poder ir até aí na próxima semana...

— Emma...

— Adeus, mamãe. Preciso desligar.

Desligou rapidamente e ficou encarando o aparelho. Em seguida o seu celular tocou. Era a mãe, sabia que ela iria insistir. Não atendeu, não queria falar com a mãe e principalmente, não queria falar com ele...

A assessora de imprensa estava correndo pela sala do seu apartamento colocando o sapato de saltos preto e tropeçando na sequência, estava atrasada para o trabalho, quando o telefone do apartamento tocou.

Correu para atender, mas parou. E se fosse ele? Meu pai. Não, a sua mãe não faria isso comigo, o mandando ligar, faria?

— Alô... — atendeu desconfiada.

— Emma? — a voz feminina e conhecida fez com que sorrisse.

— Iris! Amiga, que saudade!

Pode ouvir a risada da amiga.

— Eu também estou morrendo de saudade de você e da Lindsay. Como está tudo por aí?

— Tudo bem! Você já sabe que a Lindsay está namorando sério, não sabe?

— Sim! — Iris deu uma risada. — Eu falei com ela outro dia e ela me contou, mal acreditei. Lindsay namorando sério, quem diria? E você não foi pelo mesmo caminho?— perguntou.

Ah, não. Sabe que eu ainda quero aproveitar muito a vida antes de me amarrar — brincou.

— Tudo bem, mas se a vida lhe trouxer uma paixão arrebatadora, não vá virar as costas para ela.  Ok?

Não soube explicar o porquê, mas as palavras de Iris a incomodaram.

— E quando virá nos visitar? — desconversou.

 — Eu liguei justamente para isso, para dizer que vou voltar para ficar.

— Sério? Que maravilha, Iris! E quando vem?— a garota perguntou animada. Seria ótimo que ela voltasse. Além de Lindsay, Iris era uma das mais queridas amigas de Emma.

— Em dois meses no máximo. Eu preciso terminar um trabalho aqui e logo depois disso volto para casa. Ainda tem um lugarzinho aí para mim, não tem?

— Iris! O apartamento é seu e da Lindsay, a penetra aqui sou eu!

A amiga riu.

— Imagine as festas que faremos? Eu, você e Lindsay. Vai ser ótimo!

Emma participou da animação da amiga, porém, quando olhou o relógio viu que estava muito atrasada.

— Amiga tenho que ir para o trabalho, mas preciso  fazer uma última pergunta. E aquele seu namorado? Vai trazer junto?

— Não. Nós terminamos, mas nem adianta sentir muito, foi melhor assim — pareceu um pouco desanimada na concepção de Emma.

— Tudo bem, nós nos falaremos depois. Lindsay vai pirar ao saber que vai voltar. Agora amiga, eu realmente preciso ir.

As amigas se despediram e a garota voou para o trabalho. Não demorou muito, conseguiu pegar um táxi que chegou bem rápido ao senado.

Naquela semana, o gabinete do Senador estava uma verdadeira loucura, com muitas reuniões. Havia um projeto no qual ele estava muito empenhado para que fosse aprovado no senado, pois iria melhorar muito a vida das pessoas, então todos estavam trabalhando com afinco. Richard também tinha uma viagem marcada para dali a três dias, onde ele ficaria 10 dias fora do país.

— Se prepare, Mark, serão duas semanas de viagens sem praticamente descansar — o Senador o advertiu ao final da reunião, onde todos do gabinete participavam.

— Não eram 10 dias? — o amigo do Senador perguntou visivelmente desconfortável. Emma sabia o porquê. Aliás, todos na sala sabiam. Ele não queria ficar tanto tempo longe da namorada, em alguns dias seria o aniversário dela.

Mas sendo o profissional que era Mark não iria pedir para não ir. Percebendo o dilema do amigo o Senador se adiantou...

— Alexia? Você poderia assumir o lugar de Mark nesta viagem?

— Claro, Senador — Alexia respondeu exultante.

“ Óbvio que Alexia aceitaria”. Concluiu Emma . “Quando Alexia diria não a ele? A mulher era apaixonada por ele, não era? E o que eu tenho a ver com isso?” Xingou—se.

— Não. Richard. Eu posso... — Mark começou a dizer, no entanto foi interrompido pelo Senador.

— Mark, tudo bem! — colocou a mão sobre os ombros do amigo. — Alexia irá em seu lugar dessa vez, na próxima você irá. Bem pessoal, acho que por hoje é só. Já está ficando tarde e é melhor vocês irem para casa.

Os funcionários do gabinete começaram a se despedir para irem para suas residências, contudo Emma estava com bastante trabalho acumulado e resolveu ficar até mais tarde no gabinete. Todos já haviam ido embora, menos ela e o Senador, que estava trancado em sua sala.

Foi até a salinha de pesquisa tirar uma cópia, quando a máquina copiadora começou a fazer um barulho estranho.

— Droga de máquina! — esbravejou.

Tentou arrumar. Mexe dali e daqui, mas nada funcionava. Já estava perdendo a paciência.

— Problemas? — saltou ao ouvir a voz de Richard atrás de si.

Virou-se e o viu parado à porta com uma cara de quem estava se divertindo ao vê-la brigar com a máquina. Que além de estar fazendo um barulho alto e chato, se negava a devolver o papel que ela havia colocado para tirar a tal cópia.

Sorriu para ele que retribuiu. De imediato, sentiu a sua pulsação acelerar.

— Sim. Esta “coisa” travou e está fazendo este barulho — explicou.

— E você está tentado arrumar? — perguntou divertido.

— Estou, mas não está funcionado... — reconheceu.

— Bem, duas cabeças pensam melhor do que uma. Vamos tentar juntos — disse e se aproximou ficando próximo dela. Muito próximo na verdade. Ela não pode deixar de reparar como ele parecia à vontade. Sem o casaco do terno e também sem a gravata.

Tentaram de tudo, até da tomada desligaram a tal máquina, mas parecia que ela estava possuída e mesmo sem energia continuava funcionando, se é que aquilo fosse possível.

De repente o Senador deu um chute na máquina copiadora. Emma pulou sobressaltada.

— O quê?! — ele disse. — Talvez funcione.

Ela começou a rir acompanhada dele que deu outro chute, e a máquina como por milagre, parou de funcionar e fazer barulho.

— Bravo Senador! — elogiou.

— Parece que sirvo para mais alguma coisa — disse rindo. O sorriso dele estava deixando-a apaixonada. Não! Encantada, essa era a palavra.

Ela estava encostada com as costas na máquina copiadora e Richard estava bem a sua frente. Perto, muito perto! O momento de descontração havia passado e agora os dois se olhavam fixamente. “Está quente aqui ou será impressão minha?”

— Eu... Eu... — não terminou de falar, pois ele se aproximou mais. Colocou as suas mãos, uma em cada lado do corpo dela, apoiando-as sobre a máquina que esteve possuída. Os rostos de ambos quase se tocando. Emma respirou forte em busca de ar, mas foi pior, pois o cheiro másculo dele inebriou-a.

Precisava recordar que ele era o seu chefe e era um Senador. “Meu chefe e Senador”, entoou em um mantra. Os olhos dele estavam presos aos dela e ali ela via o desejo que devia estar refletido nos seus também.

Sem desviar os olhos, o belo homem abaixou o rosto e colocou-o no pescoço da garota passando levemente seu nariz por toda a extensão. A jovem fechou os olhos, deliciada e excitada como jamais tinha sentido na vida. Emma arfou, tinha que admitir, ela o queria.

Sentiu os mamilos se endureceram quando ele passou o seu nariz por sua orelha e respirou forte ali. O calor do corpo dele a fez arrepiar-se. A garota sentiu que seu corpo estava em colapso. Queria-o demais.

— Peça... — ele sussurrou no ouvido dela.  Isso era uma verdadeira tortura.

“Pedir? Pedir o quê?”

— Eu não esqueci, Emma... — continuou a tortura sussurrando em seu ouvido, respirando em seu pescoço. “Por que ele não me toca? Não me beija?”

— Não... Não esqueceu o quê? — conseguiu perguntar com a voz tremula de desejo.

— Não esqueci que disse que não me queria.  E só vou tocá-la se você me pedir, se disser que me quer.

O quê?! Por que ele estava dizendo aquilo?

— E tem que pedir agora.  Eu não estou paciente hoje... — falou quando passou novamente o seu nariz pelo pescoço dela, trocando de lado. Emma apertou as mãos em punho. Louca, era a sua vontade de colocar as mãos na nuca dele e beijá-lo.

Dane-se! Ela o queria. E se preparou para pedir, implorar que ele a tocasse.

— Richard eu... Eu quero que me...

Antes que ela terminasse a frase ele se afastou, quando Emma abriu os olhos,  já o viu à porta.

— Boa noite, Emma! Até amanhã... — disse saindo deixando a garota totalmente sem ação.

“Mas que diabos foi isso?!”

Chegou ao apartamento soltando fogo pelas ventas, ou seja, furiosa. “Cretino! Filho da puta! Ele queria o quê?! Dar-lhe o troco? Fazê-la implorar?”

“Idiota! Arrogante! Gostoso! Tentação! Ah, que se dane! Amanhã ele iria pagar caro! Veremos quem aguenta mais! Se ele sabe provocar, eu também sei...” Sorriu consigo mesma. Ele que se preparasse, amanhã seria ele quem iria implorar por ela.

***

Havia sido a coisa mais difícil que tinha feito há tempos, o ato de deixar Emma ali, quando claramente ela o desejava tanto quanto ele. Mas, não poderia ser tão “fácil” assim. Ela teria que realmente querer.

Percebeu nos olhos dela que a moça queria. Mas quanto? E por quanto tempo? Não era tolo o suficiente para achar que ela estava apaixonada. Não! Infelizmente não era assim. Mas, desejo sim! Isso ele vira gravado no rosto dela e o corpo de ambos apenas confirmou o fato. Mas ele queria mais queria que ela o amasse. Estava parecendo uma mulherzinha, sabia disso, mas era mais forte que ele. Amava-a tanto e queria tanto viver intensamente aquele amor que somente o desejo por si só, não seria suficiente. Mas, por enquanto, se não tinha amor se conformaria com o que tinha.

Seria capaz de fazer Emma se apaixonar por ele? Se ela desse uma chance, uma chance real, com certeza poderia mostrar a ela todo o amor que sentia. Poderia fazê-la realmente feliz.

Estava em seu apartamento, pois tinha saído do seu gabinete feito um furacão. Precisava manter distância para não ceder ao desejo de voltar àquela sala e mostrar  toda potência do amor e do desejo que sentia por ela. Agora sozinho, se recriminava e o seu corpo reclamava, por não ter atendido ao desejo que lhe foi despertado ao ficar próximo dela.

Por esse período de tempo em que ela estava trabalhando com ele, assumiu uma postura de discrição, contudo a sua vontade era tomá-la nos braços cada vez que a olhava. Entendia que tinha que ser paciente, queria que ela o conhecesse e que gostasse dele.

Também tinha a relação dela com o pai, queria ajudar, mas receava que ela pudesse não gostar. Mais uma vez, a paciência era a palavra de ordem.

Richard pegou o telefone e resolveu ligar para a pessoa que o acalmava, sua melhor amiga.

— Richard?— ela disse e quase pode vislumbrar o sorriso maternal.

— Oi, mãe. Como está tudo por aí?

— Tudo bem, querido. E você? Preparado para a viagem? — perguntou.

— Sim. Será uma viagem longa e cansativa — disse ao lembrar-se dos compromissos que o aguardava dali a três dias.

— Bem, o nosso país precisa do Senhor, Senador — brincou.

— E o papai? Tem se comportado? — perguntou imaginando Liam Walker se comportando. Isso não era bem o estilo dele.

— Sim, mas eu também estou de olho. Sabe como ele é... Agora inventou que temos que nos matricular numa aula de dança.

Isso sim era a cara do pai.

— Acho que isso faria bem tanto a ele quanto a você. E eu acho que combina com ele.

— É claro que combina, mas e comigo? Ainda mais que ele disse que quer dançar um tango sensual comigo.

— Informação demais, mãe — alertou.

— E você querido? Nenhuma namorada?— sondou.

— Não, mãe... Eu ainda... Gosto da mesma garota — confessou.

— Emma Morris.

— Sim.

— Se a ama de verdade não desista meu filho — falou confiante.

— Sua opinião é bem diferente dos conselhos de Abigail.

— Bem, eu sou a mãe. Ela não! É claro que ela quer o melhor para você, mas ela vê as coisas mais preto no branco, já eu vejo em muitas cores.

— Eu achei que você fosse arquiteta e não psicóloga — brincou.

Mãe e filho riram.

— Eu tenho meus momentos.

O Senador conversou mais um pouco com  sua mãe, ainda não a tinha visto desde que ela voltou da viagem pela Europa, então aproveitou para matar a saudade. Sua mãe, sempre tão sensata!  Ele amava muito os pais. Um casal muito diferente entre si, mas que se completava.

Na manhã seguinte, ele estava ansioso para chegar em seu gabinete e encontrar Emma. Qual seria a reação dela?

Ela foi a primeira pessoa que ele viu, estava linda como sempre, usando um vestido na cor azul que a deixava muito sexy.

Educadamente ele cumprimentou à todos. Sua assessora de imprensa foi simpática e formal como sempre. Nenhuma reação diferente dos outros dias, isso o frustrou.

Trabalharam durante todo o dia de forma exaustiva, havia ainda muitas coisas a serem resolvidas antes da viagem no dia seguinte. O dia foi passando e aos poucos os outros funcionários foram indo embora. E de novo, ao final do expediente, estavam apenas ele e Emma. De sua sala Richard a via atrás da mesa, olhava-a disfarçadamente e quando a jovem retornava o olhar, ele desviava rapidamente. Era um jogo e internamente Richard sorriu, ela esperava que ele fizesse algo.

Continuou fingindo que lia alguns documentos, mas a sua atenção estava totalmente voltada para a jovem. Até que ela se levantou o olhando e saiu de suas vistas. Sabia que provavelmente estava na mesma sala do dia anterior. “Ela espera que eu vá atrás dela? Vou ou não vou?”

***

Emma já não aguentava mais enrolar em sua mesa sem ter mais o que fazer. Olhava Richard tão concentrado com alguns documentos que lia. “O quê será que tem de tão importante naqueles papéis?”

Bufou!  Precisava fazer algo rápido. Levantou-se e viu que ele a viu sair. Foi até a sala em que estiveram no dia anterior, na expectativa de que ele viesse atrás dela. Porém, ele não veio e ela ficou esperando frustrada.

Ligou a máquina possuída e hoje que precisava, a maldita não fez barulho algum. “Droga! O que vou fazer? Agora que decidi que o quero, ele fica se fazendo de difícil? Coloquei o vestido azul na esperança dele perder o controle, mas já estou  perdendo a esperança.”

Olhou para o arquivo, uma parede repleta de pastas até o teto, e teve uma ideia. Ridícula pensou, mas era a única que lhe vinha à mente.

Caminhou em direção à sala do Senador e viu que continuava concentrado em seus papéis.

— Richard... — disse quase em um sussurro.

O Senador levantou os olhos e ali, ela teve certeza que ele não estava tão concentrado assim naqueles papéis. Seus olhos estavam quentes de desejo.

— Sim, Emma.

— Eu preciso de uma pasta que está no arquivo, só que eu não consigo alcançá-la. Será que você poderia pegá-la para mim?— pediu inocente.

O homem sabia ser sexy, pois deu aquele sorriso torto maravilhoso que ela tanto adorava. “Será que minha tática é tão obvia assim?”

— Claro! — se levantou a seguindo pelo corredor.

Ao chegar à famosa sala, ele a encarou malicioso.

— Qual é a pasta?

— Aquela... — apontou para uma pasta que estava na parte mais alta da estante. Alto como era a pegou sem nenhuma dificuldade.

O Senador entregou a pasta a ela.

— Pronto! — disse.

E agora? Será que simplesmente iria dar a volta e retornar para a sua sala? Emma não tinha mais nenhuma “ideia brilhante”, caso ele fizesse isto.

— Obrigada, Richard... — disse sedutora.

Os dois ficaram se encarando em silêncio.

— Disponha. É apenas isso o que deseja?— perguntou com o olhar cravado nos olhos dela.

Emma mordeu os lábios, subitamente envergonhada. De onde veio essa vergonha agora? Enquanto se debatia com a sua recente adquirida timidez, Richard se aproximou dela colocando a mão em seu rosto. Os dedos dele acariciando de leve os lábios da jovem.

— Linda... — disse e foi o que bastou. Quando se deram conta, eles estavam com a boca grudada, um no outro.

“Deus! Que beijo!” Era como se o corpo dela voltasse para onde nunca deveria ter saído. Colocou as mãos nos cabelos dele, enquanto era enlaçada pela cintura. Era um beijo febril, selvagem.

A paixão a dominou por completo e a jovem não se lembrou de mais nada, só ele existia! Ela o queria, precisava daquele homem, naquele exato momento.

A garota aproximou-se mais do corpo dele, encaixando-se à ele. Estava muito excitada, assim como percebeu que ele também estava.

— Eu quero você! — disse satisfeita, ouvindo-o gemer.

Sem esperar, Emma foi erguida por braços fortes e carregada até o sofá que havia na sala. Ele sentou e ela foi para seu colo.

Richard começou a trilhar beijos e mordidas no pescoço dela, deixando-a enlouquecida, estava entrando, literalmente, em combustão. “Puta merda, que homem gostoso!” Pensou a garota totalmente envolvida no que lhes acontecia.

Decidida, Emma levantou-se em um salto deixando-o surpreso. Sem pensar muito, arrancou o vestido pela cabeça. Estava em pé, de frente para Richard, somente de sutiã e calcinha de renda preta e claro, os sapatos de saltos.

O Senador passou a língua pelos lábios, numa clara confissão de desejo e sorriu. Não qualquer sorriso, aquele sorriso torto de molhar a calçinha, literalmente.

A jovem retribuiu o sorriso, pegando a mão dele que estava estendida para ela e de novo estava no colo dele.

Novamente beijaram-se enlouquecidos, esquecidos do mundo.

— Minha Emma... — Richard sussurrou ao ouvido dela e logo depois mordeu levemente o lóbulo de sua orelha. A garota sentia o corpo quente, fervendo para dizer a verdade.

Então a jovem começou a desabotoar a camisa dele, revelando o seu peito esculpido. Ao mesmo tempo em que ele passava as suas mãos pelas costas, coxas, cintura até seguir para os seios da garota, os apertando. Ela gemeu e em segundos estava somente de calçinha, já Richard, somente com a roupa de baixo na cor azul. O Senador provava fortemente os seios da jovem. Emma estava desfalecendo em prazer.

Era muito tesão acumulado, pois desde a primeira vez que se viram queriam aquilo. Richard desceu a mão acariciando-a, pele contra pele, a boca sedenta dele em seus seios e os longos dedos habilidosos dentro dela, acariciando-a, afagando-a.

De repente ele girou o corpo e ficou sobre ela. Estava deitada no pequeno sofá sob o corpo maravilhoso do Senador.

Ele continuava beijando-a e torturando-a, estava em toda parte. O corpo dela o sentia por toda parte, tudo estava sendo incrível.

Já não havia mais roupas, estavam completamente nus. Precavido ele pegou um preservativo que havia no bolso de sua calça. Tudo nele era maravilhoso, esplêndido. Emma o analisou e era observada por belos olhos azuis que mostravam encantamento no que viam. Novamente o homem desejado estava sobre ela e lentamente deslizou para dentro dela. Ele gemia baixinho, fechando os olhos.

Ela suspirava, agarrando os braços másculos dele, enquanto ele segura a cabeça dela entre as mãos e a olhava nos olhos.

—  Emma...

**

“Um sonho? Mais um dos muitos que eu tive com aquele momento? Não, agora era real”. Ele estava fazendo amor com a mulher que amava.

— Richard... — Emma gemeu.  — Mais... Mais forte... — acelerou os movimentos dos quadris, aceitando o pedido dela. Queria dar prazer a ela.

Era simplesmente maravilhoso para ele estar dentro dela, o seu corpo aceitando-o, desejando-o. Ele queria isso para sempre.

Uma esperança se acendeu dentro dele, enquanto a amava. Ela poderia estar sentindo a mesma conexão, a emoção que emanava de seus corpos? Parou de divagar quando a mulher que por tantas vezes desejou se moveu em baixo dele provocando uma sensação fantástica.

— Delicia, Emma. Você é uma delicia!

Ela gemeu mais alto. O Senador percebeu que ela gostava quando ele falava em seu ouvido.

Mudaram de posição. Desta vez ela estava sobre ele. Montando-o. Sabia que não iriam durar muito tempo. Ele a tocava nos lugares certo e ela estremecia...

Emma chegou ao seu orgasmo e apertou o seu corpo ao redor do dele  fazendo-o segui-la em um clímax forte e intenso. Apoiou a sua cabeça nos ombros dele, enquanto ofegava em busca de regularizar a sua forte pulsação.

Carinhoso, puxou-a para que se deitasse sobre ele no sofá. Recuperando-se do prazer recém-alcançado, rezava silenciosamente para que ela não fugisse ou achasse que foi um erro. Deitada sobre ele com a respiração calma, por um momento pensou que ela dormia em seus braços, mas não. Quando a garota soltou um leve suspiro, ele enrijeceu.

Lentamente Emma levantou o rosto olhando para ele. Seus olhos não pareciam arrependidos. Richard sorriu tentando mostrar uma calma que não estava dentro dele. O sorriso que enfeitou o rosto dela lhe  tranquilizou um pouco. De repente ela começou a rir de verdade.

— O quê? — ele perguntou sem entender.

Ela balançou a cabeça.

— A história da pasta foi ridícula.

Riu ainda mais. Ele a acompanhou, não porque achava que ela tivesse razão, mas porque se sentia... Feliz.

— Eu achei bem original — disse e Emma escondeu o rosto em seu peito.

— E você hein, Senador? Já veio preparado — falou sorrindo.

— Como assim?

Ela apontou para o preservativo descartado no chão.

— Ah não! Hoje quando eu estava vindo para o trabalho, meu carro foi abordado por estudantes que estavam fazendo manifestação pelo sexo seguro. Eles distribuíam preservativos. Mark estava comigo. Ele pediu aos estudantes uma caixa.

Os dois riram juntos e Richard afagou o rosto amado.

— Fiquei com medo que se arrependesse — confessou.

— Não quero pensar que transei com o meu chefe.

— Emma, não é assim!

— Não estou arrependida, Richard.

— Bem, eu nem preciso dizer que não estou nem um pouco arrependido, você sabe o que sinto por você. — Ela colocou os seus dedos sobre os lábios dele o impedindo de falar.

— Por favor, não fale nada.

O Senador sabia que ela não se sentia à vontade quando ele falava sobre o que sentia por ela. Provavelmente porque não sentia o mesmo, isso o arrasava, mas havia esperança. Sentia isso.

— Richard eu realmente não sei aonde isso vai nos levar. Vamos com calma.

— Eu sei aonde vai nos levar. Que tal até o meu apartamento? Para continuar o que começamos aqui, num lugar um pouco mais confortável — brincou para quebrar o clima estranho que se formou.

— Seria ótimo! — ela sorriu.

Saiu debaixo dela colocando as suas roupas. A jovem ainda permanecia deitada no sofá, nua. Linda, concluiu o belo homem.

— Você assim é uma visão que jamais vou esquecer! — revelou sincero e a viu enrubescer. — Vou até a minha sala pegar a carteira e o meu paletó e já volto. Então poderemos ir.

Não resistiu em beijá-la antes de sair.

A vontade dele, enquanto caminhava até a sua sala era de pular e comemorar feito um jogador de futebol quando fazia um belo gol. Sorriu consigo mesmo por seu pensamento. Ao chegar à sua sala, estacou ao perceber que ela não estava vazia como pensava.

--------

Tive que fazer um comentário... quem será que está na sala do Senador? Apostas? Beijos Ju

Continue Reading

You'll Also Like

1.6M 160K 64
Anelise tem uma paixão platônica desde muito tempo por Theo e decide que irá conquista-lo. Passando o tempo mirabolando planos para sua conquista, a...
225K 13.3K 93
Eu sempre fico atrás de um imagine que consiga prender a minha atenção na madrugada, então eu decidi ajudar os que também querem se iludir um pouquin...
20.5K 2.5K 30
onde S/n e Yasmin passaram por um relacionamento conturbado ou onde depois de anos,Yasmin tenta recuperar a confiança de S/n [Social Media]
1.9M 146K 44
Strix é uma escola de submissas onde mafiosos investem para terem as suas. Emma foi criada na Strix e ensinada para se tornar uma, mas a garota não é...