A Resistência | À Beira do Ca...

By cristi_sil

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Será retirado do Wattpad nos próximos meses! Enemies to Lovers | Fake Dating 🏆 Wattys 2020 Gaia | 2121 Cem a... More

Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
Capítulo 54
Capítulo 55
Capítulo 56
Capítulo 57
Capítulo 58
Capítulo 59
Capítulo 60
Capítulo 61
Capítulo 62
Capítulo 63
Capítulo 64
Capítulo 65
Capítulo 66
Capítulo 67
Capítulo 68
Capítulo 69
Capítulo 70
Capítulo 71
Capítulo 73
Capítulo 74
Capítulo 75
Capítulo 76
Capítulo 77
Capítulo 78
Capítulo 79
Capítulo 80
Capítulo 81
Capítulo 82
Capítulo 83
Capítulo 84
Capítulo 85
Epílogo
Capítulo especial | Lucas
Capítulo especial Nathan | 1
Capítulo especial Nathan | 2

Capítulo 72

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By cristi_sil

— Emily! — Bea me chama com um grande aceno. — Você está tão distraída hoje, tive que chamar umas dez vezes.

Ela ri do próprio exagero.

— Desculpe. O que você estava dizendo? — pergunto tentando fazer minha cabeça se focar no momento presente, o que tem sido difícil.

Afinal, com tudo o que está acontecendo, meu interesse por roupa ou maquiagem é praticamente nenhum.

— Está desculpada. Mas só porque você namora o Príncipe. — Ela ri. — Se fosse eu também andaria com a cabeça nas nuvens. Além disso, corre o boato de que você saiu ontem à tarde com a Sua Alteza Real e só voltou hoje de manhã.

Não preciso dizer nada, meu rosto vermelho já respondeu por mim.

— Bea — Keysha diz em tom de reprovação —, que indiscrição. Não precisa falar nada, Emily.

— A não ser que você queira — Ryan diz, e recebe um olhar irritado agora do Sean. — O que foi, gente? Não nasci para viver de fofocas pela metade, ainda mais quando estamos diante da pessoa que supostamente passou a noite com o Príncipe de Gaia.

— Depois, vocês são despedidos e não sabem o porquê — Keysha continua defendendo minha privacidade.

— Mas você estava pensando nele, não é? — Ryan insiste, com um sorriso malicioso.

— Não... eu não estava... — gaguejo.

— Essa bolsa? — Keysha pergunta, mudando de assunto rapidamente quando vê o meu constrangimento. Na mão dela tem uma pequena bolsa em tom nude totalmente discreta. — Ou esta? — Ela sempre sorri quando mostra a opção que mais gosta, e esta não era nada discreta.

É prateada e muito chamativa. Resolvo optar pela preferida dela.

Claro que a minha cabeça está na noite de ontem, em tudo o que aconteceu com o Nathaniel.

Mas também está no Lucas.

E no James.

Estou curiosa para saber o que ele quer comigo.

— Então vamos falar do James Christopher — Ryan diz, parecendo ter escutado meu pensamento. — Ai, gente, nunca engoli aquela história de ele não ter tempo para continuar sendo Mentor. Tenho certeza que aconteceu alguma coisa.

Parece que hoje estou sem sorte. Nunca mais vou reclamar quando a conversa girar apenas em torno de roupas, penteados e maquiagens.

— Ele estava tão triste quando nos falou que iria ter que abandonar a equipe — Bea comenta, e sinto que todos estão com esperança que eu esclareça o que aconteceu, o que não posso fazer. — Confesso que também achei estranha a saída repentina.

— Mas ele voltou. Todo mundo está comentando que foi o lance mais alto de sempre para jantar com uma Curada — Ryan volta a falar. — Você tem alguma ideia do que o James quer com você?

— Não — respondo. — Também estou ansiosa para saber.

— Mas relaxa, Emily — Bea diz. — Ele não vai assediá-la sabendo que você está com o Príncipe. Ninguém com um mínimo de noção provocaria o Comandante da Guarda Real dessa forma.

— Não, não estou preocupada com isso. Só curiosa. — Faço uma pausa rápida e mudo de assunto para encerrar a conversa sobre o James. — Vocês ainda não me disseram o que acharam das fotos da revista Glamour.

Meu receio não é ser assediada por ele.

E até teria sido normal ele ter comprado o jantar uma vez que já nos conhecemos e nunca conversamos sobre o que aconteceu na Celebração do Anel. Seria uma boa oportunidade de esclarecermos as coisas. O estranho foi todo o dinheiro envolvido para garantir esse encontro comigo.

Mas não adianta começar a elaborar teorias, já não falta muito para eu descobrir o que ele quer.

Depois de pronta, ficamos no Centro de Beleza conversando até meu carro chegar e eu ir a caminho do jantar com o James.

Ele escolheu um restaurante na cobertura de um prédio comercial de luxo, não muito longe do Palácio Real. Subo o elevador, e o concierge já está me esperando no saguão.

Quando avanço pelo restaurante, tenho a sensação de estar entrando em uma nave espacial, pelo menos era assim que eu achava que elas deveriam ser: redondas e rodeadas por janelas de vidro inclinadas com uma vista completamente panorâmica.

Sou levada para um espaço reservado onde James me aguarda.

O restaurante não está vazio, mas o ambiente é amplo e as mesas ficam muito distantes uma das outras. Sei que algumas pessoas olham quando passo, provavelmente curiosas para ver como vai correr o jantar com o James.

Felizmente, não são permitidos paparazzi em lugares privados, o que é ótimo, uma vez que não faço ideia do que vai acontecer.

— Emily! — James me cumprimenta, levantando-se com a elegância de costume em um terno bem alinhado. — É um prazer vê-la novamente — diz sorrindo, mas sem a mesma espontaneidade que ele tinha quando era meu Mentor.

Ele está nervoso, consigo sentir!

— James. — Sorrio de volta, para ele não notar que estou na defensiva. — O prazer é meu.

Sento-me, e ele se senta a seguir.

Aceito a sugestão de prato de carne que o garçom indica e peço uma água com gás.

— Você parece tão diferente da Emily que eu conheci — diz quando o garçom se afasta. — Não a aparência, mas olha para você. Como uma garota que parecia tão frágil fica assim? — Ele toma um gole do vinho.

— Muita coisa aconteceu — respondo, sem gostar muito de como essa conversa começou.

— Tudo é possível, não é mesmo? — James pergunta, olhando-me nos olhos, enquanto a frase me traz lembranças de uma das piores noites da minha vida.

Então é isso?

Ele está chateado ainda por não ser mais meu Mentor?

O garçom se aproxima trazendo as entradas, e nós ficamos em silêncio, o que me permite respirar fundo várias vezes para controlar a raiva que começo a sentir.

— O que você quer? — pergunto sem rodeios assim que ficamos sozinhos de novo.

— Fazer umas perguntas para você — ele diz, e sinto um arrepio por causa do tom de voz que ele usou. — Sou seu amigo, Emily, só quero ajudá-la. Por favor, aja normalmente.

Ele pega um pedaço do queijo azul e o leva a boca. Fico apenas olhando e desejando estar em qualquer outro lugar, menos aqui.

Droga!

— Se você não falar agora mesmo o que quer comigo, eu vou embora — ameaço.

— Não faça isso. — Ele parece preocupado agora, enquanto olha para o resto do restaurante, exatamente como fiz há pouco. — Só vai chamar mais a atenção.

— Atenção para o que? — pergunto impaciente.

— Para a nossa causa — James responde. Não demora mais do que um segundo para eu processar essa informação e saber do que ele está falando, mas não demonstro minha suspeita. Então ele se aproxima um pouco mais de mim por cima da mesa e sussurra. — A Resistência.

Pego o guardanapo do meu colo e o coloco na beira da mesa, insinuando que vou me levantar. Mas por mais que me sinta ameaçada, tem algo nele que me faz acreditar que não preciso ter medo.

— Relaxa, Emily. Nós estamos do mesmo lado — ele diz, baixo o suficiente para que apenas eu consiga ouvir. — Há muita gente de olho em você, por isso, não voltamos a entrar em contato. Vimos o jantar como uma oportunidade de voltarmos a falar de forma segura.

Não consigo esconder a surpresa no meu rosto.

James é um deles.

Um de nós.

Volto a colocar o guardanapo nas pernas e noto que minhas mãos estão tremendo. Sei que minha atitude já me denunciou, e se ele não estiver falando a verdade, se ele não for da Resistência, não vou ter mais como negar que estou com eles.

— Dar um lance tão alto não foi a melhor forma de manter a discrição — acuso.

— Um risco calculado — James rebate. — Tornar você ainda mais popular aqui na Matriz e nos Setores.

E isso realmente aconteceu.

Parece que a Resistência não tem medo de arriscar.

— É você quem tem falado comigo? — pergunto, esperando que ele resolva esse mistério de uma vez.

— Não! — A resposta é rápida e convicta. — Mas você só vai saber quem é no momento certo.

Dou um suspiro frustrado.

— O que você quer saber?

— Vou ser direto — fala, enquanto dou um gole na água gelada. — Estamos preocupados com o seu relacionamento com o Nathaniel.

— Preocupados com o que? — pergunto, enquanto coloco uma fatia de salame e um pedaço de um queijo de uma cor alaranjada no meu prato, sem a menor intenção de comê-los.

— Que você esteja envolvida de verdade com ele — James diz. — Sempre achamos que a sua relação com o Lucas ou a forma como o Príncipe abordou essa situação impediria que isso acontecesse. Achamos que você nunca iria perdoá-lo, para ser mais direto. Nós só queremos garantir que não há envolvimento emocional da sua parte que possa impedir a continuidade dos nossos planos.

Fico olhando para James sem responder.

É claro que passei o dia refletindo sobre tudo o que tem acontecido entre o Nathaniel e eu e tudo o que isso implica.

A noite de ontem foi um erro.

Mas um erro bom.

Foi a primeira vez desde que cheguei na Matriz que não me senti destruída.

E as últimas horas ficam passando na minha cabeça mesmo que eu tente evitar, me fazendo reviver tudo: nós dois abraçados na varanda e depois na cama dele, todas as coisas que ele sussurrou no meu ouvido, como ele é carinhoso e me respeitou o resto da noite.

Sei que o estou usando de todas as formas possíveis, e mesmo sabendo que isso não tem futuro, meus sentimentos estão me traindo, traindo minha causa, traindo meu passado, traindo tudo aquilo que acredito.

Traindo meu amor pelo Lucas.

Meu coração dói quando penso nele.

Mas de uma coisa tenho certeza: não vou desistir da Resistência.

Não vou desistir de reencontrar o Lucas.

O que quer que eu esteja sentindo pelo Nathaniel não vai me impedir de fazer o que acho que é certo.

— Não há nada com o que se preocuparem — falo com convicção, nem ao menos preciso controlar meu tom de voz para ele não notar hesitações, porque elas não existem.

— Isso é ótimo! Vou tranquilizá-los — ele diz, balançando a cabeça em aprovação. — Mais uma coisa. Estamos correndo contra o tempo. O Setor 3 começou a fazer constantes revoltas. Precisamos apressar os planos, não temos mais como adiar, Emily. O Príncipe saiu da Matriz hoje, e isso é raro. Algo aconteceu.

Não sabia que o Nathaniel tinha ido para os Setores.

De repente, sinto tensão no meu corpo.

James muda de assunto quando o garçom se aproxima trazendo os nossos pratos principais.

Meu apetite não volta, mas preciso comer e não dar muito nas vistas. Nesse momento, mais pessoas já chegaram ao restaurante e, apesar de discretas, sei que estão atentas ao que acontece na nossa mesa.

Por isso, também resolvemos falar de outras coisas para parecermos descontraídos e aproveitando a companhia um do outro. O que não é difícil, a conversa sempre fluiu fácil com o James.

Apenas quando a sobremesa é servida, voltamos a falar sobre a Resistência.

— Não queria que você estivesse envolvida nisso — James fala, surpreendendo-me.

— Por que você diz isso?

— É perigoso, Emily — ele hesita, por um momento, mas então continua depois de um suspiro longo. — Desculpe, deve ser só o sentimento de culpa, afinal, fui eu que a indiquei para a Resistência.

— Você?

— Nós tínhamos outros planos — responde, e se inclina um pouco na minha direção. — Nos infiltrarmos como Mentores para colocar as escutas.

Tudo começa a fazer sentindo.

— Tem mais Mentores Resistentes? — James acena com a cabeça confirmando. — Louise?

Mais um aceno de cabeça positivo e fico impressionada com o fato de eu nunca ter suspeitado que ela seria uma Resistente.

— E alguns outros — responde, sem me dar tempo de fazer mais pergunta e então continua: — Mas desde o minuto em que conheci você, achei que toda a sua raiva e tristeza nos levaria onde estamos hoje. E então quando o Nathaniel virou seu Mentor na Celebração do Anel, a Resistência não teve dúvida.

— Achava que você tinha ficado chateado comigo — digo, sentindo-me um pouco aliviada com esta confissão que acabei de ouvir.

— Naquele momento, fiquei chateado, não nego. Fiquei preocupado com você também e me sentindo fracassado por não conseguir continuar fazendo parte do plano. Você não faz ideia do quanto é difícil conseguir ser Mentor. Mas quando vi a reviravolta, sua proximidade com o Nathaniel — James dá um sorriso confiante —, uma esperança surgiu. Mesmo assim, ainda me sinto culpado.

— Não se preocupe, como vocês mesmo disseram, não tenho nada a perder — digo, enquanto James chama o garçom e pede a conta.

Mas isso nunca soou tão falso como agora.

Tenho sim.

Tenho os amigos que fiz aqui.

Tenho o Nathaniel.

Quando saímos do prédio, despeço-me do James e entro na minha limusine.

Tinha uma pequena esperança de que Nathaniel viesse me pegar de surpresa, afinal, ele estava curioso para saber o que o James queria comigo, mas agora sei que ele não está na Matriz.

O que será que está acontecendo nos Setores?

Eles não têm chance, não deveriam continuar fazendo essas revoltas.

Se ao menos pudéssemos dizer que estamos tentando resolver a situação, que a Resistência é mais forte do que eles imaginam, isso evitaria muitas mortes.

Mas não podemos.

Não demoro muito para chegar em casa e tomo um banho quente demorado. Sei que só isso pode me ajudar a relaxar e adormecer.

Mas não, não consigo dormir.

Estou preocupada com o Nathaniel.

Pior que isso.

Estou com saudade dele, e não consigo negar isso nem para mim mesma.

Assim que o relógio marca meia-noite, dou um pulo da cama quando ouço a campainha tocar.

Como luz e sombra
O sol e a lua
Dividida entre amor e ódio
Eu tenho que conseguir de alguma forma
Ganhar perdendo sempre me assombra
(Light & Shadow | Hiroyuki Sawano)

Quem será?

Até amanhã!

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